domingo, 11 de abril de 2021

“EFAPEL no seu melhor”


Luís Mendonça vence ao sprint Prova de Abertura

 

Fotos: Pedro Vidinha

Luís Mendonça, da Equipa Profissional de Ciclismo EFAPEL, conquistou hoje com um sprint soberbo a Prova de Abertura – Região de Aveiro, numa jogada de mestre ao atacar no momento certo, que o levou ao triunfo na corrida que deu o tiro de partida para o arranque do calendário nacional.

O uruguaio Mauricio Moreira terminou no 13.º lugar da Geral. Sendo a prova pontuável para a Taça de Portugal Jogos Santa Casa, Mendonça é líder do ranking dos corredores das equipas continentais.

A Prova de Abertura foi disputada ao longo de 173,1 km, que ligaram Aveiro a Anadia e contaram com um duo de fugitivos – Alberto Gallego (Rádio Popular-Boavista) e Pedro Miguel Lopes (Kelly-Simoldes-UDO) –, que se isolaram pouco depois da partida.

Chegaram a ter mais de dez minutos de vantagem para o pelotão, sempre comandado pela EFAPEL, que foi reduzindo progressivamente a diferença, ao impor um ritmo muito forte, acabando com a fuga quando faltavam apenas 13 km para a meta.


Já na cidade de Anadia, e com a meta instalada no topo de uma subida de 200 metros com grande inclinação, Luís Mendonça preferiu tentar a sorte em vez de esperar pelos últimos metros e atacou de longe.

Para o feito aproveitou a passagem pelo Monte Crasto, a 1500 metros da chegada, onde se isolou do pelotão, avançando no momento certo e não dando hipóteses à concorrência, vencendo de forma indiscutível.

“Foi um trabalho de equipa extraordinário”, disse, emocionado, Luís Mendonça. “Acreditaram em mim e todos foram com entrega ao longo de toda a corrida. Houve uma entrega especial, tinha de tentar a vitória, com os colegas e o meu pai no pensamento, tinha de ganhar a corrida e entrámos com o pé direito”, continuou.

“Sinto uma alegria como não sentia há muito tempo, espero que seja o início de muitas vitórias e o desbloquear de uma grande EFAPEL que se deseja neste 2021. Sei que temos uma equipa com pujança para fazer coisas muito bonitas”, rematou o corredor.


Para Rúben Pereira, diretor desportivo da EFAPEL, “foi uma boa vitória, é ouro sobre azul ganhar a Prova de Abertura, que vem premiar o esforço coletivo. Tivemos uma equipa muito unida, acreditámos desde o primeiro quilómetro que era possível, e de facto foi, mas aconteceu pelo apoio dos nossos patrocinadores e desta união, foi o grupo que levou o Luís à vitória, foi este grande trabalho desde ciclistas a staff e é sempre bom ter os nossos patrocinadores a receber-nos na linha da meta.

Desde o presidente da Câmara Municipal de Águeda, aos administradores da Anicolor, da ASD e da ZEKSA. Ganhar perante eles, é sempre uma grande vitória”.

 

Classificações Prova de Abertura/Região de Aveiro:

Aveiro - Anadia: 173,1 km

 

1.º Luís Mendonça (EFAPEL), 03h57m57s

13.º Mauricio Moreira (EFAPEL), mt

25.º Frederico Figueiredo (EFAPEL), a 27s

29.º Javier Moreno (EFAPEL), a 01m14s

30.º Rafael Reis (EFAPEL), a 01m57s

53.º António Carvalho (EFAPEL), a 04m42s

78.º Fábio Fernandes (EFAPEL), a 17m34s

OTL Fábio Costa (EFAPEL), a 24m47s

 

Classificação Geral Equipas:

 

1.ª Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, 11h53m51s

5.ª EFAPEL, a 27s

 

Classificação Geral Montanha:

 

1.º Alberto Gallego (Rádio Popular-Boavista), 3 Pontos

3.º Mauricio Moreira (EFAPEL), 1 Ponto

Fonte: EFAPEL

“Taça de Portugal de DHI presented by Shimano”


Gonçalo Bandeira domina em S. Brás de Alportel

 

Por: José Carlos Gomes

O campeão nacional de Downhill (DHI), Gonçalo Bandeira, entrou da melhor forma na nova época, impondo-se hoje, em S. Brás de Alportel, na primeira corrida pontuável para a Taça de Portugal de DHI presented by Shimano.

O corredor natural da Lousã puxou dos galões e não deu hipóteses à concorrência. Logo na descida de qualificação mostrou que estava melhor do que os adversários, estabelecendo a melhor marca da jornada, 2’43’’955.


Na final, Bandeira foi um pouco mais lento, com 2’44’’412, o suficiente para sagrar-se vencedor. Tiago Ladeira (Miranda Factory Team) foi o rival mais próximo e melhorou a marca pessoal entre a descida matutina e a vespertina, acabando no segundo lugar, a 687 milésimos de Gonçalo Bandeira. O britânico Brett Wheeler (MCF/XDream/Município de S. Brás) fechou o pódio, a 2,859 segundos.

A família Bandeira destacou-se também na categoria feminina de elite. Margarida imitou o irmão Gonçalo e suplantou a concorrência. Cumpriu a descida final em 3’36’’503, menos 49,731 segundos do que Joana Nunes (Casa do Povo de Abrunheira) e menos 59,582 segundos do que Marta Simões (CAJ Raposa), que completaram os lugares de honra.


Rui Freitas impôs-se entre os juniores, com 2’55’’182, menos 4,330s do que Mario Ruiz (Miranda Bike CC) e menos 21,130 do que Luís Cunha (Bike House DH Team/Guimarães). Em cadetes triunfou Bernardo Rocha (AEBTT Rio/Mr. Print). Nui Tai (Wildpack Algarve Racing) estreou a nova categoria de infantis.


Entre os veteranos destacaram-se o master 30 Rui Cabrita (Wildpack Algarve Racing), o master 40 Paulo Domingues e o master 50 José Salgueiro (MCF/XDream/Município de S. Brás). A Wildpack Município de S. Brás venceu por equipas.

A segunda prova da Taça de Portugal de DHI presented by Shimano disputa-se em Boticas, no dia 16 de maio.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“O que pode acontecer ao seu corpo se começar a pedalar nesta primavera”


Por: José Morais

Fotos: Arquivo NP

Já alguma vez pensou como seria a sua vida se já tivesse começado a andar de bicicleta de forma mais regular à mais tempo, seja de bicicleta de estrada, amante do btt, ou utilizar a mesma como meio de deslocação diária, já que pedalar regularmente consegue transformar o corpo depois de umas semanas, meses, ou mesmo mais de um anoa a pedalar após se iniciar a faze-lo.

É certo de que ficará surpreendido(a) com os benefícios que pode alcançar em termos de saúde, e já que estamos na primavera, que tal aproveitar a mesma, onde os dias são maiores, mais amenos, mais propícios a desfrutar dos mesmos já que são mais alegres, porque não começar a utilizar a bicicleta, se a utilizar mais, poderá ver o seu corpo diferente, e o mesmo vai-lhe agradecer ao fim de algum tempo.

 

Descubra agora o que pode acontecer e sentir ao pedalar, nos seis pontos descritos:

 

1. Na sua primeira volta:

 

Ao iniciar a sua primeira volta de bicicleta, a mesma é sempre espetacular, quanto mais não seja pela sensação da liberdade e da descoberta, já que andar de bicicleta e deslizar pela estrada, ou manobrando no meio de um trilho na floresta ou da serra, é divertido, mas o que ainda não se conseguiu aperceber é que com essas pedaladas começou logo a beneficiar o seu físico e a sua saúde. 


E porque acontece isso, é que apenas numa questão de minutos a taxa metabólica aumenta e a sua circulação sanguínea melhora, com o fluxo de oxigénio a aumentar de 8 litros em modo de repouso, para os 100 litros por minuto quando se possui um esforço máximo.

Mas, alem disso o fluxo de sangue para o seu cérebro aumenta, fazendo com que fique mais desperto, já que são lançadas libertadas as hormonas da felicidade, ou seja, endorfinas na circulação sanguínea, dando assim mais motivação para continuar, o que origina a que as dores musculares sejam bloqueadas e de repente, se sente mais espirituoso e decidido, o qual de certa forma torna as coisas de modo a serem mais eficientes, já que o aumento do fluxo sanguíneo permite que as células absorvam mais oxigénio e nutrientes do sangue, sendo um bom principio pra começar a perder peso, e ficar melhor fisicamente.   

 

2. Após a primeira volta o que acontece:

 

Após a sua primeira volta ou treino de bicicleta você sente-se mais confiante, e a sua autoestima fica em alta, a pressão arterial começa a normalizar, também é normal que passado algum tempo possa sentir algumas dores, o que pode até a alastrar-se durante um ou dois dias, com um especial aos glúteos que pode ter dificuldade a se sentar no dia seguinte, é perfeitamente normal que possa sentir algum desconforto.


É uma fase que todos os ciclistas passam, já que o corpo terá de se habituar ao selim, e terá de ganhar o chamado “calo”, mas tudo passará dois ou três dias de descanso, tudo voltará ao normal, e verá que consegue depois pedalar mais facilmente e com mais vontade, já que o cérebro libertará mais endorfinas, o que vai fazer levantar o espírito, sente então satisfação após o esforço, sentindo-se mais otimista e capaz de fazer muito e muito mais.  

 

3. Passando algumas semanas:

 

Com a passagem de uma ou duas semanas depois de ter começado a pedalar, vai sentir diversas modificações físicas, é certo de que para melhor, ao sentir mais energia, não se cansando tão rapidamente, ganhando assim mais resistências, já que os seus músculos já não lhe doem, já que se começaram a habituar ao esforço, o que poderá desafiar-se mais um pouco, pode pedalar mais rápido, ou durante mais tempo com percursos mais longos.,

Porem, outras vantagens acontecem, a sua capacidade pulmonar também vai melhorar, e com a continuação o seu coração e os vasos sanguíneos irão começar a colher os benefícios, com o seu sistema imunológico a ficar mais forte, com o nível de linfócitos no sangue a aumentar.

Mas, o nível de progressivamente do seu organismo conseguir e irá ser capaz de regular os níveis de açúcar, como outras substâncias do sangue mais facilmente, ao mesmo tempo que armazena menos gordura, com o seu corpo a digerir proteínas e carboidratos, sendo quatro vezes mais rápido, o que leva a uma perda de peso mais rapidamente.


   

 

4. E depois de um mês a pedalar regularmente:

 

Mais de um mês depois de ter começado a pedalar, poderá ver que o seu nível de fitness como a sua força muscular já melhoraram significativamente, é agora já pode pedalar com mais intensidade, sem ter receio de ter dores no dia seguinte, consegue superar melhor as subidas sem ser o último do grupo, tudo isto faz com que se sinta cada vez mais confiante, resumindo, quanto mais motivado se sentir, mais consegue fazer, porque será um ciclo que se autoalimenta. 

Mas, se a bicicleta é utilizada por si como meio de transporte, a sua rotina e percursos irão ser cada vez mais fáceis de ultrapassar, é que vai notar no seu dia-a-dia quando utiliza a bicicleta, mas alem disso vai sentir-se que consegue mais facilmente subir escadas, dormir melhor, e sentir-se mais bem-disposto de uma forma geral. 

 

5. Passando alguns meses:

 

Depois de vários meses a pedalar, por essa altura começa a considerar os seus percursos ou viagens mais longas, já que com os seus progressos vai conseguir superar as suas limitações, se pedalar em grupo vai ver que é mais fácil acompanhar os seus amigos sem grande esforço, onde já pensa e planear uma viagem com mais quilómetros.


Mas, também podem as outras pessoas a notar que o seu corpo está diferente, podendo não estar fisicamente muito diferente, já que inicialmente nem sempre se perde muito peso, mas a sua postura, ou a forma de estar, sem dúvida estarão muito melhores, tendo ainda o seu coração mais fortalecido, já que será um benefício a longo prazo na prevenção das doenças cardiovasculares.

Porem, também o fluxo de oxigénio para os músculos irá aumentar, e notará uma melhor coordenação motora, tudo isso irá também contribuir para fortalecer o seu sistema nervoso, já que a rapidez dos impulsos nervosos, aumentará, sentindo assim a sua atividade cerebral melhorada, ao conseguir pensar com mais clareza, tomando assim decisões mais rapidamente, mas, a nível de stress será reduzido, o que é muito positivo, já que terá menos probabilidades de poder mais tarde a sofrer de depressão, ou a alteração do seu humor.   

 

6. Um ano depois:

 

Passou um ano, e o seu uso da bicicleta é agora mais regular, com a sua estrutura óssea mais fortalecida, com as melhorias do ponto de vista psicológico a serem inegáveis, já que existem estudos que indicam que andar de bicicleta regularmente, é muito eficaz para a diminuição da ansiedade, já que o pedalar é uma forma mais barata e saudável de fazer terapia.


Porem, um ano depois de ter iniciado a andar de bicicleta com regularidade, fosse como forma desportiva, ou me modo de utilização diária como meio de transporte, o melhor de tudo e a mais-valia, é que incorporou e consolidou um novo hábito na sua vida, no seu dia-a-dia.

Porem com este novo hábito, já se recente quando por alguma razão não pode ir andar de bicicleta, já que aquilo que outros muitas vezes veem como uma excentricidade, na realidade é uma forma excelente de melhorar a sua condição física, o seu humor, a autoestima e a sua produtividade, tudo melhorará em si,   

Comece assim a pedalar nesta Primavera, experimente, não desista, e continue a pedalar, vai ver que se vai sentir outra pessoa.











“Cofidis com novo contrato da equipa, e prepara criação de equipa feminina”


Por: José Morais

Foto: Facebook Cofidis

A Cofidis é uma das mais antigas patrocinadoras do ciclismo profissional, a qual assinou com a equipa do World Tour um novo contrato, estendendo assim o seu vínculo até 2025, para alem disso, aumentou o orçamento da equipa em mais 1,5 milhões de euros por ano, e anunciou a criação de uma equipa feminina.

Com 25 cinco anos no mundo do ciclismo, a Cofidis decidiu assim permanecer no pelotão internacional por mais quatro anos, sendo um dos mais longos acordos no desporto do ciclismo, o que permitirá continuando a progredir, e a desenvolver ao longo do tempo.

Com este novo contrato, o horizonte agora será maior, começando uma nova fase de desenvolvimento, o qual irá oferecer mais estabilidade, o que permite a equipa iniciar uma nova era, onde a mesma se esforçará para ser mais ambiciosa, afirmou o diretor geral da equipa, o francês Cédric Vasseur.

Após o anúncio do novo contrato, o Grupo Cofidis vai continuar a apoiar a equipa desportiva de pessoas com deficiência, e começa agora a preparar a nova formação, uma equipa feminina, a qual será oficialmente lançada a um de janeiro de 2022 na categoria Continental, onde espera que seja também um projeto a longo prazo, com um orçamento generoso na ordem de um milhão de euros, a fim de poder o mais competitivo possível, disse Thierry Vitu, presidente da equipa. 

Atualmente com um orçamento de 11 milhões, e agora com o aumento de mais 1 milão e meio, dá uma boa verba para poder competir com equipas como por exemplo a Ineos ou a Jumbo-Visma.

A intensão também será o de não fazer parte das primeiras equipas mundiais, já que se está progredindo regularmente, interessa e dar recursos adicionais à equipa, aumentando assim o seu nível de desempenho a longo do tempo, disse Thierry Vitu.

A Cofidis na última época na participação nas grandes Volta foi muito boa e positiva, no Tour de França, o francês Guillaume Martin conseguiu um 11º lugar na classificação geral, e na Volta a Espanha ele ganhou a classificação na montanha.

“Fabio Jakobsen chega com o pelotão no regresso à competição na Volta à Turquia”


Fabio Jakobsen, de 24 anos, cumpriu o objetivo de regressar à competição

 

Fotos: Getty Images

O holandês Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep) voltou hoje à competição velocipédica, oito meses depois de ter sofrido um grave acidente, na Polónia, ao terminar com o pelotão a primeira etapa da Volta à Turquia.

O ‘sprinter' não foi além do 147.º posto na tirada, de 72,4 quilómetros, com partida e chegada em Konya, registando o mesmo tempo, 01:35.48 horas, do vencedor, o seu compatriota Arvid de Kleijn (Rally Cycling), que superou o norueguês Kristoffer Halvorsen (Uno-X), o francês Pierre Barbier (DELKO) e o britânico Mark Cavendish (Deceuninck-QuickStep).

A etapa de abertura, inicialmente prevista para a montanha, chegou a ser cancelada pela organização devido a uma tempestade de neve, mas acabou mesmo por ser realizada com um formato mais curto e um perfil mais plano no centro da cidade de Konya.

Fabio Jakobsen, de 24 anos, cumpriu o objetivo de regressar à competição, tendo apontado como o próximo "ganhar uma corrida".

O companheiro de equipa do português João Almeida, de 24 anos, sofreu um acidente grave em 06 de agosto de 2020, durante a Volta à Polónia, que quase lhe custou a vida, ao embater violentamente nas barreiras depois de ter sido ‘encostado' pelo compatriota Dylan Groenewegen (Jumbo-Visma).


Groenewegen foi suspenso por nove meses e, desde então, tem denunciado vários insultos, ameaças de morte e casos de assédio, enquanto Jakobsen passou vários meses a recuperar das lesões sofridas.

Jakobsen, que perdeu todos os dentes, à exceção de um, e teve de levar 130 pontos na face, ficou em estado grave e foi mesmo colocado em coma induzido pelos médicos, ficando internado durante uma semana na unidade de cuidados intensivo do hospital de Santa Bárbara, em Sosnowiec, na Polónia.

Posteriormente, foi operado para reconstrução do rosto, tendo-lhe sido retirado um osso da zona pélvica para ser colocado nos maxilares.

A União Ciclista Internacional suspendeu Dylan Groenewegen por nove meses, até maio de 2021, a mais longa sanção aplicada a um corredor sem ser por doping.

Fonte: Sapo on-line

“Os ciclistas só querem que a covid-19 os deixe trabalhar”


Por: AMG // JP

O pelotão nacional começou hoje a rolar, na Prova de Abertura, com os ciclistas, na alegria do regresso após mais de seis meses sem competir, a não esconderem o receio de que a covid-19 volte a pará-los.

Os hábitos pré-covid ainda não regressaram ao pelotão, nomeadamente os convívios distendidos fora da ‘bolha’ da própria equipa – embora já se vislumbrem, aqui e ali, conversas ‘cruzadas’ -, as máscaras ainda escondem os rostos, originando até ‘trocas de identidade’ momentâneas, mas o entusiasmo pelo regresso à estrada é, ainda assim, visível.

“É um alívio para toda a gente. Toda a gente ambicionava por este dia. Sempre adiamentos, adiamentos e mais adiamentos, e hoje estamos aqui, já na linha de partida, e esperamos que seja o arranque até ao final do ano e que este ano não se pare mais o ciclismo, porque temos sofrido bastante. Estes quase oito meses em casa, sem competição, só a treinar… não digo que foi duro ou complicado, mas tem sido uma espera quase infinita”, confidencia Sérgio Paulinho.

Nome incontornável do ciclismo português, o veterano da LA Alumínios-LA Sport, de 41 anos, assume à agência Lusa que foi complicado estar parado enquanto, lá fora, o pelotão internacional já rola desde fins de janeiro/inícios de fevereiro.

“Mas também sabíamos a realidade que o país estava a atravessar. Quando se vê nas notícias, os hospitais com tantas ambulâncias à porta, milhares de doentes que não podiam entrar… sabendo a dificuldade que o país estava a atravessar, por um lado compreendemos, mas, por outro, havia a frustração de ver os nossos colegas a correr e nós em casa fechados. Felizmente, [a pandemia] acalmou”, destaca o medalha de prata em Atenas2004.

No Cais da Fonte Nova, em Aveiro, sob um sol de primavera e o olhar de uns quantos curiosos, os reencontros são saudados com o já tradicional choque de punhos, com um ou outro a arriscar um abraço, como os ex-colegas e amigos Frederico Figueiredo e Alejandro Marque.

“Finalmente! Parece que isto vai começar a andar. Penso que o problema agora é assegurar que não haja problemas nas localidades onde vamos passar e que, a nível organizativo, não voltem atrás”, nota o galego do Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel.

O vencedor da Volta a Portugal de 2013 reconhece que foi difícil lidar com o adiamento do início da temporada, que devia ter arrancado em meados de fevereiro na Volta ao Algarve, mas só começou hoje, com uma Prova de Abertura disputada na região de Aveiro, o primeiro dos 59 dias de competição do reformulado calendário nacional para as equipas continentais.

“Tens um calendário, adaptas o teu treino no inverno para estar bem na Volta ao Algarve, porque lá vão estar os World Tour, e depois adiam tudo e tens de reorganizar-te. Estamos a falar de um atraso de dois meses… é difícil para nós treinar todos os dias sem ter um objetivo, até porque temos o exemplo dos adiamentos e da incerteza anteriores [da época passada]”, sustenta.

Parados competitivamente desde 05 de outubro, data do final da edição especial da Volta a Portugal, os ciclistas do pelotão português ‘sofrem’ agora as consequências da longa interrupção, como constatou Frederico Figueiredo há uma semana, quando se estreou na época no Grande Prémio Miguel Indurain, em Espanha.

“Notou-se no Miguel Indurain os dias que eles [no pelotão internacional] levam de corrida. Nós, que no ano passado não corremos praticamente nada, chegamos a uma prova daquelas e eles já levam 20 e tal dias de corrida e nós vamos para o primeiro… é complicado. É o que é. Temos de viver com isto”, resume o terceiro classificado da última Volta a Portugal.

O ciclista da Efapel só espera que o calendário não seja interrompido. “E que a covid nos deixe trabalhar, que é isso que nós queremos”, pontua.

“Já não via a hora”, desabafa Rui Vinhas, lembrando que os corredores “precisam de ter a competição” para receberem “os salários” e para “dignificar os patrocinadores”, sem os quais as equipas “não conseguem viver”.

“Há aquela saudade de andar na estrada, de estar em competição. Claro que desanima [o adiamento do início da época], porque nos preparámos para fevereiro, mas é um motivo de força maior e temos de ser conscientes, porque não é brincadeira nenhuma o que está a acontecer”, nota o ciclista da W52-FC Porto.

Otimista, o vencedor da Volta a Portugal de 2016 diz que “foi duro, mas já passou”, e, tal como os seus colegas, lança o seu maior desejo para este ano: “esperemos que não haja mais interrupções, porque o calendário que existe é bastante bom”.

Fonte: Lusa

“Prova de Abertura – Região de Aveiro”


Luís Mendonça ataca no momento certo para vencer a primeira do ano

 

Por: José Carlos Gomes

Luís Mendonça (Efapel) conquistou hoje a Prova de Abertura – Região de Aveiro, primeira corrida da Taça de Portugal Jogos Santa Casa, disputada ao longo de 173,1 quilómetros, entre Aveiro e Anadia.

O corredor da formação sediada em Águeda surpreendeu os adversários. Apesar de ter uma boa ponta final, não esperou pelos últimos metros, atacando de longe. Luís Mendonça aproveitou a passagem pelo Monte Crasto, a 1500 metros da chegada, para se isolar do pelotão.

A subida já dentro da cidade de Anadia acabou por segmentar um pelotão já antes partido no prémio de montanha de Talhadas, a 40 quilómetros do final. O que sobrou do grupo principal foi no encalço do homem da Efapel nas últimas centenas de metros, mas nem nos íngremes 200 metros finais conseguiu ultrapassar Luís Mendonça, apesar de não haver diferenças de tempo entre o vencedor e os adversários mais próximos.


Luís Mendonça cortou a meta com 3h57m57s, seguido por César Fonte (Kelly-Simoldes-UDO) e por Rafael Silva (Antarte-Feirense), que o acompanharam no pódio. “A aproximação à meta foi a toda a velocidade e a minha equipa já estava bastante desgastada por ter controlado a etapa do início ao fim. 

Nos últimos 1500 metros havia uma subida que fazia doer bastante as pernas e percebi que ali ainda tinha gás suficiente para tentar disputar. O meu colega Maurício Moreira fez a antecipação do arranque, notei dificuldade nos adversários para responder e percebi que era ali que tinha de dar a machadada certa para a vitória. Admito que a um quilómetro ainda duvidei que pudesse chegar, mas insisti e consegui finalizar da melhor maneira”, explica Luís Mendonça.

“Apesar de não ter estado nas melhores condições no Grande Prémio Miguel Indurain, a prova deu-me ritmo suficiente para me sentir mais à vontade na corrida e estou certo de que fez a diferença. Esta vitória significa muito para mim, depois do ano difícil pelo qual passei, devido ao falecimento do meu pai. Dedico-a a ele porque sei que está a dar-me força e realmente é uma inspiração para mim”, concluiu o vencedor.


A corrida foi quase toda animada por Alberto Gallego (Rádio Popular-Boavista) e Pedro Miguel Lopes (Kelly-Simoldes-UDO), que se isolaram pouco depois da partida real e foram repartindo as metas intermédias. O duo chegou a ter mais de dez minutos de vantagem, mas a perseguição, movida pela Efapel, acabou com a fuga a 13 quilómetros da chegada.

Alberto Gallego ganhou a classificação da montanha. António Ferreira (Antarte-Feirense) foi o melhor sub-23 e o Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel venceu por equipas.

A próxima corrida da Taça de Portugal Jogos Santa Casa é a Clássica Aldeias do Xisto, que vai realizar-se no dia 25 de abril.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

Ficha Técnica

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