Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Ainda faltam quase quatro anos
para a Volta a França de 2029, mas a batalha para acolher a Grand Départ já
está em marcha. A Chéquia apresentou esta semana a sua candidatura ao diretor
da corrida, Christian Prudhomme, e as primeiras reações foram bastante
positivas. Tanto a delegação checa como a organização da Volta saíram
satisfeitas do encontro, aumentando as expectativas para aquilo que seria o
primeiro arranque da Grande Volta francesa em solo checo.
Após a apresentação, Prudhomme
elogiou as bases da proposta. “É uma grande candidatura, muito bem feita. Praga
é uma cidade bonita e, graças ao que vimos na apresentação, sabemos que não é
apenas Praga que merece ser vista”, afirmou o diretor da Volta a França, citado
pelo site da Národní Sportovní Agentura (NSA).
Segundo o presidente da NSA,
Ondřej Šebek, o optimismo saiu reforçado após a visita a Paris. “Acredito que a
nossa candidatura, pela sua qualidade e abrangência, tem uma grande
probabilidade de sucesso”, afirmou.
Praga surge como a aposta
simbólica para acolher o arranque oficial. A etapa inaugural poderá incluir um
percurso extenso pela capital, antes de seguir para outros destinos. Embora os
detalhes do percurso permaneçam confidenciais, a etapa de abertura da Volta à
Chéquia deste ano, que partiu de Praga rumo à estância termal de Karlovy Vary,
surge como uma das hipóteses mais referenciadas.
Apesar de não ser um país com
grandes cadeias montanhosas, a Chéquia dispõe de terreno diversificado, com
terrenos ondulados e passagens de média montanha nas regiões fronteiriças. “Não
temos os Alpes nem os Pirenéus, mas podemos aproximar-nos do Maciço Central”,
defendeu Roman Kreuziger, membro da delegação checa e quinto classificado na
Volta a França em 2013.
Prudhomme valorizou a presença
de antigos ciclistas envolvidos no projeto. “A participação de Roman Kreuziger
como figura de relevo do Tour é certamente importante e muito benéfica”,
sublinhou. Também integrado na estrutura está Leopold König, sétimo na Volta a
França de 2014 e atualmente responsável pela Volta à Chéquia.
“Graças à composição do grupo
de trabalho, conseguimos coordenar várias áreas para que se complementem e o
efeito final seja o mais forte e positivo possível, tanto para a Chéquia como
para a Volta a França”, acrescentou Šebek.
Forte
oposição
Outras declarações de
Prudhomme alimentam o entusiasmo local. “A Chéquia já mostrou que sabe
organizar grandes eventos. Agora caber-nos-á avaliar os detalhes, porque
naturalmente, há mais países a tentar acolher o arranque da corrida”, referiu o
responsável.
Além da Chéquia, também a
Eslovénia surge como forte candidata a receber a Grand Départ de 2029,
sobretudo caso a candidatura beneficie do impacto mediático de Tadej Pogacar,
atual tetracampeão da Volta a França.
Paralelamente, cresce a
resistência em França à ideia da corrida partir novamente do estrangeiro. A
edição de 2026 arrancará em Barcelona, em 2027 a Grand Départ está confirmada
para Edimburgo e, para 2028, o Luxemburgo é apontado como principal favorito.
Um quarto ano consecutivo sem uma partida de solo francês poderá desencadear
uma oposição mais vincada por parte de certas regiões e entidades nacionais.
Pode visualizar este artigo
em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/e-uma-candidatura-forte-palavras-do-diretor-do-tour-fazem-disparar-as-hipoteses-da-grande-partida-de-2029-se-realizar-na-chequia

Sem comentários:
Enviar um comentário