quarta-feira, 29 de junho de 2022

“Tour: Pogacar sozinho contra tudo e contra todos”


A terceira vitória consecutiva de Tadej Pogacar na Volta a França, cuja 109.ª edição começa na sexta-feira, parece uma inevitabilidade

 

Por: Lusa

Fotos AFP

A terceira vitória consecutiva de Tadej Pogacar na Volta a França, cuja 109.ª edição começa na sexta-feira, parece uma inevitabilidade, com o azar, a covid-19 ou uma fortíssima Jumbo-Visma a apresentarem-se como os ‘adversários’ primordiais do ciclista esloveno.

Quem se habituou a ver os ataques de longe do miúdo da UAE Emirates, agora com 23 anos, a sua confiança, escudada numa assombrosa maturidade para alguém da sua idade, e a aparente ausência de debilidades dificilmente acreditará que a amarela não será novamente sua em Paris.

A constância de Pogacar, que não parou de progredir nos últimos dois anos, tornando-se um verdadeiro todo-o-terreno, transformou-o num crónico favorito, mesmo que nem sempre a sua equipa esteja à altura do seu talento nesta edição, contudo, a UAE ‘muniu-se’ das contratações ‘estelares’ Marc Soler e George Bennett para apoiar o líder.

Olhando para a lista de inscritos, e sem menosprezar o papel que a INEOS, a formação mais vitoriosa na última década na ‘Grande Boucle’, poderá desempenhar nas contas da geral final, só a ‘super’ Jumbo-Visma parece ter condições para ‘destronar’ o bicampeão em título.

Tal como no ano passado, é o seu compatriota Primoz Roglic aquele que, em teoria, maiores dificuldades causará a ‘Pogi’, seja pelo seu historial em grandes Voltas – venceu as últimas três edições da Vuelta e foi segundo no Tour2020, seja pelo currículo recente, com importantes triunfos no Critério do Dauphiné e no Paris-Nice (e a quebra da sua ‘maldição’ em terras francesas).

No entanto, o esloveno de 32 anos, também ele um portento em todo o género de corridas, tem contra si o facto de ter sempre um dia mau, um ‘mal’ a que Jonas Vingegaard aparenta ser imune: ciclista sensação do Tour2021, o dinamarquês teve resultados mais modestos ao longo da temporada, mas foi fundamental para que Roglic pudesse conquistar o Dauphiné, onde foi segundo na geral, ‘rebocando-o’ na última etapa, que venceu.

A liderança da Jumbo-Visma pertence a ‘Rogla’, mas o corredor de 26 anos será um confiável ‘plano B’, numa equipa que conta ainda com Steven Kruijswijk, o terceiro do Tour2019, Sepp Kuss, oitavo na Vuelta2021, e o polivalente Wout van Aert – depois de ganhar três etapas no ano passado, em todos os terrenos, o belga aspira à camisola verde e os seus duelos com o eterno rival Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix) e o estreante Thomas Pidcock (INEOS) serão, provavelmente, o segundo grande motivo de interesse desta edição.

O poderio da formação neerlandesa encontra paralelo (ainda que ténue) no da INEOS, vencedora de sete das últimas 10 edições (numa era pré-Pogacar), que este ano confia no trio Geraint Thomas, Adam Yates e Daniel Martínez para lutar pela amarela.

Não que a equipa britânica não tenha um elenco de luxo, com o galês, campeão em 2018 e ‘vice’ no ano seguinte, o britânico, quarto classificado na edição de 2016, e o colombiano, quinto no Giro2021, sem esquecer Pidcock e Filippo Ganna, o maior especialista de contrarrelógio da atualidade, mas nenhum dos seus chefes de fila tem sido tão fiável como os homens da Jumbo-Visma.

Candidatos ao pódio há muitos, como o espanhol Enric Mas, colega de Nelson Oliveira na Movistar, o francês Romain Bardet (DSM), ‘vice’ em 2016, terceiro em 2017 e vencedor da montanha em 2019 – e falar de Bardet implica falar na eterna esperança Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) -, o veterano italiano Damiano Caruso (Bahrain Victorious), o australiano Ben O’Connor (AG2R Citroën), o quarto classificado de 2021, ou o russo Aleksandr Vlasov (BORA-hansgrohe), em grande forma esta temporada.

E, porque nem só da geral vive o Tour, até para o bem do português Ruben Guerreiro (EF Education-EasyPost), apostado em ‘caçar’ etapas em grandes Voltas, a luta pela camisola verde proporcionará, certamente, momentos emocionantes, quer entre Van Aert, ‘MVDP’ ou Pidcock, quer entre os ‘sprinters’.

A estreia de Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl) na ‘Grande Boucle’ impediu a presença de Mark Cavendish – uma desilusão para meio mundo, que queria ver o britânico superar o recorde de vitórias em etapas (34) que detém em igualdade com Eddy Merckx -, com o neerlandês a ter como principal rival Caleb Ewan (Lotto Soudal).

Mads Pedersen (Trek-Segafredo), Jasper Philipsen (Alpecin-Fenix), Dylan Groenewegen e Michael Matthews (BikeExchange-Jayco) e o inevitável Peter Sagan (TotalEnergies), a anos-luz da forma que lhe permitiu conquistar um recorde de sete camisolas verdes no Tour, são outros dos nomes a ter em conta, já que também um ‘apagado’ Sam Bennett foi deixado em casa pela BORA-hansgrohe.

Com a apresentação das equipas agendada para hoje, resta esperar para ver se a covid-19, como aconteceu com as quedas nas edições anteriores, não será determinante na definição do sucessor de Pogacar, numa 109.ª edição que vai percorrer 3.349,8 quilómetros entre Copenhaga (Dinamarca), onde a Volta a França arranca na sexta-feira, e Paris, onde os campeões serão consagrados nos Campos Elísios, em 24 de julho.

Fonte: Sapo on-line

“Tour: Thomas 'saudoso' dos tempos da Sky, Vlasov acredita que pode ser o 'outsider'”


O campeão de 2018 garantiu que quer ajudar os seus companheiros e aproveitar as oportunidades

 

Por: Lusa

Foto: AFP

Geraint Thomas esclareceu hoje que Adam Yates e Daniel Martínez serão os líderes da INEOS na 109.ª Volta a França em bicicleta, com o campeão de 2018 a garantir querer ajudar os seus companheiros e aproveitar as oportunidades.

“Sinto-me bem. Chegamos a este Tour com uma equipa muito forte. Vamos correr agressivamente, como temos feito desde o início da temporada. Adam Yates e Daniel Martínez são os nossos líderes desde o início da temporada e vão continuar a sê-lo. Eu quero ajudá-los e aproveitar as oportunidades que surjam”, resumiu o galês de 36 anos.

Vencedor da ‘Grande Boucle’ em 2018 e ‘vice’ no ano seguinte, atrás do seu colega Egan Bernal, o experiente ciclista da INEOS baixou as expectativas quanto aos seus objetivos, mas também em relação aos da equipa, numa viagem nostálgica pelo passado da formação mais vitoriosa da última década na Volta a França – conquistaram sete das últimas 10 edições, sempre como Sky.

“Não é como quando tínhamos o [Chris] Froome, o [Bradley] Wiggins ou o Bernal. Penso que [Tadej] Pogacar e [Primoz] Roglic são os melhores dos últimos anos e serão difíceis de bater”, reconheceu.

A era de glória da INEOS terminou com o início do reinado de Pogacar (UAE Emirates), o bicampeão em título, mas também com a ascensão da Jumbo-Visma de Roglic e Jonas Vingegaard, a equipa que tomou o relevo dos britânicos no domínio do pelotão.

Ainda assim, a experiência da formação britânica pode ‘pesar’, com Thomas a prever surpresas na primeira semana, devido aos ventos dinamarqueses, país onde decorrem as três primeiras etapas, e ao ‘pavé’ que transformará a quinta tirada numa mini-Paris-Roubaix.

“Talvez essa semana me seja mais favorável do que aos outros candidatos à geral. A sorte terá um papel importante, assim como a meteorologia”, defendeu.

Num dia em que as conferências de imprensa dos principais nomes se multiplicaram, também Aleksandr Vlasov, a competir sob bandeira neutra devido à invasão russa da Ucrânia, analisou as suas chances de subir ao lugar mais alto do pódio em 24 de julho, em Paris.

“Evidentemente, Pogacar é o tipo mais forte aqui. Será difícil batê-lo, mas a prova é longa e, se correr de forma inteligente, penso que terei uma pequena possibilidade”, defendeu o líder da BORA-hansgrohe.

Visto como um dos potenciais ‘outsiders’ na luta entre Pogacar e a Jumbo-Visma, Vlasov, de 26 anos, notou que “algumas equipas não esperam” que possa ganhar a Volta a França.

“Mas acredito que posso meter-me na luta pela vitória. Como vimos nas últimas corridas, estou em boa forma. Participo para ganhar. Veremos dia-a-dia na corrida, no entanto um ‘top 5’ no meu primeiro Tour será um bom resultado”, reiterou, dizendo ser inspirado pela vitória no Giro do seu companheiro Jai Hindley, “uma força de motivação suplementar”.

A 109.ª edição da Volta a França começa na sexta-feira em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de julho, em Paris.

Fonte: Sapo on-line

“Delmino Pereira: «Estímulo para toda a nossa comunidade»”


Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo vê europeu como “um momento de afirmação”

 

Por: Pedro Filipe Pinto

Foto: João Fonseca/FP Ciclismo

 

História à espera de ser feita

 

O Velódromo Nacional, em Sangalhos, é um equipamento que garante o desenvolvimento do ciclismo de pista em condições de qualidade. Mais recentemente, em Tamengos, nasceu uma pista permanente de BTT, que permite o trabalho de base e também competição. As estradas da região oferecem excelentes condições para treinos de estrada. Em 2019 foi inaugurada, junto ao Velódromo, a única pista olímpica de BMX da Península Ibérica, o que garantiu a atribuição a Anadia do estatuto de Centro Satélite para a Europa do Centro Mundial de Ciclismo, entidade de desenvolvimento e formação de novos talentos da União Ciclista Internacional. “O Campeonato da Europa de BTT, Estrada e Pista para sub-23 e sub-19 será um momento de afirmação do Centro de Alto Rendimento de Anadia”, considera o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira.

A capacidade organizativa do ciclismo português será, novamente, colocada à prova, mas o dirigente federativo “confia na capacidade da equipa de trabalho, assim como na ajuda dos parceiros, a União Europeia de Ciclismo e a Câmara Municipal de Anadia”.

Ao longo das três semanas de competição muitos talentos serão dados a conhecer ao Mundo. “Temos a expectativa de proporcionar aos adeptos grandes espetáculos de ciclismo, em três das suas vertentes olímpicas. Será uma oportunidade de ouro para ver ao vivo aqueles que, em breve, irão afirmar-se como os grandes ídolos internacionais de BTT, estrada e pista”, salienta Delmino Pereira.

O dirigente não separa a competição internacional do impacto nacional. “Este europeu é também um estímulo para toda a comunidade velocipédica portuguesa. Os nossos melhores sub-23 e sub-19 irão competir pelos melhores resultados, contando, por certo, com o apoio do público. Todos os clubes e praticantes do país estão convidados a assistir, pois queremos que o sintam como seu e que o interpretem como motivação extra para continuarem a desenvolver-se e a sonhar com resultados futuros”, atira.

Delmino Pereira não esquece a importância do europeu no plano económico e social. “Além da parte desportiva, este evento representa um forte impulso para a economia nacional, contribuindo para mitigar os impactos negativos que a pandemia impôs no passado recente. A promoção territorial será também uma realidade, pois dezenas de seleções poderão experimentar tudo quanto Anadia e a região tem para oferecer a quem pratica ciclismo”, esclarece.

Fonte: Record on-line

“UCI deixa cair regra que permitia excluir equipas com dois casos de Covid-19 em sete dias”


Alterações surgem apenas três dias antes do arranque da Volta a França

 

Por: Lusa

Foto: EPA

A União Ciclista Internacional (UCI) atualizou esta terça-feira as regras sanitárias relativas à covid-19, deixando cair a que autorizava os organizadores das grandes Voltas a excluírem uma equipa que tivesse dois casos no espaço de sete dias.

As alterações surgem apenas três dias antes do arranque da Volta a França e numa altura que o pelotão está novamente a ser afetado por uma vaga do coronavírus, o que forçou a UCI a atualizar os seus procedimentos. "As alterações ao protocolo, que tinha sido atualizado pela última vez em 24 de janeiro de 2022, incidem, essencialmente, nas grandes Voltas, e respondem à necessidade de reforçar a vigilância médica do pelotão, pessoal das equipas e funcionários face à evolução da situação epidemiológica, caracterizada pelo recente aumento do número de casos de covid-19 reportados", explica a federação internacional da modalidade, em comunicado.

Entre as medidas obrigatórias, a UCI destaca a apresentação de "pelo menos um teste antigénio negativo" por parte de todos os elementos de uma equipa dois dias antes do início da corrida e a realização de novo teste antigénio nos dias de descanso, incluindo por parte dos comissários, dos delegados e do pessoal antidoping.

"Na eventualidade de um caso de covid-19 numa equipa ser confirmado por um teste antigénio e, posteriormente, por um PCR (quer seja um corredor ou um membro do 'staff'), a decisão de potencialmente isolar esse caso deve ser tomada coletivamente pelo médico da equipa em causa, o médico responsável pela covid-19 no evento e o diretor médico da UCI, com base nos elementos clínicos disponíveis", acrescenta.

O organismo deixa ainda cair "a regra que autorizava a organização a retirar da corrida qualquer equipa que tivesse dois ou mais corredores com resultados positivos nos testes PCR no espaço de sete dias".

Embora sem nunca referir diretamente a Volta a França, que arranca na sexta-feira, em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de julho, em Paris, o comunicado da UCI, intitulado "protocolo sanitário covid-19 para as corridas: atualização para as grandes Voltas", parece diretamente voltado para o Tour. Nesta atualização das normas, a federação internacional passa também a "recomendar fortemente" que durante a corrida, "se possível diariamente, mas pelo menos a cada dois ou três dias", sejam realizados testes antigénio aos membros das equipas, corredores excluídos, assim como a comissários e delegados.

"Considerando a evolução da situação sanitária internacional, e na véspera da Volta a França, tornou-se necessário reforçar as medidas em vigor para assegurar que os eventos velocipédicos no nosso calendário internacional possam decorrer com sucesso e para proteger os envolvidos nas corridas", justificou o presidente da UCI, David Lappartient, apelando a uma maior vigilância e ao respeito "escrupuloso" dos protocolos sanitários.

Fonte: Record on-line

“História à espera de ser feita”


Jovens vão competir ao longo de três semanas num evento que promete ser marcante para o ciclismo e para Anadia

 

Por: Pedro Filipe Pinto

Foto: João Calado

 

História à espera de ser feita

 

O concelho de Anadia estará no centro das atenções do ciclismo europeu entre amanhã e 19 de julho. Durante três semanas os melhores talentos jovens da Europa nas vertentes olímpicas de BTT, estrada e pista vão competir, naquele concelho bairradino, por mais de seis dezenas de títulos de campeões europeus.

Nunca nenhum outro concelho da Europa recebeu durante três semanas consecutivas os Campeonatos da Europa sub-23 e sub-19 de BTT, estrada e pista. Só por isto, Anadia já entrou na história da modalidade no velho continente.

A expectativa é que os Europeus também entrem na história de Anadia. Desde logo pela oportunidade que os anadienses e todos os visitantes terão de ver ao vivo corridas que irão transformar-se em excelentes espetáculos desportivos. Mas também pelo forte impacto na economia da região que um evento deste nível sempre terá.

Estima-se que, só durante a competição, sejam geradas mais de 12 mil dormidas entre os 1.200 atletas e 500 elementos de staff acreditados. Haverá ainda que somar os adeptos que sempre se deslocam para apoiar os ciclistas.

 

De Tamengos a Sangalhos

 

A pista de BTT de Tamengos é o primeiro local a receber a adrenalina da competição. É ali que irão disputar-se os Campeonatos da Europa de BTT, entre 30 de junho e 3 de julho. Curiosamente, é nesta vertente que estarão também presentes atletas de elite, a categoria máxima da modalidade. Na estrada e na pista só competem sub-23 e sub-19, mas no BTT poderemos ver em ação ciclistas elite nas disciplinas de cross country curto, eliminação e estafeta mista.

As provas de estrada vão dividir-se entre Sangalhos e Anadia. Nos dias 7 e 8 de julho disputam-se os contrarrelógios, junto ao Velódromo Nacional. Na primeira destas datas correm-se os contrarrelógios individuais. Na segunda data é altura de, mais uma vez, Anadia entrar na história. Pela primeira vez serão disputados títulos europeus sub-23 e sub-19 de contrarrelógio em equipas mistas.

Ainda dentro do programa de estrada, os dias 9 e 10 de julho serão dedicados às provas de fundo. As partidas e chegadas acontecem junto ao Pavilhão dos Desportos de Anadia. O circuito tem passagens por Vila Nova de Monsarros, Algeriz, Junqueira, Moita e Carvalhais, antes de regressar à cidade de Anadia. As subidas de Algeriz e do Monte Crasto prometem espetáculo.

O Europeu termina com os seis dias de competição no Velódromo Nacional. Desde a inauguração deste equipamento desportivo, em 2009, é a sexta vez que ali se realiza em Campeonato da Europa de sub-23 e sub-19. Será uma forma de fechar o Campeonato da Europa com chave de ouro, até porque esta é a vertente da modalidade em que Portugal tem conseguido mais medalhas nos últimos anos. Desde 2016, Portugal nunca saiu sem pódios desta competição.

 

Grátis para público local

 

O ciclismo é conhecido por ser um desporto de acesso livre e gratuito. Isso será assim para todos os adeptos nas provas de BTT e de estrada. Na pista, há a exigência internacional de cobrar entrada, uma vez que se trata de um Campeonato da Europa e é prática em todo o mundo o pagamento para assistir às grandes competições de ciclismo de pista. A Federação Portuguesa de Ciclismo garantiu, no entanto, que todos os filiados nesta entidade tenham um desconto no preço do bilhete diário, que custa 10 euros para o público em geral e 5 euros para os federados. Por sua vez, os residentes no concelho de Anadia têm acesso gratuito ao Velódromo Nacional, em Sangalhos.

 

Provas em direto na internet

 

Quem não puder deslocar-se ao Velódromo Nacional para assistir ao vivo às provas de pista, terá oportunidade para ver as corridas em direto através da Internet. A Federação Portuguesa de Ciclismo irá transmitir em direto através das suas páginas, no YouTube e no Facebook.

 

Relação próxima com Anadia

 

O presidente da União Europeia de Ciclismo (UEC), o italiano Enrico Della Casa, considera que, durante três semanas, "o concelho de Anadia será a indiscutível capital europeia do ciclismo".

Entre 30 de junho e 19 de julho, "os jovens talentos sub-19 e sub-23 de 51 países da Europa vão juntar-se pela primeira vez para um único grande Campeonato em que serão atribuídos títulos europeus em várias disciplinas do ciclismo de estrada, pista e BTT", destaca o dirigente.

A escolha de Portugal e do concelho de Anadia para este evento não foi obra do acaso. "Graças à paixão e ao planeamento cuidadoso dos responsáveis autárquicos, dos líderes da Federação Portuguesa de Ciclismo e das boas infraestruturas hoteleiras, depois da criação da moderna pista da BMX e da pista permanente de BTT, Anadia tornou-se Centro Satélite do Centro Mundial de Ciclismo e o Campeonato da Europa de 2022 será, sem dúvida, outro grande sucesso para Portugal", prevê Enrico Della Casa.

Fonte: Record on-line

“Rafael Reis quer nova medalha de ouro nos Jogos do Mediterrâneo após os Nacionais”


Vontade de conseguir na quinta-feira "a vitória" no contrarrelógio individual

 

Por: Lusa

Foto: Federação Portuguesa de Ciclismo

O ciclista português Rafael Reis mostrou vontade de conseguir na quinta-feira "a vitória" no contrarrelógio individual dos Jogos do Mediterrâneo Oran2022, depois de vencer a especialidade nos Nacionais, um triunfo que lhe 'escapava' há sete anos.

Vencedor de seis etapas na Volta a Portugal, incluindo três prólogos e um contrarrelógio, além de ter passado pelas principais equipas nacionais e ainda pela Caja Rural (Espanha), o especialista prosseguiu a boa forma em 2022 ao vencer o 'crono', um título que perseguia "desde o primeiro ano na elite". "Foram sete anos a tentar. Fiz segundo uma vez [em 2017], no ano passado também, já tinha sido terceiro. Andava aí por uma coisa que é a minha especialidade, e depois não conseguir o título nacional...", desabafa aos jornalistas, na Vila Mediterrânica.

'Livre' desse peso, agora com o título na bagagem, aterrou na segunda-feira em Oran para competir quinta-feira no contrarrelógio e sábado na prova de fundo, com Fábio Fernandes, que também vai fazer as duas, Francisco Campos, Luís Gomes e Fábio Costa.

A covid-19 trouxe-lhe alguma "instabilidade nos treinos" e não sabia em que forma estaria nos Nacionais, mas "as coisas começaram a sair" e o ouro deixou-o "muito contente", além de abrir o apetite para mais. "Um bom resultado aqui seria a vitória. Já fui muitas vezes segundo e sei que isso não me satisfaz", atira, confiante, o ciclista de Palmela, de 29 anos.

Quanto ao percurso, "tem bastante vento" e isso poderá ser decisivo num 'crono' que representa o regresso à seleção pela qual já correu Europeus e Mundiais, entre outras provas, e foi quarto classificado no contrarrelógio de sub-23 no Campeonato do Mundo Ponferrada2014. "É sempre um orgulho. Temos uma seleção aqui credenciada, com experiência, vamos ver se essa experiência vai passar na prova de fundo. [...] Temos claramente o homem mais forte, o Fábio Costa, que está a passar um grande momento de forma. Temos de trabalhar para ele tentar vencer a corrida", explica.

Bronze nos Nacionais de fundo, o jovem de 22 anos corre com Rafael Reis na Glassdrive-Q8-Anicolor, numa equipa de cinco com dois representantes da Efapel e outro da Kelly/Simoldes/UDO, sem corredores do WorldTour ou do segundo escalão por imposição da organização dos Jogos do Mediterrâneo.

Essa limitação impede também uma noção mais exata dos adversários que vão encontrar, mas não falta afirmação positiva do grupo. "Nós confiamos no que estamos aqui a fazer", refere o mais experiente do quinteto masculino.

Tendo conseguido o título nacional que 'faltava' a um dos grandes especialistas nacionais no esforço contra o relógio da sua geração, batendo João Almeida (UAE Emirates) em Mogadouro, Reis procura agora dar continuidade ao trajeto bem sucedido do ciclismo nos Jogos do Mediterrâneo.

Em Tarragona2018, em que Portugal se estreou no evento, Domingos Gonçalves conseguiu a prata no 'crono', ganho pelo italiano Edoardo Affini, hoje um dos maiores 'craques' mundiais na especialidade, e na corrida de fundo Rafael Silva foi ao bronze, numa equipa que já incluía Francisco Campos, único 'repetente' luso na modalidade.

Os Jogos do Mediterrâneo Oran2022 arrancaram no sábado e decorrem até 06 de julho, com mais de três mil atletas de 26 países diferentes, incluindo 159 portugueses em 20 disciplinas.

Entre o contingente luso estão vários atletas olímpicos, como Evelise Veiga, Cátia Azevedo, Vera Barbosa, Tsanko Arnaudov, Tiago Pereira, Lorene Bazolo e Liliana Cá, a ginasta Filipa Martins, os atiradores Joana Castelão, Sara Antunes, João Costa e João Paulo Azevedo, os nadadores Ana Catarina Monteiro, Francisco Santos, Ana Rodrigues, Gabriel Lopes, Alexis Santos e Tamila Holub ou também os mesatenistas Jieni Shao e João Monteiro.

Fonte: Record on-line

“Roglic acredita que coletivo da Jumbo-Visma pode derrotar Pogacar no Tour”


Esloveno de 32 anos foi segundo classificado na prova em 2020

 

Por: Lusa

Foto: Reuters

Primoz Roglic acredita que a Jumbo-Visma pode destronar Tadej Pogacar (UAE Emirates) na 109.ª Volta a França em bicicleta, enquanto Jonas Vingegaard, o vice do ano passado, admite confiar mais nas suas possibilidades este ano.

"Somos uma equipa forte, com muitas individualidades. Se trabalharmos juntos e fizermos o melhor possível, pensamos que podemos derrotá-lo", defendeu o adversário número um do atual bicampeão do Tour, referindo-se ao seu compatriota.

Segundo classificado em 2020, o esloveno de 32 anos desistiu da passada edição devido às lesões resultantes de uma queda sofrida na terceira etapa, regressando este ano para partilhar a liderança da 'super' Jumbo-Visma com o ciclista sensação do Tour'2021.

"Tornamo-nos mutuamente mais fortes. O Jonas é um excelente corredor, mas isso é válido também para os outros [companheiros de equipa], que são muito fortes. Com o Jonas, tenho uma boa relação fora da bicicleta, somos grandes amigos", disse o sempre telegráfico Roglic.

Líder improvisado da formação neerlandesa em 2021, Vingegaard assume pela primeira vez o estatuto de chefe de fila na Grande Boucle, uma nova missão que parece aceitar com naturalidade.

"O Primoz e eu somos bons amigos. Acabámos de passar duas semanas juntos em Tignes. Pensamos que podemos desafiar o Pogacar, faz muita diferença sermos dois. Ambos pensamos na camisola amarela, temos um bom plano e esperamos concretizá-lo com sucesso", declarou.

O dinamarquês de 25 anos, que verá a 109.ª edição da Grande Boucle partir do seu país, admitiu que, mentalmente, encara este novo 'assalto' à amarela de forma distinta.

"A abordagem é muito diferente da do ano passado, em que vim para esta corrida como gregário. Tenho mais confiança, acredito mais em mim", confessou.

Alertando para "o muito stress, muitos azares" que podem acontecer numa prova de três semanas, Vingegaard revelou que o objetivo dos Jumbo-Visma "é sobreviver à primeira semana". "Depois, logo se vê como está cada um", concluiu.

Os objetivos da Jumbo-Visma não passam apenas pela amarela, com a equipa a espreitar a camisola verde com o 'todo-o-terreno' Wout van Aert, vencedor de três etapas na passada edição, nomeadamente a última, em plenos Campos Elísios.

"Posso desempenhar vários papéis, mas para mim é claro que perseguimos a amarela há vários anos e essa será a nossa principal ambição", desmistificou o belga, já depois de Roglic ter esclarecido que "Wout tem um papel livre", mas é "alguém que se dedica a 100% à equipa".

A 109.ª Volta a França arranca na sexta-feira em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de julho em Paris, onde o sucessor de Tadej Pogacar será consagrado.

Fonte: Record on-line

“Rúben Guerreiro sonha com top 10 no Tour: «A ambição é de vitória»”


Ciclista português vai participar pela segunda vez na prova

 

Por: Lusa

Foto: Instagram

Ruben Guerreiro não faz ideia até onde pode chegar na segunda presença na Volta a França, mas promete ir "improvisando" com aquilo que a corrida lhe der, aspirando a uma vitória em etapa e, quem sabe, ao top 10.

"Não faço realmente ideia até onde posso chegar nesta minha segunda presença no Tour, mas a ambição é de vitória e sinto-me em melhor forma física do que no ano passado, por isso vou lutar pelos meus objetivos e da equipa", começou por dizer à agência Lusa, depois de ter aterrado em Copenhaga, a capital dinamarquesa que na sexta-feira vai acolher o arranque da 109.ª edição.

Após ter terminado no 18.º lugar na sua estreia na 'Grande Boucle', no ano passado, o ciclista português da EF Education-EasyPost parece destinado a voos mais altos nesta edição, depois de ter vencido o Mont Ventoux Dénivelé Challenge, há duas semanas, e ter sido nono na geral do Critério do Dauphiné, dias antes.

"Um top 10 é sempre algo que um ciclista profissional procura quando chega ao Tour - um 'top 10' na Volta a França ou numa grande Volta é das maiores coisas que se pode fazer no ciclismo. Eu não fujo à regra, mas tenho de respeitar os objetivos da equipa, que é disputar uma etapa. É nisso que me vou focar. A etapa já é bastante difícil, acho que se ganhasse uma etapa já era um feito enorme", destacou, em entrevista à Lusa.

No entanto, "como ambicioso" que é, o corredor de Pegões vai "estar sempre à procura de tentar uma oportunidade e, porque não, sonhar com esse 'top 10', sempre respeitando muito os ciclistas adversários e os colegas", nomeadamente Rigoberto Urán e Neilson Powless, que "também têm capacidade de fazer 'top 10' ou 'top 5', quem sabe pódio".

"Veremos o que a própria corrida tem para me dar e, com isso, vou improvisando", completou, antes de esclarecer: "Não vou trabalhar para ninguém, ninguém vai trabalhar para mim. Sou, digamos, um corredor livre. Depois das etapas aqui na Dinamarca e do 'pavé', tudo pode acontecer".

A fasquia está mais alta para o 'rei da montanha' do Giro'2020 depois do triunfo numa das mais míticas subidas francesas, e Guerreiro garante dar-se bem com aquilo que esperam de si neste Tour.

"Eu gosto de pressão. Quando não me colocam pressão, eu perco um bocado a 'chama'. Ponho muita pressão em mim mesmo, e é isso que me faz ter mais vontade de ganhar. Com a vitória no Mont Ventoux, vou estar à espera de fazer igual ou melhor. Tenho 27 anos, vou fazer 28, mas acho que sou um ciclista em evolução, trabalho cada dia para ser melhor, e este ano encontrei-me como ciclista e como pessoa também, dentro e fora das corridas", revelou.

O português da EF Education-EasyPost acredita "sem dúvida" ter encontrado o seu caminho na modalidade, sendo, por isso, taxativo a reconhecer que conquistar a camisola da montanha na 'Grande Boucle' não é uma das suas ambições.

"Sinceramente, esse não é o meu principal objetivo. Claro que se vier, é com todo o gosto [que a visto], mas o meu objetivo realmente era ganhar uma etapa e mostrar essa consistência na montanha", disse o ciclista que já sabe o que é triunfar numa grande Volta (ganhou a nona tirada do Giro em que levou a camisola da montanha para casa).

Num discurso permanentemente pontuado pela palavra "vencer" é esse, garante, o seu único foco, Guerreiro prognosticou ainda "uma Volta a França muito dura, das mais duras dos últimos anos, e com muito stress, com estes primeiros dias de vento na Dinamarca e o 'pavé'", reservado para a quinta etapa.

"Os principais favoritos são o [Tadej] Pogacar e, depois, os dois homens da Jumbo, o [Primoz] Roglic e o [Jonas] Vingegaard. E há um lote de candidatos ao pódio e 'top 5', como o Aleksandr Vlasov, o [Enric] Mas, o [Ben] O'Connor, entre outros, e espero que possamos meter alguém entre esses candidatos", anteviu ainda.

Cada vez mais popular entre os adeptos da modalidade, o 'cowboy de Pegões' terá a oportunidade de estender a sua legião de seguidores a outros pontos do globo, uma vez que a sua equipa será uma das que protagonizará o documentário da plataforma Netflix sobre a Volta a França.

"Acho que isto vai ser outro passo para o ciclismo, porque as coisas estão mal resolvidas entre o público geral e a modalidade. Desde o caso [de Lance] Armstrong, nunca nada foi como antes, pela dimensão que ele deu a esta modalidade e, com a entrada da Netflix, acho que tem tudo para toda a gente conhecer um pouco mais os bastidores, as personagens, o próprio desporto, que é magnífico. Vai haver mais fãs dentro de pouco tempo", defendeu.

Fonte: Record on-line

“Europeu preparado a pensar no futuro”


Treinadores observaram os atletas em vários estágios realizados nas últimas semanas

 

Por: Pedro Filipe Pinto

Foto: FP Ciclismo

 

História à  espera de ser feita

 

Entre os mais de mil atletas esperados nas três semanas de competição do Campeonato da Europa de sub-23 e sub-19 estarão cerca de 50 portugueses, distribuídos pelas vertentes de BTT, estrada e pista.

A realização dos Europeus em Portugal serviu de estímulo ao trabalho das seleções nacionais das três vertentes do programa competitivo. Esse trabalho iniciou-se ainda no ano passado, com estágios dos corredores jovens nas infraestruturas do Centro de Alto Rendimento.

Os selecionadores nacionais tiveram a oportunidade de acompanhar um lote alargado de atletas em vários momentos de estágio no Velódromo Nacional, na pista de BTT e nas estradas da região.

Algumas corredoras tiveram mesmo o ensejo de experimentar em competição o percurso da prova de fundo de estrada, durante os quilómetros finais da última etapa da Volta a Portugal Feminina. Beatriz Pereira foi uma delas e a prestação conseguida deu-lhe boas perspetivas para o Campeonato da Europa.

“O percurso é duríssimo, mas saí muito satisfeita da Volta a Portugal. Ainda estou na época de frequências e exames na faculdade, não tive ainda um momento para treinar e recuperar a cem por cento. Mas terei essa oportunidade até ao Campeonato da Europa e estarei em melhor condições”, acredita a corredora minhota.

 

Femininas com futuro

 

Portugal terá sete representantes femininas nas provas de estrada. É um coletivo em desenvolvimento, sob a batuta do selecionador nacional José Luís Algarra. O responsável técnico vê o Campeonato da Europa com realismo e tem as baterias apontadas ao futuro.

“Vamos ter uma participação que dignifique Portugal, mas sem olharmos aos resultados imediatos. A evolução é um processo contínuo e estamos a trabalhar nesse sentido, tendo em vista o futuro. O europeu faz parte desta caminhada. Motiva correr em Portugal e as nossas jovens vão dar o máximo, avançando mais um patamar na evolução”, frisa o selecionador.

 

Pista da formação ao rendimento

 

A vertente de pista é aquela em que Portugal tem alcançado maior sucesso nos últimos anos. O selecionador nacional, Gabriel Mendes, vê este europeu como uma dupla oportunidade. "Vamos aproveitar a realização em Portugal para colocar mais juniores em competição do que se a prova se realizasse no estrangeiro. Será uma oportunidade de formação para o futuro, permitindo aos jovens competir num nível mais alto, de forma também a percebermos em que patamar internacional se encontram", refere.

Já nos sub-23, a Seleção irá juntar corredores que já participaram em edições anteriores com outros que são estreantes na categoria. "Gostaria de ter níveis de rendimento semelhantes aos do ano passado. Independentemente de voltarmos a conseguir medalhas, vamos bater-nos por lugares cimeiros na classificação", prevê Gabriel Mendes.

Em 2021, nos Europeus para sub-23 e sub-19, Portugal conquistou quatro medalhas na pista, duas das quais por Maria Martins, que, entretanto, subiu à categoria de elite. Já Rodrigo Caixas e Diogo Narciso, que competirão novamente em sub-23, conseguiram a medalha de ouro em scratch e a prata na corrida por pontos, respetivamente.

 

Ambição de medalhas

 

O processo está mais avançado no setor masculino, no qual a Seleção terá outra ambição, sobretudo nas provas de fundo. O selecionador nacional, José Poeira, tem o pódio em mente, baseando-se no desempenho dos corredores portugueses ao longo desta temporada. "Vamos participar com a ambição de discutir medalhas. Os juniores fizeram um calendário forte na Taça das Nações e conseguimos estar na discussão de todas as corridas. Os sub-23 só tiveram uma prova internacional, mas a prestação também foi de muito bom nível, abrindo perspetivas para um bom europeu", considera José Poeira.

Fonte: Record on-line

“Armada portuguesa pronta para atacar bons resultados em BTT”


Por: Pedro Filipe Pinto

Foto: F P Ciclismo

 

História à espera de ser feita

 

Serão 11 os títulos que vão estar em disputa. Durante os quatro dias de prova, vão ter lugar as competições de XCO (Cross Country Olímpico), XCE (Cross Country Eliminação), XCC (Cross Country Curto) e XCR (Estafeta Mista). A armada portuguesa é constituída por 19 atletas, sendo que seis deles entram já amanhã em ação: Íris Chagas, Tomás Gaspar, Joana Monteiro, Raquel Queirós, Mário Costa e Ricardo Marinheiro. Para além destes, Portugal será representado por Artur Mendonça, Mariana Líbano, João Cruz, Bruno Silva, Eduardo Rodrigues, Francisco Silvestre, Guilherme Barros, Rafael Sousa, Beatriz Sousa, Catarina Lopes, Laura Simão, Marta Carvalho e Tomás Frazão.

O dia de amanhã estará destinado às provas de XCC, que serão disputadas a partir das 11 horas. Vão estar em competição atletas das categorias júnior e elite, tanto no setor feminino como no masculino. A última prova será a de elite masculina, pelas 17h30.

As competições de XCR e XCE acontecem na sexta-feira, arrancando com a final de estafeta mista entre as 11h30 e as 13h. Já o XCE irá decorrer entre as 18h15 e as 19h, onde irão competir em simultâneo atletas das categorias júnior, sub-23 e elite, divididos entre ambos os setores. De referir que os percursos destas duas provas são mais curtos e menos técnicos do que o de XCO, adaptando-se à realidade de ambas.

O Cross Country Olímpico chega no dia 2 de julho, com os corredores da categoria júnior. O setor masculino vai competir entre as 11h e as 12h15 e as femininas entre as 14h e as 15h15.

O selecionador nacional de BTT, Pedro Vigário, destaca os pontos cruciais deste percurso e as suas características. “É um percurso com quase quatro quilómetros, com muita fluidez e pouco acumulado. Não tendo subidas muito longas, existe um equilíbrio da componente técnica e da componente física. Existem duas ou três zonas muito importantes e que merecem bastante atenção, duas subidas mais íngremes e, a nível de obstáculos, diria ainda o último ‘rock garden’, que é mais longo. Estes três pontos podem decidir a corrida”, apontou.

A prova de XCO destinada a atletas sub-23 irá encerrar o Campeonato da Europa de BTT no dia 3 de julho. O setor feminino estará em competição entre as 11h e as 12h30, e o masculino entre as 14h e as 15h30.

O selecionador nacional de BTT realça ainda um ponto importante. Este é um circuito que irá garantir espetáculo para o público presente. “Este percurso é relativamente curto e está construído num espaço bastante pequeno. Isto quer dizer que os corredores conseguem quase sempre ver-se uns aos outros, mesmo quando estão em diferentes zonas do percurso. Esta questão acaba também por ser uma vantagem para o público, tornando a corrida mais emocionante, pois permite que as pessoas consigam ver os corredores em várias locais”, concluiu. 

 

Circuito promete espetáculo

 

É a segunda vertente a entrar em competição nos Campeonatos da Europa de sub-19 e sub-23, mas a estrada é a que gera maior envolvimento do público, isto porque passará, literalmente, à porta das casas das pessoas. Entre os dias 7 e 10 de julho serão 10 os títulos em disputa: quatro nas provas de fundo, quatro nos contrarrelógios individuais e dois no contrarrelógio misto.

O tiro de partida será dado com as provas de contrarrelógio individual, que arrancam e chegam junto ao Centro de Alto Rendimento, na freguesia de Sangalhos, em Anadia. Os primeiros a entrar em prova serão os juniores, com o setor feminino a correr entre as 10 e as 11 horas, seguidas do setor masculino, entre as 11 horas e as 12h30. À tarde será a vez dos atletas sub-23, com as femininas a competirem entre as 15 e as 16 horas e os masculinos entre as 16 e as 17h25.

O selecionador nacional de estrada, José Poeira, desvendou os segredos deste traçado que terá 22 quilómetros tanto para juniores como para sub-23, em ambos os setores. "O percurso tem um início mais duro e com algumas subidas, seguido de algumas zonas de falsos planos, propícias a terem vento de frente ou de lado, e uma zona mais técnica com um pequeno topo na parte final. É um percurso muito bonito e bem desenhado. Vai ser um grande dia de ciclismo", atirou.

No dia 8 teremos uma novidade em Campeonatos da Europa de sub-23 e sub-19: será a primeira vez que o contrarrelógio misto se realizará nestas categorias. O percurso terá 44 quilómetros, sendo que primeiro correm os dois rapazes de cada nação, cumprindo 22 quilómetros, fazendo depois a rendição à passagem pela meta para que as duas raparigas da sua equipa possam completar a mesma distância. Nesta prova, a categoria de juniores irá competir entre as 10 e as 11 horas e os sub-23 entre as 11h30 e as 12h30.

 

Prova de fundo

 

No fim de semana vão realizar-se as provas de fundo, num percurso feito em circuito, com partida e chegada junto ao Complexo Desportivo de Anadia. No sábado, dia 9, serão os juniores a entrar em prova. As femininas vão percorrer 83,1 quilómetros, entre as 10h00 e as 12h30, já o setor masculino estará em competição entre as 14h00 e as 17h10, percorrendo 125,9 quilómetros. No domingo, dia 10, será altura de os sub-23 encerrarem os Campeonatos da Europa de Estrada. As corredoras sub-23 vão ter de completar 104,5 quilómetros, já os sub-23 masculinos terão pela frente 143,3 quilómetros.

Nesta prova de fundo, o selecionador nacional José Poeira destaca os pontos mais importantes do circuito. "Este percurso não tem subidas muito complicadas, mas há alguns pontos a ter em atenção. Dentro de Anadia há uma subida a quatro quilómetros da meta que, volta após volta, acabará por trazer alguma dificuldade. No final, a reta da meta é a subir, com uma inclinação de 5%, mais ou menos. Na última volta, na passagem pelo Monte Castro, a corrida vai de certeza ser mexida e quem ficar nesse pequeno grupo irá discutir os primeiros lugares".

 

Velódromo de Sangalhos tem 44 títulos em disputa

 

A edição de 2022 do Campeonato da Europa de Pista levará os melhores atletas até ao Velódromo Nacional de Sangalhos. Esta é uma pista de madeira, com 250 metros de perímetro, inaugurada em 2009. Desde então, já recebeu várias provas de grande importância, até porque esta será a sexta vez que a estrutura irá ser o palco do Europeu de Pista de Juniores e sub-23. Recebeu esta competição durante quatro anos consecutivos, entre 2011 e 2014, tornando a fazê-lo em 2017 e agora em 2022.

Os treinos oficiais começam logo na segunda-feira, dia 11 de julho, mas a competição só arrancará na quinta-feira. Nesse primeiro dia, entre as 11h00 e as 16h00 terão lugar as qualificações da perseguição individual e da velocidade por equipas, com a competição por medalhas a acontecer entre as 17h30 e as 20h42, com as provas de scratch e velocidade por equipas para juniores masculinos e femininos, e as provas de eliminação e perseguição individual para sub-23 masculinos e femininos.

No dia 15 teremos qualificações para as provas da tarde entre as 10 horas e as 14h12. A competição terá início pelas 16h, sendo que nessa altura teremos a prova de um quilómetro contrarrelógio para juniores masculinos, a perseguição por equipas e a eliminação para juniores masculinos e femininos, e ainda as provas de scratch e velocidade por equipas para sub-23 masculinos e femininos. Neste dia, a competição terminará pelas 21h25.

No dia 16, terão lugar as qualificações entre as 10h e as 14h25 e as finais entre as 16h30 e as 21h02. Nesse dia teremos a prova de velocidade para juniores masculinos e a perseguição individual para ambos os setores da categoria de juniores. Além disso, estará também a decorrer a prova de um quilómetro contrarrelógio para sub-23 masculinos e ainda a perseguição por equipas para ambos os setores de sub-23.

No dia seguinte (17) terá lugar uma das competições mais importantes: o omnium, destinado aos juniores masculinos e femininos. Os corredores desta categoria terão ainda pela frente os 500 metros contrarrelógio, para o setor feminino, e a velocidade, para o setor masculino. No caso dos sub-23, este será dia de disputar as provas de velocidade, no setor masculino, e ainda a corrida por pontos, em ambos os setores. Neste dia as qualificações vão ter lugar entre as 11h e as 13h27 e as finais entre as 15h e as 20h46 .

No penúltimo dia de competição, dia 18 de julho a parte da manhã, entre as 11h e as 13h42 vão ter lugar as qualificações para as provas da tarde e ainda a final de 500 metros contrarrelógio para as atletas da categoria sub-23. À tarde, entre as 16h e as 20h54 teremos a corrida por pontos e o keirin para juniores femininos e masculinos e a prova de velocidade para os sub-23 masculinos. Este será um dia bastante importante para os atletas desta categoria, visto que vão ter de enfrentar a prova de omnium, nos setores masculino e feminino.

Dia 19 de julho será o último dia de competição, com a manhã a ser dedicada às qualificações e à prova de madison para juniores femininas, entre as 10h e as 12h05. À tarde, entre as 14h e as 17h26 serão as provas de keirin, para juniores masculinos e sub-23 masculinos e femininos.

Fonte: Record on-line

“Tour: Oliveira 'fintou' a covid-19 e está entusiasmado por voltar à maior prova do mundo”


Por: AMG // NFO

Foto: photogomezsport

Nelson Oliveira esteve com um pé fora da Volta a França, ao ser ‘apanhado’ pela covid-19 dias antes da 109.ª edição, mas na sexta-feira estará em Copenhaga para iniciar a sua 16.ª grande Volta, ciente de que não há impossíveis.

As últimas horas em Portugal do ciclista da Movistar antes de entrar no voo para a capital dinamarquesa foram vividos em ritmo de contrarrelógio, a especialidade na qual é um dos melhores do mundo: ‘vítima’ do surto que dizimou a Volta à Suíça, cumpriu escrupulosamente os dias de isolamento, mas, ‘obrigado’ pelas regras da União Ciclista Internacional a fazer teste de despistagem à covid-19 para estar no Tour, viu-se por momentos afastado da 109.ª edição.

“Infelizmente, depois da Volta à Suíça, detetaram-me a covid-19, embora sem grandes sintomas. Estou totalmente recuperado, já dei negativo no antigénio, o que me vai permitir estar na Volta a França. Esta semana andava um pouco preocupado, porque não sabia se ia recuperar a tempo, mas felizmente está tudo bem”, congratulou-se, em declarações à agência Lusa.

Superada a ‘barreira’ burocrática – precisava de um teste negativo para poder embarcar para Copenhaga, onde na sexta-feira arranca a ‘Grande Boucle’ , o português da Movistar pode, finalmente, desfrutar da honra que é estar pela sexta vez no Tour.

“Claro que ainda fico entusiasmado. É sempre bom estar na melhor prova do mundo. Como é o Tour, fico sempre contente, ainda mais porque é um objetivo grande da equipa. E, no meu caso, acaba por ser também um objetivo, ano após ano, estar presente no maior evento do mundo”, confessou à Lusa.

Ausente no ano passado, por ter optado por “preparar bem” a presença nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ‘Nelsinho’ assume que “é bom estar de regresso” à prova de eleição do pelotão, naquela que será a sua 16.ª participação numa grande Volta.

“Pois, acho que sim”, respondeu, a rir-se, quando questionado sobre se é um veterano nestas ‘andanças’. “Já tenho algumas grandes Voltas nas pernas, já começo a ser um veterano, até porque tenho 33 anos. Espero que ainda me faltem mais alguns anos neste mundo [do ciclismo] e mais grandes Voltas”, pontuou.

Invariavelmente, como em todas as presenças anteriores, Oliveira estará na ‘Grande Boucle’ a trabalhar para outros, uma missão que, ainda assim, deixa espaço ao sonho de voltar a erguer os braços numa ‘grande’, como aconteceu em 2015, quando venceu uma etapa na Volta a Espanha.

“Eu sou um gregário e o meu objetivo será sempre o da equipa. Quando calha um Tour e temos um líder para trabalhar, temos de trabalhar para ele. Não há outra versão. É óbvio que se a equipa me der a oportunidade de entrar numa fuga, e certamente haverá essa oportunidade, [vou] tentar disputar uma vitória em etapa como todos os anos. Mas sabemos que o Tour é difícil, não é fácil chegar a esse objetivo, mas estamos lá e impossível não é”, notou.

Com a equipa centrada em Enric Mas, o espanhol que nas últimas duas edições foi quinto (2020) e sexto (2021) na geral final, o experiente português vai tentar ajudar o seu chefe de fila a chegar ao pódio.

“Ele tem andado perto dos três primeiros. Infelizmente, até agora não teve muita sorte nas corridas em que participou, devido a quedas, mas esperemos que este ano seja diferente”, disse, relevando que “a equipa também terá em mente ganhar etapas”.

Apesar do domínio avassalador de Tadej Pogacar (UAE Emirates) nas últimas duas edições, o corredor de Vilarinho do Bairro (Anadia) considera que o jovem esloveno, de 23 anos, pode ser ‘destronado’.

“Ninguém é imbatível. Um Tour são 21 etapas, nem sempre o corpo está bem, e pode ser que ele tenha uma quebra. E há outros candidatos que lhe vão dar muita ‘tareia’”, previu, notando que até o percurso “bastante seletivo” desta edição pode ajudar nessa tarefa.

Para Oliveira, a primeira semana “provavelmente” será decisiva neste Tour, que arranca na sexta-feira em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de julho, em Paris.

“Com a partida na Dinamarca, vai haver etapas em que vamos ter vento lateral e isso pode pôr em apuros alguns líderes. O próprio stress dos primeiros dias do Tour, que há sempre, também pode ter uma palavra a dizer, assim como o pavé [quinta etapa]. É preciso não ter nenhum azar para que as coisas corram bem no final do dia”, sustentou.

Fonte: Lusa

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