quarta-feira, 19 de novembro de 2025

“Premier Tech regressa ao ciclismo com aposta estratégica numa equipa Continental após rutura com Israel – Premier Tech”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Semanas depois de encerrar uma parceria em clima de tensão com a antiga estrutura Israel – Premier Tech, o grupo industrial canadiano Premier Tech confirmou oficialmente o regresso ao ciclismo profissional. Desta vez, a aposta recai no pelotão Continental francês, através de uma aliança estratégica com a St Michel – Preference Home – Auber93.

A organização francesa anunciou o acordo na passada sexta-feira, revelando que a Premier Tech assumirá o papel de patrocinador principal nas próximas duas temporadas. A colaboração representará um alicerce no plano de crescimento e internacionalização da equipa, abrangendo não só as formações masculina e feminina, como também toda a pirâmide de desenvolvimento associada ao clube.

 

“Um marco para a nossa equipa”

 

No comunicado de lançamento, o diretor-geral adjunto, Charlie Nerzic, descreveu o acordo como um passo determinante para ampliar a dimensão do projeto para lá da sua base tradicional no cenário nacional. “A parceria com a Premier Tech representa um marco para a nossa equipa. Tal como nós, a empresa canadiana liderada por Jean Belanger está empenhada em desenvolver o ciclismo em todas as suas vertentes. Partilhamos uma visão comum, um ecossistema de ciclismo inclusivo e integrado, impulsionado pela diversidade de talento.”

O reforço financeiro e estratégico terá impacto direto na preparação para 2026, em particular na formação feminina, com a contratação de três ciclistas canadianas de elite, Alison Jackson, Simone Boilard e Clara Emond, que representam uma aposta clara no talento norte-americano.

 

“Construir pontes em todos os níveis da modalidade”

 

Jean Belanger, CEO da Premier Tech, sublinhou que esta movimentação não representa um recuo, mas sim uma continuidade coerente com a filosofia da empresa ao longo das últimas três décadas.

“Esta oportunidade está totalmente alinhada com as razões pelas quais a Premier Tech está comprometida com o ciclismo há mais de 30 anos, construir pontes em todos os níveis da modalidade e apoiar o desenvolvimento de ciclistas do Quebeque e do Canadá.”

Apesar de assumir posição de parceiro de referência, a marca não passará a integrar o nome da equipa em 2026. O destaque será concedido através da presença reforçada nos equipamentos de corrida das formações profissionais, bem como em todas as categorias associadas ao projeto.

 

Da turbulência no World Tour à reconstrução estratégica

 

A decisão chega pouco tempo após a ruptura com a antiga formação israelita, um processo marcado por protestos, exclusões de corridas, controvérsia política e preocupações reputacionais de longo prazo. Ao escolher agora uma estrutura Continental com base clara no desenvolvimento de talento, a Premier Tech procura recentrar a sua presença no ciclismo num ambiente alinhado com os seus valores corporativos.

Esta nova aliança representa, assim, uma mudança de paradigma, afastando-se do epicentro geopolítico do World Tour e reposicionando-se num modelo sustentável, com foco na formação e na criação de oportunidades para ciclistas norte-americanos.

Com objetivos definidos no crescimento progressivo, integração cultural e desenvolvimento de longo prazo, a decisão é encarada como uma reentrada estratégica na modalidade, não como abandono. A Premier Tech não saiu do ciclismo, apenas deixou para trás o ambiente que rodeava a sua anterior estrutura.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/premier-tech-regressa-ao-ciclismo-com-aposta-estrategica-numa-equipa-continental-apos-rutura-com-israel-premier-tech

"Nunca me imaginei a terminar já a carreira" - Ciclista francês teme o fim da carreira apesar do elevado potencial de pontos UCI”


Por: Miguel Marques

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Num momento em que os pontos UCI valem mais do que nunca, muitas equipas World Tour parecem estar a ignorar um corredor que pode revelar-se muito rentável. Clément Venturini continua sem equipa para 2026, apesar de reunir fatores que o tornam cada vez mais valioso.

"Continuamos em conversações; o meu agente está a tratar disso. Receio que as coisas não estejam a correr como previsto. Há ainda algumas pistas ténues. Quero levar isto até ao fim para não ficar com arrependimentos", disse Venturini ao L'Équipe.

Venturini tem 32 anos e, apesar de recentemente associado à Unibet Rose Rockets, ainda não encontrou contrato para o próximo ano. Em 2027, os pontos do ciclocrosse passarão a contar para a soma de pontos UCI de estrada, o que é decisivo para um corredor que venceu várias vezes o título nacional francês na disciplina de inverno e foi Top 5 num dos últimos Mundiais. Além disso, na estrada é um ativo consistente, andando perto do atual Top 100 UCI, tendo sido um dos melhores pontuadores da Arkéa - B&B Hotels esta época.

O fim da equipa conduziu a esta situação, mas causa surpresa que Venturini ainda não tenha contrato, sobretudo porque o desfecho era conhecido há muitos meses. "Não me via mesmo a retirar-me em 2026, e continuo a não me ver. Ainda tenho energia, mas tenho de pensar nisso… Dada a minha condição física e os resultados recentes, a maioria das pessoas à minha volta não entende como isto pode acabar. Dizem-me para acreditar até ao fim, enquanto a porta não estiver fechada".

 

Recusas no World Tour

 

"Não é que eu seja pessimista, mas quero ser lúcido para não cair de tão alto. Na minha cabeça, ainda tenho uma réstia de esperança. Alguns escolhem o seu próprio fim; eu não teria esse luxo se fosse o caso. É difícil de aceitar. Se a minha última corrida foi o Tour de Vendée, é pena… Se tiver mesmo de parar, a digestão será muito dura".

No palmarés, Venturini conta uma geral nos 4 Dias de Dunkerque e vitórias de etapa na Volta à Áustria e na La Route d'Occitanie. Só quatro triunfos, mas muitos lugares cimeiros, sobretudo na Taça de França, onde a combinação de sprinter e classicomen o torna num corredor versátil, capaz de somar muitos pontos.

Mas no World Tour, por agora, o futuro parece improvável. "Recebi recusas porque algumas equipas já têm corredores como eu no plantel. Outras querem rejuvenecer e, com 32 anos, sou demasiado velho. Há corredores que não garantem tantos pontos como eu, mas são mais novos e trazem uma perspetiva fresca".

Ainda assim, não tenciona assinar por equipas de nível continental. Talvez nem de nível ProTeam, a julgar pelas suas palavras: "Quero mesmo ser corredor em 2026, mas não a qualquer preço. Tive 12 anos ótimos, em boas equipas, mas não quero continuar a todo o custo. Não é comodismo, mas ao nível de expectativas que tenho, tem de haver um projeto à altura. Não posso descer um degrau. Recusei equipas de níveis inferiores. Sei que não me realizaria nesse patamar".

Aos 32 anos, acredita que continua no patamar dos melhores e merece um novo contrato ao mais alto nível, como teve com a Arkéa, a AG2R e a Cofidis ao longo da carreira. "O aspeto financeiro, para equipas mais pequenas, também pode pesar. No entanto, não peço um contrato à medida dos meus pontos UCI, apenas um contrato digno do meu compromisso e do meu nível. Tenho certamente os meus defeitos, e às vezes cobram-me, a minha personalidade, a exigência que tenho comigo e com os outros, que pode soar dura".

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/nunca-me-imaginei-a-terminar-ja-a-carreira-ciclista-frances-teme-o-fim-da-carreira-apesar-do-elevado-potencial-de-pontos-uci

"Estamos a perder várias gerações de atletas nacionais" - Entrevista a Tiago Antunes, o melhor português na última Volta”


Por: Miguel Marques

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Depois de várias temporadas de evolução e aprendizagem, 2025 acabou por ser o melhor ano de Tiago Antunes na Volta a Portugal. Questionado sobre o balanço dessa edição e o significado de alcançar o seu melhor resultado de sempre, o corredor da Efapel Cycling não hesita: "Faço um balanço bastante positivo desta última edição da Volta a Portugal, talvez tenha sido o ano em que me tenha preparado melhor para esta competição e também surgiu a oportunidade de ‘liderar’ a equipa e penso ter aproveitado essa oportunidade".

Um dos temas quentes da época foi a polémica em torno da não convocação de Mauricio Moreira para a Volta, que desencadeou reações públicas de José Azevedo e do médico Benjamim Carvalho. Sobre como viveu esse episódio dentro da equipa, Tiago é claro: "Desde o início do ano que se esperava muito da contratação do Maurício, dentro da equipa sempre o tentámos apoiar ao máximo, infelizmente as coisas não lhe correram bem e acho que ele não ter ido à Volta a Portugal foi uma decisão justa tendo em conta tudo aquilo que foi o restante do ano".

Com passagem pela SEG Racing Academy, o português teve contacto direto com estruturas internacionais de formação. Quando questionado sobre diferenças entre modelos, explica: "Sem dúvida que há grandes diferenças no modelo de formação das equipas sub23, hoje em dia as melhores equipas de formação internacional já trabalham de maneira profissional e com uma estrutura de nível World Tour, isso faz com que os talentos se desenvolvam e revelem em idades cada vez mais jovens".

A temporada de 2025 destacou-se também pela consistência em provas nacionais, com presenças regulares no top 10 - 8º na Volta ao Alentejo, 7º no Grande Prémio Jornal O JOGO, 8º no GP Abimota e 6º no GP Internacional de Torres Vedras - Troféu Joaquim Agostinho. Tiago admite que vive um dos melhores momentos da carreira: "Sim, nos últimos anos tive vários resultados de destaque mas não conseguia manter a consistência ao longo do ano, penso que na EFAPEL encontrei estabilidade necessária para conseguir manter o bom nível durante todo o ano".

Trabalhar sob a direção de José Azevedo tem sido um ponto importante no seu desenvolvimento. Sobre o trabalho conjunto, resume: "A equipa da EFAPEL é a imagem do José Azevedo, uma equipa séria e que entra em todas as corridas ao longo do ano com o objetivo de vencer. Trabalhar com o Azevedo tem sido bastante bom".

O ciclista natural do Bombarral tem sido um dos pilares da equipa, estando presente desde a sua fundação, em 2022. O próximo ano traz muitos reforços, com destaque para Jesus David Peña, Lucas Lopes e Gonçalo Tavares, pelo que as expectativas em torno da equipas são elevadas.

Em 2025, Tiago representou a Seleção Nacional no Campeonato da Europa, onde esteve longos quilómetros em fuga, e também no Campeonato do Mundo. Uma experiência marcante, descreve: "Foi sem dúvida uma grande experiência para mim, representar a seleção nacional é sempre um motivo de grande orgulho e acho que foi o culminar de um ano de bastante trabalho".

Sobre a sua identidade como ciclista, Tiago descreve-se assim: "Eu considero-me um corredor bastante completo, tenho trabalhado em todas as áreas, acho que evoluí bastante nos contrarrelógios e na alta montanha e assim espero continuar".

A análise ao estado atual do ciclismo português não é otimista. O corredor sublinha as dificuldades estruturais: "Estamos a ultrapassar uma fase complicada, as equipas cada vez têm mais dificuldades em encontrar patrocinadores que apoiem ao longo de vários anos e isso cria uma certa instabilidade em tudo, isso reflete-se bastante nas equipas de formação que ultrapassam grandes dificuldades e não conseguem cativar os jovens talentos a ingressar nessas equipas ou mesmo seguir na modalidade e isso faz com que estejamos a perder várias gerações de atletas nacionais com capacidade para uma renovação do pelotão a longo prazo".

Quanto a 2026, o foco mantém-se na ambição: "Sim, acho que ainda tenho muitos objetivos na minha carreira e em 2026 espero estar novamente a bom nível para disputar os Campeonatos Nacionais, o Troféu Joaquim Agostinho e a Volta a Portugal".

Por fim, abordou os casos de doping que continuam a marcar o pelotão nacional, com o mais recente envolvendo António Carvalho. Tiago reflete com preocupação: "Estas situações nunca são boas de se ver, quer para as equipas, quer para os patrocinadores, tudo isto não contribui em nada para o desenvolvimento das equipas de ciclismo e das competições. Todos os anos surgem novos casos e isso faz com que o Ciclismo português não tenha credibilidade, acaba por fechar muitas portas para os jovens que querem dar o salto para equipas internacionais e mesmo para as equipas portuguesas que pretendem correr em competições no estrangeiro".

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“Ilhas Canárias recusam acolher a Volta a Espanha 2026 em plena polémica em torno da antiga Israel - Premier Tech”


Por: Miguel Marques

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As Ilhas Canárias retiraram a sua candidatura para acolher a Volta a Espanha de 2026, invocando preocupações políticas ligadas à continuidade da antiga equipa Israel - Premier Tech no pelotão profissional. As autoridades de Gran Canaria argumentam que a mudança de nome prevista para a equipa e a alteração da nacionalidade de registo para a próxima época não constituem uma transformação significativa.

A posição contrasta com a de outras regiões, incluindo a Catalunha, que aceitou um arranque da Volta a França após a confirmação do rebranding da equipa, e reacendeu o debate sobre o lugar da estrutura Israel nas grandes provas de ciclismo.

As autoridades da Gran Canaria apontam para a turbulência registada durante a Volta a Espanha de 2025, em que várias etapas foram interrompidas por protestos e a corrida terminou com uma cerimónia de pódio improvisada num parque de estacionamento subterrâneo em Madrid. Sustentam que uma alteração administrativa cosmética dificilmente evitará situações semelhantes, e que associar a imagem da ilha a uma edição potencialmente volátil seria imprudente.

O conselho sublinha também que a questão não foi financeira. Gran Canaria insiste que tinha capacidade organizativa e recursos para receber a corrida, como já sucedeu noutros anos. A decisão, dizem, assenta exclusivamente em evitar risco reputacional caso surjam novos protestos ou perturbações.

Tenerife, por sua vez, manifestou desilusão com o colapso de uma candidatura conjunta que envolvia o governo das Canárias e os cabildos de Tenerife e Gran Canaria. A retirada de Gran Canaria tornou o projeto inviável, originando desacordos entre instituições que ambicionavam levar novamente a Grande Volta espanhola ao arquipélago.

Houve inúmeros incidentes envolvendo a então designada Israel - Premier Tech na edição de 2025, incluindo o cancelamento da 21ª etapa, depois dos manifestantes terem invadido as estradas de Madrid.

 

Porque é que Gran Canaria disse não

 

Em declarações a La Provincia, Aridany Romero afirmou: "Há vários meses, tanto o presidente - Antonio Morales - como eu deixámos claro que a Gran Canaria não queria ver o seu nome associado à Volta a Espanha enquanto a Israel-Premier Tech estivesse a competir". Sobre as mudanças propostas pela equipa, acrescentou: "É uma tentativa de branquear, através do desporto, as ações genocidas do Estado de Israel". Prosseguiu: "Colocaram ‘Israel’ no jersey e agora, depois de tudo o que aconteceu nestes meses, limitaram-se a regressar à posição anterior", concluindo: "No essencial, nada mudou".

De Tenerife, Lope Afonso alertou que "os últimos desenvolvimentos não auguram boas perspetivas" e afirmou que "o plano original desmorona-se" após a decisão de Gran Canaria de sair de cena.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ilhas-canarias-recusam-acolher-a-volta-a-espanha-2026-em-plena-polemica-em-torno-da-antiga-israel-premier-tech

“É uma candidatura forte”: Palavras do diretor do Tour fazem disparar as hipóteses da Grande Partida de 2029 se realizar na Chéquia”


Por: Carlos Silva

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Ainda faltam quase quatro anos para a Volta a França de 2029, mas a batalha para acolher a Grand Départ já está em marcha. A Chéquia apresentou esta semana a sua candidatura ao diretor da corrida, Christian Prudhomme, e as primeiras reações foram bastante positivas. Tanto a delegação checa como a organização da Volta saíram satisfeitas do encontro, aumentando as expectativas para aquilo que seria o primeiro arranque da Grande Volta francesa em solo checo.

Após a apresentação, Prudhomme elogiou as bases da proposta. “É uma grande candidatura, muito bem feita. Praga é uma cidade bonita e, graças ao que vimos na apresentação, sabemos que não é apenas Praga que merece ser vista”, afirmou o diretor da Volta a França, citado pelo site da Národní Sportovní Agentura (NSA).

Segundo o presidente da NSA, Ondřej Šebek, o optimismo saiu reforçado após a visita a Paris. “Acredito que a nossa candidatura, pela sua qualidade e abrangência, tem uma grande probabilidade de sucesso”, afirmou.

Praga surge como a aposta simbólica para acolher o arranque oficial. A etapa inaugural poderá incluir um percurso extenso pela capital, antes de seguir para outros destinos. Embora os detalhes do percurso permaneçam confidenciais, a etapa de abertura da Volta à Chéquia deste ano, que partiu de Praga rumo à estância termal de Karlovy Vary, surge como uma das hipóteses mais referenciadas.

Apesar de não ser um país com grandes cadeias montanhosas, a Chéquia dispõe de terreno diversificado, com terrenos ondulados e passagens de média montanha nas regiões fronteiriças. “Não temos os Alpes nem os Pirenéus, mas podemos aproximar-nos do Maciço Central”, defendeu Roman Kreuziger, membro da delegação checa e quinto classificado na Volta a França em 2013.

Prudhomme valorizou a presença de antigos ciclistas envolvidos no projeto. “A participação de Roman Kreuziger como figura de relevo do Tour é certamente importante e muito benéfica”, sublinhou. Também integrado na estrutura está Leopold König, sétimo na Volta a França de 2014 e atualmente responsável pela Volta à Chéquia.

“Graças à composição do grupo de trabalho, conseguimos coordenar várias áreas para que se complementem e o efeito final seja o mais forte e positivo possível, tanto para a Chéquia como para a Volta a França”, acrescentou Šebek.

 

Forte oposição

 

Outras declarações de Prudhomme alimentam o entusiasmo local. “A Chéquia já mostrou que sabe organizar grandes eventos. Agora caber-nos-á avaliar os detalhes, porque naturalmente, há mais países a tentar acolher o arranque da corrida”, referiu o responsável.

Além da Chéquia, também a Eslovénia surge como forte candidata a receber a Grand Départ de 2029, sobretudo caso a candidatura beneficie do impacto mediático de Tadej Pogacar, atual tetracampeão da Volta a França.

Paralelamente, cresce a resistência em França à ideia da corrida partir novamente do estrangeiro. A edição de 2026 arrancará em Barcelona, em 2027 a Grand Départ está confirmada para Edimburgo e, para 2028, o Luxemburgo é apontado como principal favorito. Um quarto ano consecutivo sem uma partida de solo francês poderá desencadear uma oposição mais vincada por parte de certas regiões e entidades nacionais.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/e-uma-candidatura-forte-palavras-do-diretor-do-tour-fazem-disparar-as-hipoteses-da-grande-partida-de-2029-se-realizar-na-chequia

“Volta a Espanha 2026: Madrid está fora da corrida e uma das subidas mais míticas do país poderá ser o palco do grande final”


Por: Miguel Marques

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Granada impôs-se como a escolha definitiva para acolher a etapa final da Volta a Espanha 2026, após uma reviravolta ditada por decisões políticas e conflitos de calendário. Relatos de meios locais e nacionais confirmam que a chegada tradicional em Madrid foi descartada por coincidir com o Grande Prémio de Fórmula 1 na cidade, deixando sem espaço nem logística viável para acolher a corrida.

O cenário agravou-se com o colapso do plano alternativo de terminar a prova nas Ilhas Canárias, que até muito recentemente lideravam a corrida para receber o desfecho.

Segundo as autoridades regionais, o problema central não foi financeiro nem técnico, mas político. O Cabildo de Gran Canaria manifestou oposição clara a receber a Vuelta caso a equipa Israel-Premier Tech participasse, acusando a formação de "branquear um genocídio".

Este impasse tornou-se nuclear nas negociações. Antonio Morales, presidente do Cabildo de Gran Canaria, foi taxativo ao afirmar que, sem excluir a equipa, "Gran Canaria não acolherá a Vuelta". Sem margem para acordo, a organização foi forçada a abandonar o plano de um final nas Canárias.

 

Granada assume-se como a nova favorita

 

Com a opção insular retirada, a organização virou-se definitivamente para Granada. As propostas em cima da mesa incluem duas etapas decisivas na província: uma penúltima jornada em média ou alta montanha, a explorar subidas e descidas em redor de Granada, seguida de uma etapa final urbana na própria cidade. Há também a possibilidade de o traçado passar junto a ícones como a Alhambra, mediante aprovação de licenças.

Fontes próximas das negociações sugerem ainda a consideração de uma terceira etapa na região para maximizar o espetáculo desportivo e o impacto territorial.

Órgãos locais como o Granada Hoy noticiaram o avanço, e a confirmação nacional da Cadena SER indica que cidade e província se posicionam para oferecer um final de grande perfil. A Sierra Nevada deverá, assim, acolher o duelo decisivo da edição de 2026.

A apresentação oficial do percurso terá lugar a 17 de dezembro, no evento do Mónaco, onde tradicionalmente é revelado o traçado completo. Rumores apontam para que a edição de 2026 seja promovida com o sugestivo mote "Monaco–Granada".

Depois de a Vuelta 2025 ter ignorado por completo o sul de Espanha, o regresso da corrida à Andaluzia, e logo com um final tão espetacular, está a ser amplamente saudado.

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“Comunicado Podium”


Depois de notícias em que a Federação indevidamente como cessado o contrato que tem com a Podium para a organização da Volta a Portugal, e certamente percebendo a total falta de pertinência das suas ações, vem agora tentar emendar a mão acrescentando à sua postura errática a vontade de organizar ela própria as provas concessionadas.

Estranhamos, em primeiro lugar, que afirmem desde já, que irão organizar a Volta ao Alentejo, quando essa prova nem sequer é propriedade da FPC, e não faz parte da concessão.

Depois, que sendo tutela, venham julgar em causa própria, apresentando como solução um modelo económico, estilo economia planificada, em que se constituem como árbitro e agente económico simultaneamente.

Mais uma vez, acreditamos que o bom senso irá prevalecer, entretanto, a Podium continuará a defender os seus plenos direitos até às últimas consequências.

Lisboa, 18 de novembro de 2025

Fonte: Podium

Ficha Técnica

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