Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Das 10 corridas mais recentes
que Lorena Wiebes iniciou, venceu 9. A campeã da Europa é a ciclista com mais
vitórias em 2025, somando homens e mulheres, e “odeia perder”. Palavras da
campeã do mundo de Gravel, a sprinter mais dominadora do ciclismo feminino, que
quer também tornar-se especialista nas clássicas para continuar a sua evolução
como ciclista.
“Já venci tantas vezes que
quase parece ter-se tornado normal. Por isso gosto de, na nossa equipa,
tirarmos sempre um tempinho após cada vitória para simplesmente nos sentarmos
juntos e bebermos alguma coisa”, disse Wiebes à RIDE Magazine. São 25 vitórias
profissionais no seu palmarés este ano, sem contar com os triunfos no gravel,
incluindo o título diante de Marianne Vos no Campeonato do Mundo, nos Países
Baixos. Simac Ladies Tour, campeonatos nacionais dos Países Baixos,
Milan-Sanremo, Copenhagen Sprint, Gent-Wevelgem, Classic Brugge-De Panne, Le
Samyn… São apenas algumas das corridas que venceu este ano, além de múltiplas
etapas nas voltas em que participou, incluindo a Volta a França Feminina. É
difícil ter um ano mais bem-sucedido, pelo que irá colocar cada vez mais o foco
nas clássicas.
“Quero ser mais do que uma
sprinter. Preciso desse desafio. Acho que é isso que me permitirá ter uma
carreira mais longa no ciclismo”, acrescentou Wiebes. Foi terceira no
Paris-Roubaix Feminino este ano, o que torna muito plausível que o possa
conquistar. Mas a mudança vai além de gostar dessas corridas. “Se me
concentrasse apenas nos sprints, acabaria por chegar ao meu limite”, acredita.
“Embora, claro, queira continuar a ser a sprinter número um. Odeio perder. Este
ano correu muito bem, mas para o próximo terei de começar tudo de novo”.
“Às vezes dizem que sprintar
não é assim tão difícil. Que é preciso trabalhar muito mais para subir bem.
Mas, no fim, também tenho de sobreviver às outras etapas de uma corrida por
etapas para poder disputar um sprint. E mesmo no Tour, tenho de passar dois
dias nos Alpes se quiser ganhar a camisola verde”, acrescentou a neerlandesa.
“Nós, sprinters, treinamos tanto quanto as trepadoras ou as especialistas das
Clássicas”.
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