terça-feira, 29 de outubro de 2024

“Recordemos… O famoso Caldas/Badajoz”


Por José Morais

Passando hoje pelo meu livro das recordações, é tempo de recordar uma grande clássica, talvez o mais importante evento de cicloturismo realizado em Portugal, falo da tradicional clássica e celebre Caldas/Badajoz.

Desta vez relembro o evento realizado em 2004, onde os participantes realizaram nesse ano o trajeto entre as Caldas da Rainha e a cidade espanhola de La Albuera, e passado 20 anos, é sempre bom recordar.

Um milhar, participou nesse ano, ao longo de dois dias e em quatro etapas, fica aqui uma recordação com mais de 20 anos, numa reportagem que fiz na altura para a Revista Super Ciclismo, com fotografias de um amigo que já não se encontra entre nós, o Manuel “Marinho” do Grupo de Cicloturismo do BPI.

Eram passeios como este que marcaram a modalidade antigamente, que infelizmente como outros grandes eventos infelizmente ficaram pelo caminho, por isso…

Recordemos…

“O Cowboy de Pegões, Ruben Guerreiro, fala de Tadej Pogacar: "Ele está a pagar pelo que o Lance Armstrong fez. Ele era uma bandeira e deixou um buraco na modalidade"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com/

Rubén Guerreiro este presente no podcast "Ontem já era tarde" da SIC Notícias, onde abordou os mais variados temas da sua carreira ciclística, abordando temas que vão desde os seus tempos de miúdo, passando pelas primeiras pedaladas como ciclista federado em BTT, recordando o ano em que foi o rei da Montanha na Volta a Itália de 2020, até aos dias de hoje, onde cumpriu mais uma época ao serviço da equipa espanhola da Movistar Team.

O Cowboy de Pegões abraçou a modalidade como federado após ter desistido do futebol "Fiz a formação no Samora Correia" confessou, passando por outras equipas até aos 14 anos, quando descobriu que não era no futebol que encontrava a felicidade, mas em cima das duas rodas " O meu pai era praticante de ciclismo. Se eu falasse da Volta a França com os meus amigos, ficava a a falar sozinho. Só gostavam de futebol. Eu já fazia umas meias-maratonas e maratonas com a malta que gosta de andar de bicicleta ao domingo como não federado, mas foi aos 15 anos que fiz a minha primeira corrida como federado."

Emigrou cedo, para a equipa de Axel Merckx, porque " fui com 20 anos para fora, tive pessoas que me ajudaram e fui para os estados unidos, onde fiz a minha formação onde pude competir com os melhores ciclistas do mundo de sub-23 e alguns elites o que foi fundamental para o meu desenvolvimento. Se não tivesse dado esse passo não chegaria onde estou hoje" reconhecendo que " há uma diferença enorme entre o estrangeiro e Portugal nesta modalidade"


Na Volta a Itália de 2020 brilhou nas montanhas transalpinas, conquistando a camisola azul, símbolo de líder da montanha" gosto mais de descer", ri-se. "Se estiver em boa forma gosto de subir. É preciso estar mesmo no ponto em termos atléticos, físicos e mentais. Tens de ter estes três tipos de características, mais a bicicleta e a equipa à tua volta, ter tudo perfeito para seres competitivo ao mais alto nível"

" A vida de um ciclista profissional é muito rigorosa, não posso ir a uma noitada porque senão o corpo vai pagar por essa noite durante semanas" relembra, para " Não podemos comer o que nos apetece. A nutrição é fundamental, porque depende de ciclista para ciclista a nível de carboidratos, se és sprinter, trepador, contrarrelogista", disse.

A conversa passou por Tadej Pogacar, que fez uma ´época fantástica, e as comparações que existem com Merckx, sendo instado a comentar sobre qual é a posição que o ciclista esloveno ocupa no ciclismo. "Os resultados estão à vista. Fez uma das melhores épocas de sempre da história.

Lance Armstrong era o meu ídolo de criança

 

Eu conheci-o bastante novo, nunca foi meu colega, mas víamos logo que ele era diferente, estava ali um talento. Corri contra ele várias vezes e só lhe ganhei uma vez. Víamos logo que estava ali um talento fora do normal e o facto é que ele tem evoluído de ano para ano. Bate-se nas Clássicas de um dia, nas corridas de uma semana, ganha as Grandes Voltas, é realmente um dos grandes do ciclismo."

Sobre as suspeitas sobre doping que recaem sobre Pogacar, por ganhar tudo, um pouco à imagem dos tempos de Armstrong, será que não estrará o ciclista da UAE a ter uma "ajuda divina", Guerreiro é sintomático a responder. "Como o ciclismo é uma modalidade tão bruta e tão imprevisível, temos sempre aquela ideia, aquela vozinha a desconfiar. O Armstrong deixou um buraco enorme, porque ele era mais que um ciclista, era um vencedor na vida por causa de uma doença muito grande que teve (cancro nos testículos ed.) e fazia o contacto com os media como ninguém. Ele era uma bandeira, era muito inteligente. A forma como saiu foi horrível e deixou um buraco enorme na modalidade"

"O Lance Armstrong era como um herói de cinema. Uma referência por tudo aquilo que conseguiu alcançar no ciclismo e também fora dele. Senti que o meu herói tinha mentido toda a vida”, lamenta Ruben Guerreiro.

Pode ver este artigo em:

https://ciclismoatual.com/ciclismo/o-cowboy-de-pegoes-ruben-guerreiro-fala-de-tadej-pogacar-ele-esta-a-pagar-pelo-que-o-lance-armstrong-fez-ele-era-uma-bandeira-e-deixou-um-buraco-na-modalidade 

“Tour de 2025 vai ser edição 100% francesa com Mont Ventoux e o col de la Loze”


Após três partidas seguidas no estrangeiro, de Copenhaga, de Bilbau e Florença

 

Por: Lusa

Foto: AP

A Volta a França de 2025, cujo percurso foi esta terça-feira apresentado em Paris, vai ser totalmente disputado em território francês, com Mont Ventoux, o col de la Loze a as Superbagnères no traçado.

Pela primeira vez em cinco anos, o Tour vai ser 100% disputado nas estradas francesas, entre 5 de julho, quando parte de Lille, para uma 'Grande Boucle' com dois contrarrelógios individuais, um dos quais em montanha, sete finais em alto e a conclusão nos Campos Elísios, após uma etapa mais longa do que tradicionalmente em Paris.

Após três partidas seguidas no estrangeiro, de Copenhaga, de Bilbau e Florença - e antes de partir de Barcelona - e de um inédito final em Nice, devido aos Jogos Olímpicos na capital, o pelotão vai enfrentar, nas três semanas, até 27 de julho, 3.320 quilómetros.

"Não há um milímetro fora das nossas fronteiras. Alguns dirão: 100% francês, não deveria ser sempre assim?", disse o diretor do Tour, Christian Prudhomme, advertindo que as partidas no estrangeiro oferecem "brilho" à corrida no estrangeiro.

Depois da "magnífica escapadela" a Nice, devido a Paris2024, o regresso aos Campos Elísios já era conhecido, tal como a partida em Lille, mas a derradeira etapa pode 'absorver' um pouco do percurso da prova de fundo de estrada dos Jogos, com uma desejada incursão ao Montmartre.

O primeiro 'crono', plano, de 33 quilómetros, em Caen, na quinta etapa, vai ser o primeiro 'filtro', dois dias antes da chegada ao Mûr-de-Bretagne, antes se dirigir para o Puy-de-Dôme e para os Pirenéus.

Estes prometem ser dias desafiantes até para o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), que vai procurar o seu quarto título, provavelmente frente ao bicampeão dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), na cronoescalada da 13.ª etapa, entre Loudenvielle e Peyragudes, com uma subida de 11 quilómetros.

A dificuldade aumenta no dia seguinte, com a primeira chegada a Luchon Superbagnères desde 1989, depois de subidas ao Tourmalet, Aspin e ao Peyresourde.

O Tour segue depois para os Alpes, começando a terceira e última semana com a chegada ao Mont Ventoux, um dos seus cumes mais emblemáticos, num regresso ao percurso desde 2013 -- a chegada a este topo em 2016 foi cancelada devido ao vento.

A etapa 'rainha' está marcada para 24 de julho, com os 171 quilómetros a partir de Vif, com subidas aos col du Glandon, de la Madeleine e a chegada ao 'gigante' col de la Loze, numa tirada com mais de 5.500 metros de altimetria positiva acumulada, antecedendo nova 'odisseia' entre Albertville e La Plange, que não aparecia no percurso desde a vitória de Lance Armstrong em 2002.

"As etapas de montanha são realmente muito difíceis e isso vai ser compensado com alguns dias planos", reconheceu o 'arquiteto' do percurso, Thierry Gouvenou.

Questionado sobre a quem se adequa mais este traçado, o antigo corredor francês foi taxativo: "Nunca nenhum ciclista mediano ganhou o Tour. Neste momento, o Pogacar está acima dos demais. Ele destacar-se-ia em qualquer terreno e acho que assim fará no próximo ano, com a esperança de que Vingegaard volta ao seu melhor nível".

No total, serão 3.320 quilómetros, sete com chegadas em alto, com travessia do Maciço Central, Pirenéus e Alpes, dois contrarrelógios, um deles em altitude, e imensas pequenas subidas ao longo do percurso para evitar o tédio do plano.

"Não é que não queiramos que os sprinters vençam, mas queremos que as suas equipas trabalhem, que as etapas não estejam escritas por antecipação", frisou Prudhomme, lamentando o aborrecimento de várias etapas da última edição.

Pelo caminho, o Tour de 2025 vai homenagear as glórias gaulesas, como Jacques Anquetil com a meta em Ruán, onde vivia e morreu em 1987, a travessia de Yffiniac, local de nascimento de Bernard Hinault, e a partida em Saint-Méen-le-Grand, terra natal de Louison Bobet, o primeiro corredor a vencer três edições.

A chegada visa também recordar, no centro da capital, Bernard Thevenet, o primeiro a erguer os braços na estreia dos Campos Elísios, há 50 anos.

Fonte: Record on-line

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