Indiferentes à luta pela geral na derradeira etapa
estarão os portugueses, que hoje perderam muito tempo para os homens da frente.
Thibaut
Pinot (FDJ) levou hoje a melhor no duelo entre ciclistas franceses, batendo
Romain Bardet (AG2R), para conquistar a etapa rainha do Critério do Dauphiné,
que reforçou a liderança de Chris Froome a um dia do final.
Com
o beneplácito da Sky, os dois homens da casa chegaram isolados a Méribel,
depois de terem enfrentado na qualidade de fugitivos o gigante Col de la
Madeleine, e discutiram entre si o triunfo na sexta e penúltima etapa, com
Pinot a ser superior no topo da contagem de primeira categoria, instalada em Méribel.
“Se
na Madeleine [contagem de categoria especial, situada aos 70 quilómetros]
alguém me tivesse dito que ia ganhar, não teria acreditado. Senti-me como nos
últimos dias, mas no final tudo se conjugou na perfeição”, reconheceu o líder
da FDJ, após conquistar a quinta vitória da época e a primeira no Dauphiné.
As
palavras de Pinot fazem especialmente sentido ao olhar para o filme da etapa:
bem longe de Méribel, ponto final da tirada de 141 quilómetros que partiu de La
Rochette, a AG2R lançou uma forte ofensiva para deixar Bardet na frente, na
companhia de mais 19 corredores, entre os quais o italiano Fabio Aru (Astana).
O
primeiro grupo chegou ao sopé do Col de la Madeleine com 02.45 minutos de
vantagem sobre o pelotão dos favoritos, conduzido pela Sky de Froome. À
distância, a equipa britânica controlou o grupo de fugitivos, que foi perdendo
peças à medida que os quilómetros iam passando e ficou definitivamente
dilacerado, quando Bardet decidiu agitar as águas a 10 quilómetros da meta e
teve resposta apenas do seu compatriota.
Os
dois jovens talentos franceses percorreram os derradeiros quilómetros em duo e
discutiram entre si a etapa, completada em 04:24.16 horas. A 01.04 minutos dos
dois primeiros chegou o irlandês Dan Martin (Etixx-QuickStep), com Chris Froome
a ser quarto, a 01.07.
“Se
ainda tenho a camisola amarela, é por mérito da minha equipa”, reconheceu o
britânico, que viu os seus colegas neutralizar um ataque de Alberto Contador
(Tinkoff) na Madeleine e reduzir paulatinamente a diferença para a frente de
corrida na aproximação à meta.
Já
a solo, Froome acelerou nos últimos quilómetros, ganhando tempo a todos os
rivais, nomeadamente ao australiano Richie Porte (BMC), ainda segundo, mas
agora a 21 segundos, e ao espanhol da Tinkoff, que está agora na quinta
posição, a 35 segundos.
Com
uma etapa por disputar, no percurso de 151 quilómetros entre Pont-de-Claix e a
estação de Superdévoluy, nos Alpes, a principal preocupação do chefe de fila da
Sky, que venceu sempre o Dauphiné nos anos em que vestiu a amarela final no
Tour (2013 e 2015), é mesmo Bardet, que ocupa a terceira posição na geral,
também a 21 segundos.
Indiferentes
à luta pela geral na derradeira etapa estarão os portugueses, que hoje perderam
muito tempo para os homens da frente: André Cardoso (Cannondale) foi 32.º, a
11.13 minutos de Pinot, Nelson Oliveira (Movistar) chegou na 57.ª posição, a
19.41, e Sérgio Paulinho (Tinkoff) integrou um ‘grupeto’ que cruzou a meta a
27.57.
Cardoso está à beira do ‘top 30’, com 15.34 minutos de
atraso para Froome, tendo Oliveira 13 lugares mais atrás, no 44.º posto, a
26.29. Paulinho é 135.º, a 01:18.46 horas do camisola amarela.
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