Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Tadej Pogacar sofreu um duro
revés na 9ª etapa da Volta a França 2025 com a perda do seu principal apoio na
montanha, João Almeida. O português, peça chave da UAE Team Emirates – XRG no
apoio ao líder da classificação geral, foi forçado a abandonar devido às
consequências de uma queda violenta sofrida nos derradeiros seis quilómetros da
7ª etapa. Com uma costela fracturada, múltiplas escoriações e problemas numa
mão, Almeida completou a 8ª etapa em sofrimento, mas hoje meteu o pé no chão.
"Foi incrível a forma
como o João lidou com as lesões nos últimos dias", afirmou Pogacar após a
chegada a Châteauroux. "Se eu estive a sofrer durante toda a etapa de
hoje, nem consigo imaginar o que ele sentiu. Tenho o maior respeito por ele e
estou profundamente triste por tê-lo perdido."
A ausência de João Almeida
terá impacto directo na forma como a UAE gere as etapas decisivas nas
montanhas. "Tê-lo a disputar a geral connosco era um luxo. Agora temos de
repensar a nossa estratégia para que a sua ausência pese o menos possível. Estava
em excelente forma e estou ansioso pela sua recuperação e pelo seu regresso às
corridas. E, claro, agora quero vencer esta Volta a França por ele",
reforçou o líder da UAE.
Na 9ª etapa, Pogacar esteve
constantemente sob pressão da Team Visma | Lease a Bike, que voltou a apostar
nos ventos cruzados para tentar criar cortes no grupo dos favoritos. Apesar do
calor intenso e da presença incomodativa de Van der Poel na fuga, o esloveno
manteve-se atento e defendeu-se bem das movimentações.
"Foi mais duro do que o
perfil indicava. O calor tornou tudo mais exigente e o facto de o Mathieu estar
na frente também dificultou o controlo do pelotão", comentou Pogacar.
"Acabou por ser super difícil para uma etapa plana."
A 10ª etapa levará o pelotão
às montanhas pela primeira vez nesta edição da Volta e a UAE terá de lidar com
a ausência de Almeida já no primeiro grande teste em terreno inclinado. Pogacar
antecipa uma jornada agressiva, no dia da Bastilha, feriado nacional francês.
"Esperamos muito calor e
uma etapa difícil. Vai haver uma luta intensa pela fuga, porque é o Dia da
Bastilha e todos os franceses vão querer brilhar. Vai ser uma jornada
complicada de controlar, mas estaremos atentos às movimentações das equipas rivais",
explicou o esloveno. "O percurso não é o mais duro da prova, mas oferece
muitas oportunidades, mesmo em termos de classificação geral."
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