domingo, 8 de agosto de 2021

“Volta: Figueiredo 'vingou-se' de Antunes e Efapel 'salva' amarela de Marque”


Figueiredo e Antunes reeditaram, com papéis invertidos, o duelo que travaram na Senhora da Graça no ano passado, e, desta vez, foi o ciclista da Efapel a poupar-se para estrear o seu palmarés na prova rainha do calendário nacional

 

Foto: Nuno Veiga/Lusa

Frederico Figueiredo ‘vingou-se’ hoje de Amaro Antunes, ao impor-se na Guarda, na quarta etapa da Volta a Portugal em bicicleta, num dia em que a obsessão da Efapel pela W52-FC Porto ‘salvou’ a amarela de Alejandro Marque.

Figueiredo e Antunes reeditaram, com papéis invertidos, o duelo que travaram na Senhora da Graça no ano passado, e, desta vez, foi o ciclista da Efapel a poupar-se para estrear o seu palmarés na prova rainha do calendário nacional, com a sua equipa, que o perseguiu nos quilómetros finais, a poder ainda congratular-se por ter impedido o campeão em título de chegar a amarela, por meros cinco segundos.

“Era uma pergunta que eu esperava já. Sim, [a Senhora da Graça] está vingada. Ainda falta pagar uma, porque a Serra da Estrela também ficou marcada”, respondeu ‘Fred’, entre gargalhadas sonoras, revelando que o seu companheiro de fuga o convidou “umas certas vezes” para ajudar no trabalho que os levou a subir ao pódio da geral da 82.ª edição.

Muito antes do ataque que redefiniu as contas da geral, e que quase evitava que Marque passasse o dia de descanso de amarelo, já as duas equipas demonstravam o ‘ódio’ que as separa.

‘Humilhadas’ pelos galegos do Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel na Torre, W52-FC Porto e Efapel tentaram ‘mexer’ na corrida ainda longe da Guarda, com Ricardo Mestre, Daniel Mestre e Ricardo Vilela (W52-FC Porto), Rafael Reis e Javier Moreno (Efapel), aos quais se juntou Roniel Campos (Louletano-Loulé Concelho), a isolarem-se decorridos que estavam 50 quilómetros dos 181,6 desde Belmonte.

As duas equipas não aprenderam com os erros da véspera e, embrenhadas na sua rivalidade intestina, não uniram esforços para que a fuga vingasse, nunca alcançando mais de 1.20 minutos de vantagem sobre o primeiro pelotão comandado pelos tavirenses.

Na subida a Videmonte, instalada a menos de 30 quilómetros da meta, atacaram Antunes e Figueiredo, que, pouco antes, tinham estado momentaneamente na fuga entretanto extinta, com o algarvio da W52-FC Porto a trabalhar a solo, com o corredor da Efapel sempre na roda – inverteram-se os papéis em relação à etapa da Senhora da Graça do ano passado, quando o ‘dragão’ aproveitou o esforço de ‘Fred’, sem passar uma única vez pela frente, para chegar à amarela.

Com a ‘escolta’ reduzida a Gustavo Veloso, que caiu ao quilómetro zero e hipotecou definitivamente o sonho de se despedir do ciclismo com uma terceira vitória na Volta a Portugal, Marque teve um problema mecânico, perdeu uns 45 segundos, e ‘obrigou’ o então segundo classificado da prova a parar para o rebocar, quando, na frente, o duo já levava quase dois minutos de vantagem.

O campeão em título ainda tentou convencer Figueiredo a colaborar, para ouvir um rotundo não do homem que desempenhou um papel decisivo no seu triunfo. Nada que demovesse o portista, que continuou a pedalar rumo ao objetivo de vestir a amarela, facilitado pelo facto de Veloso ser o único a perseguir no cada vez mais diminuto pelotão.

Com o triunfo na etapa bem encaminhado – menos desgastado, o terceiro classificado da edição especial não teve dificuldades para bater o algarvio na meta, que os dois cruzaram com o tempo de 04:28.25 horas -, os homens da Efapel decidiram, por capricho, que não queriam que Antunes vestisse a amarela e, a três quilómetros da chegada, iniciaram uma feroz perseguição ao seu próprio ciclista para ‘oferecerem’ mais um dia de liderança a Marque.

“Epá, eu fiquei um bocado surpreendido. Ia o Fred à frente, mas eles [Efapel] é que fazem a sua corrida e fazem a sua tática. Aí não nos podemos meter”, disse o galego de 39 anos, que vai para o dia de descanso de amarelo, com apenas cinco segundos de vantagem sobre Antunes e 25 sobre Figueiredo, respetivamente segundo e terceiro.

Joni Brandão (W52-FC Porto), quarto a 1.08 minutos, sucede-lhes, seguindo-se Mauricio Moreira (Efapel), terceiro na etapa de hoje, a 59 segundos do vencedor – não fosse a penalização de 40 segundos da véspera estaria a 29 da amarela, com António Carvalho, por parte da formação ‘amarela’, e João Rodrigues, o ‘portista’ campeão da prova em 2019, a ainda estarem na corrida pelo pódio, com diferenças de 01.26 e 01.31 para a amarela.

O pelotão volta a estrada na terça-feira, para cumprir os 171,3 quilómetros da quinta etapa, que liga Águeda a Santo Tirso.

Fonte: Sapo on-line

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