quinta-feira, 30 de junho de 2022

“Glassdrive / Q8 / Anicolor Rafael Reis conquista Medalha de Ouro nos Jogos do Mediterrâneo”


Foto: Comité Olímpico de Portugal

O atual Campeão Nacional de Contrarrelógio, Rafael Reis, corredor da Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, conquistou hoje a Medalha de Ouro no Contrarrelógio Individual dos Jogos do Mediterrâneo, prova que marcou o arranque da participação portuguesa nas provas de ciclismo desta competição, que decorre em Oran, na Argélia.

Rafael Reis foi o grande vencedor, ao bater a concorrência com um tempo de 31m28s para completar o percurso de 25 km, menos 50 segundos que o 2.º classificado, o francês Enzo Paleni e menos 51 segundos do que o 3.º lugar, o sérvio Ognjen Ilic. “Rafael Reis sentiu-se bem desde início, andou muito bem e conseguiu conquistar o Ouro. Fez um contrarrelógio de excelência”, afirmou o selecionador nacional José Poeira, em declarações à Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).

O contrarrelogista disse à FPC que é “muito bom estar a representar Portugal e conseguir uma Medalha de Ouro. Depois da incerteza das últimas semanas em relação à minha forma física, vencer o Campeonato Nacional e voltar a vencer aqui é muito bom. O contrarrelógio de hoje era mesmo ao meu jeito, geri bem e o mais difícil diria que foi o vento de frente e também o calor, que era muito intenso. Vim para cá com o objetivo de confirmar o meu favoritismo para esta prova e é muito bom conseguir fazê-lo”.

No sábado realizam-se as Provas de Fundo, onde Fábio Costa vai alinhar no setor masculino para um percurso de 147 km, com início às 10H00.

Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor

“Buscas à Bahrain-Victorious resultam em apreensão de medicamentos e material eletrónico”


Procuradoria de Marselha deu conta dos resultados da operação

 

 Por: Lusa

Foto: EPA

A procuradoria de Marselha, responsável pela investigação à Bahrain Victorious, esclareceu esta quinta-feira que foram aprendidos medicamentos de "natureza indeterminada" e "material eletrónico" nas buscas às casas de ciclistas e staff e no hotel da equipa.

"Entre 27 e 30 de junho de 2022, uma ação de cooperação judiciária e policial internacional foi levada a cabo simultaneamente em Itália, Espanha, Bélgica, Polónia, Eslovénia, Croácia e Dinamarca", começa por informar a procuradoria de Marselha.

A ação, coordenada pela Eurojust e realizada com o apoio da Europol, permitiu que "fossem feitas, pelas autoridades judiciais e policiais daqueles países, várias buscas às casas do manager, de três corredores, do osteopata e de um médico" da Bahrain Victorious, assim como à sede sociedade proprietária da equipa, indica a nota.

"Buscas aos quartos de hotel ocupados pelos elementos da equipa em Copenhaga foram igualmente realizados hoje", acrescenta a justiça francesa.

Esta manhã, na véspera do arranque da 109.ª edição da Volta a França em Copenhaga, a Bahrain Victorious informou que o seu hotel tinha sido "revistado pela polícia dinamarquesa, a pedido dos procuradores franceses, às 05:30 [menos uma hora em Lisboa]", ressalvando que não tinham sido apreendidos quaisquer artigos.

Contudo, no comunicado, a procuradoria de Marselha precisa que "material eletrónico (telefones, computadores, discos rígidos) e medicamentos cuja natureza e origem são indeterminados e que estão sujeitos a receita médica" foram apreendidos durante as diferentes buscas.

"A totalidade do material apreendido será alvo de análises posteriores", conclui.

Também a polícia dinamarquesa confirmou ter realizado buscas num hotel situado em Brondby, a pedido das autoridades francesas, com polícias daquele país a participarem na operação na qualidade de observadores.

Do 'oito' da equipa do Bahrain para o Tour fazem parte o italiano Damiano Caruso, os eslovenos Matej Mohoric e Jan Tratnik, o belga Dylan Teuns, o australiano Jack Haig, o polaco Kamil Gradek, o britânico Fred Wright e o espanhol Luis León Sánchez

Antes da operação de hoje na Dinamarca, as casas dos elementos da Bahrain Victorious foram alvo, na segunda-feira, de buscas antes da partida destes para a Volta a França, com a equipa a considerar que a nova ação policial visava "prejudicar deliberadamente" a sua reputação.

"A investigação aos membros da equipa, que começou há quase um ano, sem qualquer resultado, prossegue mesmo antes do arranque da mais importante corrida velocipédica, a Volta a França, e causa danos na reputação dos indivíduos e da equipa", notou a formação do Bahrain.

Nesse dia, a Bahrain Victorious defendeu que o timing das novas buscas visava "prejudicar deliberadamente a reputação da equipa". "As buscas domiciliárias experienciadas por membros da Bahrain Victorious representam a continuação do processo de investigação que teve início durante as performances bem-sucedidas da equipa na Volta a França do ano passado", indicava o comunicado, no qual se recordava que a equipa foi a única a ser alvo de uma investigação na passada edição da Grande Boucle.

A equipa revelou que "em nenhum momento, até agora", foi informada "do progresso, dos resultados" ou recebeu qualquer feedback da investigação desencadeada pela procuradoria de Marselha, apesar de "repetidamente ter solicitado o acesso ao processo", sem sucesso.

Na edição do ano passado do Tour, o hotel e o autocarro da equipa Bahrain Victorious foram revistados pela polícia na noite de 14 de julho de 2021, depois da 17.ª etapa.

A investigação preliminar, iniciada em 3 de julho desse ano, incidia sobre suspeitas de "aquisição, transporte, posse, importação de uma substância ou método interdito para uso de um desportista sem justificação médica", informou a procuradoria de Marselha, indicando que a rusga tinha sido efetuada pelos agentes da Agência central de luta contra os atentados ao ambiente e à saúde pública (Oclaesp, na sigla em francês).

Na passada edição da Volta a França, a formação do Bahrain esteve em evidência: o Mohoric 'bisou' em etapas, impondo-se na sétima e 19.ª, o Teuns venceu a oitava, o coletivo triunfou por equipas, o neerlandês Wout Poels foi segundo na classificação da montanha e o italiano Sonny Colbrelli, que em março deste ano sofreu uma paragem cardiorrespiratória e está afastado da competição, foi terceiro nos pontos.

Já na Volta a Itália de 2021, prova em que Caruso foi segundo classificado, a Bahrain Victorious tinha enfrentado suspeitas de doping.

Fonte: Record on-line

“Glassdrive / Q8 / Anicolor Luís Mendonça entre os melhores no Prólogo que inaugurou Troféu Joaquim Agostinho - prólogo”


Foto: João Fonseca Photographer

Luís Mendonça, da Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, conseguiu hoje o melhor registo da estrutura de Águeda, ao finalizar na 9.ª posição o Prólogo de 8 km que abriu a 45.ª edição do Grande Prémio Internacional de Ciclismo de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho. Maurício Moreira, um dos candidatos à vitória, teve um percalço logo à partida, o que o levou a trocar de bicicleta e, consequentemente, a perder algum tempo.

O contrarrelógio de 8 km, disputado na vila torriense do Turcifal, contou com um final de tarde com o vento a soprar muito forte. Tiago Antunes (Efapel Cycling) foi o mais forte, vencendo este exercício individual com 10m23s. Luís Mendonça gastou mais 15 segundos, seguindo-se Javier Moreno, na 16.ª posição, a 22 segundos e Frederico Figueiredo, a 23 segundos, em 19.º lugar.

Luís Mendonça disse estar satisfeito com a sua prestação, “numa especialidade que nem sempre me dei bem, mas que depois de bastante trabalho começo a defender-me melhor do que em outros anos. Estou feliz por sentir-me melhor depois de um momento menos bom ao nível de saúde, e isto sim, é o que mais me alegra”.

“Foi um bom dia, acabámos por salvar a corrida. É claro que pretendíamos que o Mauricio pudesse estar na disputa deste Prólogo, mas um percalço impediu que isso pudesse acontecer. Há muita corrida pela frente e temos de estar tranquilos. Temos um grupo muito forte e o Frederico acabou por fazer um bom contrarrelógio, assim como o Mendonça, que esteve a um bom nível, tal como Javier Moreno e o próprio Mauricio, que mesmo com a avaria acaba por fazer um grande crono”, resumiu Rúben Pereira.

Sexta-feira, dia 1 de julho, corre-se a 1.ª Etapa em linha. O arranque será às 12H45 da Adega Cooperativa de São Mamede da Ventosa, em Torres Vedras, para uma viagem de 150,8 km, que termina cerca das 16H20, em Sobral de Monte Agraço.

 

CLASSIFICAÇÕES:

45.º GRANDE PRÉMIO DE TORRES VEDRAS

TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO

PRÓLOGO: Turcifal – Turcifal » 8 km

CLASSIFICAÇÃO GERAL INDIVIDUAL – AMARELA (após o Prólogo)

 

1.º Tiago Antunes (Efapel Cycling), 10m23s

2.º Mikel Aristi (Euskatel-Euskadi), a 06s

3.º Asier Etxeberria (Euskatel-Euskadi), a 07s

9.º Luís Mendonça (Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 15s

16.º Javier Moreno (Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 22s

19.º Frederico Figueiredo (Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 23s

23.º Pedro Silva (Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 25s

37.º Mauricio Moreira (Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 31s

49.º Héctor Sáez (Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 41s

60.º Afonso Eulálio (Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 53s

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL EQUIPAS

 

1.ª Euskatel-Euskadi, 31m30s

4.ª Glassdrive / Q8 / Anicolor, a 39s

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL JUVENTUDE – LARANJA

 

1.º Xabier Isasa Larrañaga (Euskatel-Euskadi), 10m44s

3.º Pedro Silva (Glassdrive / Q8 / Anicolor), 10m48s

9.º Afonso Eulálio (Glassdrive / Q8 / Anicolor), 11m16s

Fonte: Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor

“Nova edição mensal da Revista Notícias do Pedal”


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Temos espaço diário, e mensal, e damos liberdade aos nossos leitores, de se pronunciarem, e fazerem as suas divulgações, para que isso aconteça, basta enviarem um pequeno texto, algumas fotos, ou cartazes, e nós tratamos do resto.

 

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Boas leituras…

“Troféu Joaquim Agostinho – Prólogo”


Tiago Antunes de amarelo no Turcifal

 

Por: José Carlos Gomes

Tiago Antunes (Efapel Cycling) deu hoje continuidade ao bom momento de forma que atravessa, impondo-se no prólogo do Grande Prémio Internacional de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho.

O contrarrelógio de 8 quilómetros, disputado num final de tarde de muito vento, permitiu marcar as primeiras diferenças já com algum significado. Tiago Antunes foi o mais forte, pedalando à média de 46,228 km/h para vencer o exercício individual com 10m23s.

Os restantes lugares do pódio foram ocupados por dois homens da Euskaltel-Euskadi, equipa que colocou quatro ciclistas no top 10 e toda a equipa nos quinze primeiros. O segundo classificado foi Mikel Aristi, a 6 segundos do vencedor, e o terceiro Asier Etxeberria, a 7 segundos de Tiago Antunes. Este é também o ordenamento da classificação geral.

O desempenho global da Euskaltel-Eusladi valeu aos bascos o primeiro lugar na classificação por equipas, estando ainda um corredor do conjunto que veste de laranja, Xabier Isasa, no topo da classificação por equipas.


“Sabia que estava em boa forma, mas há corredores mais fortes no contrarrelógio. Por isso, não contava com esta vitória. Mas é sempre uma alegria vencer. Agora estamos na liderança e amanhã vamos tentar defender esta posição. Esta é a corrida da minha região, estou em casa, o que dá uma motivação extra. Os resultados demonstram que estou em boa forma e espero que os próximos dias continuem a demonstrá-lo. Amanhã vamos tentar discutir a vitória com o nosso homem rápido, o Rafael Silva”, anunciou Tiago Antunes após o sucesso de hoje.

A primeira etapa em linha, nesta sexta-feira, vai ligar a Adega de S. Mamede da Ventosa, em Torres Vedras, a Sobral de Monte Agraço, ao longo de 150,8 quilómetros. Apesar de disputar-se no tradicional terreno ondulado do Oeste, é uma etapa com potencial para proporcionar uma chegada ao sprint.

Fonte: Federação Portugal Ciclismo

“Campeonato da Europa de BTT – Anadia 2022 – dia 1”


Suíça destaca-se no arranque do Europeu de Anadia

 

Por: José Carlos Gomes

A Suíça foi o único país a conquistar duas medalhas de ouro no primeiro dia de competição no Campeonato da Europa de BTT, que decorre na pista de Tamengos, Anadia, até domingo. Mário Costa, sétimo classificado no XCC (Cross Country Curto) de elite, foi o melhor português na jornada inaugural da competição.


Num dia totalmente dedicado ao XCC, o britânico Charlie Aldridge sagrou-se campeão da Europa de elite, impondo-se na eletrizando corrida que fechou o programa desta quinta-feira. A prova masculina de elite foi animada por um quarteto que se destacou dos demais competidores ainda na fase inicial.

O britânico Charlie Aldridge, o espanhol David Campos, o suíço Alexandre Balmer e o belga Jarne Vandersteen cedo se destacaram. Na corrida a quatro, Balmer tentou várias vezes fugir aos rivais nas subidas, mas nunca teve margem para pensar seriamente na medalha de ouro. Em contrapartida, Charlie Aldridge atacou pela certa, entrando isolado nas duas últimas voltas, aumentando a vantagem a cada pedalada para terminar com 16 segundos de vantagem sobre David Campos e 22 segundos à melhor sobre Alexandre Balmer.


Portugal esteve representado nesta corrida por dois ciclistas. Mário Costa e Ricardo Marinheiro mantiveram-se firmes no pelotão que perseguiu os quatro mais fortes. Mário Costa terminaria a corrida no sétimo posto, a 1m20s do vencedor, enquanto Ricardo Marinheiro foi o 12.º, a 1m29s.

A prova de elite feminina teve duas fases. A primeira metade deixou na cabeça de corrida um grupo com cerca de dez ciclistas, todas com aspirações de bater-se pelo pódio. A seleção mais fina aconteceu na segunda parte, ficando a triagem final para as duas derradeiras voltas. Foi nessa altura que a suíça Ronja Blöchlinger, a italiana Giorgia Marchet e a sueca Linn Gustafzzon assumiram a cabeça de corrida.


Na última volta a helvética atacou para vencer isolada. Deixou a italiana a 13 segundos. A nórdica teve de apelar a uma réstia de energia para impedir a eslovena Vita Movrin de roubar-lhe o bronze, chegando ambas a 19 segundos da vencedora.

Entre as portuguesas, Raquel Queirós manteve-se no grupo dianteiro até às três voltas finais, terminando a corrida na oitava posição, a 35 segundos da campeã europeia. Joana Monteiro também fez uma prova equilibrada, sendo a 12.ª a cortar a meta, com mais 2m01s do que Ronja Blöchlinger.

A primeira prova do europeu, o XCC para juniores femininas, mostrou que a astúcia e a técnica são fundamentais em todas as disciplinas do ciclismo. A alemã Carla Hahn comandou grande parte da prova, mas pagou o desgaste de ser excessivamente voluntariosa ficando fora da luta pelo pódio.

Na disputa pela medalha de ouro, novamente se verificou a regra de que a capacidade física não é tudo. A suíça Lea Huber parecia mais forte, mas na curva para a última ponte de madeira do circuito a checa Simona Spesna escolheu a melhor trajetória, conquistando o comando da corrida que a levaria ao título europeu. Lea Huber foi a segunda classificada e a compatriota Monique Halter fechou o pódio. Portugal esteve representado nesta corrida por Íris Chagas, que foi a 19.ª classificada, a 2m04s da vencedora.

A corrida masculina de sub-19 teve um equilíbrio muito grande entre os dez melhores da Europa. Apesar dos vários ataques, nas zonas mais exigentes do circuito, foi um grupo com cerca de uma dezena de unidades que entrou na volta final em condições de discutir o pódio. Tal como na corrida feminina, a curva de acesso à última ponte de madeira foi determinante. O suíço Yanick Binz foi mais astuto e ultrapassou o alemão Benjamin Krüger, por dentro na curva. Após perder o comando, o germânico caiu, servindo de “tampão” aos corredores que seguiam atrás e deixando o helvético isolado na dianteira.

Yanick Binz conquistou a medalha de ouro, seguido pelo compatriota Loris Hättenschwiler, a 3 segundos, e pelo sueco Leo Lounela, a 5 segundos. O português Tomás Gaspar ressentiu-se de ter estado adoentado nos últimos dias e foi o 39.º classificado, a 4 voltas do vencedor.

“Foi a nossa estreia em Campeonatos da Europa de XCC. Acho que o fizemos de forma briosa, estando na discussão das corridas, honrando as cores nacionais. Os nossos ciclistas conquistaram bastantes pontos UCI, razão para aqui termos os corredores de elite. A exceção foi a corrida júnior masculina, com o nosso representante a sentir os efeitos de estar um pouco adoentados nos últimos dias”, avalia o selecionador nacional de BTT, Pedro Vigário.

O segundo dia de competição, nesta sexta-feira, terá três títulos europeus em disputa. Às 11h30 corre-se a estafeta mista. Portugal estará representado pelos corredores de elite Joana Monteiro e Ricardo Marinheiro, pelos sub-23 João Cruz e Raquel Queirós e pelos juniores Artur Mendonça de Mariana Líbano. Às 16h00 inicia-se a eliminação BTT, com as cores nacionais defendidas por Bruno Silva e Ricardo Marinheiro.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Jogos do Mediterrâneo: Rafael Reis "muito contente" pelo ouro no 'crono'”


Ciclista fez 'tempo canhão' para trazer a quarta medalha para a missão portuguesa

 

Por: Lusa

Foto: Federação Portuguesa de Ciclismo

O ciclista português Rafael Reis mostrou-se esta quinta-feira "muito contente" pelo ouro no contrarrelógio dos Jogos do Mediterrâneo Oran'2022, ao fazer um 'tempo canhão' para trazer a quarta medalha para a missão portuguesa.

"Estou bastante contente. Fiquei um pouco nervoso, vi a lista de participantes e esperava um bom resultado, o que para mim era vencer este contrarrelógio, mas fica-se sempre nervoso, e com a responsabilidade acrescida de ser campeão nacional e representar a seleção. É muito bom conseguir esta primeira medalha de ouro", declarou aos jornalistas, depois de confirmado o triunfo.

No esforço de 25 quilómetros, o campeão nacional da especialidade registou um tempo de 31.28 minutos, à frente do francês Enzo Paleni, segundo, a 50 segundos, e do sérvio Ognjen Ilic, terceiro, a 51.

No espaço de uma semana, são dois ouros para o ciclista - primeiro, nos Nacionais e, agora, em Oran, onde foi o único a baixar dos 32 minutos, que, depois de cortar a meta, pareceu sempre 'destinado' ao lugar mais alto do pódio.

As expectativas recaíam sobre o especialista no dia de hoje, e o outro português em prova, o jovem Fábio Fernandes, foi 11.º, com um tempo de 34.26.

"Na sexta-feira passada, fui campeão nacional de contrarrelógio, a um nível mais alto do que este, pelos participantes, e estou muito orgulhoso por ter conseguido estas duas vitórias no espaço de uma semana", contou.

A covid-19 estragou-lhe a preparação "a 100%" para este evento e para os Nacionais, onde o nível era outro, com vários corredores portugueses do WorldTour, mas "as coisas acabaram por correr muito bem e dei a volta por cima".

Antes do 'crono', tinha dito que estava 'farto' de ser segundo, e numa semana mudou esse paradigma, trazendo o primeiro ouro para a missão portuguesa, e a terceira medalha do ciclismo em Jogos do Mediterrâneo, depois da prata de Domingos Gonçalves na mesma especialidade e do bronze de Rafael Silva no fundo, em Tarragona2018.

"Já ontem [quarta-feira], tinha visto à entrada do prédio na Vila a lista de medalhas, estive a acompanhar. [Pensou:] 'deixa ver se amanhã está aqui o meu papelinho com o ouro'. É muito bom representar Portugal e conseguir uma medalha de ouro", admitiu.

O selecionador nacional, José Poeira, viu o seu corredor estar "acima de toda a concorrência", o que estava dentro das previsões e objetivos, para que trabalharam há mais de um mês, mesmo com o 'soluço' da covid-19.

"Agora, melhorámos um pouco em relação há quatro anos. Vamos ver na prova em linha o que vai acontecer. Era um objetivo, mas só se ganha no risco, não há vitórias antecipadas e, às vezes, acontecem coisas inesperadas. É preciso ter respeito pelo adversário", declarou.

Este ouro "dá motivação aos colegas" para a prova em linha, acrescentou.

É a quarta medalha em Oran2022 para Portugal, depois da prata da equipa masculina de ténis de mesa e dos bronzes da equipa feminina, no mesmo torneio, e de Filipa Martins, nas paralelas assimétricas.

Na prova feminina, a campeã nacional do 'crono' e de fundo, Daniela Campos, foi 10.ª, com um tempo de 26.46 minutos, longe dos melhores tempos, e Beatriz Roxo cumpriu os 18 quilómetros em 30.15.

Um problema de saúde recente tem limitado o desempenho de Roxo, que agora aponta aos Europeus de Anadia, enquanto Daniela Campos admitiu que este resultado "não era bem o que esperava".

"Era um percurso um bocado exigente, pelo sobe e desce que tinha, por começar mais a descer, e a gestão de esforço para voltar para cima. [...] Agora, é preparar para a prova de fundo", comentou.

Beatriz Roxo, por seu lado, explicou que quer "continuar a trabalhar" e recuperar, já se tendo sentido melhor hoje em relação à Volta a Portugal feminina e aos Nacionais.

A vitória foi para a italiana Vittoria Guazzini, única abaixo dos 25 minutos, com 24.24, seguida da eslovena Eugènie Bujak, com 25.14, e da francesa Cedrine Kerbaol, com 25.52.

As corridas de fundo estão marcadas para sábado, arrancando pelas 10:00, com os 147 quilómetros da corrida masculina, em que entram em ação Fábio Costa, Rafael Reis, Francisco Campos, Luís Gomes e Fábio Fernandes.

Vera Vilaça, Daniela Campos e Beatriz Roxo partem pelas 17:00 para uma prova com 80 quilómetros.

Fonte: Record on-line

“Tour: Pogacar está impaciente por iniciar a defesa do título e só teme a covid-19”


Líder da UAE Emirates ressalvou, contudo, que na 'Grande Boucle' "nunca se sabe o que pode acontecer"

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

Tadej Pogacar demonstrou esta quinta-feira a sua conhecida impaciência, ao dizer-se ansioso para iniciar a defesa dos títulos conquistados na Volta a França, confessando ainda estar inquieto com a recente vaga de covid-19 no pelotão.

"Estou ansioso para começar, estou muito impaciente. Vai ser um dia espetacular", declarou, entusiasmado, o sempre expansivo ciclista esloveno, em videoconferência de imprensa.

O líder da UAE Emirates, de 23 anos, assumiu-se "entusiasmado por estar à partida do Tour".

"Como em todas as corridas, vou fazer o meu melhor aqui. É a maior prova do calendário, por isso estou feliz por participar e por lutar pelo título. A preparação foi boa, estive em altitude, depois na Volta à Eslovénia, e novamente em altitude. Penso que estou em boa forma. Em relação ao ano passado, não há diferenças. Estou preparado, ainda mais confiante, porque melhoro ano após ano, vou ganhando experiência", notou.

'Pogi' ressalvou, contudo, que na 'Grande Boucle' "nunca se sabe o que pode acontecer" e que "basta ter um mau dia" para perder as hipóteses de vitória.

"É uma primeira semana traiçoeira. Muito plano, vento lateral, 'pavés'... Mas se nos unirmos como equipa, seremos suficientemente fortes. Não precisamos de ser agressivos ou defensivos, faremos simplesmente aquilo que temos de fazer, estar na frente e lutar pela nossa posição. Estamos preparados para isso, pelo que não nos devemos preocupar", avaliou.

O bicampeão em título garantiu que a UAE Emirates desta vez sem portugueses no 'oito' do Tour -- vai concentrar-se em si própria. "Somos uma equipa forte, confio nos meus companheiros, estamos muito motivados. Se nos mantivermos juntos durante as três semanas, vamos conseguir", completou.

Pogacar minimizou ainda as suas possibilidades de ganhar o contrarrelógio da primeira etapa, considerando que, na sexta-feira, não deverá ser o melhor nos 13,2 quilómetros nas ruas de Copenhaga (Dinamarca).

"Assim que houver uma oportunidade, todos vão querer vesti-la. Aquilo que vem com a camisola amarela - as responsabilidades, as cerimónias protocolares e as conferências de imprensa - faz parte. Nunca se diz não à amarela", argumentou.

No ano passado, o mais jovem bicampeão da história da 'Grande Boucle' vestiu a camisola de líder à oitava etapa, depois de ter ficado perto de o conseguir à quinta jornada, e na sexta-feira parte não só com o dorsal número um, mas também como favorito incontestável.

Além dos homens da Jumbo-Visma, 'vices' de 'Pogi' nas últimas duas edições o também esloveno Primoz Roglic foi segundo em 2020 e o dinamarquês Jonas Vingegaard no ano passado, só a covid-19 parece poder interromper o domínio do corredor da UAE.

"É um pouco preocupante. Espero que, chegados aqui, fiquemos o mais possível em 'bolha' e que não tenhamos outro teste positivo", disse, referindo-se à infeção do italiano Matteo Trentin, que deu positivo na quarta-feira e foi substituído pelo suíço Marc Hirschi.

A 109.ª Volta a França arranca na sexta-feira em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de julho, em Paris.

Fonte: Record on-line

“Giro d'Itália Donne feminino Kristen Faulkner vence prologo”


Por: José Morais

Iniciou-se o Giro d'Itália Donne feminino,  com a ciclista da equipa da Team BikeExchange-Jayco, Kristen Faulkner a vestir a 'maglia rosa', ao vencer o prologo realizado hoje com 4,700 metros, com a ciclista americana e ser a primeira líder.  

Entre as 11 latino-americanas presentes, a ciclista da Movistar Arlenis Sierra foi a que mais se destacou, a cubana consegui mais um recorde, o seu 21º, ficando a 23 s da vencedora, com Trinidadian Teniel Campbell da equipa da Team BikeExchange-Jayco a ficar em 38º lugar, e  Lina Hernández da equipa da Colômbia Tierra de Atletas a terminar em 91º

Entretanto da equipa da Movistar, Paula Patiño terminava na 93ª posição, e em 96º lugar a campeã chilena da especialidade Catalina Soto, com Milagro Mena da equipa Servetto – Makhymo – Beltrami TSA, a ficar em 115º lugar, das 144 ciclistas inscritas na prova.

Depois do prólogo, a atual líder Kristen Faulkner sairá amanhã com a camisola de líder, do Giro d'Itália Donne, será a primeira etapa em linha, num trajeto plano com 106.5 quilómetros, que ligará Villasimius a Tortolì, onde o mais rápido pelotão feminino internacional, irá aparecer, tentando destronar a líder da prova. 

“Tour: Van der Poel está preocupado com 'crono', mas quer amarela na primeira semana”


Mathieu van der Poel reconheceu hoje que será mais difícil vestir-se de amarelo na Volta a França em bicicleta, embora tenha admitido que vai tentar chegar à liderança da geral na ‘traiçoeira’ primeira semana da 109.ª edição

 

Por: Lusa

Foto: AFP

“No ano passado, tive a sorte de vestir a amarela. Isso será mais difícil este ano. Devo limitar as perdas no contrarrelógio. Se amanhã [sexta-feira] conseguir ficar nos 10 primeiros, com um bom ‘crono’, haverá uma pequena possibilidade de chegar à camisola amarela” durante a primeira semana, analisou o neerlandês da Alpecin-Fenix.

‘Estrela maior’ do pelotão internacional, Van der Poel entrou no ano passado na história da ‘Grande Boucle’, ao envergar a amarela durante seis etapas, concretizando o sonho de honrar o seu avô, o ‘eterno segundo’ Raymond Poulidor, o ciclista que mais vezes subiu ao pódio final da Volta a França (oito), sem nunca vestir a camisola de líder, e que morreu em 2019.

“Não sei onde me ‘situarei’ em relação aos especialistas do contrarrelógio. Se perder entre 10 e 15 segundos, será um bom resultado, e poderei tentar algo nos dias seguintes, talvez até antes da [quinta] etapa dos ‘pavé’”, disse.

O discurso de ‘MVDP’ em relação ao contrarrelógio de 13,2 quilómetros da primeira etapa da 109.ª edição, percorrido nas ruas de Copenhaga, parece demasiado cauteloso para quem, no ano passado, conseguiu defender a amarela no contrarrelógio de Laval, na quinta tirada, e fez o mesmo no último Giro, sendo segundo no ‘crono’ para manter a ‘maglia rosa’.

“O percurso assemelha-se ao da etapa do Giro, com muitas viragens e poucas linhas direitas, o que me dá uma vantagem em relação aos verdadeiros especialistas. Penso que é possível limitar as diferenças”, estimou.

Van der Poel, de 27 anos, considera que a sua condição física é, neste momento, idêntica à que tinha antes da Volta a Itália, na qual foi um dos protagonistas, com uma vitória em etapa e várias presenças em fugas.

“Tenho apenas mais dias de corrida nas pernas, pelo que devo estar ligeiramente mais forte. Realizei um bom estágio em altitude, em Livigno, e sinto-me preparado a ter uma boa prestação no Tour”, resumiu o líder da Alpecin-Fenix.

O neerlandês, duas vezes vencedor da Volta à Flandres (2022 e 2020), será um dos homens em destaque na primeira semana da ‘Grande Boucle’, que arranca na sexta-feira em Copenhaga, para três etapas ‘nervosas’ na Dinamarca, em que o vento pode desempenhar um papel fundamental, e ‘muda-se’ na segunda-feira para França, onde o pelotão enfrentará, na quinta tirada, uma mini-Paris-Roubaix.

Fonte: Sapo on-line

“Froome está "livre" das lesões e parte "à descoberta" do desconhecido no Tour"


Ciclista diz "ir à procura de uma vitória de etapa"

Por: Lusa

Foto: EPA

Chris Froome parte à descoberta do desconhecido na 109.ª Volta a França, com o tetracampeão a dizer-se hoje finalmente livre das mazelas da grave queda que sofreu há três anos.

"Chego um pouco à descoberta. Darei o meu melhor para ajudar a equipa e se isso significar ir à procura de uma vitória de etapa, tentarei fazê-lo", disse o veterano da Israel-Premier Tech.

Para alguém que foi quatro vezes campeão do Tour (2013, 2015, 2016 e 2017), uma vez 'vice' (2012) e outra terceiro (2018), ganhou sete etapas e a camisola da montanha (2015), os objetivos parecem demasiados modestos, mas o britânico de 37 anos, nascido no Quénia, está ciente de que a queda que sofreu durante o reconhecimento do contrarrelógio do Critério do Dauphiné em junho de 2019 mudou o seu destino.

"É um feito enorme regressar à competição depois daquela queda péssima. Só nos últimos meses, durante a preparação para o Tour, é que me senti livre de todos os problemas", declarou, em conferência de imprensa.

'Froomey' assume estar "impaciente para desfrutar de todas as oportunidades e de ver até onde as pernas chegam ao longo das próximas três semanas".

"Ao longo dos últimos 12 meses, não superei mal os obstáculos, mas tenho a impressão de que, entre janeiro e agora, estou numa trajetória ascendente", reconheceu, ressalvando que quer ir "dia a dia" e que o verdadeiro teste à sua condição física chegará nas montanhas.

Após a grave queda no Dauphiné, em que fraturou o fémur, o cotovelo direito e várias costelas, Froome nunca voltou a demonstrar a qualidade que exibiu durante oito anos no pelotão, sendo o melhor corredor da sua geração.

Além das vitórias no Tour, ganhou duas Voltas a Espanha (2011 e 2017) e um Giro (2018), sendo um dos sete ciclistas da história a vencer as três grandes Voltas e um dos dois ainda em atividade (o outro é Vincenzo Nibali, que se despede do pelotão no final da temporada).

A 109.ª Volta a França arranca na sexta-feira em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de julho, em Paris, onde será consagrado o sucessor do esloveno Tadej Pogacar, vencedor das últimas duas edições.

Fonte: Record on-line

“Rafael Reis conquista o ouro nos Jogos do Mediterrâneo”


Rafael Reis conquistou hoje a medalha de ouro no contrarrelógio individual dos Jogos do Mediterrâneo, que estão a decorrer em Oran, na Argélia.

Arrancou hoje a participação portuguesa nas provas de ciclismo dos Jogos do Mediterrâneo, com o contrarrelógio individual, nos setores masculino e feminino. A seleção nacional contou com quatro atletas em competição no dia de hoje, dois em cada um dos setores.

A primeira prova foi a feminina, na qual as atletas tiveram de percorrer um total de 18 quilómetros. Daniela Campos terminou na 10.ª posição, a 2m22s da vencedora, a italiana Vittoria Guazzini, e Beatriz Roxo fechou no 13.º lugar, a 5m51s.

O selecionador nacional de estrada, José Poeira, destacou a vitória de Rafael Reis e o bom trabalho de toda a equipa. “Este era um contrarrelógio mais rápido no início e com um final mais duro. O percurso era o mesmo tanto para o setor masculino como para o feminino, apenas um pouco mais longo para os rapazes. Na prova feminina o nível era bastante bom e as duas corredoras estiveram bem. No masculino, o Rafael Reis sentiu-se bem desde início, andou muito bem e conseguiu conquistar o ouro. Fez um contrarrelógio de excelência”, afirmou José Poeira.

Tal como referido pelo selecionador nacional, o percurso do setor masculino era idêntico ao do setor feminino, mas mais longo, totalizando 25 quilómetros. Rafael Reis foi o grande vencedor, batendo a concorrência com um tempo de 31m28s, com uma vantagem de 50 segundos para o segundo classificado, o francês, Enzo Paleni. Fábio Fernandes terminou em 11.º, a 2m58s.

“É muito bom estar aqui a representar Portugal e conseguir uma medalha de ouro. Depois da incerteza das últimas semanas em relação à minha forma física, vencer o campeonato nacional e voltar a vencer aqui é muito bom. O contrarrelógio de hoje era mesmo ao meu jeito, geri bem e o mais difícil diria que foi o vento de frente e também o calor que também era muito intenso. Vim para cá com o objetivo de confirmar o meu favoritismo para esta prova e é muito bom conseguir fazê-lo”, afirma Rafael Reis.

No sábado, dia 2 de julho, terão lugar as provas de fundo. Os primeiros a entrar em competição vão ser os corredores do setor masculino, sendo que irão enfrentar um percurso de 147 quilómetros, que terá início pelas 10h00. Seguir-se-á a corrida feminina, com uma distância a percorrer de 80 quilómetros, que terá início pelas 17h00.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

quarta-feira, 29 de junho de 2022

“Tour: Pogacar sozinho contra tudo e contra todos”


A terceira vitória consecutiva de Tadej Pogacar na Volta a França, cuja 109.ª edição começa na sexta-feira, parece uma inevitabilidade

 

Por: Lusa

Fotos AFP

A terceira vitória consecutiva de Tadej Pogacar na Volta a França, cuja 109.ª edição começa na sexta-feira, parece uma inevitabilidade, com o azar, a covid-19 ou uma fortíssima Jumbo-Visma a apresentarem-se como os ‘adversários’ primordiais do ciclista esloveno.

Quem se habituou a ver os ataques de longe do miúdo da UAE Emirates, agora com 23 anos, a sua confiança, escudada numa assombrosa maturidade para alguém da sua idade, e a aparente ausência de debilidades dificilmente acreditará que a amarela não será novamente sua em Paris.

A constância de Pogacar, que não parou de progredir nos últimos dois anos, tornando-se um verdadeiro todo-o-terreno, transformou-o num crónico favorito, mesmo que nem sempre a sua equipa esteja à altura do seu talento nesta edição, contudo, a UAE ‘muniu-se’ das contratações ‘estelares’ Marc Soler e George Bennett para apoiar o líder.

Olhando para a lista de inscritos, e sem menosprezar o papel que a INEOS, a formação mais vitoriosa na última década na ‘Grande Boucle’, poderá desempenhar nas contas da geral final, só a ‘super’ Jumbo-Visma parece ter condições para ‘destronar’ o bicampeão em título.

Tal como no ano passado, é o seu compatriota Primoz Roglic aquele que, em teoria, maiores dificuldades causará a ‘Pogi’, seja pelo seu historial em grandes Voltas – venceu as últimas três edições da Vuelta e foi segundo no Tour2020, seja pelo currículo recente, com importantes triunfos no Critério do Dauphiné e no Paris-Nice (e a quebra da sua ‘maldição’ em terras francesas).

No entanto, o esloveno de 32 anos, também ele um portento em todo o género de corridas, tem contra si o facto de ter sempre um dia mau, um ‘mal’ a que Jonas Vingegaard aparenta ser imune: ciclista sensação do Tour2021, o dinamarquês teve resultados mais modestos ao longo da temporada, mas foi fundamental para que Roglic pudesse conquistar o Dauphiné, onde foi segundo na geral, ‘rebocando-o’ na última etapa, que venceu.

A liderança da Jumbo-Visma pertence a ‘Rogla’, mas o corredor de 26 anos será um confiável ‘plano B’, numa equipa que conta ainda com Steven Kruijswijk, o terceiro do Tour2019, Sepp Kuss, oitavo na Vuelta2021, e o polivalente Wout van Aert – depois de ganhar três etapas no ano passado, em todos os terrenos, o belga aspira à camisola verde e os seus duelos com o eterno rival Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix) e o estreante Thomas Pidcock (INEOS) serão, provavelmente, o segundo grande motivo de interesse desta edição.

O poderio da formação neerlandesa encontra paralelo (ainda que ténue) no da INEOS, vencedora de sete das últimas 10 edições (numa era pré-Pogacar), que este ano confia no trio Geraint Thomas, Adam Yates e Daniel Martínez para lutar pela amarela.

Não que a equipa britânica não tenha um elenco de luxo, com o galês, campeão em 2018 e ‘vice’ no ano seguinte, o britânico, quarto classificado na edição de 2016, e o colombiano, quinto no Giro2021, sem esquecer Pidcock e Filippo Ganna, o maior especialista de contrarrelógio da atualidade, mas nenhum dos seus chefes de fila tem sido tão fiável como os homens da Jumbo-Visma.

Candidatos ao pódio há muitos, como o espanhol Enric Mas, colega de Nelson Oliveira na Movistar, o francês Romain Bardet (DSM), ‘vice’ em 2016, terceiro em 2017 e vencedor da montanha em 2019 – e falar de Bardet implica falar na eterna esperança Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) -, o veterano italiano Damiano Caruso (Bahrain Victorious), o australiano Ben O’Connor (AG2R Citroën), o quarto classificado de 2021, ou o russo Aleksandr Vlasov (BORA-hansgrohe), em grande forma esta temporada.

E, porque nem só da geral vive o Tour, até para o bem do português Ruben Guerreiro (EF Education-EasyPost), apostado em ‘caçar’ etapas em grandes Voltas, a luta pela camisola verde proporcionará, certamente, momentos emocionantes, quer entre Van Aert, ‘MVDP’ ou Pidcock, quer entre os ‘sprinters’.

A estreia de Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl) na ‘Grande Boucle’ impediu a presença de Mark Cavendish – uma desilusão para meio mundo, que queria ver o britânico superar o recorde de vitórias em etapas (34) que detém em igualdade com Eddy Merckx -, com o neerlandês a ter como principal rival Caleb Ewan (Lotto Soudal).

Mads Pedersen (Trek-Segafredo), Jasper Philipsen (Alpecin-Fenix), Dylan Groenewegen e Michael Matthews (BikeExchange-Jayco) e o inevitável Peter Sagan (TotalEnergies), a anos-luz da forma que lhe permitiu conquistar um recorde de sete camisolas verdes no Tour, são outros dos nomes a ter em conta, já que também um ‘apagado’ Sam Bennett foi deixado em casa pela BORA-hansgrohe.

Com a apresentação das equipas agendada para hoje, resta esperar para ver se a covid-19, como aconteceu com as quedas nas edições anteriores, não será determinante na definição do sucessor de Pogacar, numa 109.ª edição que vai percorrer 3.349,8 quilómetros entre Copenhaga (Dinamarca), onde a Volta a França arranca na sexta-feira, e Paris, onde os campeões serão consagrados nos Campos Elísios, em 24 de julho.

Fonte: Sapo on-line

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