quinta-feira, 20 de novembro de 2025

“1998 - O ano que consagrou Marco Pantani como uma das maiores lendas do ciclismo”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Marco Pantani é lembrado por uma legião de adeptos como um dos maiores trepadores da história do ciclismo. Se a comparação se limitar à montanha, poucos nomes podem discutir o seu lugar entre os melhores de sempre. Porém, a sua figura esteve sempre envolta em controvérsia: pertenceu a uma geração abalada pelo doping e a sua própria morte continua cercada de incógnitas e teorias que alimentam a lenda negra que acompanhou o “Pirata”.

 

Primeiros passos num ano destinado a ser histórico

 

A temporada de 1998 começou para Pantani em Espanha, com prestações que não faziam adivinhar o que viria: 68.º no Trofeo Luis Puig, 11.º na Clássica de Almería e 3.º na Volta a Murcia, onde somou também uma vitória de etapa.

Nas clássicas da primavera alinhou apenas na Milan - Sanremo, que não conseguiu terminar. Tinha os olhos postos nos grandes objetivos do ano e, a preparar o Giro, participou na Volta ao País Basco e no Giro del Trentino. Neste último foi um sólido quarto, apenas batido por Paolo Savoldelli, Dario Frigo e Francesco Casagrande, a 27 segundos do vencedor e a um segundo do pódio.

 

Domínio absoluto na Volta a Itália

 

A Volta a Itália de 1998 marcou a consagração de Pantani. No Giro somou duas vitórias de etapa, foi segundo em três, terceiro em uma e quarto em outra. A sua consistência e superioridade na montanha permitiram-lhe vencer a classificação da montanha e coroar-se campeão geral, derrotando rivais como Pavel Tonkov, Giuseppe Guerini, Oscar Camenzind e Daniel Clavero. Foi a sua primeira Grande Volta, o ponto alto da carreira até então.

Sem pausa competitiva entre as duas provas, Pantani seguiu diretamente do Giro para a Volta a França. Aí voltou a afirmar-se como o grande trepador do momento. Venceu duas etapas, acumulou cinco pódios e alcançou um triunfo histórico perante ciclistas como Jan Ullrich, Bobby Julich, Christophe Rinero ou Michael Boogerd. A vitória em Paris completou a dobradinha Giro-Tour ao alcance apenas das grandes lendas do ciclismo.

 

Um final de época ainda competitivo

 

Apenas dois dias depois de se coroar em Paris, Pantani mostrou que a ambição não tinha pausa ao vencer os dois curtos contrarrelógios do A Travers Lausanne, disputados no mesmo dia. Mais tarde seria nono no Grand Prix Breitling, antes de fechar a sua campanha monumental com vitórias no Circuit de l'Aube e na Rominger Classic, duas provas de alto nível que confirmaram a dimensão de um ano irrepetível.

A temporada de 1998 é ainda hoje considerada, de longe, a melhor de toda a sua carreira. Um ano em que Marco Pantani atingiu o topo do ciclismo mundial e que, apesar da sombra permanente da controvérsia, continua a alimentar o seu estatuto de mito.

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