“Andreas Kron vence segunda etapa da Vuelta e Andrea Piccolo é o novo líder”

Ciclista dinamarquês atacou na parte final e acabou por chegar isolado e vencer a tirada

 

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

O ciclista dinamarquês Andreas Kron (Lotto Dstny) venceu este domingo a caótica segunda etapa da Volta a Espanha, em que o italiano Andrea Piccolo (EF Education-EasyPost) é o novo líder e o português Nelson Oliveira (Movistar) é sexto.

Andreas Kron atacou na parte final da tirada e acabou por chegar isolado e vencer a etapa, que ligou Mataró e Barcelona, ao longo de 181,8 quilómetros, com o australiano Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck) e o francês Andrea Vendrame (AG2R Citroën) a serem segundo e terceiro, respetivamente.

O dinamarquês atacou na subida ao topo da colina de Montjuic, onde passou na liderança antes de voar para a vitória.

Em fuga desde os primeiros quilómetros, Andrea Piccolo e o espanhol Javier Romo (Astana) foram apanhados pelo pelotão à entrada do circuito de Montjuic, a 7,5 quilómetros da meta.

Felizmente para eles, os tempos de classificação geral foram retirados a nove quilómetros da chegada, com a estrada completamente inundada. Os bónus concedidos no topo da colina de Montjuic e na linha de chegada foram mantidos.

Após a decisão da organização, em contabilizar os tempos a nove quilómetros da meta, devido às condições meteorológicas adversas, o italiano Andrea Piccolo assumiu a liderança da geral, com o espanhol Javier Romo (Astana) em segundo, a 11 segundos.

Os favoritos Remco Evenepoel, Jonas Vingegaard e Enric Mas, que pediram ao pelotão que neutralizasse a corrida depois de inúmeras quedas nas estradas molhadas da Catalunha, decidiram não correr riscos e abrandaram o ritmo antes da chegada.

Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) foi o melhor português na tirada, em que terminou em 12.º. Nelson Oliveira (Movistar), foi 48.º e o colega de equipa Ruben Guerreiro terminou em 50.º.

João Almeida (UAE Emirates) foi 90.º e o seu colega de equipa Rui Oliveira terminou em 167.º, enquanto André Carvalho (Cofidis) 138.º.

Na classificação geral, Nelson Oliveira é o melhor português, no sexto lugar, a 13 segundos de Andrea Piccolo.

Rui Costa segue na 65.ª posição, a 46 segundos, João Almeida na 72.ª, a 50, Ruben Guerreiro, na 104.ª, a 1.13 minutos, André Carvalho, na 142.ª, a 3.13, e Rui Oliveira, na 164.ª, a 6.15.

Na segunda-feira, a terceira etapa vai ligar Súria a Arinsal, numa tirada de 158,5 quilómetros com duas contagens de montanha de primeira categoria, uma delas a coincidir com a meta.

Fonte: Record on-line

“Seleção Nacional Volta a França do Futuro última etapa”

Lucas Lopes melhor português na etapa, Morgado primeiro da Seleção na geral

 

Por: José Carlos Gomes

Lucas Lopes confirmou uma Volta a França do Futuro em crescendo, sendo o melhor elemento da Seleção Nacional na última etapa, uma dura ligação de alta montanha, 99,6 quilómetros entre Val Cenis Termignon e Sainte-Foy-Tarentaise. O mexicano Isaac del Toro conquistou a camisola amarela final e António Morgado foi o melhor português na geral.

A última etapa foi muito atacada desde o início, tornando o ritmo forte e intenso, o que veio a juntar-se ao tempo frio e ao terreno de alta montanha para uma jornada épica. Os primeiros ataques foram desferidos por corredores que chegaram a esta prova como favoritos, mas que falharam na geral. Ou seja, corredores que não colocavam em causa a camisola amarela, vestida à partida pelo estadunidense Matthew Riccitello.

Só que essas movimentações, não colocando em causa diretamente a geral, endureceram de tal maneira a etapa que o que restava do pelotão explodiu quando o segundo da geral, Isaac del Toro, atacou com cerca de metade da etapa disputada. Matthew Riccitello não teve capacidade de resposta e começou ali a desenhar-se a reviravolta classificativa.

Mexicanos e italianos entenderam-se na dianteira, com o transalpino Giulio Pellizzari a vencer a tirada, enquanto segundo posto de Isaac del Toro viria a revelar-se suficiente para que o mexicano conquistasse a geral individual.

António Morgado e Lucas Lopes foram os portugueses que resistiram durante mais tempo no grupo dos principais candidatos. Só que António Morgado foi obrigado a mudar de bicicleta, devido a avaria, o que o fez perder o contacto e atrasar-se irremediavelmente. Lucas Lopes persistiu e acabou por ser o primeiro português a cortar a meta, na 30.ª posição, a 7m00s do vencedor. Alexandre Montez foi 55.º, a 12m30s, dois lugares e 3 segundos mais rápido do que António Morgado. A representação nacional fechou com Gonçalo Tavares, 78.º, a 18m42s, José Bicho, 91.º, a 23m16s, e Diogo Gonçalves, 101.º, a 25m00s.

A última etapa foi aziaga para Matthew Riccitello, que desceu da primeira à quarta posição na geral. Isaac del Toro foi, então, o vencedor, acompanhado no pódio por dois italianos, Giulio Pellizzari, a 1m13s, e Davide Piganzoli, a 1m42s. O percalço mecânico fez António Morgado perder quatro posições. Fechou a estreia na Volta a França do Futuro no 34.º lugar, a 34m38s. Toda a Seleção Nacional terminou a corrida: Lucas Lopes, 45.º, a 47m15s, Gonçalo Tavares, 49.º, a 48m47s, Alexandre Montez, 51.º, a 51m05s, Diogo Gonçalves, 101.º, a 1h29m50s, e José Bicho, 115.º, a 1h44m29s.

“Vendo a forma como a prova decorreu, seria irrealista, nesta fase, pensar em discutir a geral. No entanto, poderíamos ter feito um pouco melhor do que fizemos. Ninguém duvida do talento desta geração e estou certo de que regressaremos a esta competição com outra ambição, mas, sobretudo, com outra capacidade. A estreia destes corredores foi importante. Permitiu perceber o patamar em que se encontram e o trabalho a fazer para lutarem por outros objetivos”, analisa o selecionador nacional, José Poeira.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Volta a Portugal de Juniores última etapa”

Daniel Tenorio conquista a 17.ª Volta a Portugal de Juniores

 

Por: Vasco Moreira

Camisola amarela desde o primeiro dia, o espanhol Daniel Tenorio (GSport+Vatios) confirmou o favoritismo à entrada para a última etapa e conquistou a 17.ª Volta a Portugal de Juniores, depois de ter sido sexto na tirada de 104 quilómetros deste domingo, que ligou Mêda a Celorico da Beira e foi vencida por André Dutra (Escola de Ciclismo Bruno Neves).

A quarta e última etapa da corrida mais importante do calendário nacional de sub-19 começou logo ao ataque, com Manuel Marques (ABTF Betão/Bairrada) e Diogo Sousa (Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel) a isolarem-se, sendo depois alcançados por Tiago Silva (Almodôvar/Formação Team Scav), Carlos Perez (Electromercantil/GR100) e André Andrey (Landeiro/KTM/ACR Roriz Cycling Academy). O quinteto já seguia com 30 segundos de vantagem sobre o pelotão ao quilómetro 13, vantagem que aumentou para 1m20s à passagem pela primeira meta volante, conquistada por Carlos Perez, ao quilómetro 23,5, em Trancoso.

A aproximação ao primeiro de quatro prémios montanha, todos de terceira categoria, coincidente com a primeira passagem pela meta, mexeu com a corrida e formou um novo quarteto na frente da corrida: André Andrey, Manuel Marques, Carlos Perez e Tiago Silva, que cruzaram a meta do primeiro prémio por esta ordem. Após o prémio montanha, o pelotão acabou por alcançar os fugitivos, mas Pedro Cunha (ABTF Betão/Bairrada), ao quilómetro 60, arriscou e conseguiu isolar-se, ainda que por pouco tempo.

À chegada ao segundo prémio montanha, ao quilómetro 79,5, André Andrey e André Dutra já seguiam isolados na frente. A dupla foi aumentando a vantagem com o passar dos quilómetros, tendo entrado nos últimos dez com 1ms25 sobre o pelotão, vantagem que passou para 2m30s à entrada para os últimos três quilómetros. Os dois ciclistas aguentaram até ao fim e, já depois de André Andrey ter conquistado os segundo e terceiro prémios montanha, foi André Dutra quem fugiu nos últimos metros e festejou a conquista da etapa, com 22 segundos de vantagem, garantindo o sexto lugar da geral.

“É um sentimento inexplicável. É muito gratificante vencer uma etapa da Volta a Portugal, ainda por cima um açoriano como eu. É um orgulho. Eu não estava à espera. Fui para a fuga, trabalhei com o André Andrey, ele ganhou as montanhas e eu ganhei a etapa”, referiu André Dutra no final da etapa, acrescentando que o seu objetivo inicial era terminar nos dez primeiros da classificação geral.

Apesar do triunfo do jovem açoriano na etapa, o maior festejo ficou para Daniel Tenorio, que chegou em sexto lugar, a 2m25s, e garantiu a conquista da prova. No segundo lugar da geral, manteve-se Pablo Lospitao (Electromercantil/GR100), que foi quarto na etapa, a 2m18s, e reduziu a desvantagem na geral para 43 segundos, tendo ainda confirmado a conquista da camisola verde, correspondente à classificação por pontos.

“Sinto-me muito contente, porque conquistar uma Volta é muito difícil. É muito bonito ganhar, ainda para mais quando a tua equipa te ajuda tanto. São grandes companheiros e, mais do que isso, são amigos que fizeram um grande trabalho. A etapa de hoje foi mais difícil do que a de ontem. Houve muitos ataques, mas conseguimos controlar e aparecemos quando tínhamos de aparecer. Fui camisola amarela desde o primeiro dia e não foi fácil mantê-la, porque os rivais eram muito fortes, mas estivemos muito bem e acabei por conseguir”, explicou Daniel Tenorio. 

Nas restantes classificações, também não houve alterações. Finlay Hawker (ABTF Betão/Bairrada), que foi sétimo na etapa, a 2m27s, e segurou o terceiro lugar no pódio final, manteve a liderança na juventude, garantindo a camisola branca. Na montanha, foi André Andrey quem sorriu, ficando com a camisola azul que já envergava. Por fim, na classificação geral por equipas, destaque para a ABTF Betão/Bairrada que fechou na liderança.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Seleção Nacional/Gabriel Baptista 12.º em Omnium”

Por: José Carlos Gomes

Portugal terminou, na noite de sábado, a participação no Campeonato do Mundo de Pista para Juniores, em Cali, Colômbia, com o 12.º lugar de Gabriel Baptista em omnium e a 14.ª posição de Patrícia Duarte na perseguição individual.

Após garantir o acesso ao concurso olímpico, passando a fase de apuramento, Gabriel Baptista começou da melhor forma. Ganhou uma volta ao pelotão e foi o primeiro classificado no scratch, primeira das quatro provas pontuáveis.

Seguiu-se uma menos conseguida corrida tempo, na qual o português não foi além do 16.º lugar. O décimo posto na eliminação deixou Gabriel Baptista com 72 pontos à entrada para a corrida por pontos, decisiva nas contas do omnium. Na última prova, o português pontuou em dois sprints, concluindo a participação no Mundial com 75 pontos, no 12.º lugar.

O ucraniano Daniil Yakovlev conquistou a medalha de ouro, com 115 pontos, mais cinco do que o esloveno Zak Erzen e mais nove do que o alemão Bruno Kessler.

Patrícia Duarte teve uma participação dupla na jornada de sábado. Na corrida por pontos, disciplina em que ganhou uma medalha de bronze no Europeu de Anadia, no mês passado, a portuguesa não conseguiu qualificar-se para a final.

Na perseguição individual, a corredora portuguesa fez uma prova em crescendo, mais forte no segundo quilómetro do que no primeiro, parando o cronómetro no 2’30’’576. A italiano Federica Venturelli conquistou a medalha de ouro, mas fez mais do que isso. Na ronda de qualificação marcou um novo recorde mundial, 2’15’’678. A colombiana Juliana Londoño ficou com a medalha de prata e o bronze viajou para a Austrália, na bagagem de Felicity Wilson-Haffenden.

“Fizemos um bom Campeonato, cumprindo integralmente os objetivos propostos e definidos para esta competição”, afirma o selecionador nacional, Gabriel Mendes, em jeito de balanço da participação portuguesa.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo