quarta-feira, 6 de maio de 2020

“Delmino Pereira avançou com queixa na PJ contra quem publicou vídeo”

Presidente da FPC refere tratar-se de um vídeo privado

Por: Ana Paula Marques

Foto: Amândia Queirós

O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), Delmino Pereira, soube Record junto de fonte do organismo federativo, apresentou, no fim-de-semana passado, uma queixa junta da Polícia Judiciária contra quem publicou, pela primeira vez, nessa altura, nas redes sociais, um vídeo que diz ser "de cariz particular" a andar de bicicleta quando ainda não tinham sido levantadas as medidas de desconfinamento dos desportos ao ar livre.

O referido vídeo ganhou esta manhã maior atenção quando o ex-ciclista e assumido candidato à presidência da Federação, Rui Sousa, o publicou na sua página do Facebook, acompanhado de longo texto a criticar a atitude de Delmino Pereira. Publicação essa que apagou pouco depois.

Fonte: Record on-line

“Rui Sousa ataca presidente da Federação e retira publicação pouco depois”

Ex-ciclista critica duramente Delmino Pereira sobre um vídeo a andar de bicicleta em período de confinamento

O ex-ciclista Rui Sousa publicou uma longa mensagem na sua página de Facebook criticando o presidente da federação de ciclismo. Na publicação, Rui Sousa aponta o dedo a Delmino Pereira e a vídeo no qual se vê o dirigente a andar de bicicleta em período de confinamento devido à pandemia de covid-19.

"Sr. presidente Delmino Pereira tenho vergonha da sua postura. Como ex-ciclista e amante da modalidade não podia estar mais triste. O ciclismo fez-me ser melhor pessoa mas, pelos vistos, não aconteceu o mesmo consigo. Sr. presidente peça desculpa! É o mínimo que pode fazer depois da figura lamentável que fez no vídeo divulgado pelas redes sociais. Mais grave se torna por estarmos em pleno Estado de Emergência. Ainda por cima vestido a rigor com a camisola da Federação? Que vergonha!", escreveu.

E prossegue: "Deixo-lhe só uns recados: apoie os que fazem bem ao ciclismo, apoie os que elevam a nossa modalidade, aqueles que enaltecem o ciclismo português, aqueles que são respeitados por este país fora, aqueles que as câmaras minicipais têm orgulho em receber e aqueles que sabem estar no ciclismo, no desporto e na vida. Lembre-se que no dia em que não tiver um enorme Joaquim Gomes a liderar uma Volta a Portugal ela cai como um baralho de cartas. (...) Peça desculpa às gentes das bicicletas e não goze mais com o período difícil que atravessamos!".

 

Rui Sousa apagou entretanto a publicação apenas minutos depois de a publicar, explicando depois ao nosso jornal porque o fez.

"Percebi depois que aquele vídeo tinha a ver com uma situação mais privada, e não querendo entrar em pormenores, entendi por isso que devia ter retirado, assim como o texto. Também o fiz pelo bem do ciclismo. No fundo percebi que não seria muito últil para o ciclismo em si. Não queria muito honestamente falar mais sobre o assunto e sobretudo não quero o mal do ciclismo, foi e sempre será a modalidade da minha vida", disse-nos o antigo ciclista e atual presidente da Junta de Freguesia de Barroselas e Carvoeiro.

 

Leia a mensagem na íntegra que Rui Sousa publicou e depois apagou:

"Viva o Ciclismo!

Depois de receber várias mensagens sobre o assunto e de ver o tema partilhado nas redes sociais (embora retirado pouco depois talvez por medo de represálias) decidi escrever esta reflexão. Eu não tenho medo!

 

Sr. Presidente Delmino Pereira tenho vergonha da sua postura. Como ex-ciclista e amante da modalidade não podia estar mais triste. O ciclismo fez-me ser melhor pessoa mas, pelos vistos, não aconteceu o mesmo consigo.

 

Sr. Presidente peça desculpa! É o mínimo que pode fazer depois da figura lamentável que fez no vídeo divulgado pelas redes sociais. Mais grave se torna por estarmos em pleno Estado de Emergência. Ainda por cima vestido a rigor com a camisola da Federação? Que vergonha!

 

Sr. Presidente tenha vergonha! O ciclismo português atravessa a fase mais crítica da sua história. Atletas com cortes salariais de 60% (e alguns certamente de 100%), equipas a lutar pela sobrevivência, organizações aflitas para aguentarem a estrutura e lojas de bicicletas em situação difícil por não venderem. Até os que praticam ciclismo por lazer devem sentir vergonha da sua postura!

 

Sr. Presidente talvez não saiba nesta altura a dificuldade que é viver com a perda de rendimentos. Possivelmente não teve nenhum corte salarial, e ainda bem, mas não se esqueça que o senhor representa o ciclismo português!

 

Sr. Presidente a sua preocupação deveria ser, entre outras, resolver a precariedade do nosso ciclismo. Sei que um dos seus "discípulos" andou a fazer contactos para saber estados de alma. Mas não seria de se lembrar em primeiro lugar dos atletas? São eles que mais sofrem porque têm contas para pagar ao fim do mês e famílias para sustentar.

 

Sr. Presidente o seu comportamento é completamente vergonhoso! O que aqui retrato é o pensamento generalizado do mundo das bicicletas mas muitos, talvez por medo de represálias, deixam-se estar no seu canto remoendo interiormente e a sofrer com o estado do ciclismo português sem darem a cara e a voz.

 

Sr. Presidente fez bandeira da criação das equipas sub-25. Um dia ouvi-o dizer que "este ano temos que estar orgulhosos de 43 novos jovens profissionais". Agora pergunto: que condições salariais têm estes jovens? 300 euros por mês? É também a isto que se chama precariedade e se chama tirar dividendos do esforço dos jovens sem os compensar devidamente. Muitos deles têm que viver debaixo do teto da família porque não conseguem sobreviver sem essa ajuda.

 

Para que não fique qualquer dúvida, não sou contra as equipas sub-25. Sou contra o estado de precariedade destes atletas! E o mais grave é que você sabe mas nada faz!

 

Sr. Presidente sei que não gosta de mim. Quanto a isso, pouco ou nada me importa. O meu amor pelo ciclismo está muito acima do senhor porque nunca me esqueci que fui ciclista!!!

 

Sr. Presidente nunca esquecerei as suas palavras quando alguém o convidou para uma das apresentações do meu livro. Como bem-educado que sou deixo apenas uma palavra quanto a isso: lamentável!!!

 

Mas também nunca irei esquecer que uma célebre revista do Jornal de Notícias sobre figuras da Volta a Portugal não tinha a minha fotografia porque o senhor mandou retirar. Está com saudades do lápis azul?

 

Já agora, e por falar em ditadura, também vou ter dificuldade em esquecer um certo comunicado. Em Agosto do ano passado, no dia em que a etapa da Volta a Portugal ligou Viana do Castelo a Felgueiras, os seus "discípulos" foram bem mandados. Não tenho dúvidas que nesse dia fi-lo tremer ao anunciar que seria candidato às próximas eleições.

 

Sr. Presidente todos sabemos que vai continuar à frente dos destinos da Federação. Quem se coloca no caminho com ideias diferentes tem um percurso muito armadilhado para se fazer ouvir. Nós, gente do ciclismo, temos isso perfeitamente claro. Espero, no entanto, que a aflição que acabei por motivar em si e nos seus sirva de alerta.

 

Sr. Presidente deixo-lhe só uns recados: apoie os que fazem bem ao ciclismo, apoie os que elevam a nossa modalidade, aqueles que enaltecem o ciclismo português, aqueles que são respeitados por este país fora, aqueles que as câmaras minicipais têm orgulho em receber e aqueles que sabem estar no ciclismo, no desporto e na vida. Lembre-se que no dia em que não tiver um enorme Joaquim Gomes a liderar uma Volta a Portugal ela cai como um baralho de cartas. Deixo-lhe apenas este alerta porque sei que rapidamente este texto chegará a si!!!

 

Sr. Presidente acima de tudo gosto de ciclismo e o ciclismo é de todos! Poderia escrever muito mais mas hoje fico-me por aqui!

 

E como disse mais acima: peça desculpa às gentes das bicicletas e não goze mais com o período difícil que atravessamos!

Viva o ciclismo!!!

Boas pedaladas"

Fonte: Record on-line

“Tiago Machado admite medo da Covid-19: «Tenho muito receio de ficar doente»”

Ciclista continua a pedalar em segurança à espera da Volta a Portugal


Por: Lusa

O ciclista Tiago Machado (Efapel) continua a treinar na estrada em segurança, até por ter "muito medo da covid-19", explicando à Lusa que continua a "fazer figas" para que a Volta a Portugal se realize.

É da freguesia de Abade de Vermoim, na sua terra natal de Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, onde vive, que Tiago Machado parte para cada treino em cima da bicicleta, uma experiência que o atleta da Efapel já cumpria antes de ser levantado o estado de emergência, que vigorou em Portugal entre 17 de março e 3 de maio.

Os ciclistas de alto rendimento já podiam realizar treinos individuais durante o período em que vigorou o estado de emergência, que o ciclista explica, em entrevista à Lusa, ter sido "um período fora do normal".

Neste tempo, evitou "sair para a estrada com chuva ou o piso molhado". "Não queria correr riscos desnecessários, sabíamos que o Serviço Nacional de Saúde estava 'pela hora da morte'. Uma simples queda podia levar-me lá", refere.

Segundo o corredor, os novos tempos, que poderão trazer mais ciclistas para a estrada, terão de trazer a consciência "de que a covid-19 ainda não passou" e que é preciso manter o distanciamento social.

"Tenho muito receio de ficar doente. Sempre que vejo alguém ao longe, olho para trás para ver se posso ir para outra faixa de rodagem, se não der, abrando e espero que haja tempo, ou viro [para outra rua] mal possa", conta, sobre um estado de espírito que "vai durar enquanto o consciente se lembrar que é para andar à distância".

Mesmo com "muito medo disto", e depois de alternar treinos na estrada com treinos em casa, no rolo, com ou sem auxílio de plataformas virtuais de simulação de circuitos, os treinos na rua permitirão não só "manter a forma" como também "desconectar do que se vê na comunicação social, que é só covid-19".

Com a incerteza a pairar sobre o calendário competitivo, suspenso desde março, o ciclista de 34 anos lembra que a Volta a Portugal é "o objetivo máximo da equipa, e de todas as equipas nacionais", e, para já, tem feito "figas" para que a prova, para já marcada para decorrer de 29 de julho a 09 de agosto, possa realizar-se.

Além do "espetáculo" que Machado, expectante "das novas normas para saber o que vai mudar na modalidade", espera que o pelotão possa dar, esta corrida é também "a grande montra do ciclismo nacional".

"É onde grande parte dos patrocinadores vêm o investimento ter retorno, e seria muito mau para o ciclismo e o desporto em geral se a Volta não existisse. Mesmo quem não é um fã assíduo, naqueles 15 dias assiste à Volta, é o grande evento do verão. Vamos ter fé que vai estar na estrada este ano", aponta, esperançoso.

Além de evitar outras pessoas quando sai "exclusivamente" para os treinos, num momento em que não se lembra "de estar com amigos ou família" sem ser a mulher e o filho, Tiago Machado tem 'fugido' também de "pessoas que querem os seus 15 segundos de atenção".

O ciclista refere-se a comentários nas redes sociais, em que "pessoas que não têm um mínimo de educação vêm destilar ódio", ao pedirem-lhe "para ficar em casa". "Mas depois pedem isto a um atleta profissional, e vamos pesquisar no Strava, por exemplo, e vê-se que estas pessoas faziam treinos na mesma", atira.

Fonte: Record on-line

“Última Hora…”


Por: José Morais

Em entrevista hoje com João Filipe, Presidente do Núcleo de Cicloturismo “Os Cansados de Marinhais” informou o mesmo que o seu passeio anual, este ano na 14ª, edição a realizar em 31 de maio, foi cancelado.

Com a atual situação critica que o país atravessa, devido a pandemia do Covid-19, nada garante que na data marcada o passeio pudesse ser realizado, nem que estejam garantidas as medidas de segurança para juntar um número imenso de participantes que este evento costuma juntar neste convívio. 

Assim, resolveu por bem o seu cancelamento do evento, não pondo de parte que o mesmo possa ser realizado em outubro ou novembro, se assim as condições o permitir.

João Filipe de “Os Cansados de Marinhais” finaliza, e agradece a compreensão de todos, esperando quem em breve tudo normalize e se possa voltar novamente à estrada para os tradicionais convívios cicloturistas.

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
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