quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

“Mauro Gianetti eleito Dirigente do Ano na cerimónia de prémios após época recorde de 2025 da UAE”


Por: Pascal Michiels

Mauro Gianetti foi distinguido como Manager do Ano numa cerimónia de prestígio em Milão, coroando uma época de 2025 recordista, na qual a UAE Team Emirates - XRG fixou um novo máximo histórico de vitórias numa só temporada.

O responsável suíço recebeu o Prime Cycling Manager Award durante a conferência “Towards New Goals: The Future of Cycling”, um evento organizado pela PrimeLex em parceria com a Banca Generali Private e a LIS SpA. Perante uma sala cheia, Gianetti foi reconhecido como o principal gestor de ciclismo a nível mundial em 2025.

 

Ano histórico da UAE Team Emirates – XRG

 

A distinção de Gianetti surge no final de uma época em que a UAE Team Emirates - XRG reescreveu os registos estatísticos da modalidade. A equipa fechou 2025 com 97 vitórias, o total mais elevado alguma vez alcançado por uma formação profissional. A amplitude do sucesso foi igualmente notável, com praticamente todo o plantel a contribuir com pelo menos um triunfo ao longo do ano.

“Receber este reconhecimento da PrimeLex é uma grande honra,” afirma Gianetti em declarações recolhidas pelo Tutto Bici Web. “É o resultado da paixão e do compromisso que coloco no meu trabalho todos os dias. Pude falar dos bastidores da equipa e do projeto nos Emirados Árabes Unidos que promove o ciclismo como estilo de vida saudável: um modelo único que pode inspirar outros países.”

 

Uma época de referência eleva a fasquia para 2026

 

Para Gianetti, o Prime Cycling Manager Award é o reconhecimento formal de uma temporada que levou a UAE Team Emirates - XRG a patamares históricos. Com um total de triunfos sem precedentes e uma profundidade competitiva ímpar, a campanha de 2025 estabelece um novo referencial no WorldTour masculino.

À medida que a equipa aponta a 2026, as expectativas irão, inevitavelmente, subir - mas a liderança de Gianetti, agora reconhecida em palco alargado, mantém-se central num projeto que remodelou o panorama competitivo do ciclismo profissional.

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“Estamos num ponto de viragem”: Marc Madiot teme pelo futuro do ciclismo”


Por: Pascal Michiels

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O Campeonato do Mundo de 2028 volta, 12 anos depois, ao Médio Oriente, com a prova marcada para Abu Dhabi. A área envolvente da capital dos Emirados Árabes Unidos é desértica e sem subidas asfaltadas relevantes. Normalmente, isso faria sorrir o pelotão dos sprinters, mas não é esse o caso neste momento.

Quando Tim Merlier lançou, em tom de brincadeira, numa conversa com Jan Bakelants, que o governo dos EAU está a construir uma montanha artificial de areia junto ao local previsto para a corrida, a tirada não foi levada muito a sério. Exceto pelo MARCA, que investigou e confirmou que os comentários de Merlier têm base real.

Segundo o jornal espanhol, estão a ser construídos vários obstáculos na ilha de Hudayriyat, mas a colina de Al Wathba é o mais destacado. À atual subida de 1,5 quilómetros a 6% está a ser acrescentado, neste momento, um setor final realmente exigente de 500 metros a 11%.

“Não sou um zelota ambiental, mas há princípios básicos e regras fundamentais a respeitar”, disse, indignado, o diretor desportivo da Groupama - FDJ, Marc Madiot, à RMC. “Ter um Mundial ali, porque não? Mas, se chegarmos a este tipo de situação, é desastroso para o nosso desporto e, indiretamente, para outros.” 

 

Ponto de viragem

 

Sem estar, por princípio, contra um percurso ajustado artificialmente, o francês vê um problema de fundo na tendência de desaparecimento de corridas talhadas para sprinters. O que o alarma é que o sucesso de um único corredor Tadej Pogacar baste para levar organizadores a dobrar-se para favorecer o seu perfil de ciclista.

“Estamos num ponto de viragem do que o desporto deve ser ou ainda pode ser”, prossegue. Para Madiot, cabe aos intervenientes do ciclismo agir antes que os traçados, e até paisagens inteiras, sejam transformados apenas para agradar aos fãs ou, pior, para favorecer um único ciclista.

“Acho que a Federação Internacional e o seu presidente precisam de recuperar o controlo deste tipo de situação. É a UCI que atribui os Campeonatos do Mundo com base num caderno de encargos. Não imagino a UCI a aceitar a criação de um obstáculo artificial com o pretexto de tornar a corrida mais dura, ou até de dar vantagem a um corredor em particular.”

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“Campeão italiano de BMX suspenso 18 meses por doping”


Por: Pascal Michiels

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Más notícias no ciclismo profissional. A sombra do doping volta a pairar sobre a modalidade, em particular sobre o BMX. Este verão, a UCI informou o campeão italiano de BMX Martti Sciortino de um resultado analítico adverso e suspendeu provisoriamente o corredor. Agora, a UCI oficializou uma sanção de 18 meses ao italiano.

No comunicado oficial da sanção, o órgão máximo do ciclismo explica que foram detetados em Sciortino vestígios de clorodesidro-metiltestosterona e estanozolol, duas substâncias proibidas pelos regulamentos antidopagem, numa amostra recolhida em 24.05.2025, na BMX Swiss Challenge Cup. A suspensão fica assim definida até dezembro de 2026.

 

Em baixo, pode ler o comunicado de imprensa completo da UCI:

 

“A União Ciclista Internacional (UCI) anuncia que o ciclista italiano Martti Sciortino foi sancionado com uma suspensão de 18 meses na sequência de uma violação das regras antidopagem pela presença do metabolito de desidrocrometiltestosterona (DHCMT), bem como de metabolitos de estanozolol (estanozolol)*, numa amostra recolhida durante a BMX Swiss Challenge Cup em 24.05.2025.”

“De acordo com o Código Mundial Antidopagem (Código) e o Regulamento Antidopagem da UCI (UCI ADR), o período de suspensão começou em 20.06.2025 e estará em vigor até 19.12.2026.”

“O caso foi resolvido mediante aceitação das consequências previstas no Código e no UCI ADR. A resolução está sujeita a recurso pela Organização Nacional Antidopagem de Itália e pela Agência Mundial Antidopagem.”

 

“A UCI não fará mais comentários.”

 

“A UCI delegou o seu programa antidopagem na International Testing Agency (ITA) em janeiro de 2021, mantendo a gestão de resultados e a tramitação de violações das regras antidopagem. Desde então, as iniciativas de ciclismo limpo têm sido conduzidas pela Unidade de Ciclismo da ITA, especificamente dedicada a todas as disciplinas da modalidade. A UCI e a ITA estão ligadas por um acordo de serviços que garante a independência da ITA.”

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“FPC e Auto Maran estabelecem parceria para reforço da mobilidade do Paraciclismo”


A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) formalizou um protocolo de colaboração com a Auto Maran, que se torna o novo parceiro oficial de mobilidade do Paraciclismo nacional.

No âmbito desta parceria, a Auto Maran cede à FPC uma VW Caddy PHEV, viatura que passará a dar apoio logístico às atividades da Seleção Nacional de Paraciclismo, incluindo o transporte de atletas, equipamento específico e todo o material técnico necessário à prática da modalidade.

Este reforço permitirá dotar a estrutura técnica - liderada pelo selecionador nacional Telmo Pinão - de melhores condições de resposta às exigências de treino, acompanhamento e participação competitiva, contribuindo para o crescimento sustentado do Paraciclismo em Portugal.


A cooperação agora estabelecida reflete o compromisso comum de promover a mobilidade inclusiva e melhorar as condições de preparação e deslocação dos atletas. Para a Federação Portuguesa de Ciclismo, esta parceria representa “um passo significativo no fortalecimento das modalidades adaptadas e na criação de condições que permitam aos atletas trabalhar com maior conforto, autonomia e segurança”. A Auto Maran destaca, por sua vez, que “a tecnologia e a mobilidade devem estar ao serviço das pessoas”, manifestando orgulho em apoiar um projeto desportivo com impacto social tão relevante.

Com este acordo, a FPC reafirma a sua aposta no desenvolvimento do Paraciclismo e na construção de um modelo de apoio que valorize atletas, equipas técnicas e competições, contribuindo para uma prática desportiva mais acessível, estruturada e alinhada com as necessidades reais dos praticantes.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“A época de Madalena Almeida: doce, amarga e verdadeira”


Agridoce é a palavra escolhida por Madalena Almeida pra definir a época de 2025. Um ano que trouxe momentos luminosos e outros que deixaram um sabor difícil de engolir, mas que, no final, lhe mostrou exatamente onde pertence e quem a sustenta: a família e os amigos.

Sorriu sempre que começou a correr no grupo da frente. Foram esses momentos que a encheram de esperança e de confiança de que estava onde queria estar, a competir com as melhores, ao nível que sabe ter. Mas houve também o dia em que só queria largar tudo. Depois do Europeu de distância olímpica em Istambul, após semanas em altitude e praticamente uma viagem direta para competir, o corpo e a cabeça pediam apenas uma coisa: casa. Uma pausa. Um regresso ao conforto do familiar.

Entre os episódios que ficaram atravessados, há um que não lhe sai da memória: a Taça do Mundo de Huatulco. As condições meteorológicas e o percurso levaram o grupo da Madalena a enganar-se no segmento de ciclismo. Uma frustração grande, porque sentia que merecia mais, e porque o erro não refletia o seu nível competitivo naquela altura.

Ainda assim, 2025 trouxe aprendizagens importantes. A maior de todas? Que para se sentir bem, o que realmente importa é estar rodeada das suas pessoas, aquelas que a equilibram, que lhe devolvem calma e sentido mesmo quando o mundo gira depressa demais. É por isso que, aconteça o que acontecer, há sempre um ritual no final de cada prova: ligar para o pai, porque partilhar a jornada é tão importante quanto vivê-la.

Se esta época tivesse uma banda sonora, seria o novo álbum da Taylor Swift, especialmente “The life of a showgirl”. Acompanhou-a em vários fins de semana de prova, tocado em repeat, como quem se ancora a algo familiar antes de competir. Embalada pelo som, Madalena teve momentos de pura alegria. A prova de Hamburgo, a sua primeira estafeta em WTCS, foi um desses. Competir com alguns dos seus melhores amigos tornou aquele fim de semana especial, leve, divertido, inesquecível.

Mas também houve lágrimas guardadas. Na Taça do Mundo de San Pedro de la Paz, a única prova do ano que não conseguiu terminar, sentiu a mistura crua de frustração e tristeza. Por vezes o corpo não responde, e aceitar isso é das lições mais duras do desporto.

Snacks bizarros? Nenhum. A Madalena admite que é esquisita com comida: aventura gastronómica não faz parte da rotina competitiva.

Se pudesse trocar de corpo com outro triatleta, seria com Miguel Tiago Silva, só para saber o que é nadar sempre na frente sem parecer que se está a esforçar. Um superpoder que muitos no triatlo gostariam de experimentar.

E entre todos os momentos marcantes, houve um gesto que ficou gravado: a chegada da estafeta em São Martinho do Porto, com a Inês Rico e a Matilde Santos. Um cruzar de meta que não foi só uma meta, foi um abraço coletivo, uma partilha de esforço, amizade e orgulho.

Agridoce. Assim foi 2025 para Madalena Almeida. Um ano com curvas, tropeções, sorrisos genuínos, aprendizagens profundas e certezas renovadas.

 

Texto elaborado com base num questionário com as seguintes perguntas:

 

1 Como descreves esta época numa palavra?

2. Qual foi o momento em que pensaste: “Ok, isto está mesmo a correr bem”?

3. E o momento em que só te apetecia largar tudo e ir comer um pastel de nata?

4. Há alguma prova que tenha ficado atravessada, aquela que ainda hoje pensas “eu merecia mais ali”?

5.O que é que mais aprendeste sobre ti nesta época?

6. Quem foi o primeiro a receber uma mensagem depois da melhor prova da época?

7. Se a tua época tivesse uma banda sonora, que música seria?

8. Qual foi o momento mais divertido da época, dentro ou fora da competição?

9. E aquele momento em que quase choraste (de raiva, cansaço ou alegria)?

10. Qual foi o snack mais bizarro que comeste, este ano, antes ou depois de competir?

11. Se pudesses trocar de corpo com outro triatleta por um dia, quem escolhias e porquê?

12. Há alguma pessoa ou gesto que te tenha tocado particularmente durante a época?

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“CRP Ribafria realizou estágio de três dias no Algarve”


A equipa Beneditense de ciclismo do CRP Ribafria | Grupo Parapedra – MAF – Riomagic realizou um estágio de três dias na Quinta Alegre, uma unidade de turismo rural situada em Porches, no Algarve.

A concentração teve lugar no dia 29, em Aljustrel. Por volta das 13h30, já com os cinco reforços presentes para a nova época, a equipa partiu de bicicleta rumo ao local do estágio, percorrendo cerca de 120 km.


No dia 30, pelas 10h00, o grupo voltou à estrada para um treino conjunto de aproximadamente 100 km.

Durante a tarde, seguiu-se um período de convívio, troca de ideias entre staff e atletas, e foram distribuídas as prendas de Natal destinadas às famílias e filhos dos corredores.

O jantar teve novamente lugar na Quinta Alegre. Mais tarde, na magnífica sala de estar da quinta e no conforto da lareira, realizou-se uma reunião onde foram debatidos vários assuntos, incluindo planos de estágio, coordenação interna e o planeamento das provas da época.


No último dia, por volta das 9h00, a equipa realizou o último treino, com cerca de 80 km.

Após o almoço, todos regressaram a casa.

Este estágio, que assinalou o início da época 2026, proporcionou três dias de forte espírito de equipa, convívio e união, sempre com o treino e a preparação física no centro das atenções.

Fonte: CRP Ribafria




“Agenda de Ciclismo”


Tempo de decisões na Taça de Portugal de Ciclocrosse

 

A época de ciclocrosse começou a toda a velocidade e a Taça de Portugal tem desfecho agendado já para o próximo fim de semana. Domingo, Vila Boa de Quires será o palco da sexta e última prova pontuável da competição que tem marcado a agenda nacional de ciclismo durante o outono.

As corridas vão decorrer no Complexo Desportivo AD Portocarreiro, em Vila Boa de Quires e Maureles, Marco de Canaveses, a partir das 9h. O percurso tem três quilómetros e um desnível acumulado de 267 metros. As inscrições estão abertas até ao final desta quarta-feira, na plataforma do site da Federação Portuguesa de Ciclismo.

Os sub-13 e sub-15 masculinos e femininos serão os primeiros a entrar em ação, seguindo-se masters masculinos, atletas open e paraciclistas, a partir das 10h. Às 11h30 partem as restantes categorias femininas, incluindo a elite, e os sub-17 masculinos. Por fim, a elite masculina e os sub-19 correm a partir das 12h45, estando a cerimónia protocolar agendada para as 14h.

Ao fim de cinco provas pontuáveis, a luta pela conquista da Taça de Portugal de Ciclocrosse entre a elite masculina e feminina continua em aberto, com Bruno Silva (Boavista/RP/Paredes) e Tânia Lima (SAERTEX Portugal/CRIAZinvent) a liderarem nas respetivas categorias.


Na última jornada dupla de Taça, em Abrantes e Ansião, vários atletas garantiram já o título matemático: Matilde Fernandes (sub-15 feminina), Rita Fontinhas (sub-19 feminina) João Vigário (sub-19 masculino), Patrícia Rosa (master 30 feminina), Diogo Afonso (master 35 masculino) e Fernando Gonçalves (master 60 masculino).

No dia anterior (sábado, 6 de dezembro), irá decorrer a primeira etapa da Superliga de Ciclocrosse, que integra o 3.º Troféu Inter-Regional da Associação de Ciclismo da Beira Litoral e da Associação de Ciclismo do Porto. A prova terá lugar no Parque Urbano de Paços de Ferreira, estando o início das corridas agendado para as 9h.

 

Mais eventos oficiais

 

6 de dezembro: Meeting ACBI - Fim de Época, Pista Bexiga Peres

6 de dezembro: Troféu Inter-Regional - ACBL /ACPorto - 3ª Prova, Paços de Ferreira

7 de dezembro: XVII Avalanche da Raposeira 2025, Calheta, Madeira

7 de dezembro: “Nós deiqui e Bós daí” – O Douro que nos une, Mirando do Douro

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
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  • Subdiretor: Helena Ricardo Morais
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  • Registado: Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº: 125457
  • Proprietário e Editor: José Manuel Cunha Morais
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