sexta-feira, 4 de julho de 2025

“Conferência imprensa João Almeida: "O meu objectivo é destruir o pelotão e ganharmos a Volta a França"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

João Almeida deu uma conferencia antes do ini João Almeida deu uma conferencia antes do início da Volta a França de 2025 e o CiclismoAtual marcou presença para ouvir as palavras do ciclista de A-dos-Francos. João Almeida vai com ambições, está preparado para substituir Pogacar caso aconteça um imprevisto, considera Vingegaard melhor que Remco, fala da sua forma física, do poder lutar por um lugar no pódio... e muito mais!!

 

P: João, dia anterior ao início do tour, como é que estão as pernas, a motivação, quais é que são as sensações?

R: As pernas já estão boas. Não, está tudo fixe. A motivação está em alta, acho que chegamos num bom momento de forma. E temos tudo para as coisas que correrem bem. Obviamente é sempre um início bastante tenso e nervoso. E temos que estar atentos e bem posicionados.

 

P: Olá João, tudo bem contigo? No ano passado, disseste-me que os teus objetivos de carreira para o Tour eram ganhar uma etapa e fazer pódio. Acreditas que esses objetivos são alcançáveis já este ano?

R: Sim, acho que é um bocadinho relativo. Venho cá com o objetivo de ajudar o Tadej. Não venho como líder, então qualquer resultado é sempre secundário. Obviamente se houver essa sorte e essa oportunidade de poder fazer isso, claramente vou dar o meu melhor. Mas o objetivo aqui é ajudar o Tadej o máximo que conseguir. E estamos aqui para ganhar o tour.

 

P: Vou fazer uma segunda questão sobre o que pode acontecer na corrida em si. No ano passado, os vossos adversários atacaram-vos muito com ritmos elevados, tentando desgastar o Tadej dessa forma. Acreditas que pode haver novas táticas este ano?

R: Sim, mas acho que no final de contas são etapas muito duras. Vão ser sempre as pernas que vão falar mais alto. Acho que ambas as equipas, como nós e a Visma, são os principais rivais. Temos equipas muito fortes, quase equivalentes. Portanto, acho que estamos um bocadinho no mesmo passo. E acho que as pernas vão falar mais alto. Obviamente taticamente há sempre várias coisas que se podem jogar também é relativo. Muitas vezes, em situações de corrida, depois depende da jogada naquele dia, naquele momento, se há atletas mais atrasados ou não. Portanto, temos de estar sempre preparados para tudo e para os adversários não nos surpreenderem.

 

P: Sabemos que estão focados na vitória do Pogacar, mas se acontecer algum tipo de contrariedade, sentes-te preparado para assumir a liderança da equipa?

R: Sim, de uma boa forma física. Acho que não há nada que me impeça de fazer isso. Esperemos que obviamente nada aconteça de mal mas se alguma coisa mal ocorrer, algo não correr bem, estamos sempre preparados para dar o nosso melhor. Mas também temos que ser realistas claramente, o Tadej está num nível acima. Os adversários estão muito fortes também. Acho que mudaria bastante a dinâmica de corrida, mas temos lá o nosso melhor.

 

P: Não sei se as táticas já estão definidas, se vão ser definidas etapa a etapa, mas há muito que possa antever o seguinte cenário. Tu poderes ser, tendo em conta o resultado que fizeste o ano passado, tendo em conta a temporada que estás a fazer, tu poderes ser lançado como isco para a concorrência ou então seres o último a ficar como o Tadej. Já há essa tática definida? Tu seres o último a ficar ou poderes ser lançado como isco para obrigar os adversários a te perseguir, por exemplo?

R: Ainda vamos ter uma reunião hoje mais logo para falar mais especificamente de tudo. Ainda não sabemos especificamente tudo, mas acho que ser o último homem do Tadej, há sempre dias menos bons. Se os meus colegas se sentirem melhor e forem mais fortes, conseguirem fazer um trabalho melhor e ficarão mais para o fim. Mas ser o último homem e só haver a situação de corrida propicia para isso acontecer, se calhar ser um isco, acho que na minha opinião seria bom de aproveitar. E isso seria um win-win para toda a gente. Portanto, é tudo uma questão da situação de corrida.

 

P: Tiveste algumas questões de saúde nos últimos anos. Tiveste dois testes positivos à Covid e tiveste também uma amigdalite no ano passado. Como é que essas situações te transformaram num ciclista melhor para chegar a esta temporada em que tu... O que é que está diferente do João de 2020, 2021, para o João Almeida que vai começar o Tour amanhã?

R: Sim, de facto, não fico doente muitas vezes, mas sempre que fico é sempre numa altura que não é muito boa, é sempre nas corridas. Acho que não tem nada de bom ficar doente, mas pronto, é sempre duro mentalmente. E quando ultrapassamos obstáculos, como se costuma dizer, o que não nos mata torna-nos mais fortes e passa um bocadinho por aí. Mas acabamos por superar isso e tornamos mais fortes. Mas pessoalmente acho que quando fico doente vou bastante abaixo fisicamente e demoro a voltar a ficar em forma, mas faz parte do ciclismo. Acho que de 2020 e 2021, a diferença é que estou mais maduro, mais experiente, também ao longo dos anos vou percebendo como é que o nosso corpo funciona. O que é que funciona para mim, o que é que não funciona. É toda uma luta de dar o nosso melhor e tentar evoluir o máximo possível, mas principalmente mais experiência e mais anos disto, como se costuma dizer.cio da Volta a França de 2025 e o CiclismoAtual marcou presença para ouvir as palavras do ciclista de A-dos-Francos. João Almeida vai com ambições, está preparado para substituir Pogacar caso aconteça um imprevisto, considera Vingegaard melhor que Remco, fala da sua forma física, do poder lutar por um lugar no pódio... e muito mais!!

 

P: João, dia anterior ao início do tour, como é que estão as pernas, a motivação, quais é que são as sensações?

R: As pernas já estão boas. Não, está tudo fixe. A motivação está em alta, acho que chegamos num bom momento de forma. E temos tudo para as coisas que correrem bem. Obviamente é sempre um início bastante tenso e nervoso. E temos que estar atentos e bem posicionados.

 

P: Olá João, tudo bem contigo? No ano passado, disseste-me que os teus objetivos de carreira para o Tour eram ganhar uma etapa e fazer pódio. Acreditas que esses objetivos são alcançáveis já este ano?

R: Sim, acho que é um bocadinho relativo. Venho cá com o objetivo de ajudar o Tadej. Não venho como líder, então qualquer resultado é sempre secundário. Obviamente se houver essa sorte e essa oportunidade de poder fazer isso, claramente vou dar o meu melhor. Mas o objetivo aqui é ajudar o Tadej o máximo que conseguir. E estamos aqui para ganhar o tour.

 

P: Vou fazer uma segunda questão sobre o que pode acontecer na corrida em si. No ano passado, os vossos adversários atacaram-vos muito com ritmos elevados, tentando desgastar o Tadej dessa forma. Acreditas que pode haver novas táticas este ano?

R: Sim, mas acho que no final de contas são etapas muito duras. Vão ser sempre as pernas que vão falar mais alto. Acho que ambas as equipas, como nós e a Visma, são os principais rivais. Temos equipas muito fortes, quase equivalentes. Portanto, acho que estamos um bocadinho no mesmo passo. E acho que as pernas vão falar mais alto. Obviamente taticamente há sempre várias coisas que se podem jogar também é relativo. Muitas vezes, em situações de corrida, depois depende da jogada naquele dia, naquele momento, se há atletas mais atrasados ou não. Portanto, temos de estar sempre preparados para tudo e para os adversários não nos surpreenderem.

 

P: Sabemos que estão focados na vitória do Pogacar, mas se acontecer algum tipo de contrariedade, sentes-te preparado para assumir a liderança da equipa?

R: Sim, de uma boa forma física. Acho que não há nada que me impeça de fazer isso. Esperemos que obviamente nada aconteça de mal mas se alguma coisa mal ocorrer, algo não correr bem, estamos sempre preparados para dar o nosso melhor. Mas também temos que ser realistas claramente, o Tadej está num nível acima. Os adversários estão muito fortes também. Acho que mudaria bastante a dinâmica de corrida, mas temos lá o nosso melhor.

 

P: Não sei se as táticas já estão definidas, se vão ser definidas etapa a etapa, mas há muito que possa antever o seguinte cenário. Tu poderes ser, tendo em conta o resultado que fizeste o ano passado, tendo em conta a temporada que estás a fazer, tu poderes ser lançado como isco para a concorrência ou então seres o último a ficar como o Tadej. Já há essa tática definida? Tu seres o último a ficar ou poderes ser lançado como isco para obrigar os adversários a te perseguir, por exemplo?

R: Ainda vamos ter uma reunião hoje mais logo para falar mais especificamente de tudo. Ainda não sabemos especificamente tudo, mas acho que ser o último homem do Tadej, há sempre dias menos bons. Se os meus colegas se sentirem melhor e forem mais fortes, conseguirem fazer um trabalho melhor e ficarão mais para o fim. Mas ser o último homem e só haver a situação de corrida propicia para isso acontecer, se calhar ser um isco, acho que na minha opinião seria bom de aproveitar. E isso seria um win-win para toda a gente. Portanto, é tudo uma questão da situação de corrida.

 

P: Tiveste algumas questões de saúde nos últimos anos. Tiveste dois testes positivos à Covid e tiveste também uma amigdalite no ano passado. Como é que essas situações te transformaram num ciclista melhor para chegar a esta temporada em que tu... O que é que está diferente do João de 2020, 2021, para o João Almeida que vai começar o Tour amanhã?

R: Sim, de facto, não fico doente muitas vezes, mas sempre que fico é sempre numa altura que não é muito boa, é sempre nas corridas. Acho que não tem nada de bom ficar doente, mas pronto, é sempre duro mentalmente. E quando ultrapassamos obstáculos, como se costuma dizer, o que não nos mata torna-nos mais fortes e passa um bocadinho por aí. Mas acabamos por superar isso e tornamos mais fortes. Mas pessoalmente acho que quando fico doente vou bastante abaixo fisicamente e demoro a voltar a ficar em forma, mas faz parte do ciclismo. Acho que de 2020 e 2021, a diferença é que estou mais maduro, mais experiente, também ao longo dos anos vou percebendo como é que o nosso corpo funciona. O que é que funciona para mim, o que é que não funciona. É toda uma luta de dar o nosso melhor e tentar evoluir o máximo possível, mas principalmente mais experiência e mais anos disto, como se costuma dizer.

 

P: Tu nesta temporada já tens nove vitórias e também estás em sexto no ranking mundial (UCI). Acreditas que estes números podem subir no Tour ou é melhor aguardar para a Vuelta?

R: Sim, tem sido um ano bastante bom, o melhor ano desde que sou profissional, com mais vitórias. Sim, acredito que possa subir no ranking. É uma possibilidade. Também acho que todos os melhores ciclistas do ranking mundial vão estar aqui no Tour. Portanto, acho que os mais bem posicionados aqui, provavelmente vão subir no ranking. Mas pronto, não vou propriamente lutar pelo ranking. É uma coisa secundária e que é um bom indicativo, mas acredito que possa subir, sim.

 

P: Dizias que eras o último homem do Tadej. Ele ontem dizia-se honrado por ser um dos favoritos do Tour. Também é uma honra para ti ser o último homem dele, do melhor ciclista do mundo?

R: Sim, eu já disse várias vezes, é uma honra poder fazer parte da equipa no Tour e ser o último homem. Estamos a falar não só dos melhores ciclistas da atualidade, mas talvez de sempre. E afinal de contas, fazer parte dessa história, pessoalmente para mim, dá-me uma motivação extra. E pronto, é um orgulho fazer parte desta equipa.

 

P: Ontem tivemos declarações de vários favoritos, não sei se pudeste ler algumas delas. O Remco é o único que assume que gostaria de fazer melhor do que em 2024. Tu achas que ele poderá estar ao nível de um Vingegaard, por exemplo?

R: Sim, acho que é possível. O Tour traz-nos sempre surpresas. Eu acho que é possível, mas acho que o Vingegaard é um ciclista que nas montanhas é superior. Só há um contrarrelógio plano e claramente o Remco tem essa vantagem. Mas eu diria que o Vingegaard na montanha é um ciclista superior, pelo menos à partida deste Tour. E eu, se pudesse apostar num para fazer segundo, apostava no Vingegaard.

 

P: E tu em terceiro?

R: Eu gostava, mas falar é fácil, fazer é outra coisa.

 

P: A pergunta é um pouco apelar ao teu instinto de competição. Para alimentar a tua pretensão de pódio, tu, provavelmente em etapas de montanha decisivas, vais ter que responder aos dois da frente, nomeadamente ao Pogacar e ao Vingegaard. Sentes que tens essa capacidade? Ou seja, para estares ali naquela fronteira entre os outros e os dois da frente e tentares seguir com eles?

R: No final, o que contam não são os resultados. É ajudar o Tadej o máximo que eu conseguir, por assim dizer, destruir o resto do pelotão quando eu começar a puxar, fazer a corrida dura nas subidas. Não levo nenhum objectivo de ter de fazer pódio ou assim, porque é sempre secundário, tendo em conta esse trabalho. Vou dar, claramente, o meu melhor, mas é tudo relativo em relação aos adversários. Portanto, não parto com o objectivo de ter de fazer pódio. Portanto, claramente, acho que vou dar sempre o meu melhor e seguir o meu instinto, mas temos aqui um objectivo maior, que é ganhar a Volta à França.

 

P: Em relação ao ano passado, tu fizeste aqui algumas mudanças nas provas de início de temporada, incluíste a Valenciana no teu calendário, estreaste-te também na Figueira da Foz e regressaste à Volta ao Algarve. O que eu te queria perguntar é se estas mudanças foram feitas a pensar no Tour e a pensar em melhorar, se calhar, a tua forma para este Tour?

R: Não, começámos a época, queria começar um bocadinho mais cedo do que o habitual. Comecei na Volta à Comunidade Valenciana, que é uma volta que foi bastante boa para mim. Um bom teste logo no início da temporada. Correu bastante bem. Mas o objetivo era, pronto, procurar mais oportunidades para ganhar corridas. Pronto, no fundo era isso, procurar oportunidades e resultados no início da temporada. E conseguimos. Tivemos um calendário relativamente preenchido, mas bem equilibrado e conseguimos alcançar os objetivos que quase todos tínhamos, que eram as próximas corridas quase todas. Acho que foi uma boa parte da primeira temporada.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/conferencia-imprensa-joao-almeida-o-meu-objectivo-e-destruir-o-pelotao-e-ganharmos-a-volta-a-franca

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