domingo, 14 de dezembro de 2025

“ENTREVISTA: Ivo Oliveira: "Já não sou aquele miúdo que só trabalha e trabalha, agora também ganho"


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Ser ciclista do World Tour é sinal de qualidade, mas vencer é outro campeonato, algo que Rui e Ivo Oliveira sentiram na pele. Na UAE Team Emirates - XRG desde 2019, os gémeos portugueses somaram anos de sucesso como gregários, mas em 2025 Ivo bateu o pé e conquistou quatro vitórias na temporada, contribuindo para o recorde da equipa e confirmando o lugar na formação mais competitiva do pelotão mundial.

Em 2026, Oliveira disputará o Tour Down Under (e possivelmente a Cadel Evans Great Ocean Road Race), a Figueira Champions Classic, a Volta ao Algarve, a Milano-Torino, a Volta a Catalunha, a Volta à Romandia, o Gran Camiño, a Boucles de la Mayenne, o Tour Auverge - Rhône Alpes, o Campeonato Nacional, a Volta a Espanha, a Cro Race e a Japan Cup. Impressionantemente, o seu calendário está definido até outubro do próximo ano, caso não haja doença ou lesão que o impeça de participar em qualquer uma destas corridas.

Foi, sem dúvida, um ano de afirmação para o ciclista de 29 anos, um entre cerca de duas dezenas de corredores que circularam pelo hotel da equipa no media day deste sábado à tarde.

Entrou numa conversa com o irmão Rui e sentou-se, entusiasmado, com o CiclismoAtual, o CyclingUpToDate e a TopCycling para falar daquela que tem sido a melhor época da carreira. “Dizem-me, ganhaste quatro, mas a da Romandia… 0,2 [segundos], num piscar de olho…”.

Apesar dos triunfos, talvez o que mais lhe ficou na memória foi ter roçado a primeira vitória no World Tour. Na Volta à Romandia, em grande forma, foi segundo no prólogo, atrás de Sam Watson (INEOS Grenadiers), por 0,2 segundos. Teria sido um triunfo transformador para ambos, mas a moeda caiu para o lado do britânico. “Ele é um bom corredor e podia ganhar, mas daquela forma, fui eu que a perdi”.

Nas semanas anteriores, porém, abriu caminho ao sucesso no Giro d’Abruzzo, atacando na chegada em alto a Penne para uma vitória solitária de classe. O nível estava alto e confirmou-o com um segundo triunfo na quarta e última etapa da corrida italiana, dessa vez na fuga e, num final semelhante, batendo o ex-colega Sjoerd Bax ao sprint.

 

Deixou de ser o miúdo que só trabalha, agora também decide

 

Em Ourém, que recebeu um final de etapa da Volta a Espanha 2024, sagrou-se campeão nacional, envergando agora as cores de Portugal na equipa WorldTour com mais corredores da nação ibérica. Este salto de forma valeu-lhe uma chamada inesperada para a Volta a Espanha, onde ajudou João Almeida a ser segundo na geral e foi ele próprio quinto no exigente contrarrelógio final ganho por Filippo Ganna.

“Sente-se uma aura diferente, uma motivação diferente, já não sou aquele miúdo que só trabalha e trabalha, agora também ganho”, destaca. Sem lesões a travá-lo, mantém-se bem colocado e quer continuar a subir o nível na próxima época.

“Quero ganhar o prólogo na Austrália (Tour Down Under) e a Boucles [de la Mayenne]”. No Down Under, onde inicia a época, corre sob condições diferentes: todos farão o prólogo na bicicleta de estrada. “Se fosse na bicicleta de contrarrelógio dizia-te já que fazia Top 3, mas na de estrada não sei, a sensação é diferente. Na de contrarrelógio curvo bem, o guiador é mais baixo e estás mais perto do chão. Toda a gente curva melhor com a de estrada, mas eu curvo melhor com a de contrarrelógio”.

E traça uma meta ambiciosa numa corrida menor do calendário, a referida Boucles de la Mayenne, em França. “Se mantiverem o prólogo é bom para mim, já conheço aquelas curvas todas, já ganhei um ano (2023) e noutro fui segundo atrás…”, diz, apontando por um instante para Benoît Cosnefroy, sentado por perto e agora seu colega de equipa.

Numa equipa em crescimento constante e que não pára de integrar novos talentos, já não chega a Rui e Ivo Oliveira invocarem juventude e potencial para garantir lugar na UAE. Têm de corresponder, e ambos parecem ter abraçado o desafio, cumprindo aquilo que muitos esperavam que alcançassem há anos.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/entrevista-ivo-oliveira-ja-nao-sou-aquele-miudo-que-so-trabalha-e-trabalha-agora-tambem-ganho

“ENTREVISTA: "Acho que foi bastante injusto" - Rui Oliveira sobre a relegação polémica na Volta à Eslovénia; Pogacar; calendário de 2026, com passagem por Portugal e com monumentos”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Rui Oliveira inicia a temporada de 2026 ainda sem vitórias como profissional. O corredor da UAE Team Emirates - XRG, após seis anos completos na equipa, cortou a meta na Volta à Eslovénia e ergueu os braços pela primeira vez desde que se tornou profissional em 2019, mas foi desclassificado, injustamente na sua opinião. Em Benidorm, falou sobre esse episódio, o seu calendário para 2026, no qual fará dupla com Tadej Pogacar, e mais assuntos.

Conciso e direto, o ciclista de 29 anos revela ao Ciclismo Atual, CyclingUpToDate e à TopCycling onde vai competir na primavera de 2026: “Sim, já me deram o calendário. Vou fazer Maiorca, só no último dia (Trofeo Palma). Depois vou à Figueira [Champions Classic] e à Volta ao Algarve. No Algarve já terei uma oportunidade [para mim]. E depois seguem-se as clássicas, o Fim de semana de abertura (Omloop Het Nieuwsblad e Kuurne–Bruxelas–Kuurne). Depois vou correr a Nokere [Koerse] e o [GP de] Denain, onde também quero estar bem. E depois vou ao mais importante, Gent [Wevelgem], [Volta à] Flandres e [Paris-]Roubaix”.

Uma primavera preenchida, construída em torno das provas de um dia. Não surpreende: Oliveira é um forte rolador, um gregário experiente, capaz de posicionar os líderes nas situações mais tensas; e tem também uma boa ponta final, que lhe permite ambicionar resultados sólidos em chegadas ao sprint.

Entre estas corridas estão a Volta à Flandres e Paris-Roubaix, um mérito relevante numa equipa carregada de qualidade, com ciclistas que seriam líderes noutros conjuntos. Em 2024 sagrou-se campeão olímpico na pista e, em 2025, continuou a evoluir e a apresentar grande nível. A equipa mantém um plano semelhante para 2026. Isso significa ausência nas Grandes Voltas e muitas corridas ao lado de Juan Sebastián Molano, o principal sprinter do conjunto.

 

Sem Grandes Voltas em 2026

 

“Sim, vamos manter o plano. As Grandes Voltas têm muita montanha e poucas oportunidades para sprints. Talvez se percam três meses de preparação entre estágios, corridas e descanso, para ter talvez seis oportunidades”, argumenta.

“Como não temos muitos sprinters, é só o Molano e eu tenho de estar com ele, optamos por voltar a fazer mais corridas, de nível mais baixo, mas para tentar vencer. Tanto eu como ele, quando tiver oportunidades. Portanto, vamos manter este plano”. Recentemente, circulou nas redes um vídeo dos dois a sprintar lado a lado. Mas Oliveira não acredita que o seu sprint puro seja necessariamente mais forte.

“Sprints puros, acho que não. E também não é esse o meu objetivo. Quero conseguir fazer um pouco de tudo. Mas sim, este ano já há muitos meses que estou a apostar nesta parte do sprint. Nesta época, embora não tenhamos conseguido muitas vitórias, senti-me muito melhor no meu papel de lançador, muito mais confiante e sei que sou dos melhores a fazê-lo".

“Este ano escolhi ganhar um pouco mais de peso. Tenho trabalhado há alguns meses, mesmo desde o fim da época, na massa muscular. Ganhei algum peso, ganhei mais força e já notei resultados, mesmo no início da pré-época. Por isso, estou confiante”.

 

Polémica na Volta à Eslovénia

 

A época de Oliveira ficou, claro, marcada pelos acontecimentos na Volta à Eslovénia, onde, na etapa 2 integrou a fuga do dia e sprintou para a vitória. No entanto, não a pôde manter, pois acabou relegado após protesto de Fabio Christen. Teria sido o seu primeiro triunfo como profissional, algo que continua a perseguir. A decisão de desclassificar Oliveira gerou forte contestação nas redes sociais na altura.

“Acho que quiseram, talvez, favorecer a equipa mais pequena (Q36.5 Pro Cycling Team) e, talvez, olhando para as vitórias que já tínhamos… Não pensaram no atleta, pensaram na equipa que já ganhava muito e, talvez, viram ali uma oportunidade”, interpreta o corredor de 29 anos.

“O Fabio [Christen] protestou e, talvez para não prejudicar as equipas mais pequenas, prejudicaram as maiores. Mas, no meu caso, estou numa equipa grande e ainda não tinha uma vitória, por isso acho que foi um pouco ingrato e um pouco injusto, porque acho que não fiz nada que…”

“Acho, não, tenho a certeza de que não fiz nada que prejudicasse o sprint dele. Quando o vou passar faço uma ligeira mudança de trajetória, mas não é suficiente e ele também saberá que não é suficiente, porque eu já o estava a passar, era uma ligeira descida… Portanto, não havia forma de ele me voltar a passar naquele sprint, porque eu já ia em vantagem, com mais velocidade”.

Mas o colégio de comissários decidiu e o corredor não pôde guardar aquilo que seria um triunfo muito significativo.

“Portanto, acho que foi uma questão de… Acho que ele não pensou, talvez ficou chateado porque sabia que ia perder e viu aquela ligeira mudança e levantou o braço. Por isso, acho que foi bastante injusto. Mas temos de seguir em frente”.

 

O irmão Ivo

 

Dias depois, viu o irmão Ivo vencer a etapa final na Eslovénia. Ivo deu um salto grande de rendimento este ano, somando quatro triunfos, incluindo o título nacional português. “Sim, ele já tinha passado alguns anos, muitos anos, no World Tour, desde o início, com algumas quedas e talvez nunca tenha conseguido mostrar o valor que realmente tem”.

“E penso que este ano, em 2025, ele desbloqueou esse patamar e, finalmente, também com a equipa a dar-lhe mais oportunidades, ao procurá-las, mostrou quem é: que está aqui para ganhar corridas e não apenas para trabalhar. E, claro, isso dá-me muito mais motivação para subir o meu nível e, se surgir um obstáculo, encaro-o de frente. Acho que é bom para ambos”.

E os dois mantêm-se na UAE, embora entrem agora no último ano de contrato. “Sim, a cada ano que passa sinto-me mais em casa, mais tranquilo. Sinto que posso fazer carreira aqui. Obviamente depende de muitos fatores, mas ano após ano sinto-me melhor, cada vez mais forte. Senti uma evolução. Portanto, estou bastante tranquilo aqui. Vai depender de muita coisa, mas espero continuar a melhorar”.

Tal como Ivo, entra em 2026 com ambições elevadas: “Sim, continua a ser um dos objetivos, ser campeão nacional, mas sim, claro que concordaria com isso (Oliveira quer dizer que aceitaria, num cenário hipotético para 2026). Não sei se concordo com apenas uma vitória, tenho ambição de fazer mais e acho que estou bastante motivado. Penso que o próximo ano será aquele em que vou dar tudo”.

Ainda assim, as quedas condicionaram o seu 2025, e espera que o mesmo não volte a acontecer no próximo ano: “Acho que melhorei um pouco em tudo, tive um pouco de azar, com uma costela fraturada numa queda parva no Tirreno–Adriatico, que me impediu de estar disponível para as clássicas, para as quais estive a preparar-me durante um mês. Entretanto consegui recuperar bem e venci aquela etapa na Eslovénia, que depois foi retirada”.

“Mas sim, tive também uma queda na Hungria, que me limitou um pouco, por isso tive momentos em que estava a melhorar e algo me acontecia. Neste caso tive estas duas quedas e, também na China (na Volta a Guangxi), estava bastante motivado para fechar a época, estava na minha melhor forma, muito motivado para sprintar contra grandes nomes, e depois tive estas quedas que deixaram marcas”.

Com um calendário exigente e inserido numa equipa que bate recordes a toda a linha, liderada por Tadej Pogacar, há naturalmente pressão para render, mas isso também faz muitos elevarem o nível. A sua evolução é notória.

“Mas tudo aconteceu de forma natural, acho que melhorei muito em tudo, na minha forma de correr, na minha condição física, sinto que estou a evoluir cada vez mais, e é com este pensamento que vou para a próxima etapa: tentar vencer, e sei que eventualmente vou conseguir”.

 

Treino em casa

 

O Ciclismo Atual pode agora confirmar que todo o bloco português da UAE vive em Andorra, mas Oliveira reparte o treino entre o microestado europeu e as estradas de casa. Perguntámos-lhe quais são os seus locais preferidos para treinar em Portugal.

“Quando estou em Portugal, gosto de treinar na minha zona, porque é a área que conheço, talvez agora haja um pouco mais de trânsito, mas é a minha zona. Não no Porto, mas na zona do Douro, muito em marginal, é aí que gosto de treinar”, responde. “A Serra da Freita, e também Arouca, são os meus locais de eleição”.

Por fim, partilha que também não faz estágios de altitude em casa desde que saiu para a UAE, embora os tenha feito nos tempos de sub-23. “Sim, não sei se se pode considerar estágio de altitude, foi na Serra da Estrela, a cerca de 1500 metros. Quando lá estivemos, foi por volta de 2018, o último ano em Portugal. Não há muitos mais locais para o fazer, é lá ou não é, mas foi a última vez”.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/entrevista-acho-que-foi-bastante-injusto-rui-oliveira-sobre-a-relegacao-polemica-na-volta-a-eslovenia-pogacar-calendario-de-2026-com-passagem-por-portugal-e-com-monumentos#goog_rewarded

“Resultados Taça do Mundo de Namur | Mathieu van der Poel sobrevive ao drama da queda e ao enorme esforço de Nys e companhia, e vence no regresso ao ciclocrosse”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Mathieu van der Poel vence a Taça do Mundo de Namur. Foi a sua estreia na época e impôs-se também graças a um erro técnico de Thibau Nys, que complicou a vida ao neerlandês, mas vacilou no final. O belga não conseguiu concretizar e o campeão do mundo regressou com um triunfo. Michael Vanthourenhout completou o pódio.

Van der Poel partiu da terceira linha devido ao sétimo lugar no ranking UCI de ciclocrosse. Saiu da posição 17, já que os 16 primeiros lugares estão sempre reservados ao top-16 da Taça do Mundo. Sentiase no ar o regresso do maior competidor de ciclocrosse da história.

Arranque brutal na parede de lama, igualmente brutal. Um funil que torna muito difícil ultrapassar nas primeiras curvas. Felipe Orts enredou-se com Van der Poel numa curva. Engarrafamentos constantes. Toon Vandenbosch e Michael Vanthourenhout marcaram o ritmo nas voltas iniciais.

Antes do final da primeira volta, com duas acelerações, Van der Poel subiu a quarto e rapidamente a terceiro. Vanthourenhout tentou isolar-se na frente. Cruzou a meta com Van der Poel colado à roda. Recuperação impressionante do campeão do mundo, que deixou tudo claro desde início apesar de se estrear num dos percursos mais exigentes do calendário da Taça do Mundo de Ciclocrosse.

O grupo voltou a juntar-se na segunda volta, com Thibau Nys também a disparar e a subir a terceiro. Na segunda subida do circuito, Nys assumiu a liderança e tentou abrir um pequeno fosso. Van der Poel perdeu algumas posições nessa fase. Prova muito longa, e o líder da Taça do Mundo já estava presente. Na segunda passagem pela meta, grupo compacto com Vanthourenhout novamente na frente, seguido de Nys, Van der Poel, Vandebosch, Nieuwenhuis e Toon Aerts.

Uma acalmia no grupo da frente no início da terceira volta permitiu a Lars van der Haar aproveitar, subir e comandar durante algumas voltas. A terceira passagem pela meta deixou um quarteto adiantado com alguns segundos de vantagem: Van der Haar, Van der Poel, Nys e Vanthourenhout.

Queda de Van der Poel

Na quarta volta, Van der Poel caiu. Forte embate na lama após cravar a roda dianteira. Levantou-se rápido, perdeu apenas alguns segundos e voltou de pronto a quarto.

O campeão do mundo regressou sem problemas à dianteira da corrida. Nys lançou um ataque quando MVDP reentrou no grupo líder. A quarta passagem pela meta confirmou que os quatro da frente discutiriam a vitória. Nada aconteceu a Van der Poel após a queda, nem à sua Canyon, já que não trocou de bicicleta na zona de assistência seguinte.

Pim Ronhaar e Emiel Verstrynge foram os dois que tentaram ligar aos líderes, mas só recuperavam quando a frente abrandava em certos troços; nas rampas perdiam de novo tempo.

Van der Haar sofreu com o ritmo imposto por Nys na dianteira e Van der Poel quase voltou a cair. Notou-se que não trabalhou muito a técnica de ciclocrosse no outono, e surgiram algumas hesitações apesar da excelência. Em termos de potência, porém, esteve no nível habitual.

Após a quinta passagem pela meta, Van der Haar conseguiu regressar, mas parecia o menos confortável do quarteto líder, entregando-se ao trabalho para o colega de equipa Nys. O neerlandês, que se vai retirar no final da época, trocou novamente de bicicleta.

O filho do "Canibal" comandou o grupo na segunda subida da sexta volta. Van der Haar já não tinha o mesmo ritmo dos rivais e cedeu outra vez. No início da sétima volta, Van der Poel liderou a corrida pela primeira vez porque Nys parou para trocar de bicicleta. O grupo abrandou, Van der Haar regressou de trás com um ataque. MVDP seguiu a sua roda sem problemas.

 

Ataque de Van der Poel

 

O primeiro ataque de Van der Poel surgiu na segunda metade da sétima volta. Nys conseguiu aguentar a roda. Custou mais a Vanthourenhout, que perdeu alguns metros. A duas voltas do fim, Nys e Van der Poel lideravam com 6 segundos sobre Vanthourenhout. O corredor da Alpecin trocou de bicicleta.

Na rampa inicial da oitava volta, Nys atacou com violência, com Van der Poel a segurar bem a roda. Chegaram à meta antes da última volta quase parados, e Vanthourenhout reatou a ligação. Tudo se decidiria na derradeira volta.

Thibau Nys caiu numa zona técnica da última volta, perdendo alguns metros para a frente. Desceu a quarto atrás de Van der Haar, embora se tenha levantado de imediato.

Van der Poel aproveitou, capitalizou o erro de Nys e isolou-se na frente rumo ao triunfo. Forçou na subida final. Nys ainda lutou para recuperar o segundo lugar, mas já não foi possível alcançar o campeão do mundo e teve de contentar-se com o segundo posto. Vanthourenhout foi terceiro e Van der Haar quarto.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/resultados-taca-do-mundo-de-namur-mathieu-van-der-poel-sobrevive-ao-drama-da-queda-e-ao-enorme-esforco-de-nys-e-companhia-e-vence-no-regresso-ao-ciclocrosse

“Resultados Taça do Mundo de Namur | Lucinda Brand vence com exibição dominante; Puck Pieterse falha pódio no regresso”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Vitória de Lucinda Brand numa espetacular Taça do Mundo em Namur. Exibição dominante para o quinto triunfo da neerlandesa nesta prova. Aniek van Alphen foi segunda e mantém a liderança geral por apenas um ponto. Terceiro lugar para a francesa Amandine Fouquenet, à frente de Puck Pieterse no regresso às corridas.

A corrida ficou marcada pelo regresso de Pieterse, que partiu da segunda linha graças ao ranking UCI, apesar de ainda não ter competido esta época. Arranque duro com uma subida inicial. Um traçado com muito desnível e bastante lama. A campeã de França, Amandine Fouquenet, lançou-se com grande potência. A sua compatriota Celia Gery passou em segunda.

Arranque frenético, com sucessivos “kickers” que exigem força a subir e técnica a descer. Um percurso onde as especialistas de BTT se adaptam muito bem pelas suas características. No final da primeira volta, Lucinda Brand passou na frente com alguns segundos de vantagem. A neerlandesa já aqui tinha vencido quatro vezes antes de hoje.

Cortou com 4 segundos sobre Fouquenet e um pouco mais de dez segundos sobre o grupo composto por Aniek van Alphen, Jolanda Neff, Pieterse e a campeã da Europa e vencedora do Exact Cross de sábado, Inge van der Heijden. Um pouco mais atrás seguia Ceylin del Carmen Alvarado, também múltipla vencedora em Namur.

Na terceira passagem pela meta, quem mais progredia era Pieterse, que largou o grupo perseguidor e lançou-se na caça a Brand. Atrás, Van Alphen já fechava o pódio provisório a mais de 17 segundos, com Fouquenet, Neff e Van der Heijden. Alvarado era sétima, mas já a mais de meio minuto.

A líder da Taça do Mundo à partida, Van Alphen, precisava de ser segunda, caso Brand vencesse, para manter o topo da geral. Durante a terceira volta, Van Alphen apanhou Pieterse e subiu a segunda. Brand isolou-se na frente e, salvo milagre, ninguém a alcançaria depois de a corrida ter ultrapassado o seu equador.

Foi um prazer ver descer a líder da Taça do Mundo, sem dúvida a ciclista tecnicamente mais dotada do momento. Na quinta passagem pela linha, Brand liderava Van Alphen por 20 segundos, e Pieterse viu a francesa Fouquenet ultrapassá-la antes da meta.

Com o toque do sino para a última volta, a vitória de Brand era cristalina. A neerlandesa estava imperial. Fouquenet e Pieterse preparavam-se para discutir o último lugar do pódio.

Assim, triunfo final impressionante para Lucinda Brand, o quinto em Namur, à frente de Van Alphen, ainda líder da geral da Taça do Mundo. O pódio ficou completo com a francesa Fouquenet. Terceira vitória em quatro rondas da Taça do Mundo para uma Brand imparável.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/resultados-taca-do-mundo-de-namur-lucinda-brand-vence-com-exibicao-dominante-puck-pieterse-falha-podio-no-regresso

“Maurício Moreira anuncia final da carreira”


Ciclista uruguaio venceu a Volta a Portugal de 2022

 

Por: Record

Foto: Tony Dias/Movephoto

Maurício Moreira, de 30 anos, anunciou este domingo que vai terminar a carreira, decisão inesperada uma vez que, após deixar a Efapel, era dado como reforço do Feirense para 2026.

"Depois de muitos anos dedicado ao ciclismo profissional, chegou a hora de tomar a decisão que todo atleta enfrenta um dia: encerrar esta etapa da minha vida.

Andar de bicicleta foi minha casa durante anos. Deu-me alegrias, imensas, desafios constantes, vitórias que me marcaram e derrotas que me ensinaram. Sempre exigi de mim o máximo, com disciplina, ambição e entrega total. Vivi para treinar, competir e melhorar a cada dia.

Mas nesse caminho de busca constante, também deixei coisas importantes pelo caminho", escreveu o ciclista uruguaio, vencedor da Volta a Portugal de 2022.

Fonte: Record on-line

“Ciclismo de Pista”


Miguel Salgueiro brilha no Troféu Internacional de Pista Bento Pessoa

 

A magia do ciclismo de pista regressou ao Velódromo Nacional para o primeiro de dois dias de competição. Tudo começou com o Troféu Internacional Bento Pessoa, no qual Miguel Salgueiro esteve em plano de evidência, tendo sido quem mais vezes festejou em Sangalhos.

O ciclista elite da AP Hotels & Resorts/Tavira/SC Farense venceu a corrida por pontos, a eliminação e ainda o madison, este último com João Martins. Na restante corrida da elite masculina, o scratch, Daniel Dias (Rádio Popular/Paredes/Boavista) destacou-se dos demais.

Na elite feminina, por sua vez, não houve vencedoras repetidas. Melanie Dupin (UVCA Troyes) festejou na corrida por pontos, Maria Martins (Canyon-SRAM Zondacrypto) na eliminação, Patrícia Duarte (Atum General–Tavira–Maria Nova Hotel) no scratch e Daniela Campos e Beatriz Roxo no madison.

Nos juniores, que realizaram a penúltima etapa da respetiva Taça de Portugal, destaque para as vitórias de Bruna Gonçalves (Korpo Activo/Penacova) na eliminação e scratch femininos; Axular Aldazabal (Café Dromedario-Flotamet) na corrida por pontos e perseguição individual masculinos; Mikheili Khutchua (Geórgia) na eliminação e no scratch masculinos; Emília Baía (Korpo Activo/Penacova) na corrida por pontos feminina e Jessika Chan (Bulgária) n perseguição Individual feminina.

Nota ainda para os triunfos de Miguel Pacheco (Academia Efapel de Ciclismo) no paraciclismo, tanto na eliminação como no contrarrelógio.

 

Pódios do Troféu Internacional de Pista Bento Pessoa

 

Corrida por Pontos (elite masculina)

 

1.       Miguel Salgueiro (AP Hotels & Resorts/Tavira/SC Farense)

2.       Gabriel Baptista (Technosylva Maglia Rower Bembibre)

3.       Daniel Dias (Rádio Popular/Paredes/Boavista)

 

Corrida por Pontos (elite feminina)

 

1.       Melanie Dupin (UVCA Troyes)

2.       Beatriz Roxo (Cantabria Deporte-Rio Mera)

3.       Maria Martins (Canyon-SRAM Zondacrypto)

 

Corrida por pontos (juniores masculinos)

 

1.       Axular Aldazabal (Café Dromedario-Flotamet)

2.       Louca Maisonneuve (URT Velo 64)

3.       José Paiva (Paredes/Reconco)

 

Corrida por Pontos (juniores femininas)

 

1.       Emília Baía (Korpo Activo/Penacova)

2.       Jessika Chan (Bulgária)

3.       Bruna Gonçalves (Korpo Activo/Penacova)

 

Eliminação (elite feminina)

 

1.       Maria Martins (Canyon-SRAM Zondacrypto)

2.       Melanie Dupin (UVCA Troyes)

3.       Daniela Campos (Eneicat-CMTeam)

 

Eliminação (juniores femininas)

 

1.       Bruna Gonçalves (Korpo Activo/Penacova)

2.       Emília Baía (Korpo Activo/Penacova)

3.       Jessika Chan (Bulgária)

 

Eliminação (juniores masculinos)

 

1.       Mikheili Khutchua (Geórgia)

2.       Alejandro Cervantes (El Nieto del Lobo-Nutriban)

3.       Aratz Narbaiza (Cafe Dromedario-Flotamet)

 

Eliminação (elite masculina)

 

1.       Miguel Salgueiro (AP Hotels & Resorts/Tavira/SC Farense)

 

2.       Diogo Narciso (Credibom-LA Alumínios-Marcos CAR)

3.       Sergio Serrano (Comunidad Valenciana)

 

Eliminação (paraciclismo)

 

1.       Miguel Pacheco (Academia Efapel de Ciclismo)

2.       Ander Albizu (Gipuzkoa)

3.       Ângelo Correia (Academia Efapel de Ciclismo)

 

Contrarrelógio (paraciclismo)

 

1.       Miguel Pacheco (Academia Efapel de Ciclismo)

2.       Ander Albizu (Gipuzkoa)

3.       Ângelo Correia (Academia Efapel de Ciclismo)

 

Perseguição individual (juniores femininas)

 

1.       Jessika Chan (Bulgária)

2.       Emília Baía (Korpo Activo/Penacova)

3.       Bruna Gonçalves (Korpo Activo/Penacova)

 

Perseguição individual (juniores masculinos)

 

1.       Axular Aldazabal (Cafe Dromedario-Flotamet)

2.       Clement Zaia (Urt Velo 64)

3.       Alejandro Cervantes (El Nieto Del Lobo-nutriban)

 

Scratch (juniores masculinos)

 

1.       Mikheili Khutchua (Geórgia)

2.       Alejandro Cervantes (El Nieto Del Lobo-nutriban)

3.       Giorgi Gabrichidze (Geórgia)

 

Scratch (juniores femininas)

 

1.       Bruna Gonçalves (Korpo Activo/Penacova)

2.       Emília Baía (Korpo Activo/Penacova)

3.       Maria Ginard (Illes Balears Arabay)

 

Scratch (elite feminina)

 

1.       Patrícia Duarte (Atum General–Tavira–Maria Nova Hotel)

2.       Maria Martins (Canyon-SRAM Zondacrypto)

 

3.       Izaro Etxarri (Andoaingo Texirri)

 

Scratch (elite masculina)

 

1.       Daniel Dias (Rádio Popular/Paredes/Boavista)

2.       Mateo Duque (Argentina)

3.       Miguel Salgueiro (AP Hotels & Resorts/Tavira/SC Farense)

 

Madison (elite feminina)

 

1.       Daniela Campos e Beatriz Roxo

2.       Sesma Geretti e Almudena Morales

3.       Naya Mangas e Irati Michlena

 

Madison (elite masculina)

 

1.       João Martins e Miguel Salgueiro

2.       Gabriel Batpista e Daniel Dias

3.       Diogo Narciso e Tim Wafler

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
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