quarta-feira, 23 de julho de 2025

“Antevisão - 18ª etapa da Volta a França 2025: Se Vingegaard quer ganhar... é amanhã. Dia brutal. A etapa Rainha!!”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A 18.ª etapa da Volta a França 2025 é, talvez com justiça, considerada a etapa rainha da edição de 2025. Com 5500 metros de desnível acumulado, três passagens alpinas míticas e uma chegada em alto extremamente exigente no Col de la Loze, este é o dia mais duro da corrida e talvez a melhor oportunidade para Jonas Vingegaard ganhar tempo a Tadej Pogacar.


 

Antevisão da 18ª etapa

 

O Col du Glandon abre as hostilidades, o Col de la Madeleine fracionará ainda mais o pelotão, mas a subida mais difícil do dia é o Col de la Loze.


O Col du Glandon tem 21,7 quilómetros a 5% de pendente média... mas a pendente média está longe de contar a verdadeira história da subida. Trata-se de uma subida irregular, com duas curtas descidas intermédias e vários sectores que rondam os 10% de inclinação. É um terreno ideal para os trepadores puros se destacarem, embora também haja margem para movimentações tácticas.

A segunda subida é muito mais constante: o Col de la Madeleine tem 19,3 quilómetros a 7,8% e é simplesmente brutal. É uma subida que não deixará os ciclistas descansarem por um momento que seja. Terminará a 67 quilómetros da meta, o que significa que não serão prováveis ataques sérios. A descida será muito rápida e pode contribuir muito para o ataque à subida final.


A última subida do dia é para o topo de Courchevel e apresenta um final brutal. São 26,3 quilómetros a 6,4%, uma subida de uma hora, bastante constante nos primeiros 20 quilómetros, para depois apresentar algumas rampas irregulares até ao topo. Tem algumas secções planas e mesmo em descida, mas também muitas rampas com mais de 10% de inclinação.

 

Condições climatéricas

 

O dia de hoje foi prova de que actualmente no Leste de França, as condições meteorológicas não são as melhores. O pelotão enfrentará temperaturas baixas e chuva.


 

Os Favoritos

 

Jonas Vingegaard - A Visma tem de arriscar. Este não é o último dia, mas é provavelmente aquele em que podem tentar causar mais danos. A partida é muito exigente e a equipa irá querer ter vários homens na frente desde cedo, algo que será absolutamente essencial. Van Aert, Campenaerts, Benoot e Jorgenson deverão estar envolvidos nas primeiras movimentações, com o objetivo de colocar a formação em superioridade numérica e preparar um ataque tardio do dinamarquês. A Visma já mostrou que com um trabalho bem coordenado, consegue isolar Pogacar nas subidas longas, e procurará fazê-lo novamente. O Col du Glandon é duro e pode ser terreno para um primeiro ataque.


Mas será talvez no Col de la Madeleine que possamos assistir a um ataque mais sério de Vingegaard, caso apresente as mesmas pernas que teve no Mont Ventoux. A sua forma fisica é excelente e se estiver num dia verdadeiramente bom, poderá começar aí a recuperar parte dos quatro minutos de atraso. Apesar da brutalidade do Col de la Loze, anular quatro minutos numa só subida não é tarefa simples. A Madeleine, com o seu perfil e inclinação constante, é uma subida de quase uma hora, ideal para lançar ataques. No Col de la Loze, os ataques devem vir de ambos os lados e embora Pogacar continue a ser o homem a bater, não seria surpreendente ver o dinamarquês ganhar algum tempo.

Tadej Pogacar - A missão de Tadej Pogacar é simples: defender-se. A UAE Team Emirates - XRG pode adoptar qualquer abordagem, seja com ninguém na fuga, com vários homens à frente, com ataques intermédios ou apenas a seguir na roda até à meta. Para Pogacar o essencial é não perder tempo para Jonas Vingegaard. Se o conseguir, ficará em posição privilegiada para conquistar a Volta a França. No entanto, essa será uma tarefa extremamente exigente, pois trata-se do dia mais montanhoso da corrida e ele sabe que terá de responder aos ataques sucessivos da Visma. Em 2023, foi precisamente nesta subida que perdeu o Tour e não restam dúvidas de que ele quererá ajustar contas com o Col de la Loze.

Luta pela geral - Dada a dureza da etapa, é pouco provável que vejamos riscos excessivos por parte dos candidatos à classificação geral. A subida final, por si só, tem potencial para provocar diferenças de minutos, dependendo de como evoluir o dia. O Top 10 inclui vários ciclistas que não eram esperados nesta luta pelos lugares cimeiros, o que poderá tornar as movimentações ainda mais imprevisíveis. Florian Lipowitz destaca-se como o mais sólido entre os 'outsiders' e, se mantiver o nível que tem demonstrado, é expectável que consolide o seu terceiro lugar e a liderança da juventude no Col de la Loze.

Oscar Onley, Kévin Vauquelin, Tobias Johannessen e Ben Healy terão de ficar satisfeitos se mantiverem as suas posições no final do dia. Nenhum deles esperava uma posição tão forte na CG e amanhã certamente será uma questão de sobrevivência para eles. Pelo contrário, temos Primoz Roglic (5º) que normalmente passa dificuldades em dias como o de amanhã, mas está em excelente forma e pode querer roubar a posição de Onley, mesmo estando a apoiar Lipowitz. Felix Gall e Carlos Rodríguez são trepadores puros com bons antecedentes no Tour e que podem tirar proveito deste dia colossal.

Fuga - Classificamos as hipóteses da fuga como baixas, mas no papel há sempre que ter em conta nomes como Thymen Arensman, Valentin Paret-Peintre, Lenny Martínez, Santiago Buitrago, Sergio Higuita, Aleksandr Vlasov, Michael Woods, Harold Tejada e Michael Storer, que para terem sucesso precisarão de muita sorte.

 

Previsão da 18ª da Volta a França 2025:

 

*** Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard

** Florian Lipowitz, Santiago Buitrago, Thymen Arensman

* Primoz Roglic, Oscar Onley, Felix Gall, Carlos Rodríguez, Valentin Paret-Peintre, Ilan van Wilder, Lenny Martínez, Aleksandr Vlasov, Michael Woods

Escolha: Jonas Vingegaard

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/antevisao-18a-etapa-da-volta-a-franca-2025-se-vingegaard-quer-ganhar-e-amanha-dia-brutal-a-etapa-rainha

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