terça-feira, 12 de janeiro de 2021

“O caso de negócios para bicicletas de carga”


Por: Daan Van Dieren

Foto: Rad Power Bikes

À medida que os volumes de tráfego aumentam nos centros das cidades, em parte devido às entregas de um setor impulsionado pela COVID, as empresas procuram uma solução milagrosa para a logística urbana, mas a mesma estava mesmo debaixo dos nossos narizes já há mito tempo.

A bicicleta de carga elétrica está abrindo caminho para a revolução, não apenas nos centros tradicionais de bicicletas de carga do norte da Europa, como Holanda e Dinamarca, mas também em lugares como Alemanha, França, Reino Unido e Canadá.

As vendas estão constantemente crescendo com fabricantes relatando aumentos de mais de 50% ano para ano, apesar do COVID, no entanto, apesar do seu enorme potencial, as bicicletas de carga elétricas ainda são consideradas por muitos como uma raridade.

Os estudos de casos mostram que há um negócios claro para a logística de bicicletas, nos últimos anos, empresas como FedEx, DHL, UPS, Amazon, DB Schenker, DPD, GLS e Hermes adicionaram bicicletas de carga elétricas às suas frotas e, em todo o mundo, as bicicletas de carga elétricas são usadas por empresas de todos os formatos e tamanhos.

Eles são mais rápidos, foi demonstrado que as bicicletas de carga elétricas podem realizar o trabalho mais rapidamente dentro das cidades, dados de um centro de logística de bicicletas instalado em Sydney, viciado em carros, em 2016, mostraram que as bicicletas de carga elétricas percorriam um terço de alguns quilômetros menos do que as vans, levando menos de metade do tempo para completar suas voltas.

Mas como, as bicicletas elétricas são mais ágeis, podem usar ciclovias, utilizar atalhos e estacionar com mais facilidade, enquanto isso, as vans ficaram três vezes mais tempo estacionadas do que as bicicletas elétricas, e embora os utilizadores de bicicletas quase não precisassem andar, tendo o estacionado do lado de fora da porta, os motoristas de van caminharam aproximadamente um terço de sua distância total, em Sydney, é evidentemente mais fácil apenas estacionar e caminhar do que dirigir constantemente em procura de vagas.

Elas são eficientes em termos de energia, um estudo da Velove e da Agência Sueca de Energia mostrou que as bicicletas e-cargo consomem 94% menos energia do que as tradicionais e-van para as mesmas entregas, e é verdade 94% menos de consumo.

O peso é o fator óbvio aqui, a e-van testada, uma Nissan e-NV200, pesava aproximadamente 17 vezes mais do que a bicicleta e-cargo, e, como em Sydney, a rota também é fundamental, com bicicletas de carga capazes de fazer rotas muito mais curtas do que e-vans.

A sua pedalada é pequena, quanto às emissões, por mais bem documentados que sejam os benefícios à saúde da redução da poluição do ar para a saúde pública, também está ficando mais claro que o tubo de escape do veículo não é o único infrator.

Emissões de partículas finas (PM) do desgaste de pneus e travões podem ter um efeito prejudicial na qualidade do ar urbano e também podem causar poluição marinha por microplásticos, simplesmente trocar os veículos ICE por elétricos não parece atenuar isso.

Em ambos os casos, as bicicletas de carga elétricas têm um impacto ambiental, no entanto, os pesos e velocidades mais baixos envolvidos significam que sua pegada é ordens de magnitude mais delgada.

É a Década da Bicicleta de Carga Elétrica, em termos de custos e impacto ambiental, a bicicleta de carga tem uma vantagem distinta, mas isso não é tudo, dependendo de onde está baseado, as vendas de bicicletas de carga elétricas agora são frequentemente apoiadas por subsídios de governos locais, regional ou nacional.

Cidades em todo o mundo estão percebendo que, ao lado do ciclismo para mobilidade pessoal, a logística do ciclismo é intensamente compatível com seus esforços para promover ambientes urbanos habitáveis, se for fechado o centro de uma cidade aos veículos com motor de combustão interna, a bicicleta de carga elétrica é uma importante aliada para manter os fluxos de logística urbana.

Fonte: LEVA-EU/ Tom Parr

“Ciclista Stefan Denifl condenado a dois anos de prisão por fraude desportiva”


Por: APS // RPC

O ciclista austríaco Stefan Denifl foi hoje condenado a dois anos de prisão pelo tribunal de Innsbruck, por “fraude desportiva agravada”, no âmbito do processo relativo à rede internacional de doping Aderlass, desmantelada em 2019.

A sentença aplicada a Stefan Denifl, de 33 anos, que tem uma carreira modesta, inclui a suspensão da atividade por 16 meses, bem como uma multa de 349 mil euros. O ciclista austríaco tem três dias para decidir sobre um possível recurso.

Denifl foi suspenso por um período de quatro anos após o desmantelamento da rede Aderlass, que terá fornecido substâncias proibidas a cerca de 20 desportistas de várias nacionalidades, principalmente a ciclistas e esquiadores.

Fonte: Lusa

“A mudança de equipa dá mais motivação e estímulo mental a Chris Froome”


Por: José Morais

Foto: Israel Start-Up Nation

É líder da Israel Start-Up, Chris Froome prepara o Tour de França, o qual tem o desejo, de atingir o seu máximo no mesmo, e afirma que a mudança da equipa da Ineos Grenadiers para Nation, lhe deu uma vida nova, tanto fisicamente como mentalmente.

Froome, que depois de 11 anos na equipa da Ineos Grenadiers até ao final de 2020, com quatro vitórias no Tour de França, relembra que em 2019 se envolveu numa grande queda no Critério du Dauphine, ameaçando a sua carreira, o jovem de 35 anos, usou o ano de 2020 para encontrar novamente a sua forma física, após uma longa paragem.

Apesar do esforço, não foi capaz de recuperar a sua forma, o qual viu reter todos os seus títulos, do grande tour, mas continua confiante, e com a continuação de muitos treinos e ginástica após a paragem da época, quer continuar a lutar pela honra das corridas de três semanas, aumentando assim o seu currículo, onde os seus objetivos não mudaram, querendo a voltar ao nível superior, afirmou num vídeo divulgado pela equipa de 2021.

Objetivo o de lutar em vitórias no Tour de França, como em outros grandes tours, e está muito ansioso para iniciar a época de 2021, e esperando que seja o início do que vai ser uma grande e longa parceria emocionante de sucesso. 

Para Froome, a mudança para a Israel Start-Up Nation surgiu após uma conversa com o diretor geral da equipa, Kjell Carlstrom, já que a dupla tinha andado junta na Team Sky há mais de uma década, e após diversas conversas, as negociações com os donos da equipa seguiram rapidamente, Froome que  também assinou um contrato de longo prazo com a equipa, ao afirmar que pode permanecer na Israel Start-Up Nation, durante muito tempo como ciclista profissional.

Para Froome, esta será a sua primeira temporada na Israel Start-Up Nation, e foi sem dúvida uma grande decisão ao para a ISN, Kjell Carlstrom, um ex-colega seu, e agora diretor geral da Israel Start-Up Nation, estendeu-lhe a mão, não demorando muito a que tivesse as suas primeiras conversações como o responsável da equipa Sylvan Adams, existiu logo no primeiro encontro a vontade de o receber.

Froome concordou que ao entrar para a ISN, era um compromisso não apenas de um ou dois anos, mas sim um potencial compromisso para o final da sua carreira. Recordou que nesta fase com 35 anos de idade, regressando de uma grande lesão, ano a pós ano na mesma equipa, e tendo copiado todos os anos, e mudando de equipa no neste ponto da sua carreira, será um estímulo tanto mentalmente como em motivação, será um novo projeto, uma nova mudança, parecendo assim bastante rejuvenescedor para si esta nova aventura.

Froome que neste inverno se mudou para a Califórnia com a família, onde num clima mais quente está a aproveitar para continuar a sua reabilitação, para depois regressar à Europa, e aí iniciar a sua nova temporada de 2021, nas diversas provas, a sua ida para os EUA na Califórnia vem no seguimento da sua preparação, aproveita assim o melhor clima, mais quente do que está na Europa, conseguindo assim treinar mais, passar mais horas na estrada, o que é importante para a sua preparação, tendo conseguido trabalhar no Red Bull High Performance Center.

Froome afirmava ainda que se tem concentrado muito neste inverno, tentando resolver alguns das sua fraquezas e desequilíbrios, provocados pela lesão, estando muito otimista para a próxima época que se aproxima.

“Jorge Mendes Aposta no ciclismo, será positiva para o mesmo?”


Por: José Morais

A recente revelação de Jorge Mendes começar a apostar no ciclismo, já começa a mexer, e a surgirem opiniões negativas sobre o mesmo, o homem forte do futebol, e não só, a empresa gerida por Jorge Mendes no desporto mundial, gere carreiras como a de José Mourinho, João Félix, Cristiano Ronaldo, Diogo Jota ou James Rodríguez no futebol, mas fora do mesmo a de João Sousa no ténis, Frederico Morais no surf,  Patrícia Mamona no  triplo salto, ou ainda Charles Leclerc na Fórmula 1.

De França vem a revolta, com o aconselhamento de “Fique em Portugal”, o patrão da Groupama-FDJ não gostou, ficou muito incomodado pelo acordo feito e assinado por Jorge Mendes, e a Corso Sports, a agência responsável pelas carreiras de João Almeida e Rúben Guerreiro.

Para Marc Madiot, patrão da Groupama-FDJ, este acordo entre o empresário e a Corso Sports, a qual gere diversas carreiras de vários ciclistas, entre eles os nossos portugueses Rúben Guerreiro e João Almeida, que fizeram com grande satisfação, e tiveram grandes sensações na última edição do Giro de Itália, o mesmo não ficou nada satisfeito com a notícia.

Em entrevista à televisão francesa RMC Sport, Marc Madiot mostrou preocupação, alertando para os perigos do ciclismo entrarem no sistema do futebol, questionando os motivos desta nova aposta, do responsável da Gestrifute para a modalidade.

E deixa no ar e questiona, qual é o sistema dos agentes de futebol, será o de criarem um portfólio de ciclistas, fazendo movimentá-los o máximo possível, para gerar muito dinheiro, será que se irá fazer uma especulação numa bolha financeira, uma bolha financeira onde o futebol se encontra hoje, com tudo aquilo que se está a passar, e será que o ciclismo terá as mesmas condições, disse o patrão da Groupama-FDJ.     

E Marc Madiot dizia ainda, com a atual pandemia do Covid 19, o que podemos esperar e que vai acontecer, estamos à beira de um grande precipício, e pergunto, se queremos deixar entrar no ciclismo pessoas como o Jorge Mendes, e rematava, fique em Portugal com os seus jogadores de futebol, e não se meta com o ciclismo, estamos bem assim, rematou.

E a pergunta fica no ar, Jorge Mendes quer saltar para o ciclismo, quais os interesses agora na modalidade, será que vai ser positivo para o ciclismo, o tempo o dirá.

Ficha Técnica

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