Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Valentin Paret-Peintre
escreveu o seu nome na história ao triunfar na 16ª etapa da Volta a França
2025, que terminou no lendário Mont Ventoux. O ciclista francês da Soudal -
Quick-Step venceu com autoridade e deu à França a tão aguardada primeira
vitória nesta edição da prova. Já entre os favoritos, Jonas Vingegaard voltou a
atacar Tadej Pogacar, mas os dois chegaram juntos ao alto do Gigante da
Provença.
A etapa começou com um perfil
plano e um ritmo verdadeiramente alucinante, com o pelotão a rolar a uma média
de 50 km/h rumo ao sopé da mítica subida. Esta intensidade teve impacto direto
na corrida, com muitos a pagarem caro o esforço inicial. Mas antes de chegar à
subida final, viveu-se uma longa batalha pela formação da fuga, que demorou
cerca de uma hora a definir-se.
No total, 34 corredores
integraram a escapada do dia, entre os quais vários trepadores de peso e dois
companheiros dos principais candidatos à geral: Marc Soler e Pavel Sivakov por
parte da UAE, e Tiesj Benoot e Victor Campenaerts pela Visma. Com vento contrário
nos quilómetros finais do Ventoux, o aspeto tático ganhava ainda mais
relevância.
Desse grupo destacado, Julian
Alaphilippe e Matteo Trentin, da Tudor, lançaram-se ao ataque juntamente com
Enric Mas, Simone Velasco, Thymen Arensman, Jonas Abrahamsen e Fred Wright. Os
sete ganharam cerca de 1:30 minutos para os seus perseguidores diretos e mais
de seis minutos para o pelotão antes da subida final.
Alaphilippe tentou várias
vezes isolar-se na primeira fase da subida, mas foi Enric Mas quem conseguiu
destacar-se, deixando para trás o francês e Arensman e parecendo encaminhado
para a vitória. No entanto, as encostas do Ventoux acabaram por ser demasiado
exigentes. Vindo de trás, Ben Healy, com aspirações à classificação geral,
aumentou o ritmo e alcançou Mas a 3,6 km do fim, acompanhado por Paret-Peintre.
Seguiu-se uma sucessão de ataques que eliminou alguns dos rivais, mas sem
grande sucesso, já que os ciclistas voltavam a reagrupar-se. Santiago Buitrago
conseguiu juntar-se ao grupo, e no último quilómetro, Ilan van Wilder fez a
ponte para a frente da corrida.
O belga puxou na frente e
impediu que Vingegaard e Pogacar se aproximassem. No derradeiro sprint, Ben
Healy foi o primeiro a lançar-se, mas Paret-Peintre colou-se à sua roda e
ultrapassou-o nos metros finais para conquistar a maior vitória da sua carreira.
Healy terminou em segundo e Buitrago completou o pódio da etapa.
Já no grupo dos favoritos, a
Team Visma | Lease a Bike subiu o ritmo na aproximação ao Chalet Reynard, com
Sepp Kuss a liderar o trabalho. A 7 quilómetros do topo, Vingegaard desferiu um
ataque explosivo, mas Pogacar respondeu sem hesitações. O dinamarquês voltou à
carga após o trabalho de Benoot e Campenaerts, mas, uma vez mais, o esloveno
não cedeu. Nos últimos dois quilómetros, Pogacar tentou surpreender, mas
Vingegaard voltou a colar. Na meta, Pogacar ganhou apenas um segundo, num duelo
que voltou a terminar em equilíbrio.
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