O selecionador nacional de ciclismo de pista fez um balanço positivo do desempenho da equipa portuguesa nos mundiais da Dinamarca
Por: Lusa
Foto: Federação Portuguesa
Ciclismo
A seleção portuguesa de
ciclismo de pista conseguiu “desempenhos muito bons” nos Mundiais em Ballerup,
na Dinamarca, que hoje terminaram, numa prova do “esforço, entrega e empenho”
dos cinco ciclistas convocados, disse à Lusa o selecionador, Gabriel Mendes.
“Considero que fizemos um
campeonato do mundo muito bom, com desempenhos muito bons e na linha do que
temos vindo a fazer”, disse à Lusa Gabriel Mendes, após a conclusão dos
campeonatos.
No dia de hoje, Portugal
alcançou os dois melhores resultados, no caso dois quartos lugares, no madison,
com o campeão olímpico Rui Oliveira e Ivo Oliveira, e na eliminação, pelo
estreante Diogo Narciso.
No sábado, Rui Oliveira tinha
sido sexto no omnium, prestação que o irmão, Ivo, tinha igualado na perseguição
individual, com melhor marca pessoal e nacional (4.04,532 minutos), com outro
sexto para Maria Martins (eliminação) e um sétimo para Diogo Narciso, nos
pontos, como melhores resultados.
Portugal competiu na Dinamarca
com os dois irmãos Oliveira, Rui e Ivo, e Diogo Narciso, em masculinos, além de
Maria Martins e Daniela Campos, em femininos.
Hoje, os Mundiais acabaram
“com uma prova espetacular, com uma entrega” assinalável por parte dos dois
gémeos, afirma Gabriel Mendes.
“O Rui e o Ivo deram tudo até
final para chegar ao pódio, até ao fim. Não foi possível. (...) [Foi a entrega]
que todos deram ao longo deste campeonato”, acrescenta.
Para o futuro, diz o técnico,
“há que continuar a trabalhar para melhorar”, mas prefere no momento “realçar a
entrega, esforço e todo o empenho, de todos os atletas, em fazer o melhor para
representar Portugal de forma digna”.
Ao lado de quatro ciclistas já
com experiência em Mundiais de elite, Diogo Narciso estreou-se com resultados
positivos.
“Teve uma estreia muito boa,
que demonstrou o trabalho e o desenvolvimento que tem vindo a fazer. Há muito
pela frente, mas estou muito satisfeito com o rendimento dele”, analisa o
selecionador.
Rui Oliveira lamenta ter
ficado tão perto do pódio, quer no omnium, a escassos pontos da medalha, quer
no madison, mas nota esta como “das melhores prestações da seleção, a par dos
Jogos Olímpicos” Paris2024, em que conquistou o ouro no madison com Iúri Leitão,
que foi prata no omnium.
Já Ivo Oliveira faz um balanço
“positivo” do seu Mundial, notando como “hoje o nível está muito, muito alto”,
referindo-se à sua prestação na perseguição individual.
“Se me dissessem há uns anos
que com 4.04 minutos não ficaria nas finais, chamava-lhe louco”, ironiza.
No cômputo geral, diz o
ciclista de 28 anos, de Vila Nova de Gaia, Portugal mostrou pertencer entre os
melhores.
“Tivemos duas vezes a
liderança [de corridas], o Rui Oliveira no omnium no sábado, e hoje nós no
madison. Estamos na elite do ciclismo de pista, entre os melhores do mundo, e
estamos orgulhosos. Claro que queremos a medalha, mas as pessoas veem o que fizemos
aqui. Quando há mais fortes, não há mais nada a dizer”, analisa Ivo Oliveira.
Até aqui, Portugal soma seis
medalhas em Mundiais de elite: o ouro de Iúri Leitão no omnium em 2023, depois
da prata na eliminação em 2021, duas de ‘Tata’ Martins, em 2020 e 2022, e
outras duas, na perseguição individual, para Ivo Oliveira, em 2018 e 2022.
Os Europeus de 2025 estão
marcados para fevereiro na Bélgica, em Heusden-Zolder, enquanto os Mundiais do
próximo ano serão em Santiago, no Chile, de novo em outubro.
Fonte: Sapo on-line
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