quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

“A época de Madalena Almeida: doce, amarga e verdadeira”


Agridoce é a palavra escolhida por Madalena Almeida pra definir a época de 2025. Um ano que trouxe momentos luminosos e outros que deixaram um sabor difícil de engolir, mas que, no final, lhe mostrou exatamente onde pertence e quem a sustenta: a família e os amigos.

Sorriu sempre que começou a correr no grupo da frente. Foram esses momentos que a encheram de esperança e de confiança de que estava onde queria estar, a competir com as melhores, ao nível que sabe ter. Mas houve também o dia em que só queria largar tudo. Depois do Europeu de distância olímpica em Istambul, após semanas em altitude e praticamente uma viagem direta para competir, o corpo e a cabeça pediam apenas uma coisa: casa. Uma pausa. Um regresso ao conforto do familiar.

Entre os episódios que ficaram atravessados, há um que não lhe sai da memória: a Taça do Mundo de Huatulco. As condições meteorológicas e o percurso levaram o grupo da Madalena a enganar-se no segmento de ciclismo. Uma frustração grande, porque sentia que merecia mais, e porque o erro não refletia o seu nível competitivo naquela altura.

Ainda assim, 2025 trouxe aprendizagens importantes. A maior de todas? Que para se sentir bem, o que realmente importa é estar rodeada das suas pessoas, aquelas que a equilibram, que lhe devolvem calma e sentido mesmo quando o mundo gira depressa demais. É por isso que, aconteça o que acontecer, há sempre um ritual no final de cada prova: ligar para o pai, porque partilhar a jornada é tão importante quanto vivê-la.

Se esta época tivesse uma banda sonora, seria o novo álbum da Taylor Swift, especialmente “The life of a showgirl”. Acompanhou-a em vários fins de semana de prova, tocado em repeat, como quem se ancora a algo familiar antes de competir. Embalada pelo som, Madalena teve momentos de pura alegria. A prova de Hamburgo, a sua primeira estafeta em WTCS, foi um desses. Competir com alguns dos seus melhores amigos tornou aquele fim de semana especial, leve, divertido, inesquecível.

Mas também houve lágrimas guardadas. Na Taça do Mundo de San Pedro de la Paz, a única prova do ano que não conseguiu terminar, sentiu a mistura crua de frustração e tristeza. Por vezes o corpo não responde, e aceitar isso é das lições mais duras do desporto.

Snacks bizarros? Nenhum. A Madalena admite que é esquisita com comida: aventura gastronómica não faz parte da rotina competitiva.

Se pudesse trocar de corpo com outro triatleta, seria com Miguel Tiago Silva, só para saber o que é nadar sempre na frente sem parecer que se está a esforçar. Um superpoder que muitos no triatlo gostariam de experimentar.

E entre todos os momentos marcantes, houve um gesto que ficou gravado: a chegada da estafeta em São Martinho do Porto, com a Inês Rico e a Matilde Santos. Um cruzar de meta que não foi só uma meta, foi um abraço coletivo, uma partilha de esforço, amizade e orgulho.

Agridoce. Assim foi 2025 para Madalena Almeida. Um ano com curvas, tropeções, sorrisos genuínos, aprendizagens profundas e certezas renovadas.

 

Texto elaborado com base num questionário com as seguintes perguntas:

 

1 Como descreves esta época numa palavra?

2. Qual foi o momento em que pensaste: “Ok, isto está mesmo a correr bem”?

3. E o momento em que só te apetecia largar tudo e ir comer um pastel de nata?

4. Há alguma prova que tenha ficado atravessada, aquela que ainda hoje pensas “eu merecia mais ali”?

5.O que é que mais aprendeste sobre ti nesta época?

6. Quem foi o primeiro a receber uma mensagem depois da melhor prova da época?

7. Se a tua época tivesse uma banda sonora, que música seria?

8. Qual foi o momento mais divertido da época, dentro ou fora da competição?

9. E aquele momento em que quase choraste (de raiva, cansaço ou alegria)?

10. Qual foi o snack mais bizarro que comeste, este ano, antes ou depois de competir?

11. Se pudesses trocar de corpo com outro triatleta por um dia, quem escolhias e porquê?

12. Há alguma pessoa ou gesto que te tenha tocado particularmente durante a época?

Fonte: Federação Triatlo Portugal

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