sábado, 28 de junho de 2025

“Benoot está "um pouco assustado" com o início da Volta a França 2025: "Em 2021, começámos na Bretanha e houve 120 ciclistas que caíram nesses primeiros dias"


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A sete dias do início da Volta a França de 2025, a ansiedade já se faz sentir no pelotão, em especial na Team Visma | Lease a Bike. Tiesj Benoot, um dos gregários mais experientes do bloco neerlandês e figura chave no apoio a Jonas Vingegaard, mostrou-se apreensivo quanto ao desenho das primeiras etapas planas da prova, marcadas por risco elevado e incerteza tática.

Com partida marcada para Lille, a 5 de julho, o Tour regressa a um arranque propício aos sprinters. Em entrevista ao In de Leiderstrui, Benoot não escondeu o receio de um início caótico.

"Talvez ainda não se tenha falado muito sobre isso, mas vai ser um verdadeiro caos. Estou um pouco assustado", confessou. "Em 2021, começámos na Bretanha e, na verdade, tenho medo das mesmas cenas".


O arranque de 2021 ficou manchado por várias quedas coletivas, incluindo o episódio da célebre placa de sinalização que lançou o caos no pelotão. "Na Bretanha, houve 120 ciclistas que caíram nesses primeiros dias", recordou. "Algo assim não é bom para o ciclismo".

O belga comparou essa experiência com as mais recentes "Grand Départ", como as de 2023 e 2024, onde os traçados acidentados do País Basco e da Itália proporcionaram uma seleção mais natural. "Com essas partidas no País Basco e em Itália, já todos estavam um pouco mais no seu lugar. Achei que foi uma excelente escolha da organização, por isso é uma pena que agora voltemos a uma partida tão plana".

Ainda assim, Benoot reconhece o apelo de um início voltado para os sprinters. "Também a compreendo: os sprinters podem conquistar a camisola amarela e merecem-na".

Os nomes de Jasper Philipsen, Tim Merlier, Biniam Girmay e Jonathan Milan figuram entre os favoritos às primeiras etapas e à desejada maillot jaune. Mas para os homens da classificação geral, cada quilómetro inicial representa um risco elevado. Quedas, avarias ou cortes provocados pelo vento lateral podem comprometer meses de preparação antes sequer de se chegar às primeiras dificuldades montanhosas.

"Trata-se sobretudo dos primeiros três, quatro, cinco dias. Depois disso, as coisas abrandam de novo, porque toda a gente está mais instalada no pelotão", explicou Benoot. "Eu digo sempre: se chegarmos ao primeiro dia de descanso sem quedas, então a Volta já está três quartos feita. Esperemos que sim".

A formação neerlandesa espera evitar os azares que condicionaram os seus planos nas últimas duas edições, e Benoot sabe que o trabalho de proteger Vingegaard será partilhado por um núcleo mais compacto de apoio. Em 2024, o dinamarquês alinhou na prova após uma queda grave no País Basco, mas este ano a sua preparação decorreu com maior tranquilidade.

"Faremos tudo, enquanto equipa, para estar na zona de segurança", garantiu Benoot. "Mas toda a gente faz isso. Vimos isso no Critérium du Dauphiné, onde todas as posições foram disputadas".

Os perfis detalhados das etapas ainda não estão na posse dos corredores, mas a mentalidade na Visma está bem definida: os primeiros dias exigem concentração total e preparação para todos os cenários. Benoot sabe que bastam poucos segundos de desconcentração para perder tudo, como Primoz Roglic bem sentiu em 2021 e 2022.

"Recebemos uma visão geral das três semanas, mas ainda não em pormenor", revelou. "Já sabíamos que seria perigoso. Em 2018, também começámos na Vendée e a minha Volta a França já tinha terminado no quarto dia".

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