sexta-feira, 4 de julho de 2025

“Conferência imprensa João Almeida: "O meu objectivo é destruir o pelotão e ganharmos a Volta a França"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

João Almeida deu uma conferencia antes do ini João Almeida deu uma conferencia antes do início da Volta a França de 2025 e o CiclismoAtual marcou presença para ouvir as palavras do ciclista de A-dos-Francos. João Almeida vai com ambições, está preparado para substituir Pogacar caso aconteça um imprevisto, considera Vingegaard melhor que Remco, fala da sua forma física, do poder lutar por um lugar no pódio... e muito mais!!

 

P: João, dia anterior ao início do tour, como é que estão as pernas, a motivação, quais é que são as sensações?

R: As pernas já estão boas. Não, está tudo fixe. A motivação está em alta, acho que chegamos num bom momento de forma. E temos tudo para as coisas que correrem bem. Obviamente é sempre um início bastante tenso e nervoso. E temos que estar atentos e bem posicionados.

 

P: Olá João, tudo bem contigo? No ano passado, disseste-me que os teus objetivos de carreira para o Tour eram ganhar uma etapa e fazer pódio. Acreditas que esses objetivos são alcançáveis já este ano?

R: Sim, acho que é um bocadinho relativo. Venho cá com o objetivo de ajudar o Tadej. Não venho como líder, então qualquer resultado é sempre secundário. Obviamente se houver essa sorte e essa oportunidade de poder fazer isso, claramente vou dar o meu melhor. Mas o objetivo aqui é ajudar o Tadej o máximo que conseguir. E estamos aqui para ganhar o tour.

 

P: Vou fazer uma segunda questão sobre o que pode acontecer na corrida em si. No ano passado, os vossos adversários atacaram-vos muito com ritmos elevados, tentando desgastar o Tadej dessa forma. Acreditas que pode haver novas táticas este ano?

R: Sim, mas acho que no final de contas são etapas muito duras. Vão ser sempre as pernas que vão falar mais alto. Acho que ambas as equipas, como nós e a Visma, são os principais rivais. Temos equipas muito fortes, quase equivalentes. Portanto, acho que estamos um bocadinho no mesmo passo. E acho que as pernas vão falar mais alto. Obviamente taticamente há sempre várias coisas que se podem jogar também é relativo. Muitas vezes, em situações de corrida, depois depende da jogada naquele dia, naquele momento, se há atletas mais atrasados ou não. Portanto, temos de estar sempre preparados para tudo e para os adversários não nos surpreenderem.

 

P: Sabemos que estão focados na vitória do Pogacar, mas se acontecer algum tipo de contrariedade, sentes-te preparado para assumir a liderança da equipa?

R: Sim, de uma boa forma física. Acho que não há nada que me impeça de fazer isso. Esperemos que obviamente nada aconteça de mal mas se alguma coisa mal ocorrer, algo não correr bem, estamos sempre preparados para dar o nosso melhor. Mas também temos que ser realistas claramente, o Tadej está num nível acima. Os adversários estão muito fortes também. Acho que mudaria bastante a dinâmica de corrida, mas temos lá o nosso melhor.

 

P: Não sei se as táticas já estão definidas, se vão ser definidas etapa a etapa, mas há muito que possa antever o seguinte cenário. Tu poderes ser, tendo em conta o resultado que fizeste o ano passado, tendo em conta a temporada que estás a fazer, tu poderes ser lançado como isco para a concorrência ou então seres o último a ficar como o Tadej. Já há essa tática definida? Tu seres o último a ficar ou poderes ser lançado como isco para obrigar os adversários a te perseguir, por exemplo?

R: Ainda vamos ter uma reunião hoje mais logo para falar mais especificamente de tudo. Ainda não sabemos especificamente tudo, mas acho que ser o último homem do Tadej, há sempre dias menos bons. Se os meus colegas se sentirem melhor e forem mais fortes, conseguirem fazer um trabalho melhor e ficarão mais para o fim. Mas ser o último homem e só haver a situação de corrida propicia para isso acontecer, se calhar ser um isco, acho que na minha opinião seria bom de aproveitar. E isso seria um win-win para toda a gente. Portanto, é tudo uma questão da situação de corrida.

 

P: Tiveste algumas questões de saúde nos últimos anos. Tiveste dois testes positivos à Covid e tiveste também uma amigdalite no ano passado. Como é que essas situações te transformaram num ciclista melhor para chegar a esta temporada em que tu... O que é que está diferente do João de 2020, 2021, para o João Almeida que vai começar o Tour amanhã?

R: Sim, de facto, não fico doente muitas vezes, mas sempre que fico é sempre numa altura que não é muito boa, é sempre nas corridas. Acho que não tem nada de bom ficar doente, mas pronto, é sempre duro mentalmente. E quando ultrapassamos obstáculos, como se costuma dizer, o que não nos mata torna-nos mais fortes e passa um bocadinho por aí. Mas acabamos por superar isso e tornamos mais fortes. Mas pessoalmente acho que quando fico doente vou bastante abaixo fisicamente e demoro a voltar a ficar em forma, mas faz parte do ciclismo. Acho que de 2020 e 2021, a diferença é que estou mais maduro, mais experiente, também ao longo dos anos vou percebendo como é que o nosso corpo funciona. O que é que funciona para mim, o que é que não funciona. É toda uma luta de dar o nosso melhor e tentar evoluir o máximo possível, mas principalmente mais experiência e mais anos disto, como se costuma dizer.cio da Volta a França de 2025 e o CiclismoAtual marcou presença para ouvir as palavras do ciclista de A-dos-Francos. João Almeida vai com ambições, está preparado para substituir Pogacar caso aconteça um imprevisto, considera Vingegaard melhor que Remco, fala da sua forma física, do poder lutar por um lugar no pódio... e muito mais!!

 

P: João, dia anterior ao início do tour, como é que estão as pernas, a motivação, quais é que são as sensações?

R: As pernas já estão boas. Não, está tudo fixe. A motivação está em alta, acho que chegamos num bom momento de forma. E temos tudo para as coisas que correrem bem. Obviamente é sempre um início bastante tenso e nervoso. E temos que estar atentos e bem posicionados.

 

P: Olá João, tudo bem contigo? No ano passado, disseste-me que os teus objetivos de carreira para o Tour eram ganhar uma etapa e fazer pódio. Acreditas que esses objetivos são alcançáveis já este ano?

R: Sim, acho que é um bocadinho relativo. Venho cá com o objetivo de ajudar o Tadej. Não venho como líder, então qualquer resultado é sempre secundário. Obviamente se houver essa sorte e essa oportunidade de poder fazer isso, claramente vou dar o meu melhor. Mas o objetivo aqui é ajudar o Tadej o máximo que conseguir. E estamos aqui para ganhar o tour.

 

P: Vou fazer uma segunda questão sobre o que pode acontecer na corrida em si. No ano passado, os vossos adversários atacaram-vos muito com ritmos elevados, tentando desgastar o Tadej dessa forma. Acreditas que pode haver novas táticas este ano?

R: Sim, mas acho que no final de contas são etapas muito duras. Vão ser sempre as pernas que vão falar mais alto. Acho que ambas as equipas, como nós e a Visma, são os principais rivais. Temos equipas muito fortes, quase equivalentes. Portanto, acho que estamos um bocadinho no mesmo passo. E acho que as pernas vão falar mais alto. Obviamente taticamente há sempre várias coisas que se podem jogar também é relativo. Muitas vezes, em situações de corrida, depois depende da jogada naquele dia, naquele momento, se há atletas mais atrasados ou não. Portanto, temos de estar sempre preparados para tudo e para os adversários não nos surpreenderem.

 

P: Sabemos que estão focados na vitória do Pogacar, mas se acontecer algum tipo de contrariedade, sentes-te preparado para assumir a liderança da equipa?

R: Sim, de uma boa forma física. Acho que não há nada que me impeça de fazer isso. Esperemos que obviamente nada aconteça de mal mas se alguma coisa mal ocorrer, algo não correr bem, estamos sempre preparados para dar o nosso melhor. Mas também temos que ser realistas claramente, o Tadej está num nível acima. Os adversários estão muito fortes também. Acho que mudaria bastante a dinâmica de corrida, mas temos lá o nosso melhor.

 

P: Não sei se as táticas já estão definidas, se vão ser definidas etapa a etapa, mas há muito que possa antever o seguinte cenário. Tu poderes ser, tendo em conta o resultado que fizeste o ano passado, tendo em conta a temporada que estás a fazer, tu poderes ser lançado como isco para a concorrência ou então seres o último a ficar como o Tadej. Já há essa tática definida? Tu seres o último a ficar ou poderes ser lançado como isco para obrigar os adversários a te perseguir, por exemplo?

R: Ainda vamos ter uma reunião hoje mais logo para falar mais especificamente de tudo. Ainda não sabemos especificamente tudo, mas acho que ser o último homem do Tadej, há sempre dias menos bons. Se os meus colegas se sentirem melhor e forem mais fortes, conseguirem fazer um trabalho melhor e ficarão mais para o fim. Mas ser o último homem e só haver a situação de corrida propicia para isso acontecer, se calhar ser um isco, acho que na minha opinião seria bom de aproveitar. E isso seria um win-win para toda a gente. Portanto, é tudo uma questão da situação de corrida.

 

P: Tiveste algumas questões de saúde nos últimos anos. Tiveste dois testes positivos à Covid e tiveste também uma amigdalite no ano passado. Como é que essas situações te transformaram num ciclista melhor para chegar a esta temporada em que tu... O que é que está diferente do João de 2020, 2021, para o João Almeida que vai começar o Tour amanhã?

R: Sim, de facto, não fico doente muitas vezes, mas sempre que fico é sempre numa altura que não é muito boa, é sempre nas corridas. Acho que não tem nada de bom ficar doente, mas pronto, é sempre duro mentalmente. E quando ultrapassamos obstáculos, como se costuma dizer, o que não nos mata torna-nos mais fortes e passa um bocadinho por aí. Mas acabamos por superar isso e tornamos mais fortes. Mas pessoalmente acho que quando fico doente vou bastante abaixo fisicamente e demoro a voltar a ficar em forma, mas faz parte do ciclismo. Acho que de 2020 e 2021, a diferença é que estou mais maduro, mais experiente, também ao longo dos anos vou percebendo como é que o nosso corpo funciona. O que é que funciona para mim, o que é que não funciona. É toda uma luta de dar o nosso melhor e tentar evoluir o máximo possível, mas principalmente mais experiência e mais anos disto, como se costuma dizer.

 

P: Tu nesta temporada já tens nove vitórias e também estás em sexto no ranking mundial (UCI). Acreditas que estes números podem subir no Tour ou é melhor aguardar para a Vuelta?

R: Sim, tem sido um ano bastante bom, o melhor ano desde que sou profissional, com mais vitórias. Sim, acredito que possa subir no ranking. É uma possibilidade. Também acho que todos os melhores ciclistas do ranking mundial vão estar aqui no Tour. Portanto, acho que os mais bem posicionados aqui, provavelmente vão subir no ranking. Mas pronto, não vou propriamente lutar pelo ranking. É uma coisa secundária e que é um bom indicativo, mas acredito que possa subir, sim.

 

P: Dizias que eras o último homem do Tadej. Ele ontem dizia-se honrado por ser um dos favoritos do Tour. Também é uma honra para ti ser o último homem dele, do melhor ciclista do mundo?

R: Sim, eu já disse várias vezes, é uma honra poder fazer parte da equipa no Tour e ser o último homem. Estamos a falar não só dos melhores ciclistas da atualidade, mas talvez de sempre. E afinal de contas, fazer parte dessa história, pessoalmente para mim, dá-me uma motivação extra. E pronto, é um orgulho fazer parte desta equipa.

 

P: Ontem tivemos declarações de vários favoritos, não sei se pudeste ler algumas delas. O Remco é o único que assume que gostaria de fazer melhor do que em 2024. Tu achas que ele poderá estar ao nível de um Vingegaard, por exemplo?

R: Sim, acho que é possível. O Tour traz-nos sempre surpresas. Eu acho que é possível, mas acho que o Vingegaard é um ciclista que nas montanhas é superior. Só há um contrarrelógio plano e claramente o Remco tem essa vantagem. Mas eu diria que o Vingegaard na montanha é um ciclista superior, pelo menos à partida deste Tour. E eu, se pudesse apostar num para fazer segundo, apostava no Vingegaard.

 

P: E tu em terceiro?

R: Eu gostava, mas falar é fácil, fazer é outra coisa.

 

P: A pergunta é um pouco apelar ao teu instinto de competição. Para alimentar a tua pretensão de pódio, tu, provavelmente em etapas de montanha decisivas, vais ter que responder aos dois da frente, nomeadamente ao Pogacar e ao Vingegaard. Sentes que tens essa capacidade? Ou seja, para estares ali naquela fronteira entre os outros e os dois da frente e tentares seguir com eles?

R: No final, o que contam não são os resultados. É ajudar o Tadej o máximo que eu conseguir, por assim dizer, destruir o resto do pelotão quando eu começar a puxar, fazer a corrida dura nas subidas. Não levo nenhum objectivo de ter de fazer pódio ou assim, porque é sempre secundário, tendo em conta esse trabalho. Vou dar, claramente, o meu melhor, mas é tudo relativo em relação aos adversários. Portanto, não parto com o objectivo de ter de fazer pódio. Portanto, claramente, acho que vou dar sempre o meu melhor e seguir o meu instinto, mas temos aqui um objectivo maior, que é ganhar a Volta à França.

 

P: Em relação ao ano passado, tu fizeste aqui algumas mudanças nas provas de início de temporada, incluíste a Valenciana no teu calendário, estreaste-te também na Figueira da Foz e regressaste à Volta ao Algarve. O que eu te queria perguntar é se estas mudanças foram feitas a pensar no Tour e a pensar em melhorar, se calhar, a tua forma para este Tour?

R: Não, começámos a época, queria começar um bocadinho mais cedo do que o habitual. Comecei na Volta à Comunidade Valenciana, que é uma volta que foi bastante boa para mim. Um bom teste logo no início da temporada. Correu bastante bem. Mas o objetivo era, pronto, procurar mais oportunidades para ganhar corridas. Pronto, no fundo era isso, procurar oportunidades e resultados no início da temporada. E conseguimos. Tivemos um calendário relativamente preenchido, mas bem equilibrado e conseguimos alcançar os objetivos que quase todos tínhamos, que eram as próximas corridas quase todas. Acho que foi uma boa parte da primeira temporada.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/conferencia-imprensa-joao-almeida-o-meu-objectivo-e-destruir-o-pelotao-e-ganharmos-a-volta-a-franca

“TRITON Lisboa 2025: faltam menos de 45 dias para o encerramento das inscrições”


O tempo está-se esgotando, se ainda não se inscreveu no TRITON 1 Lisboa 2025, agora é a hora de o fazer, faltam menos de 45 dias para fechar as inscrições, garanta o seu lugar numa das competições mais atraentes do circuito internacional.

 

Última chance de pontuar no ranking mundial TRITON

 

Lisboa é a última corrida da temporada que dá pontos para o Ranking TRITON, tanto na categoria geral quanto na Série Corporativa.

Se já competiu noutras outras etapas do circuito? Lisboa pode lhe dar os pontos necessários para chegar à grande final.

 

Três distâncias, um espírito

 

O TRITON Lisboa foi pensado para todos os níveis, com três percursos disponíveis no mesmo percurso urbano, fechado ao trânsito:

 

distância   natação     ciclismo     Corrida a pé

Baixo 600 m         21,6 km     5 km

Coração    1.200 m     43,2 km     10 km

completo   1.800 m     86,4 km     20 km

A natação acontece em águas calmas junto ao Oceanário, o ciclismo acontece em avenidas completamente fechadas e no IC2, e a corrida é plana e animada.

 

Você também pode competir pela sua empresa

 

A série Corporativa é uma categoria especial para empresas de curta distância, as equipas corporativas competem entre si e podem se qualificar para a Taça Corporativa TRITON, que será realizada no evento final do circuito TRITON World Series.

É uma excelente oportunidade para fortalecer equipas fora do escritório e compartilhar uma experiência inesquecível.

 

Descontos exclusivos em Notícias de Triatlo!

 

Distância Média: → 100 €

Distância total: → 130 €

Equipas de Curta Distância (Corporativo): → 120 €

Lugares limitados e preços mais altos, não espere mais!

Inscreva-se este ano pode ganhar um prémio em 2026.

Você sabia que os inscritos para a edição de 2025 terão acesso antecipado e um desconto à edição de XNUMX? 20º aniversário do evento em 2026?

Sim, todos os finalistas receberão prioridade de registo e preço preferencial para celebrar o 20º aniversário do triatlo em Lisboa em grande estilo, uma oportunidade que só surge uma vez a cada década.

 

Você quer correr em grupo?

 

Lembre-se que a promoção “Group Deal” ainda está ativa: se você formar um grupo de Pessoas 10, você obterá 2 números grátis.

Basta escrever para:

triton.portugal@tritonworldseries.com

Assunto: “Acordo de Grupo”

TRITON Lisboa: uma corrida com história… e com futuro

Com 19 edições realizadas e um percurso único no coração de Lisboa, o TRITON 1 Lisboa é muito mais do que um triatlo. É uma experiência que combina competição, turismo, comunidade e oportunidades reais para todos os perfis.

A edição de 2025 será fundamental não só pelo seu papel como evento classificatório, mas também porque marca a etapa anterior à histórica edição do 20º aniversário se você ainda está pensando nisso... é hora de decidir.

Fonte: Triatlo Notícias

“"O erro do ciclista é responsável por apenas 29% dos incidentes" Richard Plugge diz à UCI para se olhar ao espelho”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Às vésperas da Volta a França de 2025, a UCI voltou a despertar descontentamento generalizado no seio do ciclismo profissional. Numa declaração oficial em que o organismo máximo da modalidade tentou destacar os efeitos positivos das suas recentes medidas de segurança, a falta de autocrítica ficou evidente e não passou despercebida aos ciclistas, dirigentes e jornalistas especializados.

Thijs Zonneveld, uma das vozes mais críticas da modalidade, foi contundente na sua reação: "Mais uma vez, está a colocar a responsabilidade pela segurança nos ciclistas. E os outros 71%? E o papel e a responsabilidade dos organizadores das corridas e da própria direção?"

Também Richard Plugge, diretor-geral da Team Visma | Lease a Bike, sublinhou a mesma incongruência, recorrendo aos próprios dados do comunicado da UCI. "Deixe-me reformular: a causa mais comum, ou o factor contribuinte mais significativo, é o ambiente da corrida (71%), enquanto o erro do ciclista é responsável por apenas 29% dos incidentes."

A crítica tem fundamento e encontra eco em diversos episódios recentes. Não é preciso recuar muito para recordar casos em que os organizadores de provas falharam na proteção do percurso ou forçaram os ciclistas a correr em condições que colocavam em risco a sua integridade física.

Há exemplos aparentemente inócuos, como o desfecho controverso na etapa da Volta ao País Basco em que Alex Aranburu foi inicialmente desclassificado e depois reconduzido à vitória. Mas também há situações bem mais graves, como a queda de Mikel Landa durante a Grande Partenza da Volta à Itália, em solo albanês. Nessa ocasião, uma curva perigosa numa descida rápida carecia de qualquer barreira de proteção. A instalação de redes de segurança, como as utilizadas em estações de esqui, poderia ter atenuado as consequências da queda, que comprometeu a corrida e a época do trepador basco.

Com a Volta a França à porta, o timing da UCI levanta ainda mais dúvidas sobre a sua sensibilidade perante as preocupações do pelotão. A percepção é clara: o organismo continua a apontar o dedo aos ciclistas quando as falhas estruturais dos percursos e a gestão deficiente de riscos por parte dos organizadores permanecem como causas predominantes dos incidentes. O debate sobre a segurança, que permanece longe de estar encerrado, parece estar prestes a intensificar-se nas estradas da corrida mais mediática do mundo.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/o-erro-do-ciclista-e-responsavel-por-apenas-29-dos-incidentes-richard-plugge-diz-a-uci-para-se-olhar-ao-espelho

“Alberto Contador sobre a Volta a França 2025: "O João Almeida era claramente um candidato à vitória..."


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Nos últimos cinco anos, a Volta a França teve apenas dois nomes a vestir a mítica Camisola Amarela no degrau mais alto do pódio: Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard. A rivalidade entre o esloveno e o dinamarquês tem marcado uma era de domínio absoluto na mais prestigiada das Grandes Voltas. Em 2025, tudo indica que esse duelo voltará a ser o centro das atenções, mas até quando poderá este domínio resistir?

Alberto Contador, duas vezes vencedor da Volta a França, acredita que a hegemonia da dupla ainda tem fôlego para durar mais algum tempo. “Acho que este domínio vai continuar por mais algum tempo, diria pelo menos mais três anos”, afirmou em entrevista ao jornal AS. “Não iria além disso, porque estamos a ver uma nova geração de jovens ciclistas a surgir muito rapidamente, a melhorar constantemente e a ultrapassar os limites. Portanto, não mais do que três anos, mas sim, eles vão continuar a dominar durante esse período.”

Relativamente à edição de 2025, Contador não esconde a sua preferência por Pogacar, ainda que reconheça as virtudes de Vingegaard. “Com base no que vimos até agora, penso que Pogacar é o favorito. Mas Vingegaard é um ciclista que já sabe o que é preciso para ganhar a Volta, e também já foi segundo por duas vezes. É extremamente metódico, detalhista, profissional e nunca perde a concentração, um rival realmente difícil para Pogacar.”

Os nomes de Remco Evenepoel e Primoz Roglic aparecem como principais opositores ao duo dominante, mas, na leitura de Contador, ainda existe uma diferença substancial. “No papel, eles estão claramente noutro nível”, declarou. “É claro que temos de ver como é que a Volta se desenrola e em que condições cada ciclista se encontra, mas sim, são definitivamente os dois grandes favoritos. Diria que Pogacar tem uma ligeira vantagem sobre Vingegaard, mas são ambos os favoritos. Os outros estão provavelmente um passo abaixo.”

Surpreendentemente, Contador apontou outro nome como potencial ‘quebra-duopólios’: o português João Almeida, colega de equipa de Pogacar na UAE Team Emirates. “Ainda não vimos o que ele é capaz de fazer sozinho”, destacou o antigo campeão. “No final do dia, ele faz parte da UAE Team Emirates e terá de trabalhar para Tadej Pogacar. Mas também é verdade que, não há muito tempo, Adam Yates conseguiu terminar no pódio da Volta com o apoio de Pogacar. Portanto, teremos de ver como é que a corrida se desenrola.”

Contador mostrou-se impressionado com o desempenho do ciclista português na Volta à Suíça, onde Almeida venceu a geral de forma autoritária. “Vimos um João Almeida muito forte na Volta à Suíça e agora vamos ver se ele consegue levar essa forma para a Volta. Penso que, se Pogacar e Vingegaard não estivessem a correr, ele seria claramente um candidato à vitória - particularmente na Volta a Itália ou na Volta a Espanha. É um ciclista muito sólido e está atualmente num grande momento de maturidade. A única coisa é que tem de lhe ser dada a oportunidade de o fazer.”

Poucos sabem tão bem quanto Alberto Contador o que representa vencer em Paris. O espanhol recordou o impacto da sua vitória na maior corrida do mundo: “A Volta a França é a maior corrida do mundo e era a que eu sonhava ganhar em criança, era a minha obsessão. Não pensava nas Clássicas, nos Campeonatos do Mundo, nem sequer na Volta a Itália ou na Volta a Espanha. Desde o início, para mim, foi sempre a Volta a França.”

“Imagino que isso seja verdade para muitos miúdos, mas para mim, aconteceu mesmo e, sem dúvida, é a vitória mais importante da minha carreira”, concluiu.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/alberto-contador-sobre-a-volta-a-franca-2025-o-joao-almeida-era-claramente-um-candidato-a-vitoria

“João Almeida a um dia do arranque do Tour: «Vou ser o último homem a ficar com Pogacar»

Português descarta objetivo pessoal de atacar o pódio na Volta a França

 

Por: Record

Foto: AP

A um dia do arranque da Volta a França, João Almeida falou à Comunicação Social portuguesa via zoom, para dizer, mais uma vez, que os seus objetivos passam para segundo plano, quando se tem um chefe de fila chamado Tadej Pogacar.

"Vencer uma etapa ou fazer pódio? Não venho ao Tour como líder, por isso qualquer resultado pessoal é sempre secundário. O objetivo é ajudar o Tadej. Estamos aqui todos para vencer o Tour com ele", disse o ciclista de A dos Francos, que vai para a sua segunda participação, depois do quarto lugar em 2024.

Ainda que vá haver o ultimar dos preparativos e da tática que a Emirates vai adotar neste Tour, já há uma definição quanto ao papel que João Almeida terá. "Ainda vamos ter um meeting mais logo à tarde, mas à partida serei o último homem a ficar com o Tadej, mas tudo vai depender da evolução da corrida e se houver situação de ser poder ser um isco para os adversários, isso será também bom, é de aproveitar", explicou, após pergunta feita por Record.

O ciclista da Emirates admite que é "uma honra" fazer parte da equipa da Emirates que vai iniciar este sábado o Tour, mas mais honrado se sente de ser o homem de confiança do esloveno, ou seja, ser o último colega a ficar com o tricampeão do Tour nas etapas de montanha. "Dá-me motivação extra", frisou.

De resto, João Almeida confessa estar com a "motivação em alta, num bom momento de forma", mas também com alguns "nervos" enquanto a corrida não começa.

E estará o ciclista português preparado para poder ser o plano B da Emirates, caso alguma coisa possa acontecer com Tadej Pogacar? "Espero sinceramente que nada lhe aconteça, mas estou em boa forma e temos de estar sempre preparados para dar o nosso melhor".

Fonte: Record on-line

“Tadej Pogacar antevê Volta a França: «Tenho de guardar energia para o final, que será muito montanhoso»”


Esloveno da Emirates parte como o principal favorito

 

Por: Lusa

Foto: Epa

Tadej Pogacar quer ganhar tempo aos adversários logo na primeira semana da 112.ª Volta a França em bicicleta, mas o campeão em título garante que não fará loucuras, por ser preciso preservar energia para o final "muito montanhoso".

Numa conferência de imprensa em Lille, realizada durante a apresentação das equipas participantes na 'Grande Boucle', que arranca este sábado naquela cidade francesa, o esloveno da UAE Emirates 'denunciou' o seu plano, de começar a distanciar os outros candidatos logo nas 10 etapas iniciais, na qual qualquer um pode "facilmente" perder a Volta a França.

"Há muitas chegadas difíceis, finais traiçoeiros. Vejo-o como uma oportunidade. [...] Mas não o farei a qualquer custo, porque tenho de guardar energia para o final do Tour, que será muito montanhoso", ressalvou, notando que a última semana, nos Alpes, será a mais complicada.

Três vezes campeão (2020, 2021 e 2024), 'Pogi' garantiu sentir-se honrado por iniciar a 'Grande Boucle', que termina em 27 de julho, em Paris, como um dos favoritos, esperando "estar à altura das expectativas".

"Penso que os últimos quatro anos foram muito intensos entre mim e o Jonas [Vingegaard] e outros também. Acredito que este ano seja mais ou menos semelhante, mas nunca sabemos com os novos ciclistas que estão a aparecer", declarou.

Sobre o dinamarquês da Visma-Lease a Bike, com quem alternou no primeiro lugar do pódio nas últimas cinco edições -- Vingegaard venceu em 2022 e 2023 e foi segundo em 2021 e 2024 -, o esloveno de 26 anos antecipou que estará "em grande forma".

Sempre mais comedido, Vingegaard falou diante do público, na apresentação das equipas, assumindo que chega à Volta a França após uma época "estranha", na qual venceu 'apenas' a Volta ao Algarve e esteve parado desde março, após cair no Paris-Nice.

"Mas isso só me dá mais motivação. Faremos o que pudermos para ganhar o Tour", declarou.

Segundo no Critério do Dauphiné, atrás de Pogacar, o líder da Visma-Lease a Bike disse esperar estar melhor do que na prova francesa. "Só o tempo o dirá", concluiu.

A tarde em Lille foi 'atarefada' para os favoritos, com a apresentação das equipas a coincidir, em alguns casos, com conferências de imprensa, nomeadamente no caso de Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) e de Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).

O homem que perdeu a edição de 2020 no 'crono' do penúltimo dia para o seu jovem compatriota assumiu ter "assuntos pendentes" com o Tour, mas pareceu 'conformado' com o seu destino na prova francesa, da qual desistiu nas últimas três participações, dizendo querer apenas "beber uma taça de champanhe" no último dia em Paris, enquanto Evenepoel foi mais ambicioso.

"[Pogacar e Vingegaard] são novamente os principais favoritos para esta edição, mas penso que seria injusto para a minha equipa dizer que não estou aqui para competir com eles. [...] Estou aqui para tentar melhorar um pouco [o terceiro lugar de 2024]. Por isso, vou arriscar, qualquer que seja a minha posição", prometeu o belga da Soudal Quick-Step.

Fora da luta pelo pódio estará Geraint Thomas (INEOS), o campeão de 2018, o 'vice' de 2019 e terceiro em 2022, que disse, perante os adeptos reunidos em Lille, ser "estranho" estar prestes a alinhar na sua última Volta a França, quase duas décadas depois de se ter estreado.

Entre as várias 'estrelas' que hoje falaram, Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) diferenciou-se por questionar a opção da organização de alargar para 23 as equipas presentes nesta edição, considerando tratar-se de "um erro", porque torna as etapas mais perigosas.

O neerlandês 'retirou-se' da luta pela camisola verde, mas não da por vitórias em etapas, tal como Wout van Aert (Visma-Lease a Bike), o vencedor da classificação por pontos em 2022, que este ano quer festejar o 10.º triunfo no Tour.

Fonte: Record on-line

“Fiona Mangan festeja em Pombal na etapa rainha da Volta a Portugal Feminina Cofidis”


Por: Vasco Moreira

Fiona Mangan foi a mais forte na etapa rainha da 5.ª Volta a Portugal Feminina Cofidis. A ciclista da Winspace Orange Seal venceu a chegada ao sprint a Pombal, mas Heidi Franz (Cynisca Cycling) chegou integrada no primeiro grupo e segurou a camisola amarela Placard. Raquel Queirós foi a melhor portuguesa e subiu ao pódio da geral.


A terceira etapa prometia ser um dia decisivo para a contas finais da geral. 128,1 quilómetros, entre Aveiro e Pombal, com um desnível acumulado de 1 920 metros e uma subida exigente a cerca de seis quilómetros da meta. Teremos de aguardar para perceber se foi decisiva, mas é certo que provocou mexidas na classificação geral.


O início, plano, não provocou problemas a um pelotão atento que não permitiu fugas. As ciclistas, de resto, seguiram juntas até à subida decisiva. Foi já na aproximação ao prémio de montanha de Cumieira de Cima, a 5,5 quilómetros da meta, que India Grangier (Team COOP-Repsol), Heidi Franz e Victoire Berteau (Cofidis Women Team) agitaram a corrida, com um ataque que as permitiu passar por esta ordem na classificação intermédia.


Ora, o ataque das três ciclistas teve resposta e provocou uma quebra no pelotão, com um grande grupo a destacar-se e a chegar junto à meta, discutindo a vitória ao sprint. Aí, Fiona Mangan foi a mais rápida, superando Alexis Magner (Cynisca Cycling), sua antiga colega, e Michaela Drummond (Arkea B&B Hotels), que subiu ao pódio pela segunda vez, mas continua sem vencer na presente edição da prova. Integrada no grupo, chegou Raquel Queirós, 15.ª, que voltou a ser a portuguesa mais bem classificada.


Nas contas da classificação geral, Heidi Franz segurou a camisola amarela Placard, agora com 10 segundos de vantagem sobre Ariana Gilabert (Eneicat CMTeam) e a portuguesa Raquel Queirós, por esta ordem. A estadunidense é ainda dona da camisola azul Inatel, relativa à classificação da montanha.

Amalie Dideriksen (Cofidis Women Team), primeira e segunda nas duas metas volantes do dia, vai continuar a envergar a camisola vermelha Cofidis, da classificação por pontos, e Jenaya Francis (Winspace Orange Seal) segue como melhor jovem, envergando a camisola branca IPDJ. Entre as equipas, passou a liderar a Eneicat CMTeam.

A caravana segue agora para Coruche, de onde irá partir às 12h30 com destino a Loures (chegada prevista para as 15h18). No penúltimo dia de prova, o desafio será uma tirada de 103,4 quilómetros e um desnível acumulado de 1 300 metros, marcada por duas contagens de montanha nos últimos 25 quilómetros – Fonte da Carvalha (3.ª cat, Km 76,5) e Alto do Andrade (2.ª cat, Km 94,3) -, que prometem voltar a mexer com as contas da geral.

Recorde-se que a Volta a Portugal Feminina Cofidis vai decorrer até domingo e tem transmissão assegurada pela SportTV (resumos diários) e pela RTP2 (resumo final alargado). Pode ainda acompanhar todas as etapas através do direto em texto, em fpciclismo.pt, e das redes sociais, em instagram.com/VPFeminina.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

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