“Seleção Nacional/Mais de 400 atletas, 30 países e elogios à organização: Europeu de Pista 2025 termina com balanço muito positivo”

Por: Vasco Moreira

O Campeonato da Europa de Pista Juniores e Sub-23 2025, que decorreu em Anadia, terminou este domingo após seis dias repletos de espetáculo, emoção e novos recordes. A competição contou com a participação de 428 atletas, em representação de 30 países.

Na classificação final por medalhas, o destaque vai para a Grã-Bretanha, que liderou com 10 medalhas de ouro, 8 de prata e 8 de bronze, seguida pela Itália (10, 6 e 6) e pela Alemanha (6, 7 e 5)

A Itália teve especial destaque nas perseguições por equipas na categoria de Juniores, conquistando o ouro tanto no setor masculino (Cornacchini, Magagnotti, Colombo, Matteoli e Ferrari) como no feminino (Sanarini, Bianchi, Rossignoli, Pegolo e Holt). Já a Grã-Bretanha brilhou entre os Sub-23, vencendo as perseguições por equipas com Rowe, Wiggins, Charlton, Hobbs e Salter (Masculinos) e Lloyd, Leech, Lister e Sharp (Femininos)

Entre os nomes em maior evidência esteve a dinamarquesa Ida Dam Fialla, com três medalhas de ouro (Scratch, Eliminação e Perseguição Individual), além de um novo recorde do mundo na Perseguição Individual Júnior: 3:32.060.

A britânica Erin Boothman estabeleceu um recorde do mundo nos 1000 metros Júnior Femininos com 1:08.253, e o compatriota Henry Hobbs também bateu o recorde do mundo na Perseguição Individual Júnior, com o tempo de 3:03.246.

Nos Sub-23, Josh Charlton (Grã-Bretanha) conquistou o ouro na Perseguição com um excelente tempo de 4:00.842.

O Omnium foi vencido por Héctor Álvarez Martínez (Espanha) e Lisa Van Belle (Países Baixos), enquanto os títulos de Madison foram conquistados pela Grã-Bretanha (Juniores Femininos), Bélgica (Juniores Masculinos e Sub-23 Masculinos) e Alemanha (Sub-23 Femininos).

Nas provas de velocidade, Itália, Grã-Bretanha e Alemanha confirmaram o seu estatuto de potências tradicionais do ciclismo de pista.

A participação portuguesa ficou marcada, sobretudo, pela estreia de vários jovens neste contexto internacional, no qual demonstraram evolução e potencial. A nível de resultados, merecem destaque os oitavos lugares de João Martins e Beatriz Roxo na eliminação de sub-23 e o 10.º lugar de Francisco Alves na corrida por pontos de juniores.

 

Enrico Della Casa, Presidente da União Europeia de Ciclismo (UEC):

 

“Este Campeonato demonstrou não só o excelente nível técnico dos jovens atletas europeus, como também a capacidade de uma cidade como Anadia para acolher e promover um evento desta dimensão.

Agradeço sinceramente às seleções nacionais pela sua participação, à organização pelo trabalho exemplar, à Federação Portuguesa de Ciclismo, com o seu Presidente Cândido Barbosa, e à comunidade local, com a Presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, e o Vice-Presidente Jorge Sampaio, pela calorosa receção. Este evento teve grande cobertura mediática e deixou uma marca forte no ciclismo e nesta região que tanto o valoriza.”

 

Cândido Barbosa, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo:

 

“Foi uma semana absolutamente memorável. Recebemos mais de 400 atletas de toda a Europa, assistimos a corridas de altíssimo nível, vimos recordes do mundo serem batidos e, acima de tudo, reforçámos a posição de Anadia como capital europeia do ciclismo de pista jovem. Quero agradecer à UEC pela confiança, aos nossos parceiros institucionais e a toda a equipa da Federação que tornou este grande evento possível. Saímos daqui com o sentimento de missão cumprida e com ainda mais vontade de continuar a fazer crescer o ciclismo em Portugal.”

 

Gabriel Mendes, Selecionador Nacional:

 

“Os nossos objetivos para este europeu passavam por proporcionar uma oportunidade competitiva aos mais jovens, que no contexto nacional têm dado bons indicadores, mas ainda sem experiência internacional. Nesse sentido, foi um campeonato extremamente relevante para os nossos atletas. Notaram-se diferenças significativas de rendimento em relação às principais nações, o que demonstra que ainda há um caminho a percorrer. No entanto, também registámos sinais muito positivos do ponto de vista da performance individual e coletiva, o que nos dá confiança para o futuro.”

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo