Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Na época de ciclocrosse
feminino de 2025/26, nenhuma corredora está em melhor forma do que Lucinda
Brand. A veterana neerlandesa, de 36 anos, tem dominado o pelotão e vence quase
todas as corridas em que participa. A mais recente foi na Taça do Mundo de Namur,
no domingo passado, onde decidiu competir apesar do falecimento da mãe no
início da semana.
Em declarações ao In De
Leiderstrui, Brand explicou a sua decisão. Com uma serenidade impressionante
para quem enfrenta um dos golpes mais duros da vida, a vencedora da 4ª prova da
Taça do Mundo da temporada foi direta nas palavras.
“O mundo não espera por
ninguém. Não tive dúvidas em correr. Concentro-me bem. Honestamente, é ótimo
fazer o meu trabalho e estar no meu mundo. Uma pessoa normal volta ao trabalho,
por isso eu também. Ficar deitada no sofá em casa não ajuda ninguém”, disse
Brand.
Brand admitiu, ainda assim,
que a preparação para Namur foi mais leve do que o habitual para este tipo de
desafio. Mesmo assim, o seu profissionalismo prevaleceu num momento pessoal
delicado: “Treinei um pouco menos, mas isso significa pernas mais frescas. Na
corrida senti-me muito forte, senti-me ótima e consegui vencer”.
Embora seja compreensível dar
um passo atrás após uma notícia destas, até riscando corridas do calendário,
Lucinda Brand sublinhou que esta reação pode fazer parte de quem é: “Pode ser
da minha natureza… Mas torna-se fácil, porque estou focada na corrida. Depois,
outras coisas não me incomodam. É só a corrida”, concluiu.
O timing perfeito para o
Mundial?
Para lá da esfera pessoal, há
uma certeza: Lucinda Brand gostaria que o Campeonato do Mundo em Hulst chegasse
bem antes do agendado. A forma atual torna-a uma ciclista quase imbatível.
Embora não tenha vencido o
Campeonato da Europa (foi prata), uma camisola arco-íris não só poderia
dissipar esse contratempo, como também transformaria esta campanha numa das
melhores épocas individuais da história do ciclocrosse feminino.
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