Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
A 112ª edição da Volta a
França começou da forma mais dramática possível. Na chegada a Lille, Jasper
Philipsen (Alpecin-Deceuninck) era um dos 3 principais favoritos e impôs-se ao
sprint perante Biniam Girmay (Intermarché - Wanty) e Soren Waereskjold (Uno-X
Mobility) conquistando a vitória na etapa inaugural e, com ela, a camisola
amarela. Já Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), João Almeida (UAE Team
Emirates - XRG) e Florian Lipowitz (Red Bull - BORA-Hansgrohe) foram os grandes
derrotados do dia, perdendo tempo precioso logo à primeira oportunidade.
Logo após o quilómetro zero,
cinco ciclistas adiantaram-se: Jonas Rutsch, Mathis Le Berre, Bruno Armirail,
Benjamin Thomas e Mattéo Vercher formaram a primeira fuga do Tour. No entanto,
com o simbolismo da camisola amarela em jogo, as equipas dos sprinters não
quiseram surpresas e mantiveram a diferença controlada a rondar os dois
minutos.
A tensão habitual de uma primeira etapa não demorou a fazer-se sentir. Filippo Ganna (INEOS Grenadiers) e Sean Flynn (Team Picnic PostNL) foram as primeiras vítimas de uma queda, com o italiano a regressar à bicicleta, mas claramente em dificuldades. Pouco depois, Stefan Bissegger (Decathlon AG2R La Mondiale Team) também foi ao chão, acabando igualmente por abandonar mais tarde, tal como Ganna.
Com o vento a tornar o pelotão
instável, surgiram vários cortes, e entre os nomes apanhados fora de posição
estiveram Florian Lipowitz (BORA) e Lenny Martinez (Groupama-FDJ). A cerca de
90 quilómetros da meta, Benjamin Thomas e Mattéo Vercher tentaram nova
escapada, mas o esforço foi interrompido de forma aparatosa no Mont Cassel:
numa disputa pelo único ponto de montanha, ambos os ciclistas colidiram e
caíram sobre a calçada empedrada.
Sem fuga ativa, o pelotão
reduziu o ritmo. A última subida do dia acabou por ter um momento curioso, com
Jonas Vingegaard (Team Visma | Lease a Bike) a sair do grupo para garantir o
ponto disponível. A ofensiva simbólica mostrou que o dinamarquês está atento.
Nos últimos 20 quilómetros, a
velocidade voltou a aumentar e a tensão subiu. Simon Yates foi apanhado na
parte de trás, enquanto a Visma pressionava na frente para provocar cortes com
o vento. A 10 km da meta, a separação no pelotão era clara: entre os 36 na
frente estavam Pogacar, Vingegaard, Jorgenson, Mas, O'Connor, Philipsen,
Girmay, mas atrás, já com 30 segundos de desvantagem, seguiam Evenepoel,
Almeida, os homens da Red Bull, Milan e Merlier.
Dentro dos 5 km finais, nova
queda abalou o grupo da frente: Ben O’Connor foi ao chão, mas por estar dentro
da zona de proteção acabou por não perder tempo. Já os perseguidores não
tiveram a mesma sorte.
No sprint final, Philipsen foi
o primeiro a lançar o sprint, e arrancou tão poderoso que não deu hipóteses aos
rivais, cruzando a meta como vencedor da etapa e novo líder da geral. No final,
a diferença entre os dois principais grupos era de 39 segundos, uma fatura
pesada para alguns dos favoritos à classificação geral.
Top 10 Tour
de France
1º Philipsen Jasper
Alpecin-Deceuninck
2º Girmay Biniam
Intermarché-Wanty
3º Wærenskjold Søren Uno-X
Mobility
4º Turgis Anthony Team
TotalEnergies
5º Trentin Matteo Tudor Pro
Cycling Team
6º Russo Clément Groupama-FDJ
7º Penhoët Paul Groupama-FDJ
8º Jorgenson Matteo Team Visma
| Lease a Bike
9º Mayrhofer Marius Tudor Pro
Cycling Team
10º Watson Sam INEOS
Grenadiers
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