Fotos: António
Baganha
Se
muitos dizem que pedalar em Lisboa é difícil e complicado, ao afirmarem e
apontarem as suas sete colinas, podem colocar de parte essa ideia, e mergulhar
numa cidade que é já considerada por muitos bastante ciclável, e para
desmitificar essa teoria da dificuldade, a Federação Portuguesa de Cicloturismo
e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) levou novamente para as ruas da capital
mais uma edição de Lisboa Antiga de Bicicleta, na sua 24ª edição, onde mais uma
vez se provou que se podem ultrapassar de forma simples, descontraidamente,
e que, afinal, na capital, também se pode andar de bicicleta, e dar
fortes pedaladas, mesmo nas zonas mais ingremes, já que hoje em dia as
bicicleta são diferente e conseguem ultrapassar os obstáculos.
O Largo do Intendente
foi este ano o local da concentração neste domingo 5 de junho, pelas 8,30,
dava-se início à concentração dos amantes das duas rodas, os quais tinham pela
frente pouco mais de trinta quilómetros, cinco pontos de encontros de paragem
obrigatória, com três das mais emblemáticas Calçadas de Lisboa para subir.
Cerca das 10 era dada
a partida, o pelotão pedalou rumo ao Martim Moniz, Praça da Figueira entrou
pela rua dos Fanqueiros, rua da Conceição, e iniciou a subida com passagem
junto à Sé de Lisboa, entrou pelo bairro de Alfama, saiu em São Tomé, e fez a
sua primeira paragem no Miradouro das Portas do Sol, aqui foi tempo de
reagrupar, restabelecer energias, e contar algumas das peripécias das primeiras
pedaladas.
De regresso á
estrada, os participantes entraram pela rua de São Tomé, Calçada Santo André,
ruas dos Cavaleiros, Calçada da Moraria, Martim Moniz, Largo de São Domingos,
rua das Portas de Santo Antão, e no Largo da Anunciada, o segundo ponto de
encontro, foi feita nova paragens, aqui para os mais audaciosos terem o
primeiro grande desafio da manhã, a subida e descida da Calçada do Lavre.
Tudo preparado, a
Calçada mais importante estava em frente, atravessando a Avenida da Liberdade,
com cerca de 270 metros os cicloturistas tinham a celebre Calçada do Glória,
pedalada a pedalada, até lá ao cimo no Bairro Alto, o longo pelotão lá foi
subindo metro a metro a velha Glória, com o terceiro ponto de encontro a
ocorrer no Jardim de São Pedro de Alcântara, onde mais uma vez se descansou e
reagrupou todos os participantes, onde nos rosto dos mesmo se via o cansaço,
mas também a satisfação de tão fortes pedaladas.
De volta á estrada,
os participantes seguiram até ao Príncipe Real, entrando Bairro Alto dentro
pela rua do Século, despois uma descida cheia de adrenalina pela Calçada do
Combro, Calçada das Estrela, São Bento, Av. D. Carlos I, Av. 24 de Julho,
Viaduto de Alcântara, Av. Brasília, e Belém, onde junto à Torre foi feito o
quarto ponto de encontro, reagrupar o pelotão, e feito um abastecimento
liquido, para restabelecer as energias. Corpo santo
Na reta final, os
amantes das bicicletas voltam a pedalar, entrando pela Av. de Brasília, Cais do
Sodré, Lago Corpo Santo, Rua São Paulo, aqui, o último grande desafio do dia, a
subida da Calçada da Bica, até lá bem ao alto, ao Calhariz, seguindo depois
para o Largo de Camões, aqui o quinto é último ponto de encontro, o
reagrupamento do pelotão, e antes das últimas pedaladas, foi tempo de foto em
grupo, após a mesma, os cicloturistas entraram pela Brasileira, Chiado, e Largo
do Carmo, onde pelas 12,30 terminou mais uma edição de “Lisboa Antiga de
Bicicleta”.
Foi um belo passeio,
numa excelente manhã, onde o sol marcou forte presença, de salientar o
excelente trabalho feito mais uma vez pela PSP- Trânsito de Lisboa dando segurança
a todos os participantes, num trajeto sem dúvida com algumas dificuldades, mas
superados por todos, já que a passagem por locais emblemáticos da capital
marcou os participantes, em ruas ou vielas onde apenas a pé ou de bicicleta se
pode passar, foram descobertas por muitos, com o cheirinho das festas de
Lisboa, onde não faltou também o belo cheiro da sardinha assada, também já com
o cheirinho aos Santos Populares que se aproximam.
No final, José Manuel
Caetano, presidente das FPCUB dizia á nossa reportagem; “Mais uma vez os objetivos foram
conseguidos, tivemos uma participação muito boa, e provamos mais um ano de que
aquela cidade de que muitos comentam não ser ciclável, afinal é, o que falta é
criar mais condições, e respeito da parte dos automobilistas, se existir isso,
podemos contribuir para que Lisboa seja mais limpa, mais saudável, e se possa
utilizar ainda mais a bicicleta, a qual cada vez é mais utilizada diariamente
por muitos, por isso venham pedalar por Lisboa, a mesma merece”.
A finalizar, apenas
os botos de bons passeios, boas pedaladas, e experimentem descobrir a cidade de
bicicleta.
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