Para Jóni Brandão, o favoritismo para a 78.ª edição
recairá nos galegos Gustavo Veloso (W52-FC Porto), bicampeão da prova 'rainha'
do calendário nacional.
Gustavo
Veloso (W52-FC Porto) é um dos candidatos a vencer a Volta a Portugal 2016.
Jóni
Brandão, a principal esperança portuguesa para a Volta a Portugal em bicicleta,
defendeu hoje que o traçado da 78.ª edição não é tão difícil como o de outros
anos e que favorece os seus adversários galegos.
“Acaba
por ser uma Volta que favorece mais uma vez os contrarrelogistas, apesar de
termos uma etapa bastante dura a seguir ao dia de descanso, mas não é uma
chegada em alto, não é uma chegada tradicional como era a da Serra da Estrela.
Temos sim só uma verdadeira etapa de chegada em alto, que é a Senhora da
Graça”, começou por analisar o segundo classificado da última edição.
O
corredor da Efapel acredita que o traçado da Volta a Portugal, que irá para a
estrada de 27 de julho a 07 de agosto, vai acabar por beneficiar muito os
contrarrelogistas.
“Temos
etapas que poderão vir a ser bonitas, mas, em termos de classificações, a
priori, não haverá grandes reviravoltas. Olhando para o papel, não parece ser
uma Volta muito difícil, mas só a estrada pode comprovar se é difícil ou não”,
completou.
Para
Jóni Brandão, o favoritismo para a 78.ª edição recairá nos galegos Gustavo
Veloso (W52-FC Porto), bicampeão da prova 'rainha' do calendário nacional, e
Alejandro Marque (LA-Antarte), vencedor em 2013.
“Mas
não vamos baixar os braços porque a Volta tem este traçado. Só depois de
acabar, na chegada a Lisboa, vamos ver se os favoreceu ou não”, concluiu,
prometendo tentar a sorte nalgumas etapas mais duras para ganhar tempo e chegar
ao contrarrelógio do último dia de “uma maneira mais confortável”, para não
estar com “tanta pressão em cima”.
Enquanto
Brandão se excluiu do lote dos favoritos, o diretor da prova colocou-o lá,
defendendo que, apesar da ausência de chegadas em alto, o vice-campeão do ano
passado pode aspirar a vestir de amarelo a 07 de agosto, em Lisboa.
“O
problema dos vencedores portugueses da Volta a Portugal prende-se com outras
questões. Efetivamente, os melhores corredores portugueses correm
além-fronteiras, como muitos jovens e profissionais de outras atividades. De
qualquer modo, acredito, até pelo histórico de resultados das últimas provas,
que se afigura que podemos ter corredores portugueses como os principais
protagonistas da prova”, argumentou, no final da apresentação da 78.ª Volta a
Portugal, que aconteceu hoje na Câmara Municipal de Lisboa.
Joaquim
Gomes apontou então Rafael Reis e Jóni Brandão como as grandes bandeiras e
esperanças portuguesas na atualidade.
“Espero
que a componente sorte, que também é sempre importante numa prova por etapas,
que não é mais que um ‘reality show’ que os portugueses acompanham diariamente,
esteja do lado deles”, sublinhou.
Também
Gustavo Veloso pensa que o traçado não o favorece particularmente, porque,
apesar de ser diferente, não é menos duro do que nas edições anteriores.
“Toda
a gente fala de não estar a Torre no fim, mas penso que a etapa da Torre este
ano vai fazer mais diferenças, porque passar duas vezes aí, numa etapa tão
longa e com uma parte final tão ‘quebrada’, vai fazer com que toda a gente
chegue com o depósito vazio. Se calhar não sai daí o vencedor da Volta, mas
muita gente pode perder. Espero que não seja eu”, disse o líder da W52-FC
Porto.
O
‘dragão’ reconhece que gostava de vencer pela terceira vez, até porque, se já
ganhou duas (2014 e 2015), pode ganhar outra, mas lembrou que são as
vicissitudes da corrida que vão definir o vencedor.
“Não sei se vou conseguir ou não, mas tudo tenho feito
até hoje para chegar nas melhores condições à Volta e tudo vou a fazer daqui
até lá para estar a 100 por cento”, prometeu.
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