domingo, 18 de fevereiro de 2024

“O pensamento do dia…”

 


“Volta ao Algarve: Evenepoel já pensa em isolar-se como recordista”


Promete regressar para tentar desempatar com o ciclista português Belmiro Silva

 

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

Remco Evenepoel ainda agora conquistou o 'tri' na Volta ao Algarve e já pensa em tornar-se recordista solitário de triunfos na prova, prometendo regressar para tentar desempatar com o ciclista português Belmiro Silva.

"Seria bom ser o recordista solitário aqui. Penso que agora já é bastante bom ter três vitórias em três participações", salientou o vencedor da 50.ª 'Algarvia'.

Aos 24 anos, a 'estrela' belga da Soudal Quick-Step igualou o português Belmiro Silva, que venceu as edições de 1977, 1981 e 1984, juntando o triunfo de hoje aos conseguidos em 2020 e 2022.

"Penso que talvez deva manter a frequência, falhando um ano e voltando na época seguinte. Talvez isso me dê sorte", brincou.

Evenepoel vincou que gosta muito de alinhar na Volta ao Algarve, onde "o nível é sempre muito elevado", descrevendo-a como "uma boa corrida para testar as pernas" na estreia de cada época.

"Gosto muito disto, do país, dos fãs, das estradas. Tudo e toda a gente é super agradável. Não sei quanto ao próximo ano, mas seguramente regressarei a esta prova", reforçou.

O sempre ambicioso vencedor da Vuelta2022 e atual campeão mundial de contrarrelógio estava desiludido por hoje não ter vencido a quinta etapa, com chegada ao alto do Malhão (Loulé), mas acabou por conceder que "talvez" esta tenha sido uma semana perfeita.

"Sem problemas, sem quedas. Dois segundos lugares, uma vitória de etapa, além do triunfo da semana passada, que também não podemos esquecer", disse, referindo-se à Clássica da Figueira, que ganhou de forma autoritária com um ataque solitário a mais de 50 quilómetros da meta, logo no seu primeiro dia de competição na temporada.

Evenepoel regressa agora a casa, depois de uma semana em que deu muito de si, antes de rumar ao Paris-Nice (03 a 10 de março).

"Foi uma semana de trabalho intenso, que me vai permitir ficar mais uns furos acima. Estou muito feliz com esta vitória na classificação geral", concluiu.

Fonte: Record on-line

“Volta aos Alpes Marítimos vitória final de Benoit Cosnefroy”


Uma vitória dupla na última etapa montanhosa

 

Por: José Morais

A Volta aos Alpes Marítimos foi ganha ciclista Benoit Cosnefroy este domingo, com o francês da equipa da Decathlon AG2R La Mondiale a ser o velocista mais rápido, de um grupo de favoritos na etapa final, o qual se manteve após a subida do Montée de la Sine em plena final, com Aurélien Paret-Peintre, companheiro de equipa de Benoit Cosnefroy a ser segundo na etapa, e Vincenzo Albanese da equipa da Arkéa-B&B Hotels a fazer terceiro, com o bónus, Benoit Cosnefroy não foi apenas o vencedor da etapa, mas conseguiu assim ser também vencedor geral.

Depois da vitória ontem sábado ao sprint do ciclista Ethan Vernon, atualmente a correr pela equipa da Israel-Premier Tech, a Volta aos Alpes Marítimos terminou hoje com uma etapa montanhosa, uma etapa final idêntica do ano passado, quando Aurélien Paret-Peintre levou a melhor depois de um ataque ao Montée de la Sine de 4,2 quilómetros a 4,5%, na última subida do dia, o início da etapa também existiu uma escalada, onde estava o Col d'Eze no início da etapa.

Na fuga do dia, o grupo líder do dia era formado em dois slides, com Maxime Jarnet da equipa da Van Rysel-Roubaix, Noah Detalle da equipa da Bingoal WB e Axel Narbonne Zuccarelli da equipa da Nice Métropole Côte d'Azur, saíndo em primeiro do pelotão, os quais foram depois seguidos por Matteo Milan da equipa da Lidl-Trek Future Racing e Melvin Crommelinck da equipa da Nice Métropole Côte d'Azur.

 

O final da corrida foi emocionante

 

A equipa da Groupama-FDJ não deixou os cinco ciclistas distanciarem-se muito e, junto com o a equipa da Dsm-Firmenich PostNL, conseguiu diminuir a diferença a mais de 70 quilómetros para a linha de chegada, seguiram-se apenas os carros a 5,3 quilómetros a 5,2%, e a subida final do Montée de la Sine, ai, Ewen Costiou atacou na pré-final, mas o ciclista francês foi apanhado por um pelotão já reduzido na subida final, com Jakob Fuglsang e Tobias Halland Johannessen, entre outros, a serem apanhados, motivado por um acidente, causado por carros estacionados na beira da estrada.

Entretanto, restantes favoritos olharam-se sobretudo na final e, por isso, não olharam para Ewen Costiou, que aproveitou um momento de descuido do pelotão, e voltou a fugir, mas, esta tentativa do ciclista da equipas da Arkéa-B&B Hotels também falhou, após o que Kevin Vermaerke, não pela primeira vez acelerou, e quando o ciclista americano foi absorvido, seu colega de equipa Romain Bardet, saiui para o ataque, mas o líder do da equipa da Dsm-Firmenich PostNL também não ficou à frente.

Nos últimos quilómetros, os quais eram praticamente planos, acabou num forte sprint do grupo de favoritos, eram velocistas que na verdade não estavam mais na corrida, então os ciclistas mais explosivos do pelotão se juntaram, e o mais rápido foi Benoit Cosnefroy, que consegiu espaço no lado esquerdo da estrada, arrancou, a cortar a linha de chegada com uma larga margem, com um bónus no final, onde também deram a Benoit Cosnefroy a vitória na geral, à frente de Albanese e Paret-Peintre.

“50.ª Volta ao Algarve 5ª e última etapa”


Remco Evenepoel resiste a todos os ataques e faz o tri no Algarve

 

Por: José Carlos Gomes

O belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) conquistou hoje, pela terceira vez na carreira, a Volta ao Algarve. A quinta e última etapa, entre Faro e o Alto do Malhão, foi pautada pela alta velocidade e pelos múltiplos ataques. Remco resistiu a todos e ainda tentou ganhar a etapa, único objetivo não alcançado, porque a tirada foi para o colombiano Daniel Martínez (BORA-hamsgrohe). O português António Morgado (UAE Team Emirates) foi décimo na geral final e ganhou a classificação da juventude.


Os 165,8 quilómetros superaram todas as expectativas. Começaram em ritmo violento – 50 quilómetros percorridos na primeira hora de corrida – e sem tempos mortos. Logo na primeira meta volante assistimos a uma luta pelas bonificações, por parte do esloveno Jan Tratnik (Team Visma | Lease a Bike), e pela Camisola Verde Crédito Agrícola, com o belga Gerben Thijssen (Intermarché-Wanty) a passar em primeiro e a consolidar a vitória na geral dos pontos.


Depois disso, os homens da geral moveram-se logo na primeira montanha do dia, na Picota, provocando um primeiro fracionamento do pelotão. Deu-se, depois, uma fuga de 20 corredores, que seria o foco das atenções até à subida de terceira categoria para Alte, a cerca de 40 quilómetros da chegada.

Na curta, mas inclinada, dificuldade de Alte, Wout van Aert (Team Visma |Lease a Bike) atacou e desmembrou o pelotão. Levou com ele Ben Healy (EF Education-EasyPost), acionando os sinais de alerta na Soudal Quick-Step.


A ousadia de Van Aert e Healy, aos quais só resistiu um dos fugitivos iniciais - Gijs Leemreize (Team dsm-firmenich PostNL) -, obrigou a Soudal Quick-Step a gastar tudo o que tinha na perseguição. O belga da Team Visma chegou a ser virtual camisola amarela, mas a fuga chegou praticamente anulada à segunda subida para o Malhão.

Nessa fase final foi a vez de a BORA-hansgtohe endurecer o ritmo no grupo dos favoritos, reduzindo-o a muito poucas unidades. Estava em causa a tentativa de colocar Remco Evenepoel em dificuldades. Mas o belga não cedeu. E até foi o primeiro a acelerar, na tentativa de ganhar a etapa. No entanto, tal como aconteceu na Fóia, Daniel Martínez teve resposta imediata e superou o rival na luta pela etapa.

Daniel Martínez cortou a meta na frente, com 3h55m35s (média impressionante de 42,227 km/h), com Remco Evenepoel no segundo lugar, com o mesmo tempo. O terceiro foi o vencedor no Malhão em 2023, Thomas Pidcock (INEOS Grenadiers).

“Fizemos um excelente trabalho de equipa. Quando Van Aert atacou o diretor desportivo disse-nos pelo rádio para ter calma, porque ainda era muito longe da chegada. Foi um fantástico trabalho de equipa. Queria muito ganhar aqui, onde já fui segundo, há dois anos. É a etapa mais dura da Volta ao Algarve”, disse o colombiano, que, na mesma edição da corrida, enriqueceu o palmarés com vitórias na Fóia e no Malhão.

Remco Evenepoel foi coroado vencedor da 50.ª Volta ao Algarve. O belga, vencedor em 2020, 2022 e 2024, igualou o máximo de triunfos, até agora exclusivo do português Belmiro Silva, primeiro em 1977, 1981 e 1984.

“Estou feliz com esta terceira vitória. É uma sensação muito agradável vir aqui e ter uma semana muito bem-sucedida para regressar a casa com três vitórias e dois segundos lugares. Quando Van Aert atacou, ficámos calmos, acho que se pode ver na televisão. Tivemos de sacrificar muita energia dos rapazes porque eles perseguiram um pouco mais cedo do que esperávamos. Mas acho que mostrámos como esta equipa é mentalmente forte. Nunca entramos em pânico numa determinada situação, especialmente como a que o Wout criou”, afirmou Remco Evenepoel.

O sucesso não foi isento de percalços: “Tive de fazer a subida final com a pedaleira 54. Tive um problema mecânico, não conseguia passar para a mudança pequena. Foi uma pena, porque fazer uma subida com rampas que rondam os 20 por cento com 54 é bastante difícil. Isso deu cabo das minhas pernas, mas acho que na minha cabeça fiquei bastante calmo. É uma pena, porque sou um tipo que gosta de andar com uma cadência alta. Especialmente na primeira parte, acho que me deu cabo das pernas. E a minha aceleração foi um pouco menor no final, devido à grande perda de potência causada pela engrenagem mecânica. Mas a vida é assim mesmo, acho que há coisas piores”, confidenciou Evenepoel.

O campeão mundial de contrarrelógio subiu ao pódio para vestir a Camisola Amarela Turismo do Algarve, sendo acompanhado Daniel Martínez, que ficou a 43 segundos, e por Jan Tratnik, a 1m21s. Daniel Martinez conquistou a Camisola Azul Água é Vida, da Montanha.

Igualado o recorde de Belmiro Silva, Remco Evenepoel promete não se ficar por aqui. “É claro que gosto muito de correr aqui, é sempre um nível elevado. E é sempre uma corrida muito boa para testar as pernas no início da época. Gosto muito de cá estar, o país, os adeptos, as estradas, toda a gente e tudo é super agradável. Por isso, não sei quanto ao próximo ano, mas de certeza que vou voltar”, frisou o belga.

António Morgado ganhou a luta pela classificação da juventude, levando para casa a Camisola Branca IPDJ. A Team Visma | Lease a Bike impôs-se por equipas.

“Esta camisola sabe muito bem, é fruto do trabalho que tenho realizado nos últimos quatro meses. Tenho estado a sentir-me bem, com boas sensações, tanto a treinar como a competir. Tenho-me surpreendido a mim mesmo. Fiquei muito satisfeito com o desempenho na Volta ao Algarve, mas também um pouco surpreendido”, confessou o jovem português.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Volta ao Algarve: Magnus Cort mantém a ambição apesar da descida de divisão”


Ciclista protagonizou uma das transferências 'sensação' da temporada, trocando a EF Education-EasyPost pela 'secundária' Uno-X

 

Por: Lusa

Foto: Instagram Magnus Cort

Magnus Cort escolheu 'descer de divisão', para fazer parte da experiência de elevar uma equipa a World Tour, mas não perdeu a ambição, com o ciclista da Uno-X a desejar ser protagonista no Tour como aconteceu em anos anteriores.

Aos 31 anos, o dinamarquês protagonizou uma das transferências 'sensação' da temporada, trocando a EF Education-EasyPost, depois de quatro épocas bem-sucedidas, pela 'secundária' Uno-X.

"Optei por esta equipa, porque penso que é fantástica, o ambiente é excelente. É uma equipa em crescimento, no papel um pouco mais pequena do que uma World Tour, mas estão a fazer tudo mesmo muito bem. Não se sente a diferença e, de certeza, que será muito agradável fazer parte desta experiência com uma equipa em crescimento", justificou à agência Lusa, ao ser questionado sobre a sua decisão.

O carismático corredor, 'pioneiro' na tendência de bigodes no pelotão, parece confortável com a sua nova realidade, após uma década na primeira divisão do ciclismo mundial, confessando estar a "gostar bastante" da nova aventura na formação norueguesa, pela qual assinou três temporadas.

"Estamos a correr bem, ainda sem grandes resultados para mim, mas estou seguro de que aparecerão", disse o vencedor de seis etapas na Vuelta, duas no Tour e uma no Giro.

É precisamente o triunfo na 10.ª etapa da passada edição da Volta a Itália o 26.º da carreira o último a figurar no seu currículo, mas é noutra 'grande' que se quer destacar, como aconteceu, por exemplo, em 2022, quando, além de ganhar uma tirada, ainda se tornou no primeiro corredor de sempre a vencer as 11 primeiras contagens de montanha da 'Grande Boucle' e o primeiro a integrar quatro fugas consecutivas desde Thomas de Gendt em 2017.

"As minhas metas não são muito diferentes dos anos anteriores. A Volta a França vai ser novamente um grande objetivo. Tal como nas últimas épocas, ambiciono ganhar uma etapa lá. Temos uma equipa forte, no geral, por isso esse é um dos nossos principais focos", assumiu à Lusa.

Mais discreto nesta edição da Volta ao Algarve, depois de ter vencido duas etapas e vestido a amarela durante dois dias em 2023, Magnus Cort promete "manter os olhos abertos para as oportunidades", na antessala da última etapa, que termina hoje no alto do Malhão, sobretudo como forma de preparação para os outros grandes objetivos da época.

"Na primavera, tenho um grande 'bloco' em Itália depois da Volta ao Algarve. Espero sair-me verdadeiramente bem na Strade Bianche, no Tirreno[-Adriático] e na Milão-San Remo. Será nessas provas que me vou concentrar na primavera", revelou o combativo ciclista dinamarquês.

A 50.ª Volta ao Algarve terminou hoje com a quinta etapa, uma ligação de 165,8 quilómetros entre Faro e o alto do Malhão, para a qual Cort parte na 18.ª posição da geral, liderada pelo belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).

Fonte: Record on-line

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