O ciclista holandês tornou-se o mais titulado da história em Mundiais de pista; Jonathan Milan bateu recorde do mundo na perseguição individual
Por: Lusa
Foto: USA Today Sports
O ciclista holandês Harrie
Lavreysen tornou-se esta sexta-feira o mais titulado da história em Mundiais de
pista, com o ouro no contrarrelógio de um quilómetro, o 15.º da carreira,
enquanto Jonathan Milan bateu o recorde do mundo na perseguição individual.
Com um tempo de 57,321
segundos, Lavreysen junta este ouro ao que havia somado no arranque destes
campeonatos, no sprint por equipas, e ainda competirá no sprint individual,
depois de 'falhar' no keirin, eliminado nas meias-finais.
Estes 15 ouros juntam-se a
outras três pratas em Mundiais, além de cinco títulos olímpicos (um bronze) e
mais 12 vitórias em Europeus, tudo isto aos 27 anos, podendo ainda engrandecer
o palmarés em anos vindouros.
Os 15 títulos permitem-lhe
'descolar' do francês Arnaud Tournant, que venceu por 14 vezes em campeonatos
do mundo entre 1997 e 2008. O compatriota Jeffrey Hoogland foi hoje segundo,
com o britânico Joseph Truman no terceiro lugar.
De resto, Lavreysen continua a
perseguir a história, tendo Mundiais todos os anos para 'engordar' este
recorde, pelo menos até Los Angeles2028, em que apontará baterias ao recorde de
ouros em Jogos por um ciclista, os sete do britânico Jason Kenny.
No omnium feminino, a
neozelandesa Ally Wollaston confirmou a ascensão a 'estrela' na endurance, ao
juntar este ouro ao título de eliminação que trazia da véspera, somando também
um bronze no scratch.
Numa corrida em que Maria
Martins foi 11.ª, a jovem deixou para trás a britânica Jessica Roberts,
segunda, e a norueguesa Anita Yvonne Stenberg, terceira, para triunfar no
concurso olímpico e estabelecer-se como o novo 'alvo a abater'.
Nota para a perseguição
individual, em que o italiano Jonathan Milan bateu o recorde do mundo (3.59,153
minutos), a segunda vez que este caiu depois de o britânico Josh Charlton o
fazer de manhã na qualificação, perdendo depois para o transalpino na final.
O português Ivo Oliveira, já
duas vezes medalhado nesta prova, também esteve em plano de destaque, com o
sexto melhor registo.
Numa corrida de pontos em que
Diogo Narciso foi sétimo, brilhou o espanhol Sebastian Mora, que colocou
Espanha no medalheiro com um sprint final em que conseguiu usurpar o primeiro
lugar, deixando no segundo lugar o dinamarquês Niklas Larsen, para desilusão do
público em Ballerup, e o holandês Philip Heijnen no terceiro posto.
"Fui campeão do mundo de
scratch em 2016, mas aqui, nos pontos, fui duas vezes segundo [em 2019 e 2020],
parecia que me fugia sempre. Foi bonito ganhar por apenas um ponto, a trabalhar
bem a nível mental, marcando bem os rivais e movimentar-me com tática",
explicou o novo campeão do mundo, em declarações à Lusa.
No sprint no feminino, a
britânica Emma Finucane revalidou o título mundial, recuperando do bronze em
Paris2024, batendo a holandesa Hetty van de Houw, segunda, com a japonesa Mina
Sato no bronze.
Fonte: Record on-line
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