Corrida não saiu de feição à olímpica portuguesa, que esteve em Tóquio'2020 e Paris'2024
Por: Lusa
Foto: LUSA/EPA
A portuguesa Maria Martins
concluiu esta sexta-feira o concurso olímpico do omnium no 11.º lugar, nos
Mundiais de ciclismo de pista de Ballerup, Dinamarca, enquanto Diogo Narciso
foi sétimo nos pontos.
Com o oitavo lugar no scratch,
o 13.º no tempo, e o sexto na eliminação, a olímpica portuguesa entrou na
última corrida, de pontos, no 10.º posto da geral, acabando por ceder um lugar
na corrida derradeira.
Apesar de ter tentado várias
vezes movimentar-se para pontuar, seja em alguns dos sprints que surgem de 10
em 10 voltas ou através de uma volta de avanço ao pelotão, a corrida não saiu
de feição à portuguesa, que esteve em Tóquio2020 e Paris2024 e, no omnium, soma
uma medalha em Mundiais, o bronze em 2022, acabando hoje com 72 pontos ao todo.
"O segredo do omnium é a
consistência, e isso faltou-me um bocado. Nos outros anos, consegui ser muito
consistente ao longo do programa, e foi isso que me faltou hoje. Ainda assim,
saio satisfeita pela forma como abordei a corrida", explicou a ciclista da
Moçarria, em declarações à Lusa.
Este 11.º "fica
atrás" do que ambicionava, admite, no caso ficar entre as oito melhores.
"Mas é o desporto, eu saberei lidar com isso", atira.
Finda a temporada de 2024,
pretende agora "descansar, fazer um 'reset' na cabeça", após "a
época mais desafiante" da carreira da jovem de 25 anos.
"É preciso esse 'reset'
para estar em condições de aguentar a próxima época, com novos objetivos. À
medida que estabeleço novos objetivos, agarro-me a eles, e isso acaba por me
motivar", acrescenta.
Para 2025, desde logo, tem o
regresso ao ciclismo de estrada, depois de um ano de pausa, e logo pela porta
grande, da Canyon/SRAM, formação do WorldTour, antes de encarar novo ciclo
olímpico, para Los Angeles2028.
O omnium foi hoje conquistado
pela neozelandesa Ally Wollaston, que quinta-feira tinha vencido a corrida de
eliminação, com 131 pontos, à frente da britânica Jessica Roberts, segunda com
119, e da norueguesa Anita Yvonne Stenberg, terceira com 110.
Antes, Diogo Narciso
prosseguiu a estreia auspiciosa em Mundiais de elite, depois do 10.º posto no
scratch, com o sétimo lugar na corrida de pontos, uma prova de 200 voltas ao
velódromo, com sprints de 10 em 10, em que o último vale o dobro dos pontos.
O luso conseguiu dar uma volta
de avanço (e somar 20 pontos) por uma vez e esteve muito ativo ao longo da
corrida, pontuando em vários sprints, acabando com 36 pontos após conseguir, na
derradeira oportunidade, arranjar forças para reentrar no top 10.
O espanhol Sebastian Mora
venceu a corrida, por um ponto de diferença em relação ao dinamarquês Niklas
Larsen, segundo, com o neerlandês Philip Heijnen em terceiro.
"Foi uma corrida louca,
de início ao fim, e muito rápida. (...) Estou muito feliz com o resultado, não
podia pedir melhor no meu primeiro ano num campeonato do Mundo", explicou
o português.
Ter seguido com os melhores
nestes Mundiais, em que domingo corre a eliminação, é outro motivo de orgulho.
"Demonstrei estar num bom momento de forma, quero recuperar da melhor
maneira para domingo. Quero continuar a dar o melhor de mim e dignificar as
cores da seleção", refere.
Ivo Oliveira, vice-campeão do
mundo em 2018 e bronze em 2022, foi hoje sexto classificado na perseguição
individual, apesar de melhorar o seu melhor registo (e nacional) em dois
segundos, para 4.04,532 minutos.
No sábado, o campeão olímpico
do madison em Paris2024, Rui Oliveira, é o único representante português em
pista, no concurso do omnium, entre as 12:52 e as 20:07 (horas de Lisboa).
Os Mundiais de ciclismo de
pista decorrem em Ballerup, na Dinamarca, até domingo, com uma seleção
portuguesa encabeçada pelo campeão olímpico do madison Rui Oliveira, incluindo
ainda Ivo Oliveira, Diogo Narciso, Maria Martins e Daniela Campos.
Fonte: Record on-line
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