quinta-feira, 18 de outubro de 2018

“Transexual sagra-se campeã do mundo e agita modalidade”

Triunfo mundial de ciclista transgénero agita modalidade. Concorrentes contestam vitória de Rachel McKinnon nos últimos Campeonatos do Mundo de Masters da UCI.

Rachel McKinnon venceu a prova de sprint feminino de masters 35-44 nos Campeonatos do Mundo de Masters da UCI. D.R.

A canadiana Rachel McKinnon tornou-se na primeira mulher transgénero a conquistar um título mundial nos Campeonatos do Mundo de Masters da UCI no passado domingo, mas o seu triunfo gerou alguma contestação, especialmente por parte das concorrentes.

Em Los Angeles, Rachel McKinnon venceu o sprint feminino de masters 35-44 e conquistou a camisola arco-íris com uma forte contestação de algumas concorrentes, nomeadamente a terceira classificada na prova Jennifer Wagner.

Acérrima defensora dos seus direitos, Rachel McKinnon nasceu como um homem biológico mas identifica-se como transexual e por isso concorre como atleta transgénero em ciclismo de pista e de estrada. No final da prova de sprint feminino de masters 35-44, a terceira classificada Jennifer Wagner não escondeu a sua insatisfação e considerou que há efectivamente uma diferença que tem de ser analisada pelos responsáveis da modalidade.

"Rachel ganhou 11 das 13 corridas que disputámo e existe entre nós uma grande diferença que tem de ser analisada por quem de direito. Não somos contra a sua participação, mas deveria existir uma classificação diferente para estes casos", afirmou Jennifer Wagner.

Rachel McKinnon reagiu entretanto às palavras de Jennifer Wagner e acusa a concorrente de descriminação.

"Quando vencemos é porque somos transgéneros e é injusto, quando perdemos ninguém percebe porque somos assim. Parece que têm repulsa contra os transexuais ou transgéneros", atirou Rachel McKinnon.

Recorde-se que os atletas transgéneros estão autorizados a competir nos Jogos Olímpicos desde 2004, mas com algumas exigências, nomeadamente passar por uma redesignação sexual e submissão a terapia hormonal por dois anos.

Já em 2016, o Comité Olímpico internacional alterou as regras, eliminando a obrigatoriedade de cirurgia, mas exigindo aos atletas transgénero a demonstração de que os seus níveis de testosterona masculina no sangue são inferiores a 10 nanomoles por litro, pelo menos um ano antes de competir. Em relação a atletas que transitem do género feminino para o masculino estas restrições não se impõe.

Fonte: Sapo on-line

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