sábado, 22 de setembro de 2018

“CICLISMO/MUNDIAIS: PORTUGAL EM INNSBRUCK COM 12 CORREDORES E MUITO OTIMISMO”

É preciso recuar 22 anos, até 1996, em Lugano, para encontrar uma corrida com maior grau de dureza montanhosa.

Os Mundiais de ciclismo de estrada arrancam hoje em Innsbruck, na Áustria, onde uma seleção portuguesa de 12 corredores apresenta-se com um espírito de otimismo e de concentração em manter os bons resultados dos últimos anos.

Os principais destaques da comitiva lusa, sem representantes femininos, são o campeão mundial de fundo de 2013, Rui Costa, e Nelson Oliveira, que em 2017 terminou o contrarrelógio no quarto lugar, com os dois a juntarem-se a Tiago Machado e Rúben Guerreiro na prova de fundo, no último dia do campeonato, a 30 de setembro.

O primeiro português a participar numa prova é Nelson Oliveira, que no domingo integra a equipa espanhola Movistar no contrarrelógio coletivo, ainda que os primeiros lusos a participar pela seleção sejam os sub-23 João Almeida e Ivo Oliveira, no ‘crono’ da categoria.

O corredor da Movistar é um especialista no ‘crono’ e uma das principais esperanças de medalhas para Portugal, uma vez que conseguiu, em 2017, ficar ‘à porta’ do pódio e tem registado bons resultados na especialidade durante a temporada, sendo que a prova também terá o bicampeão nacional do ‘crono’, Domingos Gonçalves.

O exercício individual de elite terá 52,5 quilómetros, que ficarão marcados pela subida de Gnadenwald – 4,9 quilómetros com inclinação média de 7,1% e rampas que chegam aos 14% -, uma dificuldade colocada a 22 quilómetros do final.

De acordo com as contas da União Ciclista Internacional (UCI), a prova de fundo para elite será a 10.ª com maior acumulado de subida na história do Campeonato do Mundo.

É preciso recuar 22 anos, até 1996, em Lugano, para encontrar uma corrida com maior grau de dureza montanhosa: o acumulado na Suíça foi de 5.145 metros e em Innsbruck será de 4.670 metros.

Sobre o percurso do pelotão de elite, o selecionador português, José Poeira, descreve-o como “muito duro, dos mais duros em Mundiais”, pelas várias subidas de elevada inclinação.

“Tornam esta uma corrida muito dura e muito diferente das outras, mas os corredores é que fazem as corridas duras. Um mundial é um mundial, a clássica das clássicas, e é um título que todos querem e que é importante para qualquer corredor”, explicou o técnico.

Mesmo sendo sempre corridas “imprevisíveis”, um bom lugar será, para a seleção portuguesa, “estar dentro dos 10 primeiros”, o que já conseguido “muitas vezes”, mas só uma no topo, com Rui Costa, a principal esperança no fundo.

“Para nós, não será fácil, mas não é impossível fazer o que idealizamos. Espero que seja um dia bom (da prova de elites), de sorte, e a sorte procura-se”, considerou Poeira.

Nos sub-23, o grande destaque vai para João Almeida, que foi sétimo classificado na Volta a França do Futuro, a maior e mais prestigiada prova do seu escalão, e será ‘escudado’ por Gonçalo Carvalho, André Carvalho e Tiago Antunes, sendo que Almeida se junta a Ivo Oliveira, que tem “progredido muito no contrarrelógio”, no ‘crono’.

No escalão de juniores, a missão portuguesa está dificultada pela presença de apenas dois corredores, a “quota mínima” atribuída para as várias nações, e recai sobre Afonso Silva e Guilherme Mota a obtenção de um bom resultado.

A montanha é uma constante em Innsbruck e as provas de categorias inferiores não são diferentes, com um acumulado de 1.916 metros de subida nos juniores, ao longo de 138,4 quilómetros, e a de sub-23 com 2.910 repartidos por 186,2 quilómetros.

Os contrarrelógios de sub-23 e de juniores terão 28,5 quilómetros, sendo essencialmente a rolar, apesar de incorporarem alguns falsos planos e rampas desafiantes.

Fonte: Sapo on-line

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