Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Lucinda Brand admitiu que
precisou de tempo e de várias afinações para desbloquear a vitória na Taça do
Mundo de Ciclocrosse UCI em Gavere, depois de selar mais um triunfo dominante
num dos percursos mais exigentes da época.
“Ainda não me consigo habituar
a isto”, disse Brand após a meta, em declarações recolhidas pela Sporza. “Tinha
recebido alguns conselhos dos homens, mas achei que iria resultar com os pneus
com que arranquei. Simplesmente não encontrava tração. Mudei o perfil de pneu,
mas continuei descontente, por isso voltei a mudar. A partir daí fui ganhando
ritmo, embora também tivesse de entrar na corrida aos poucos. Se continuar
focada em fazer boas corridas e manter a forma, a classificação acaba por
aparecer”.
As palavras de Brand espelham
a incerteza inicial que antecedeu o ataque decisivo, com duas trocas de
bicicleta a revelarem-se cruciais antes de se isolar e alargar a vantagem de
forma constante.
Atrás, Amandine Fouquenet
prolongou o bom momento com o segundo lugar, dando sequência ao triunfo em
Zolder com outro pódio. A francesa descreveu uma corrida sem pressão, apesar da
luta permanente pela posição. “Sinto-me bem”, descreveu Fouquenet. “Posso
correr sem pressão. Estou feliz com a vitória em Zolder e agora também com este
segundo lugar. Foi uma luta dura com a Pieterse, mas senti-me bem nas zonas
mais pesadas”.
Fouquenet afirmou-se como a
rival mais próxima de Brand na segunda metade da corrida, garantindo por fim o
segundo lugar quando as diferenças estabilizaram nas voltas finais.
Pieterse:
“Estou feliz por estar no pódio"
Puck Pieterse fechou o pódio
após uma prova difícil e cheia de erros, moldada por condições em mudança.
Confirmou que a escolha de pneus foi decisiva ainda antes do arranque.
“Estou feliz por estar no
pódio”, referiu Pieterse. “Não foi fácil. Antes da partida já comentávamos
entre nós porque a pista estava mais escorregadia. Na primeira curva percebi
logo que tinha muito pouca tração. Consegui aguentar assim bastante tempo, mas
a meio caí e depois mudei para um perfil mais agressivo na frente”.
Com as três a apontarem a
tração e a escolha de pneus como fatores decisivos, Gavere voltou a sublinhar a
reputação de circuito onde a adaptação pesa tanto quanto a potência pura.
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