Esloveno da Emirates parte como o principal favorito
Por: Lusa
Foto: Epa
Tadej Pogacar quer ganhar
tempo aos adversários logo na primeira semana da 112.ª Volta a França em
bicicleta, mas o campeão em título garante que não fará loucuras, por ser
preciso preservar energia para o final "muito montanhoso".
Numa conferência de imprensa
em Lille, realizada durante a apresentação das equipas participantes na 'Grande
Boucle', que arranca este sábado naquela cidade francesa, o esloveno da UAE
Emirates 'denunciou' o seu plano, de começar a distanciar os outros candidatos
logo nas 10 etapas iniciais, na qual qualquer um pode "facilmente"
perder a Volta a França.
"Há muitas chegadas
difíceis, finais traiçoeiros. Vejo-o como uma oportunidade. [...] Mas não o
farei a qualquer custo, porque tenho de guardar energia para o final do Tour,
que será muito montanhoso", ressalvou, notando que a última semana, nos
Alpes, será a mais complicada.
Três vezes campeão (2020, 2021
e 2024), 'Pogi' garantiu sentir-se honrado por iniciar a 'Grande Boucle', que
termina em 27 de julho, em Paris, como um dos favoritos, esperando "estar
à altura das expectativas".
"Penso que os últimos
quatro anos foram muito intensos entre mim e o Jonas [Vingegaard] e outros
também. Acredito que este ano seja mais ou menos semelhante, mas nunca sabemos
com os novos ciclistas que estão a aparecer", declarou.
Sobre o dinamarquês da
Visma-Lease a Bike, com quem alternou no primeiro lugar do pódio nas últimas
cinco edições -- Vingegaard venceu em 2022 e 2023 e foi segundo em 2021 e 2024
-, o esloveno de 26 anos antecipou que estará "em grande forma".
Sempre mais comedido,
Vingegaard falou diante do público, na apresentação das equipas, assumindo que
chega à Volta a França após uma época "estranha", na qual venceu
'apenas' a Volta ao Algarve e esteve parado desde março, após cair no Paris-Nice.
"Mas isso só me dá mais
motivação. Faremos o que pudermos para ganhar o Tour", declarou.
Segundo no Critério do
Dauphiné, atrás de Pogacar, o líder da Visma-Lease a Bike disse esperar estar
melhor do que na prova francesa. "Só o tempo o dirá", concluiu.
A tarde em Lille foi
'atarefada' para os favoritos, com a apresentação das equipas a coincidir, em
alguns casos, com conferências de imprensa, nomeadamente no caso de Primoz
Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) e de Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).
O homem que perdeu a edição de
2020 no 'crono' do penúltimo dia para o seu jovem compatriota assumiu ter
"assuntos pendentes" com o Tour, mas pareceu 'conformado' com o seu
destino na prova francesa, da qual desistiu nas últimas três participações,
dizendo querer apenas "beber uma taça de champanhe" no último dia em
Paris, enquanto Evenepoel foi mais ambicioso.
"[Pogacar e Vingegaard]
são novamente os principais favoritos para esta edição, mas penso que seria
injusto para a minha equipa dizer que não estou aqui para competir com eles.
[...] Estou aqui para tentar melhorar um pouco [o terceiro lugar de 2024]. Por
isso, vou arriscar, qualquer que seja a minha posição", prometeu o belga
da Soudal Quick-Step.
Fora da luta pelo pódio estará
Geraint Thomas (INEOS), o campeão de 2018, o 'vice' de 2019 e terceiro em 2022,
que disse, perante os adeptos reunidos em Lille, ser "estranho" estar
prestes a alinhar na sua última Volta a França, quase duas décadas depois de se
ter estreado.
Entre as várias 'estrelas' que
hoje falaram, Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) diferenciou-se por
questionar a opção da organização de alargar para 23 as equipas presentes nesta
edição, considerando tratar-se de "um erro", porque torna as etapas
mais perigosas.
O neerlandês 'retirou-se' da
luta pela camisola verde, mas não da por vitórias em etapas, tal como Wout van
Aert (Visma-Lease a Bike), o vencedor da classificação por pontos em 2022, que
este ano quer festejar o 10.º triunfo no Tour.
Fonte: Record on-line
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