domingo, 10 de julho de 2016

“Mafra/Gare com pedalada forte”

Num sobe e desce, duas centenas pedalaram a bom ritmo

Texto e fotos: José Morais

Foi para a estrada este domingo 10 de julho, o 8º passeio de cicloturismo do Núcleo dos Amigos do Cicloturismo Mafra/Gare, um evento do calendário oficial da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), com os apoios da União de Freguesias da Igreja Nova Cheleiros, e da Associação Amigos Capela Nª Srª Fátima Mafra/Gare.

A concentração ocorreu pelas 8 horas em Mafra/Gare junto á escola primária, pelas 9,15 era dada a partida aos cerca de 200 participantes, para um trajeto de cerca de 50 quilómetros, percorridos pelo concelho, com passagem por Alcainça, Igreja Nova, Mafra, Sobreiro, Riba Mar, Ericeira, Seixal, Sobreiro, Mafra, Alcainça, e Mafra/Gare, onde o evento terminou cerca das 12,15.

O passeio pedalada a pedalada:

A bela região de Mafra, é sem dúvida bem conhecida por muitos motivos, os seus pontos turísticos, os monumentos, caso do Convento de Mafra, a bela Tapada que dá o seu nome, as suas aldeias históricas, as célebres Rotas Históricas das Linhas de Torres, a Ericeira, reconhecida pelas suas praias, e ainda a Reserva Mundial de Surf, como foi nomeada, entre muitas coisas que podem regalar um bom par de olhos. E foi por alguns destes locais maravilhosos, que o passeio deste domingo passou, numa zona um pouco acidentada, com um sobe e desce, de uma dificuldade média/alta, mas a qual foi superada por todos, já que a pedalada foi certeira, num domingo que acordou com alguma nubilidade, e bastante vento, foi este o maior inimigo dos cicloturistas, mas superado por todos.

No final, Vítor Amado responsável pelo Núcleo falou á nossa reportagem fazendo um balanço do evento ao qual dizia; “ Estamos satisfeitos pelo resultado, tivemos aqui um bom número de participantes, tudo correu bem, o que nos satisfaz, tentamos dar o nosso melhor, tivemos aqui cerca de 40 pessoas do staff por detrás, para manter tudo isto em funcionamento, e correu sem dúvida da melhor maneira. Queria agradecer assim a todos os que marcaram aqui presença hoje, foi um prazer tê-los cá, tentamos dar o nosso melhor, e convidava outros a virem em próximas edições, apesar das dificuldades em parte do percurso, isto é cicloturismo e pensamos em todos, vemos a modalidade com outros olhos, aparecem, são todos bem-vindos”, e estas as palavras de Vítor Amado, que no final já nos falava comovido, pela forma como vive a modalidade.

E foi sem dúvida um belo passeio, como já referidas, as dificuldades por algumas irregularidades da região, mas as maiores, sem dúvida o forte vento que se fez sentir, mas que foram superadas por todos.

Temos ainda de referir o excelente trabalho feito pela Brigada de Trânsito do GNR, e ainda com o apoio do Grupo de Motares de Mafra, que deram a toda a caravana a máxima segurança possível, num evento que terminou com um suculento almoço de porco no espeto, e o convívio tarde dentro.

Por hoje, pouco mais para dizer, apenas dar os parabéns á organização pela excelente receção, iremos fazer uma semana de interregno por não haver eventos no próximo fim-de-semana, voltaremos dentro de duas semanas, desta vez com um grande evento a realizar em Pombal, vão ser as “14 Horas a Pedalar em Pombal” que este ano celebra a sua 15ª edição, e que muito promete entre as 22 horas de sábado dia 23, até ás 12 horas de domingo dia 24, até lá fica ainda um pouco de história de Mafra, com os votos de bons passeio, boas pedaladas.

História de Mafra: “Vestígios arqueológicos sugerem que o povoado hoje denominado por Mafra foi habitado pelo menos desde o Neolítico. A origem do termo Mafra continua envolta em mistério, sabendo-se apenas que evoluiu de Mafara (1189), Malfora (1201) e Mafora (1288).

Alguns autores encontraram na sua origem o arquétipo turânico Mahara, a grande Ara, vestígio de um culto de fecundidade feminina outrora existente no aro da vila. Outros, radicaram o nome no árabe Mahfara, a cova, na presunção de que a povoação se encontrava implantada numa cova, facto desmentido pelo reconhecido arabista David Lopes. A vila está, isso sim, situada numa colina, cercada por dois vales onde correm as ribeiras conhecidas por Rio Gordo e Rio dos Couros. Certo também é que Mafra foi uma vila fortificada, podendo ainda hoje encontrar-se, na Rua das Tecedeiras, um pouco da muralha que a cercava.

Os limites do castelo, que tudo leva a crer assenta sobre um povoado neolítico, sucessivamente reocupado até à Idade do Ferro, compreendiam toda a zona da "Vila Velha", que hoje se inclui no espaço delimitado a Oriente pelo Largo Coronel Brito Gorjão, a Sul pela Rua das Tecedeiras, a Ocidente pelo Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima e a Norte pela Rua Mafra Detrás do Castelo. A designação desta rua deve-se ao facto de a povoação ter voltado, literalmente, as costas ao flanco norte, por ser o mais exposto aos ventos. A densa floresta que, consta, existiu até ao século XIX na Quinta da Cerca, constituída por árvores de grande porte, reforçaria o paravento.

Em 1147, Mafra é conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, e em 1189 a vila é doada pelo Rei D. Sancho I ao Bispo de Silves, D. Nicolau, que no ano seguinte lhe confere o primeiro foral”.

Parceria: Notícias do Pedal/FPCUB*

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