sexta-feira, 14 de novembro de 2025

“A aposta pessoal de Alberto Contador que poderá pender a balança a favor de Vingegaard na Volta a França”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Com o encerramento da época de 2025, a Team Visma | Lease a Bike volta a apontar o foco para as Grandes Voltas. Depois de dominar no Giro, na Vuelta e de lutar pelo título na Volta a França, a formação neerlandesa quer recuperar o trono perdido para Tadej Pogacar e, para isso, reforçou-se com um dos jovens trepadores mais promissores do pelotão: Davide Piganzoli.

 

O novo braço direito de Vingegaard

 

Aos 23 anos, o italiano chega ao World Tour após seis temporadas de crescimento sustentado na Polti Kometa de Alberto Contador, onde demonstrou uma notável evolução em provas por etapas. Piganzoli chega com uma missão clara: ajudar Jonas Vingegaard a reconquistar a Volta a França.

Na edição de 2025, a Visma apresentou uma equipa de luxo em torno do dinamarquês, com Sepp Kuss, Matteo Jorgenson, Simon Yates, Victor Campenaerts e Wout van Aert, mas o poder de fogo nas montanhas revelou-se curto para travar Pogacar, praticamente intocável aos 27 anos. Com uma edição de 2026 ainda mais montanhosa e exigente, a estrutura neerlandesa decidiu reforçar o bloco de trepadores com mais profundidade.

Piganzoli encaixa-se perfeitamente nesse perfil: regular, resistente e com capacidade para brilhar em finais de alta montanha.

 

Um talento formado à moda de Contador

 

Os resultados do jovem italiano confirmam o seu potencial. Em apenas dois anos como profissional, construiu um currículo que o coloca entre os melhores jovens trepadores do pelotão:

13.º lugar na classificação geral da Volta a Itália 2024, na sua estreia em Grandes Voltas, com uma equipa convidada.

14.º lugar no Giro 2025, confirmando consistência e maturidade competitiva.

2.º lugar no Gran Camiño 2025 e na Route d’Occitanie 2025.

3.º lugar no Giro dell’Emilia 2024.

Top 3 no Tour de l’Avenir 2023.

Top 3 no GP Indústria & Artigianato 2025.

Vencedor da Volta a Antalia 2024, incluindo uma vitória de etapa.

Este conjunto de resultados comprova que Piganzoli já domina o ritmo das grandes montanhas e que o salto para o WorldTour surge no momento certo. A transição para a Visma representa um desafio diferente, não apenas pela exigência interna, mas pela responsabilidade de correr ao lado de um bicampeão da Volta a França.

 

Um reforço estratégico para a montanha

 

Com Vingegaard focado exclusivamente na Volta a França 2026, a Team Visma | Lease a Bike pretende regressar ao topo através de uma estrutura sólida de apoio em alta montanha. O percurso da próxima edição, repleto de subidas longas e duras, exigirá um bloco coeso e numeroso.

Piganzoli surge, assim, como o reforço estratégico ideal: um jovem de perfil trepador puro, ainda com margem de progressão, mas já capaz de se medir com os melhores nas grandes rampas.

“O objetivo é claro: ajudar Jonas Vingegaard a vencer novamente a Volta a França”, afirmou o italiano durante a assinatura do contrato, em Nice.

Para a Visma, é também um investimento de futuro. Piganzoli chega com experiência em provas de três semanas e um perfil de corredor moldado para crescer ao lado de um líder consolidado.

Com Sepp Kuss como mentor natural e Vingegaard como referência, o italiano entra na equipa no momento certo, quando o desafio de destronar Tadej Pogacar se torna mais exigente do que nunca.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/a-aposta-pessoal-de-alberto-contador-que-podera-pender-a-balanca-a-favor-de-vingegaard-na-volta-a-franca

“Remco Evenepoel: 2026 deve começar em Portugal, dobradinha Giro–Tour em equação e uma opinião sobre o percurso do Tour”


Por: Carlos Silva

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Remco Evenepoel continua a ser uma das figuras centrais do ciclismo moderno e o seu calendário para 2026 começa a ganhar forma. Tudo dependerá do percurso da Volta a Itália, que será apresentado no primeiro dia de dezembro. Nos planos do belga pode estar a ambiciosa combinação Volta a Itália–Volta a França, um arranque de época na Volta ao Algarve e possíveis aparições em provas como a Milan-Sanremo ou a Volta à Flandres, hipóteses que há muito alimentam especulação.

“Neste momento, temos um plano A e um plano B em cima da mesa”, disse Evenepoel à Hln. E um deles inclui a Volta a França. “Em princípio, sim, embora isso não esteja 100% definido.” O francês parece ser o eixo central da sua época, embora o traçado mais montanhoso e a escassez de quilómetros de contrarrelógio o deixem apreensivo. “Um pouco atípico para o Tour. Difícil. Um pouco de tudo, por todo o lado. Mas atrativo. Será mais um desafio interessante. Mas há outros objetivos de peso.”

Se a Volta a Itália oferecer um contrarrelógio mais longo, ou quilómetros de esforço individual plano capazes de criar diferenças reais, a presença do belga é quase garantida. Até porque Florian Lipowitz, da Red Bull – BORA – hansgrohe, já confirmou que apontará à Volta a França. Assim, Evenepoel trabalha com dois cenários.

“O primeiro inclui uma campanha de clássicas, o segundo o Giro. Com base no percurso das etapas da Volta a Itália, que será revelado em breve, vamos avaliar internamente e em conjunto o que é exequível do ponto de vista físico e de treino.”

O belga confirma ainda que o Mundial no Canadá será uma prioridade na segunda metade da época e que a Volta a Espanha não entra nos planos. “Também temos em mente o Campeonato do Mundo no final da época, porque quero estar no meu melhor lá. Depois do Tour, volto a desligar e, vou aos GPs do Quebec e Montreal, entre outros, para preparar as corridas das camisolas arco-íris no Canadá.”

 

Espaço para clássicas da primavera no calendário?

 

As palavras de Evenepoel sugerem que, independentemente das Grandes Voltas, a vontade de marcar presença na primavera mantém-se. “Mesmo com uma combinação Volta a Itália–Volta a França, é possível fazer algo em termos de provas de um dia”, afirmou. “Mas aí a margem de erro é menor. Desde que não comprometa a preparação ideal para o Tour.”

Ainda assim, outras prioridades podem pesar mais nesta fase de adaptação à equipa alemã. “Também preciso de me habituar o mais rápido possível aos meus novos colegas. E vice-versa. Nesse sentido, será importante poder correr, por exemplo, uma Paris–Nice e/ou uma Volta à Catalunha com eles.”

“Assim que o percurso do Giro for conhecido, tomar-se-ão decisões [...] A equipa vai agora analisá-las e dar feedback. O facto é que, em ambos os casos, terão de ser feitos sacrifícios em determinadas corridas.”

Evenepoel revelou também as opções para o início da época, ambas em fevereiro. “Só começarei a temporada em fevereiro, na Volta ao Algarve ou na UAE Tour, consoante o que a equipa quiser. Certamente não começarei antes.”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/remco-evenepoel-2026-deve-comecar-em-portugal-dobradinha-giro-tour-e-possivel-opiniao-sobre-o-percurso-do-tour-de-france

“Balanço da época de 2025: Cofidis vive época amarga em 2025 e enfrenta 2026 como Pro Team”


Por: Carlos Silva

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Na nossa série de balanços de 2025, tem-se mantido um tom frequentemente negativo. Infelizmente, este capítulo não foge à regra. A época da Cofidis foi turbulenta do início ao fim. Como equipa francesa UCI World Tour com décadas de história, partiu para o ano com ambição de consolidar estatuto, mas acabou empurrada para uma disputa amarga contra a despromoção. Houve sinais animadores em janeiro e fevereiro, vitórias que devolveram confiança e manchetes que sugeriam uma recuperação. Porém, à medida que o calendário avançou, o fosso entre o que a estrutura pretendia e aquilo que conseguiu alargou-se de forma evidente. O veredito final deixou a Cofidis com perguntas difíceis e uma licença Pro Team para 2026.

Pilar tradicional do ciclismo francês, a Cofidis completou em 2025 a 29.ª temporada e a sexta consecutiva no World Tour. Combinou experiência com desenvolvimento de talento, tentando ultrapassar o seu próprio peso competitivo. O plantel incluía nomes como Bryan Coquard, Jesús Herrada e Alex Aranburu, com veteranos como Ion Izagirre e Dylan Teuns a assumirem funções de liderança. O antigo manager, Cédric Vasseur, que, entretanto, saiu, montou um grupo focado em sprinters e caçadores de etapas. O plano era simples: Coquard na velocidade final, Herrada nas chegadas explosivas de média montanha e a versatilidade de Aranburu como sustentação. O objetivo era claro, sobreviver.

No balanço final, o plano desfez-se. A Cofidis somou nove vitórias, um número modesto para uma equipa World Tour e quase todas obtidas em provas secundárias. Nenhuma surgiu nas grandes competições do calendário. O conjunto terminou o ano em 20.º, penúltimo entre as formações World Tour, a poucas centenas de pontos da linha de segurança. Depois de um 2023 consistente, a curva virou para baixo, culminando na queda para o segundo escalão. Os números foram explícitos: menos vitórias, menos pontos, menos sinais de futuro.

 

Campanha de primavera

 

Ironia das ironias, o ano começou como se a Cofidis estivesse pronta para contrariar o pessimismo. Em janeiro, Coquard sprintou para vencer a 4ª etapa do Tour Down Under, acabando com um longo jejum no World Tour e devolvendo energia à equipa. Fevereiro trouxe mais indicadores positivos: Valentin Ferron venceu o GP La Marseillaise, Milan Fretin ganhou a Clásica de Almería e repetiu com um triunfo na Volta ao Algarve. A meio de fevereiro, o registo já contabilizava quatro vitórias, um arranque forte que parecia anunciar uma nova fase. Em abril, Fretin reforçou o momento com o triunfo no Ronde van Limburg.

Contudo, quando chegaram as Clássicas de referência, a Cofidis perdeu andamento. Nos Monuments falhou o top 10, não conseguiu pódios nas clássicas WorldTour e a velocidade de Coquard nunca se traduziu em resultados capazes de marcar presença. Faltou um líder consistente para este terreno e, apesar de presença regular, a equipa raramente apareceu nos momentos decisivos.

Ainda assim, houve lampejos. A vitória de Aranburu na 3ª etapa da Volta ao País Basco foi uma das melhores do ano. O espanhol foi inicialmente relegado por alegado desvio de trajetória, mas reinstalado após revisão. O episódio mostrou que a Cofidis podia, em dias inspirados, bater acima da sua dimensão. Mas fora a série quente de fevereiro, a primavera ficou aquém do esperado. Perante equipas mais profundas, a Cofidis pareceu curta, esforçada, mas sem execução, um bloco sempre no limite.

 

Temporada de Grandes Voltas

 

As Grandes Voltas expuseram com clareza o declínio competitivo da equipa. Entre Volta a Itália, Volta a França e Volta a Espanha, a Cofidis não venceu etapas nem colocou um ciclista no top 20 da geral. A soma total de pontos nas três Grandes Voltas foi inferior ao que alguns rivais conquistaram apenas na Volta a França.

Na Volta a Itália, sem um líder para a geral, a equipa apostou no oportunismo. Pouco resultou. O 52.º lugar de Sergio Samitier foi o melhor na classificação geral, e as tentativas de vitória em etapas ficaram sempre longe.

A Volta a França repetiu o vazio. Depois dos triunfos em 2022 e 2023, havia confiança renovada, mas a realidade foi dura. Emanuel Buchmann assumiu a classificação geral; o seu 30.º lugar resumiu bem o esforço, regular mas nunca marcante. Coquard tentou discutir sprints e conseguiu um sétimo lugar numa tirada plana, o melhor resultado da equipa. Internamente, descreveram o Tour como “dramático”, não pela intensidade, mas pela ausência dela. Os cerca de 150 pontos UCI acumulados reforçaram a sensação de invisibilidade.

Na Volta a Espanha, a última hipótese para resgatar a época, o cenário repetiu-se. Herrada partiu com esperanças, mas as lesões limitaram-no. Coquard abriu com um sétimo lugar na 1ª etapa e nunca mais entrou nas contas da corrida. Samitier fechou em 31.º, e nenhum ciclista da Cofidis entrou no top 5 de uma etapa. Apenas 112 pontos UCI e, pela primeira vez em muitos anos, a equipa saiu de Espanha sem vitórias nem relevância.

Os problemas eram estruturais. A saída de Guillaume Martin deixou a equipa sem referência para a geral, e as alternativas não preencheram o vazio. A velocidade de Coquard não foi suficiente para enfrentar sprinters de topo, e os homens das fugas falharam o golpe decisivo. As lesões agravaram a falta de profundidade. No final, os Grand Tours sintetizaram a época da Cofidis: sem liderança, sem golpe final, sem sorte quando importava.

“Invisível” continua a ser a palavra mais justa para descrever a campanha da Cofidis nas Grandes Voltas.

 

Transferências (2025–2026)

 

Depois de um ano tão difícil, a Cofidis optou por uma remodelação expressiva rumo a 2026. Entre as principais entradas, destaca-se Alex Kirsch, vindo da Lidl–Trek, um rouleur capaz de reforçar tanto o bloco de sprint como as clássicas. Da extinta Arkéa chegam Jenthe Biermans, um ciclista versátil, e o trepador francês Camille Charret, além do sub-23 Louis Rouland. A figura de cartaz é o campeão italiano sub-23 Edoardo Zamperini, puncheur de 22 anos que a equipa vê como pilar de uma “nova era”.

As saídas também marcam uma mudança profunda. Jesús Herrada, figura histórica da última década e autor de três vitórias na Volta a Espanha, abandonou o projeto. Anthony Perez, habitual nas fugas, também parte. Stefano Oldani sai após um ano apagado, enquanto Aimé De Gendt ruma à Q36.5 e Jonathan Lastra transfere-se para a Euskaltel-Euskadi.

A estrutura diretiva sofreu igualmente alterações. Com a despromoção confirmada, a Cofidis separou-se de Cédric Vasseur, sinal claro de reset. Como ProTeam, continuará a receber wildcards automáticos para as principais provas em 2026, garantindo presença no mais alto nível.

 

Veredito final: 4/10

 

Sem rodeios, 2025 foi duro. A equipa começou bem, acumulou vitórias num início prometedor, mas a segunda metade da época ficou marcada por oportunidades perdidas e pressão crescente. As Grandes Voltas fecharam sem triunfos, sem relevância na geral e sem sinais de evolução. No outono, o défice de pontos já era inevitável.

A nota justa é 4 em 10: mérito pelo arranque forte e por alguns momentos de qualidade, mas penalização pela irrelevância nas Grandes Voltas e pelo declínio competitivo. A missão para 2026 está traçada. Reforçar a estrutura, proteger melhor os líderes nas corridas e acelerar a integração da nova geração. Com wildcards garantidos, a Cofidis tem base para reagir. Transformar isso em resultados dependerá da adaptação dos reforços e da capacidade de veteranos como Coquard e Aranburu sustentarem o próximo capítulo.

 

Discussão

Fin Major (CyclingUpToDate)

 

Olhando para trás, não consigo evitar a sensação de que a época de 2025 da Cofidis foi um aviso duro, mas necessário. Começaram fortes, com boas sensações, e depois viram tudo desmoronar quando chegaram os verdadeiros testes. As vitórias iniciais e a camisola do Giro de Moniquet lembraram-me que ainda há combatividade nesta equipa, mas as Grandes Voltas expuseram o quanto ficámos para trás. Perder o estatuto WorldTour vai afetá-los, não há como contornar isso. Mas, se a Cofidis aprender com este ano, as dificuldades de 2025 podem ser a base para algo melhor.

 

Rúben Silva (CiclismoAtual)

 

Não vou cair em cima da Cofidis, porque é uma equipa francesa, e assumo que mantém o mesmo orçamento ano após ano num pelotão que, em média, cresce todos os anos. De certa forma é uma equipa presa no tempo, já sem capacidade para competir a este nível; simplesmente já não encaixa no World Tour e a despromoção é lógica. Como foi referido, a época de 2023 foi bastante decente e Victor Lafay foi uma autêntica revelação. Em 2025, tenho uma memória da Cofidis a correr e vencer em grande, que foi o triunfo do Aranburu na Itzulia. Nada mais, nada, a equipa foi claramente a mais ausente da ação este ano, não só sem resultados como também sem um grande nome que captasse atenções.

 

Se ignorarmos o contexto, haveria muito a criticar. A equipa contratou 13 ciclistas, quase metade do plantel, e Aranburu foi o único que correspondeu. Emanuel Buchmann já não é o mesmo, Dylan Teuns não apareceu, e os restantes são corredores que podem render num calendário mais modesto, não no mesmo de UAE e Visma. O dinheiro foi investido nos ciclistas errados e a falta de competitividade no mercado parece evidente.

Grandes Voltas, nada a apontar de positivo, nenhum dos escaladores da equipa rendeu; no sprint, tanto Milan Fretin como Bryan Coquard começaram bem a época, mas depois de fevereiro tiveram 1 vitória no total; e simplesmente não houve momentos memoráveis. Pouca exposição, poucos resultados, a falta de pontos UCI foi tão grave que, mesmo com a Arkéa a fechar e a Intermarché a desaparecer do panorama (o que significava duas vagas extra no World Tour), a equipa não conseguiu. Foi ultrapassada pela Uno-X Mobility no fim, quando até este ano quase não havia foco ou hipóteses de que isso acontecesse. A equipa regressará ao nível Pro Team, onde pertence (isto não é uma crítica), e talvez 2026 seja um ano melhor. Um wildcard para o Tour de France está virtualmente garantido e as necessidades financeiras serão talvez menores devido à divisão inferior, pelo que não haverá grandes problemas nesse capítulo.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/balanco-da-epoca-de-2025-cofidis-vive-epoca-amarga-em-2025-e-enfrenta-2026-como-proteam

"Há interesse em trazer ciclistas chineses para a Europa” Ex-diretor da China Glory acredita que o próximo passo está cada vez mais próximo”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A China tem cerca de 1,4 mil milhões de habitantes, 700 vezes mais do que, por exemplo, a Eslovénia. Ainda assim, haverá oito eslovenos e apenas um ciclista chinês no World Tour em 2025. Estatisticamente, deveria haver alguns chineses com nível para correr uma Grande Volta, mas… A última vez que um corredor chinês alinhou numa foi há mais de uma década e, nesse aspeto, o futuro não é risonho.

Não é estranho a China não ter uma única estrela do ciclismo de estrada? O Domestique esteve à conversa com manager da equipa China Anta - Mentech, Lionel Marie, que, após quatro temporadas na formação continental chinesa, rumará à UAE Team ADQ em 2026.

“Claro que há algures por aí um tipo com força para estar no Tour. Não sabemos é aonde”, sorriu Marie. “Temos de os encontrar e esse é o problema. Onde é que eles estão? Vá lá, rapazes, venham ter connosco…”

Um dos principais obstáculos do ciclismo de estrada na China, além da concorrência de tantas outras modalidades, é a falta de uma estrutura competitiva de base e um modelo de desenvolvimento local, totalmente controlado pelas províncias. “Se um dia a federação tiver o apoio do governo para o fazer, então tudo é possível”, disse Marie. “O potencial é grande.”

 

Três passos atrás por causa dos National Games

 

A equipa de Marie está sediada na Turquia desde a sua criação, em 2022, trazendo talentos para competir em provas menores na Europa.

Em 2025, porém, o duo mais promissor – o trepador Xianjing Lyu e o sprinter Binyan Ma, ambos com vitórias na Turquia no palmarés – nem sequer saiu da Ásia. Deixaram de competir? Não. Mas as suas federações provinciais (Yunnan e Guangdong, respetivamente) quiseram tê-los totalmente focados nos National Games, evento quadrienal muitas vezes apelidado de “Jogos Olímpicos chineses”. O Lyu vai competir em BTT, que é a disciplina mais popular na China. O Ma foi 4.º e ambos deverão ter liberdade para regressar à Europa em 2026…

“Os National Games são no ano a seguir aos Jogos Olímpicos de nenhuma forma me foi possível trazer todos os bons corredores, porque as províncias lutam entre si toda a época”, explica Marie. “Isso significa que não deixam os rapazes vir connosco, e essa foi uma frustração este ano.”

“Essa mentalidade continua. O objetivo principal são os Jogos Olímpicos e depois os National Games. Para os Mundiais no Ruanda, a meta era obter um bom resultado no contrarrelógio misto, mas tive de colocar um corredor que se tinha retirado há dois anos. Teve de recomeçar a treinar em junho, quando o chamaram durante os campeonatos nacionais. Foi um desafio, mas tentámos fazer o melhor com o que tínhamos.”

 

Quatro anos bem-sucedidos

 

Mesmo assim, Marie pode orgulhar-se de algumas conquistas da equipa no seu período à frente da China Anta. Desde logo, Lyu tornou-se no primeiro chinês a concluir a prova de estrada dos Jogos Olímpicos, no ano passado em Paris, antes de vencer os campeonatos asiáticos na Tailândia, no início desta época.

“No ano passado queríamos chegar aos Jogos, e este ano o nosso objetivo principal era ser campeão asiático, por isso ficámos bastante satisfeitos”, disse Marie, embora reconheça que um só corredor, agora com 27 anos, foi responsavel por fazer todo a calendário. “Agora está a começar a ficar mais velho, mas o Xianjing Lyu é o melhor ciclista chinês do momento”

A esperança passa por descobrir mais corredores com talento numa fase mais precoce e colocá-los a competir internacionalmente mais cedo. A seleção chinesa apresentou em Guangxi seis corredores com menos de 25 anos, incluindo o trepador Rongqi Zhang de 19 anos.

Para a maioria, foi um baptismo de fogo enfrentar profissionais do World Tour e, por isso, não surpreendeu ver as camisolas chinesas sobretudo no gruppetto. Mas um chinês deixou marca na corrida – o antigo corredor da China Anta que agora integra a XDS Astana, Haoyu Su. Marie espera que mais ciclistas sigam os seus passos.

 

Mudança de mentalidade

 

“Temos alguns rapazes com grande potencial e a equipa está a dar cada vez mais credibilidade à China”, disse Marie. “Também ajuda quando antigos corredores voltam às suas províncias, porque podem explicar como se treina na Europa. Eles quase que se tornam treinadores."

“Mas é um processo longo e ainda há muito a fazer, porque a China é enorme. As províncias são muito poderosas, por isso temos de ir devagar na melhoria de métodos de treino e de preparação. Na província de Yunnan, por exemplo, construíram uma pista coberta com um quilómetro, e fazem treinos de 200 km nessa pista. Imaginem, 200 voltas! Destrói a cabeça dos rapazes… Mas os nossos estão, aos poucos, a ficar mais fortes, e a equipa técnica também está a aprender.”

“É uma cultura completamente diferente da europeia”, diz Marie. “Todas as bicicletas são feitas na China e agora toda a gente quer encontrar um patrocinador chinês. Recebemos muitas mensagens, ‘Podem ajudar-nos a trazer um ciclista chinês por causa do mercado chinês?’ E se na Europa houver interesse em integrar ciclistas chineses por essa via, então é um bom caminho para chegar um dia à Volta a França…”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ha-interesse-em-trazer-ciclistas-chineses-para-a-europa-ex-diretor-da-china-glory-acredita-que-o-proximo-passo-esta-cada-vez-mais-proximo

“Aos 50 anos, veterano espanhol mantém carreira viva com novo contrato e calendário asiático”


Por: Carlos Silva

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Há poucas semanas, vários órgãos de comunicação social davam como certa a retirada de Francisco Mancebo, obrigando o próprio a vir a público nas redes sociais para desmentir. Na altura, deixou claro que pendurar a bicicleta era uma possibilidade, mas que ainda procurava uma equipa. Encontrou-a. O veterano espanhol seguirá ativo aos 50 anos e prepara-se para mais uma temporada, depois de ter chegado a acordo com um novo projeto.

Segundo o Marca, Mancebo, que entrará na quinta década de vida em março de 2026, comprometeu-se com a formação continental chinesa Pingtan International Tourism Island Cycling Team.

O espanhol continuará, assim, a competir sobretudo na Ásia, um pelotão que se tornou o seu habitat natural ao longo da última década. Ainda assim, correr na China representará uma etapa inédita para Mancebo, que chega do Japão depois de sete épocas na Matrix Powertag, onde ainda conseguiu vencer ocasionalmente, mesmo tendo o dobro da idade de muitos adversários.

Mancebo iniciou a carreira no final dos anos 90 na Banesto (atual Movistar Team) e, após se ver envolvido em polémica em 2006 durante a passagem pela AG2R, percorreu o mundo sem abrandar. Tudo indica que continuará a fazê-lo pelo menos mais uma temporada, num percurso paralelo ao de Óscar Sevilla, outro veterano que também chegará aos 50 anos ainda em competição, ao serviço da colombiana Team Medellín-EPM.

 

Melhores resultados

 

Entre os resultados mais significativos de Mancebo destacam-se as duas vitórias na classificação geral da Vuelta a Castilla y León (2000 e 2003), a conquista final da Volta a Burgos em 2002 e, nesse mesmo ano, o triunfo na Clásica a los Puertos. A estes somou a prestigiada Classique des Alpes em 2003, um dos sucessos mais notáveis obtidos fora de Espanha.

Nas Grandes Voltas, o espanhol subiu ao pódio da Volta a Espanha em 2004, terminando em terceiro, e assinou um brilhante quarto lugar na Volta a França de 2005, confirmando a capacidade para competir ao mais alto nível. Nessa mesma temporada, venceu uma etapa da Volta a Espanha e acumulou dois segundos lugares em etapas entre 2004 e 2005.

Mancebo somou ainda vitórias em voltas por etapas de menor projeção internacional, mas de competitividade exigente, como a Vuelta a Asturias (2009) e a Vuelta a Chihuahua Internacional (2007 e 2008). Nos Estados Unidos venceu uma etapa no Amgen Tour of California (2009). Mais recentemente, abriu a temporada com um triunfo na 1ª etapa do Tour du Sahel, na Mauritânia.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/aos-50-anos-veterano-espanhol-mantem-carreira-viva-com-novo-contrato-e-calendario-asiatico

“INEOS reduz investimento na equipa WorldTour com entrada em cena da TotalEnergies”


Por: Ivan Silva

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A INEOS Grenadiers atravessa uma fase de transformação profunda. A entrada da TotalEnergies como patrocinador secundário em 2025 e principal a partir de 2027 marca o início de uma nova era que poderá culminar com o fim da licença britânica da equipa e, na prática, com o desaparecimento da última grande estrutura britânica do ciclismo mundial.

 

O declínio de um império

 

Durante mais de uma década, a INEOS, sucessora da Sky, simbolizou a supremacia britânica nas Grandes Voltas, com triunfos consecutivos na Volta a França por Bradley Wiggins, Chris Froome e Geraint Thomas. Mas os tempos mudaram. O ciclismo britânico, outrora referência mundial, vive agora um período de regressão acentuada.

O país conta atualmente com apenas uma equipa profissional masculina, menos do que nações com escassa tradição ciclística, como Marrocos, Roménia ou Irão. A Volta à Grã-Bretanha, principal prova do calendário nacional, reduziu-se a seis etapas, reflexo da falta de financiamento e de uma base estrutural cada vez mais frágil.

A iminente reforma de Cavendish e Thomas, e o ocaso competitivo de Froome, simbolizam o fim de uma geração dourada, e deixam um vazio que o sistema britânico não tem conseguido preencher.

 

Dificuldades em manter o ADN britânico

 

A própria INEOS tem sentido essa erosão interna. A saída de Tom Pidcock e Ethan Hayter, dois dos maiores talentos do Reino Unido, expôs o descontentamento com a gestão e a ausência de um projeto coeso para os ciclistas britânicos. Atualmente, o núcleo da equipa é cada vez mais internacional, com Carlos Rodríguez e Joshua Tarling como exceções de relevo.

Nos últimos anos, a equipa perdeu também a influência e a aura de invencibilidade que a caracterizavam até 2021. Apesar de continuar entre as formações mais poderosas do WorldTour, deixou de ser o padrão de excelência que rivalizava com o domínio atual da UAE Team Emirates - XRG e da Team Visma | Lease a Bike.

 

A nova era TotalEnergies

 

A parceria com a TotalEnergies representa, por um lado, um novo fôlego financeiro, mas, por outro, uma mudança de identidade. O acordo prevê que a petrolífera francesa cubra um terço do orçamento anual da equipa, cerca de €15 milhões, o mesmo valor que investe atualmente na sua estrutura de segunda divisão.

O orçamento total manter-se-á ligeiramente acima dos €50 milhões, sem aumento substancial, mas com uma clara redistribuição: a INEOS reduzirá o investimento direto, enquanto a TotalEnergies assume maior protagonismo.

A médio prazo, tudo indica que a equipa poderá passar a ter licença francesa, algo que, segundo o Cyclingnews, pode concretizar-se entre 2028 e 2029. Essa transição já se reflete no mercado de transferências, com as contratações do campeão francês Dorian Godon e de Kévin Vauquelin, dois símbolos da nova aposta francófona.

 

O regresso ao topo passa por França

 

A aproximação à TotalEnergies redefine a rota da equipa, de estrutura britânica dominadora para um projeto europeu de matriz francesa. A eventual chegada de Paul Seixas, o supertalento francês atualmente na Decathlon AG2R La Mondiale, reforçaria essa transição.

Com base em Nice e Mónaco, onde residem muitos dos seus ciclistas, a INEOS já opera de facto num ambiente francófono, e a integração plena na estrutura francesa parece agora um desfecho natural.

Apesar das mudanças, o futuro da equipa não está em risco. O financiamento está assegurado e o projeto mantém estabilidade. O que está em causa é a identidade, num momento em que o ciclismo britânico se afasta do topo e a França recupera espaço no coração da estrutura que um dia simbolizou o auge do ciclismo do Reino Unido.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ineos-reduz-investimento-na-equipa-worldtour-com-entrada-em-cena-da-totalenergies

“OFICIAL: Fim de linha para Chris Froome na Israel - Premier Tech, anúncio do fim da carreira pode estar iminente”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Não surpreende, mas agora confirma-se oficialmente: Chris Froome não continuará na Israel - Premier Tech em 2026. A equipa, que mudará de nome no próximo ano, comunicou a decisão na tarde desta sexta-feira através do Instagram, despedindo-se dos corredores que não farão parte do projeto futuro, numa época marcada por alguns êxitos, mas também por várias dificuldades.

“A época de 2026 está ao virar da esquina e um novo capítulo espera-nos! Com os preparativos para a próxima temporada em velocidade de cruzeiro, vamos ficar offline por um curto período a partir de amanhã, sábado, 15 de novembro, antes de regressarmos para revelar o novo nome e identidade da equipa”, podia ler-se na publicação. Segundo Ciro Scognamiglio, da Gazzetta dello Sport, a formação deverá passar a licença suíça, o que implicará também a entrada de um patrocinador principal do país. Embora ainda não haja garantias formais, existe um grau de segurança para o futuro dos ciclistas, algo raro num inverno marcado por desaparecimentos e fusões de equipas.

“Fiquem atentos! Antes de nos despedirmos, queremos aproveitar para agradecer aos elementos da equipa técnica que partem pelo seu trabalho incansável e, claro, aos corredores que saem”, acrescentou a estrutura, antes de listar os nomes que deixam o projeto. Entre eles, um ciclista retirado (Michael Woods), três que já assinaram por outras equipas e… Chris Froome.

“Pascal Ackermann, Chris Froome, Riley Pickrell, Matthew Riccitello, Michael Schwarzmann e Mike Woods. Obrigado pelas memórias ao longo destes anos, esperamos voltar a ver-vos no pelotão no próximo ano ou onde quer que o próximo capítulo vos leve!” A mensagem coloca Froome oficialmente no mercado, sem contrato para 2026, e é provável que a situação não mude. Aos 40 anos, sem resultados expressivos desde 2022 e com um histórico recente de problemas físicos, o tetracampeão da Volta a França dificilmente encontrará nova oportunidade no pelotão profissional.

Froome tinha assinado um contrato de cinco anos com a Israel - Premier Tech, mas, nas últimas épocas, competiu muito pouco, sendo que a sua última Grande Volta foi a Volta a Espanha de 2022. O cenário já era delicado, mas a sucessão de lesões sofridas há poucos meses encerrou antecipadamente a sua temporada e acrescentou mais um obstáculo à sua continuidade. A sua última corrida pela equipa, e provavelmente a última da carreira, foi a Volta à Polónia de 2025.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/oficial-fim-de-linha-para-chris-froome-na-israel-premier-tech-anuncio-do-fim-da-carreira-pode-estar-iminente

“Triatlo 2026: já abriu a época de licenciamento — garante a tua licença com desconto!”


Não queres perder uma prova em 2026? Queres ter toda a segurança e conforto para treinar e competir? Licencia-te a partir de 15 de novembro!

Aproveita o desconto de 15% sobre o valor da licença, no processo de licenciamento para a época 2025. Até 31 de dezembro, os valores a pagar são:

Atletas até aos 15 anos inclusive = 12,75€

Atletas que pertencem a clubes = 21,25€

Atletas individuais = 35,70€

A partir do dia 1 de janeiro:

https://aplicacao.federacao-triatlo.pt/area-reservada/tas até aos 15 anos inclusive = 15€

Atletas que pertencem a clubes = 25€

Atletas individuais = 42€

A este valor acresce o valor do seguro que pode variar entre os 24€ e 39€ conforme o que escolher.

Se estiver licenciado há 10 ou mais anos, receberá adicionalmente um cupão de  15% de desconto sobre o valor da licença.

LICENCIAMENTOS AQUI: https://aplicacao.federacao-triatlo.pt/area-reservada/

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“Simão Lucas reforça a Tavfer–Ovos Matinados–Mortágua no âmbito da colaboração com a ACR Roriz”


A Tavfer–Ovos Matinados–Mortágua continua a apostar firme na promoção de jovens talentos do ciclismo português e confirma a contratação de Simão Lucas, oriundo da Landeiro–KTM ACR Roriz Cycling Academy, ao abrigo da parceria entre as duas equipas. Natural de Santiago Maior, no concelho de Alandroal, o jovem atleta dá um passo importante na sua carreira ao ingressar na formação continental para a temporada de 2026.

A paixão de Simão pelo ciclismo nasceu dentro de casa. “A minha história com o ciclismo começou ao ver o meu pai nas corridas. Logo quis andar de bicicleta e competir também”, conta o jovem atleta. O primeiro contacto com o treino mais sério surgiu no Centro de Ciclismo de Loulé, onde enfrentou os desafios iniciais da modalidade. “Os primeiros tempos foram muito duros, mas aos poucos comecei a evoluir e a conquistar os primeiros pódios”, recorda.

O talento e a dedicação levaram-no depois à Landeiro–KTM ACR Roriz, estrutura de formação reconhecida no panorama nacional. “Na ACR Roriz evoluí muito como atleta e consegui vencer algumas corridas. O momento mais marcante da minha carreira foi quando fui chamado à seleção nacional de pista para disputar o Campeonato da Europa”, partilha o ciclista.

O jovem português teve ainda a oportunidade de realizar um estágio com a Tavfer–Ovos Matinados–Mortágua na Serra da Estrela durante a época de 2025, experiência que o marcou profundamente. “Foi espetacular. Fui tratado com amizade e profissionalismo. Sente-se um ambiente familiar e de grande empatia entre ciclistas e staff”, sublinha.

A integração de Simão Lucas é mais um exemplo do sucesso da parceria entre a Tavfer–Ovos Matinados–Mortágua e a ACR Roriz, que tem permitido uma transição sólida de atletas da categoria júnior para o escalão sub-23 e para o nível profissional. “Esta colaboração é fundamental para jovens como eu, que encontram aqui uma oportunidade real de continuar a carreira no ciclismo”, destaca.

Motivado e grato pelas oportunidades, Simão olha para 2026 com ambição renovada: “Tudo farei para dignificar e honrar a camisola da Tavfer–Ovos Matinados–Mortágua. Quero ajudar ao máximo os meus colegas e conquistar com a equipa o maior número possível de vitórias e pódios. Vamos com tudo para 2026!”

Xavier Silva, manager da equipa, refere que: “Para nós, é muito importante continuar, ano após ano, a acompanhar os atletas juniores da escola de ciclismo da ACR Roriz, especialmente aqueles a quem acreditamos poder dar a oportunidade de subir ao escalão profissional. A contratação de Simão chega num momento em que anunciamos o nosso último atleta para a época de 2026, em que teremos seis ciclistas sub-23 numa equipa total de 14 corredores. Este número significativo reflete claramente o caminho que queremos seguir: a aposta na formação, que sempre foi um dos pilares deste projeto e que continuamos a reforçar. Acreditamos que o futuro do ciclismo passa por investir nestes jovens talentos e proporcionar-lhes todas as condições para iniciarem com sucesso a sua carreira no ciclismo profissional.”

Declaração de Simão Lucas: “É com enorme orgulho que vou representar esta equipa na época de 2026. Todos os dias darei o meu melhor para continuar a evoluir, contribuir em todos os momentos para os objetivos coletivos e honrar a camisola da Tavfer–Ovos Matinados–Mortágua. Tenho como meta alcançar tudo o que estiver ao meu alcance e dar sempre o máximo em prol dos meus colegas e da equipa.”

Fonte: Equipa Ciclismo Tavfer–Ovos Matinados–Mortágua

“Figueira Champions Classic / Casino Figueira 2026 - Apresentação de Equipas”


A organização da Figueira Champions Classic – Casino Figueira dá hoje início à divulgação das equipas que marcarão presença na 4.ª edição desta grande clássica do calendário internacional UCI Pro Series.

E nada melhor para começar do que com uma das formações mais fortes do pelotão continental profissional: a Caja Rural – Seguros RGA! 


A equipa espanhola, atualmente 7.ª classificada no ranking UCI, é reconhecida pela sua consistência e espírito combativo, prometendo ser uma das protagonistas na estrada da Figueira da Foz.  

Data: 14 fevereiro  

Local: Figueira da Foz

Fonte: Clube Desportivo Fullracing

 

“Tavfer-Ovos - Matinados-Mortágua reforça o plantel de 2026 com o jovem galego Diego López”


A Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua mantém a sua linha de aposta na formação e na juventude, confirmando a integração do ciclista galego Diego López, de 18 anos, para a temporada de 2026. Natural de Santiago de Compostela, o jovem atleta junta-se à equipa portuguesa com um percurso promissor e uma clara ambição de crescimento desportivo.

“Comecei a andar de bicicleta aos 8 anos, o mesmo ano em que a Volta a Espanha terminou na minha cidade e o Campeonato do Mundo se realizou perto, em Ponferrada. Esses eventos despertaram em mim uma enorme curiosidade e paixão. Pouco depois, comecei a competir na escola da minha cidade e percebi que queria dedicar a minha vida ao ciclismo”, conta Diego López.

Entre os momentos mais marcantes da sua jovem carreira, o novo reforço destaca o pódio alcançado na sua primeira prova internacional, organizada por Alberto Contador, onde terminou em terceiro lugar e teve a oportunidade de subir ao pódio ao lado do campeão espanhol. Refere ainda o oitavo lugar na primeira etapa do Tour de Valromey, em 2024, e a sua vitória no Campeonato Galego em 2023, um título que ambicionava desde as categorias de formação.

“O meu sonho sempre foi ser ciclista profissional e estou muito grato à Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua por me ter dado esta oportunidade”, afirma. “Vejo uma equipa com ideias claras, que valoriza as pessoas e que aposta num ambiente de crescimento contínuo. Tenho a certeza de que aqui poderei aprender muito e evoluir para me tornar um bom profissional neste desporto que tanto amo.”

O jovem ciclista recorda o início da sua relação com a estrutura mortaguense: “O meu primeiro contacto com a equipa foi no ano passado, quando o Lois De Jesus começou a correr aqui, é um grande amigo. Também conheço o Gustavo Veloso, conheci-o numa concentração da equipa de ciclismo galega, e tive uma conversa com ele sobre vários assuntos. Este ano, no final da época, o meu manager Juan Campos disse-me que havia a possibilidade de vir para cá, gostei muito da ideia e decidimos que, se a equipa estivesse interessada, era um ótimo passo na minha carreira. Foi assim e estou muito feliz.”

O diretor desportivo da equipa, Gustavo Veloso, sublinha a estratégia de desenvolvimento que a Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua pretende alcançar: “O Diego é um atleta júnior, que fez bons resultados e boas corridas em Espanha, Portugal e França. É um trepador puro e encaixa na nossa aposta de futuro. Em 2026 será sub-23 de primeiro ano e deverá adaptar-se à categoria e continuar a sua formação como atleta e pessoa na nossa equipa. Ainda está numa fase onde irá combinar estudos e ciclismo, e temos a responsabilidade de lhe dar as condições para a sua formação académica e desportiva.”

Com a chegada de Diego López, a Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua reforça o seu compromisso com o desenvolvimento de jovens talentos ibéricos, consolidando a sua posição como uma das principais estruturas de formação do ciclismo português.

Fonte: Equipa Ciclismo Tavfer-Ovos - Matinados-Mortágua

Ficha Técnica

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