sábado, 18 de outubro de 2025

“Antigo Campeão do Mundo sobre o holandês "Se o Mathieu van der Poel quiser o ouro olímpico, terá de mudar tudo”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Mathieu van der Poel já gravou o seu nome na história como um dos ciclistas mais versáteis e dominadores da era moderna. É campeão do mundo de estrada, de ciclocrosse e de gravel, e já venceu as mais prestigiadas clássicas do calendário - Milan-Sanremo, Volta à Flandres e Paris-Roubaix. No entanto, há uma conquista que ainda lhe escapa: o título olímpico de BTT.

Ao longo dos anos, o neerlandês tem tentado conciliar a modalidade com o seu extenso calendário na estrada e no ciclocrosse, mas sem sucesso. Para Richard Groenendaal, antigo campeão mundial de ciclocrosse e profundo conhecedor do seu compatriota, o problema é claro: falta dedicação exclusiva.

“O ciclismo de montanha é um desporto muito especializado. Isso vai exigir adaptações para Mathieu van der Poel. Mas não sei exatamente quais serão esses ajustes”, afirmou Groenendaal à Wielerevue. “Ele teve sucesso no passado, ganhou campeonatos nacionais, europeus e etapas da Taça do Mundo. Mas isso aconteceu quando ainda não era ciclista do World Tour e podia combinar a época de BTT com o ciclocrosse.”

 

“Se quer o ouro, tem de mudar o calendário”

 

Segundo o especialista, a abordagem atual de Van der Poel impossibilita qualquer ambição real de conquistar o ouro olímpico. “Nos últimos anos, ele só competiu em duas provas de BTT: em Nove Mesto e no Campeonato do Mundo. Se ele quer realmente chegar ao ouro, terá de ajustar drasticamente o seu calendário de estrada.”

Van der Poel concentra-se sobretudo nas clássicas da primavera e por vezes adiciona a Volta a França e os Campeonatos do Mundo aos seus objetivos principais. Juntar a isso a exigência do ciclocrosse no inverno, onde continua a ser dominador, torna praticamente impossível uma preparação ideal para o BTT.

“Se o percurso for semelhante a uma pista de ciclocrosse refinada, ele terá hipóteses. Mas se for um circuito duro, com longas subidas e secções técnicas, será muito difícil para o Van der Poel”, acrescenta Groenendaal.

 

O dilema das prioridades

 

Com o recorde de títulos mundiais de ciclocrosse ao seu alcance e uma possível inclusão olímpica da disciplina em 2030, Van der Poel dificilmente abdicará dessa vertente. A grande dúvida reside, portanto, no que estará disposto a sacrificar na estrada.

“Também já combinei três disciplinas, mas isso foi noutra época. Nessa altura, as corridas duravam duas horas e meia a três horas e eu não me dava bem com a bicicleta de montanha. Não era bem a minha disciplina”, recorda Groenendaal.

O antigo profissional acredita que, se Van der Poel quiser realmente perseguir o sonho olímpico, terá de mudar radicalmente de abordagem. “O ciclismo evoluiu. Ele também está a envelhecer. Já ganhou tudo na estrada, por isso há espaço para se concentrar no BTT. Mas isso exigirá mais tempo e um compromisso maior do que aquele que teve há oito anos, quando foi campeão europeu.”

 

“Nem todos temos de ter opinião sobre Van der Poel”

 

Ainda assim, Groenendaal admite que a pressão constante e as opiniões externas não ajudam o neerlandês a tomar decisões de forma serena. “Na verdade, penso que nem todos devemos ter uma opinião sobre o que Van der Poel deve ou não deve fazer. Se ele tem ambições olímpicas no ciclismo de montanha, saberá certamente o que fazer, pelo menos muito melhor do que nós.”

Para Groenendaal, o equilíbrio que Van der Poel encontrou entre as modalidades é também o segredo da sua longevidade. “O ciclocrosse não requer muita energia. Ele faz isto num curto espaço de tempo e precisa desse estímulo. É assim que se mantém motivado, porque é a disciplina em que cresceu. A transição do ciclocrosse para a estrada é fácil para ele, já que esses mundos são tecnicamente mais próximos. O ciclismo de montanha é simplesmente um desporto completamente diferente.”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/btt/antigo-campeao-do-mundo-sobre-o-holandes-se-o-mathieu-van-der-poel-quiser-o-ouro-olimpico-tera-de-mudar-tudo

“Trepador da Decathlon pondera pendurar a bicicleta aos 29 anos "Neste momento estou 50-50"


Por: Carlos Silva

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Victor Lafay tem sido, ao longo dos últimos anos, um dos ciclistas franceses mais talentosos da sua geração. Vencedor de uma etapa na Volta a França de 2023 e conhecido pela sua capacidade para acompanhar os melhores nas subidas curtas e explosivas, o corredor da Decathlon AG2R La Mondiale Team vive um momento de reflexão profunda sobre o futuro. Aos 29 anos, admite que pode estar prestes a colocar um ponto final na carreira, decisão que poderá ser tomada logo após a Volta a Guangxi.

“Não sei. Talvez seja mais fácil parar quando se está em boa forma do que quando se está a lutar e já estamos esquecidos”, confessou o francês à Domestique. “Não seria mau sair no topo. Se eu parar, será para fazer outros projectos desportivos, por isso é melhor não estar acabado fisicamente.”

Apesar de continuar em excelente condição física, Lafay revela-se dividido entre continuar no pelotão ou iniciar uma nova fase da vida. Sem contrato para 2026, o francês admite que tem ofertas de várias equipas, mas ainda não decidiu o que fazer. “Queria tomar uma decisão antes de vir para cá, mas as circunstâncias fizeram com que demorasse um pouco mais. Por isso, estou mesmo 50-50.”

Após uma temporada irregular, marcada por uma longa pausa entre abril e agosto, Lafay reencontrou o ritmo nas últimas semanas e mostrou um desempenho muito competitivo na Volta a Guangxi, onde terminou em 2.º lugar na etapa de Nongla. Uma vitória teria, talvez, mudado o rumo da sua decisão.

 

“Acho que tinha pernas para ganhar”

 

Sobre a sua prestação na etapa rainha, Lafay explicou a estratégia da equipa e lamentou o infortúnio de um colega. “Queríamos jogar com os nossos números, mas perdemos o Aurelien Paret-Peintre mesmo antes do final da subida e ele era a carta que queríamos jogar, juntamente comigo”, disse. “A Emirates talvez tenha jogado um pouco demais, atacando em todas as direções. É uma pena, porque acho que tinha pernas para ganhar.”

O ataque decisivo de Paul Double acabou por se revelar incontrolável, deixando Lafay e os restantes favoritos a lutar apenas pelo segundo posto. “Eu tinha mesmo posto na minha cabeça a ideia de dar tudo a partir da curva à esquerda. No ano passado, vi que não era assim tão íngreme, por isso antecipei-me aos outros. Não tinha a certeza se ainda havia alguém à frente, mas vi uma mota e percebi que sim. Depois vi o ciclista da Jayco”, recordou.

O francês reconhece que, naquele momento, teve dificuldade em ler a corrida e acabou por não conseguir reagir a tempo: “Ele deve ter feito um grande esforço para conseguir uma vantagem como aquela, por isso não sei se tinha a possibilidade de fazer melhor. Mas se o Aurelien não tivesse ficado antes da subida, talvez tivesse podido ir no momento em que a corrida estava perdida…”

Apesar da frustração, Lafay mantém-se optimista quanto à derradeira etapa. Com o circuito de Nanning a incluir uma subida curta, mas íngreme, que será repetida várias vezes, o perfil da etapa poderá favorecer o francês e a Decathlon.

Independentemente do resultado, Victor Lafay parece determinado a encerrar esta fase da carreira em alta. A sua lucidez reflete um ciclista que nunca procurou apenas números, mas sim ver que as coisas fazem sentido e talvez, como ele próprio disse, “não seja mau sair no topo”.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/trepador-da-decathlon-pondera-pendurar-a-bicicleta-aos-29-anos-neste-momento-estou-50-50

“Equipa belga fecha as portas e acusa o patrocinador "Queria apropriar-se de tudo o que construímos"


Por: Carlos Silva

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Após 15 anos de presença no pelotão profissional, a Wagner Bazin WB deixará de existir em 2026. A histórica equipa continental belga, que começou como Wallonie-Bruxelles e atravessou várias identidades ao longo da última década, chega ao fim entre desentendimentos internos, frustração desportiva e um colapso na relação com o patrocinador principal, Philippe Wagner.

 

Um projeto que se desfez de dentro para fora

 

A notícia foi confirmada por Christophe Brandt, gestor da equipa, ao La Dernière Heure. Brandt, que entrou na estrutura em 2014, acompanhou a sua evolução através de múltiplas designações Veranclassic Aqua Protect, Bingoal Pauwels Sauzen WB e, finalmente, Wagner Bazin WB.

“Não foi uma escolha própria. Mas depois de tanta insatisfação e atritos com o patrocinador Wagner, já não vejo possibilidade de continuar”, disse ao La Dernière Heure.

O ano de 2025 foi particularmente difícil. A equipa terminou apenas na 33ª posição do ranking UCI das equipas ProTeam, à frente de estruturas modestas como a Flanders-Baloise e a Novo Nordisk, e em 69º lugar no ranking geral de pontos UCI.

“Tínhamos bons ciclistas, com potencial para se tornarem profissionais sólidos, mas foi difícil obter resultados imediatos. A alguns não se deram todos os meios necessários para atingir o seu melhor nível”, lamentou Brandt.

 

“O ego do Sr. Wagner ficou ferido”

 

Segundo Brandt, a tensão com o patrocinador Philippe Wagner, proprietário da marca de charcutaria que deu nome à equipa, agravou-se à medida que os resultados não apareciam.

“Acho que o ego dele ficou ferido”, disse Brandt. “Para voltar a vencer, quis obrigar-nos a participar em corridas menores, mas já tínhamos compromissos assumidos noutros eventos que garantiam visibilidade aos nossos parceiros. Isso gerou conflitos de agenda e de prioridades.”

Apesar das dificuldades, o projeto de Brandt tinha conseguido formar ciclistas que hoje integram o World Tour, como Laurenz Rex, Alex Kirsch, Lionel Taminiaux, Stan Aniolkowski, Matteo Malucelli e Matthijs Paasschens.

 

A ruptura: “Wagner construiu uma equipa nas minhas costas”

 

O ponto de ruptura surgiu quando Brandt descobriu que Philippe Wagner estava a negociar diretamente com ciclistas e colaboradores da equipa, preparando a criação de uma nova estrutura.

“Houve cada vez menos comunicação entre nós... até que, em junho, soube que o Wagner estava a construir uma equipa nas minhas costas”, revelou Brandt. “Chegou mesmo a contactar ciclistas que tinham contrato connosco para se juntarem ao seu novo projeto.”

Para Brandt, o comportamento do patrocinador ultrapassou o limite da ética desportiva e empresarial. “Tenho a impressão de que o Philippe Wagner queria aproveitar-se de tudo o que construímos em dez anos para se apropriar disso. O nosso know-how, os nossos colaboradores, a nossa rede. Mas então teria sido melhor que tivesse comprado a equipa. Teria sido mais claro do que fingir que estavam a construir um novo projeto.”

 

O fim de uma era para o ciclismo valão

 

Com o fim oficial da estrutura e a não renovação da licença UCI para 2026, desaparece também uma das equipas mais emblemáticas do ciclismo belga fora do World Tour.

A Wallonie-Bruxelles e os seus sucessores nunca foram uma potência financeira, mas desempenharam um papel essencial no desenvolvimento de jovens talentos da região da Valónia e serviram como plataforma de ascensão para inúmeros profissionais.

“É triste ver terminar algo que foi construído com tanta dedicação. A nossa ambição sempre foi formar e lançar ciclistas, e nisso tivemos sucesso”, concluiu Brandt.

Assim, fecha-se um capítulo importante do ciclismo belga, deixando um vazio e uma sensação agridoce entre os que viram na WB um símbolo de perseverança, regionalismo e paixão genuína pelo ciclismo.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/equipa-belga-fecha-as-portas-e-acusa-o-patrocinador-queria-apropriar-se-de-tudo-o-que-construimos

“Exact Cross Essen: Lucinda Brand e Toon Vandebosch vencem no início da época de ciclocrosse”


Por: Ivan Silva

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O público presente em Essen assistiu este sábado a uma tarde de Ciclocrosse repleta de emoção e suspense até à linha de meta. O Exact Cross Essen apresentou dois duelos intensos, nas corridas feminina e masculina, ambos decididos por sprints emocionantes, culminando nas vitórias de Lucinda Brand e Toon Vandebosch.

 

Brand confirma domínio na corrida feminina

 

Na prova feminina, Lucinda Brand voltou a mostrar o seu poder e consistência, impondo-se num percurso rápido e técnico que favoreceu as especialistas do terreno. A neerlandesa, que já tinha vencido em Ardooie há poucos dias, controlou o ritmo desde as primeiras voltas e resistiu aos ataques de Sara Casasola e Marion Norbert Riberolle.

Com mais uma exibição de força e precisão, Brand conquistou nova vitória nesta fase inicial da temporada, reforçando a sua condição de referência entre as ciclistas de elite do ciclocrosse.

 

Resultados da corrida feminina

CX - Essen

 

1ª Brand Lucinda

2ª Casasola Sara

3ª Norbert Riberolle Marion

4ª van Alphen Aniek

5ª Clauzel Hélène

6ª Betsema Denise

7ª Langenbarg Puck

8ª Kalis Bloeme

9ª Mos Anniek

10ª Hartog Larissa

 

Vandebosch triunfa num final caótico e cheio de drama

 

A corrida masculina não ficou atrás em emoção. O britânico Cameron Mason surpreendeu desde o início, arrancando com tudo e fazendo o holeshot, abrindo uma vantagem que chegou a preocupar os principais favoritos. No entanto, o grupo perseguidor manteve o controlo e acabou por neutralizar o ataque nas voltas seguintes.

O desfecho foi frenético: um grande grupo entrou compacto na última volta, com várias trocas de posição e ultrapassagens arriscadas. No momento decisivo, Niels Vandeputte parecia encaminhado para a vitória, mas Toon Vandebosch arriscou tudo numa das curvas finais, ultrapassando-o por dentro. O movimento resultou numa ligeira queda de Vandeputte, que perdeu o pódio, enquanto Vandebosch aproveitou para cruzar isolado a meta e celebrar um triunfo espetacular.

 

Resultados da corrida masculina

CX - Essen

 

1º Vandebosch Toon

2º Van de Putte Victor

3º Vandeputte Niels

4º Janssen Wout

5º Mason Cameron

6º Sweeck Laurens

7º Suarez Fernandez Kevin

8º De Moyer Kenay

9º Meeusen Tom

10º Vanden Eynde Mats

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/resultados-do-exact-cross-essen-lucinda-brand-e-toon-vandebosch-vencem-no-inicio-da-epoca-de-ciclocrosse

"Disse que íamos ganhar hoje, mas a verdade é que não estava à espera" - Paul Double reflete sobre a maior vitória da sua carreira na Volta a Guangxi”


Por: Ivan Silva

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O britânico Paul Double vive o melhor momento da sua carreira. Aos 29 anos, o ciclista da Team Jayco AlUla conquistou este sábado a etapa rainha da Volta a Guangxi, impondo-se na exigente chegada em Nongla e alcançando a sua primeira vitória no World Tour. Um triunfo que o coloca também a um passo de garantir a vitória final na corrida chinesa.

A subida final curta, explosiva e com pendentes a ultrapassar os 15% foi o cenário perfeito para que Double mostrasse o seu potencial de trepador. Atacou logo na parte inicial, em conjunto com Mikkel Honoré, e resistiu ao contra-ataque do pelotão, isolando-se nos metros finais para selar a mais importante vitória da sua carreira.

“Parece que me tornei num verdadeiro ciclista”, afirmou, ainda emocionado, após cruzar a meta. “Na chegada estávamos todos tão entusiasmados que foi preciso sentarmo-nos para absorver o momento. Mas agora, no pódio, com este cenário espetacular, é muito especial.”

 

Do anonimato à afirmação no World Tour

 

A trajetória de Double é tudo menos comum. Depois de anos nas fileiras continentais e de várias épocas sem certezas sobre o futuro, o britânico assinou no final de 2024 pela Jayco AlUla, onde encontrou finalmente o ambiente de estabilidade e profissionalismo que lhe faltava.

“Penso que na maior parte dos anos, à exceção da assinatura com a Jayco e há uns anos atrás, nunca houve realmente segurança, especialmente nas equipas Continentais”, confessou. “Só em três dos últimos sete ou oito anos é que tive confiança para continuar. Por isso, estar aqui agora é algo muito especial.”

A mudança de estrutura produziu resultados imediatos. Antes de chegar à China, Double já tinha vencido a Settimana Internazionale Coppi e Bartali, e somado uma etapa e a classificação geral na Volta à Eslováquia, provas que serviram de rampa de lançamento para esta vitória no World Tour.

 

Recuperação e renascimento

 

O britânico reconhece, contudo, que o caminho até aqui foi tudo menos linear. Depois da Volta a Itália, entrou num período de fadiga e perda de forma que quase comprometeu a temporada.

“Ao longo dos anos fui muito pressionado, e ainda sou”, admitiu. “Este ano tive um período muito baixo depois do Giro. Estava completamente esgotado e a Volta à Áustria correu-me muito mal. Mas conseguimos reconstruir-nos de forma constante e voltei a um bom nível, por isso estou muito feliz.”

A confiança voltou na Eslováquia e desde então Double transformou-se num ciclista vitorioso e regular, capaz de lutar com os melhores em subidas curtas e explosivas.

“Antes da Eslováquia, eu sabia que estava a andar bem e sentia que a vitória ia chegar”, recorda. “Quando consegui, deu-me aquela confiança extra. Voltei a fazê-lo aqui hoje, e tendo uma equipa forte à minha volta, os rapazes têm sido fantásticos durante toda a semana.”

 

O amadurecimento de um talento tardio

 

Aos 29 anos, Paul Double é a prova de que a persistência e a resiliência ainda têm lugar no ciclismo moderno. Depois de anos a lutar por oportunidades, encontrou finalmente o seu espaço entre a elite.

“Disse aos rapazes que íamos ganhar hoje”, revelou. “Mas a verdade é que, com o nível do pelotão, não estava à espera. Por isso, é muito especial conseguir esta vitória. Esta época acabou por ser fantástica para mim.”

Com quatro vitórias em 2025, duas gerais e duas etapas, e a camisola de líder praticamente assegurada na Volta a Guangxi, o britânico fecha o ano como uma das grandes revelações da Jayco AlUla e uma das histórias mais inspiradoras da temporada.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/disse-que-iamos-ganhar-hoje-mas-a-verdade-e-que-nao-estava-a-espera-paul-double-reflete-sobre-a-maior-vitoria-da-sua-carreira-na-volta-a-guangxi

“Volta à Holanda 4ª etapa: Timo de Jong surpreende e vence no VAM-berg, enquanto Christophe Laporte assume o comando”


Por: Carlos Silva

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A etapa rainha da Volta à Holanda proporcionou um espetáculo vibrante, repleto de ataques, reviravoltas e uma vitória memorável para o ciclista holandês Timo de Jong, que brilhou diante do público local ao triunfar no mítico VAM-berg. Ao mesmo tempo, Christophe Laporte assumiu a liderança da classificação geral, depois de Ethan Hayter ter sido forçado a abandonar devido a problemas de saúde.

O dia começou com a formação de uma fuga de sete ciclistas: Hartthijs de Vries, Rick Ottema, Ward Vanhoof, Timo de Jong, Rayan Boulhaoite, Roan Konings e Simon Goossens. O grupo animou grande parte da etapa, aproveitando o terreno acidentado e o apoio do público. Entretanto, o abandono inesperado de Hayter, até então líder da prova, abriu o caminho para novas oportunidades, colocando Jakob Söderqvist como líder provisório da corrida à entrada do circuito final em VAM-berg.

Nos últimos 45 quilómetros, a corrida ganhou intensidade. A fuga começou a desfazer-se e vários ataques surgiram tanto na frente como no pelotão. A 29 quilómetros da meta, Christophe Laporte fez ums movimentação decisiva, seguido por Lukas Kubis, e ambos conseguiram fazer a ponte para o grupo da frente, que ainda contava com De Jong, Ottema, Vanhoof, Goossens, Boulhaoite e De Vries. Atrás, o pelotão fragmentava-se, com Söderqvist a tentar limitar perdas para preservar as suas hipóteses na geral.

 

Um final de pura emoção no VAM-berg

 

Na última volta ao circuito, os ataques sucederam-se. De Vries impôs o ritmo à frente de Kubis para manter a ordem antes da subida decisiva, composta por três rampas curtas mas íngremes, onde tudo se decidiria. Na segunda dessas rampas, Kubis atacou com força, seguido por De Jong, enquanto Laporte hesitou momentaneamente, perdendo o contacto, mas recuperando nos 300 metros finais.

Aos olhos do público, parecia que o francês iria selar uma vitória dupla - etapa e liderança - mas Timo de Jong, num esforço final notável, ultrapassou todos na fase derradeira do dia e ergueu os braços para celebrar a sua primeira vitória profissional, um feito inesquecível na prova do seu país.

Laporte, apesar de não ter vencido a etapa, teve motivos para sorrir ao final do dia: o seu segundo lugar foi suficiente para assumir a liderança da classificação geral. Kubis completou o pódio da jornada, enquanto Söderqvist perdeu tempo e a camisola de líder.

O VAM-berg voltou assim a confirmar o seu estatuto de palco emblemático do ciclismo neerlandês, um lugar onde o talento, a garra e o orgulho nacional se cruzam para escrever mais uma página de emoção na Volta à Holanda.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/resultados-volta-a-holanda-4-etapa-timo-de-jong-surpreende-e-vence-no-vam-berg-enquanto-christophe-laporte-assume-o-comando

“Gonzalo Inguanzo e Lucia González triunfam em Melgaço”


Os espanhóis Gonzalo Inguanzo (Supermercados Froiz) e Lucia González (Nesta - MMR CX Team) venceram hoje as provas de elite da primeira etapa da Taça de Portugal de Ciclocrosse, disputada em Melgaço, uma competição de categoria C1 pontuável para o ranking UCI.

Na corrida masculina, Gonzalo Inguanzo destacou-se e manteve a dianteira até final, impondo-se com 29 segundos de vantagem sobre o português Rafael Sousa (Guilhabreu MTB Team), melhor sub-23. O francês Matéo Jot (CX TPM) fechou o pódio a 54 segundos do vencedor.

Entre as femininas, sobressaiu Lucia González. A compatriota Sara Cueto (Unicaja - Gijón) foi segunda, a 1m26s, enquanto a também espanhola Sofía Rodríguez (Nesta - MMR CX Team) terminou na terceira posição, a 2m32s. A melhor portuguesa foi Margarida Vasconcelos (AXPO/FirstBike Team/Vila do Conde), oitava classificada e terceira sub-23.

Nas restantes categorias, destacaram-se Rafael Sousa (Guilhabreu MTB Team) e Ana López (Huesca La Magia Féminas) entre os sub-23, Martín Fernández (Nesta - MMR CX Team) e Mirari Gotxi (Bertako Igogailuak-Spiuk) nos juniores, e Rafael Inácio (Escola de Ciclismo de Oeiras/Parracho) e Matilde Correia (Escola de Ciclismo BilaBiker's) entre os cadetes.

Nos escalões de veteranos impuseram-se Miguel Llaneza (Cayon Bikes) e Patrícia Rosa, nos masters 30, Ismael Graça (Clube de Ciclismo de Castelo Branco) e Ana Barata (Pódio em Movimento) nos masters 40, Rogério Matos (Rompe Trilhos/Ajpcar) e Marisa Costa (Korpo Activo/Penacova) nos masters 45 e 50, António Passos (Rompe Trilhos/Ajpcar) em masters 55 e Dário Freire (Farto C.C.) em masters 60.

Entre as escolas, Salvador Novais (Escola Ciclismo BilaBiker's) e Elena Guerra (BTT Loulé/Elevis) venceram em sub-13, enquanto Samuel Gomes (Landeiro/KTM/Matias & Araújo) e Matilde Fernandes (da mesma equipa) triunfaram em sub-15.

A Taça de Portugal de Ciclocrosse prossegue já este domingo, com a segunda prova pontuável, de categoria C2, a disputar em Vouzela.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

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