quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

“Amigo de Ricardo Vilela admite medicamento proibido e transfusões de sangue: «Disse para não fazer»”


Rui Sousa, antigo presidente da Associação de Ciclismo de Bragança, aconselhou o atleta a não utilizar substâncias

 

Por: Rui Sousa

Foto: DR

O julgamento ao caso referente ao alegado tráfico de substâncias e ao recurso a métodos proibidos por parte da antiga equipa de ciclismo da W52-FC Porto iniciou-se esta quinta-feira e, da parte da manhã, foram ouvidos três arguidos.

O primeiro a tomar a palavra foi Rui Sousa, antigo presidente da Associação de Ciclismo de Bragança e amigo do ciclista Ricardo Vilela. Em declarações proferidas ao tribunal, o professor de profissão admitiu que o atleta tomou substâncias proibidas, contrariamente ao que lhe foi recomendado.

"Não cometi qualquer crime. Não quero dizer que o Ricardo não tenha pedido alguma coisa por sermos amigos. Pediu-me para mandar vir TB-500 em nome de um amigo porque não queria que viesse no nome dele. Pedi para me mandar o site para ver qual era. Disse que não devia mandar vir isso e ele disse que ia mandar vir pela internet, mas nunca lhe entreguei nada nem vendi nada, nem ao Ricardo Vilela, nem a ninguém", começou por garantir Rui Sousa, antes de ser confrontado com outro método ilícito na modalidade: as transfusões de sangue.

"Nunca estive presente quando fez isso. Ele pedia-me como amigo depois de ele fazer isso para ir a casa dele tomar um café porque podia sentir-se mal e assim eu estava presente. Era uma questão de amizade. Tomava café com ele, mas disse-lhe para não fazer isso, porque é o meu melhor amigo", explicou.

Posteriormente, foi ouvido Marco Vilela, primo do ciclista. Presente perante o juiz, o corredor amador assegurou que nunca forneceu "produtos a ninguém" e que não sabia que o familiar os usava. "Nunca forneci produtos a ninguém, o Ricardo era os nossos olhos na família. Somos uma família de ciclismo. Eu perguntava-lhe o que eu podia tomar e enviava-lhe fotografias, mas ele nunca afirmou que tomava. Dizia o que eu devia mandar vir. Dizia ‘compra isto’. Eu queria ganhar mais e perguntava o que devia tomar", apontou.

Por fim, foi também ouvida Carina Lourenço, técnica auxiliar de farmácia e cunhada do também ciclista Samuel Caldeira. Pese embora tenha admitido que encomendou medicamentos que veio a saber-se serem proibidos, a arguida defendeu-se dizendo que foi arrastada para esta situação. "O meu cunhado pedia-me um medicamento, mesmo sem receita. Era uma questão de palavra. Isso aconteceu entre 2019 e 2022. Eu não sabia que ele não podia tomar. Só fazia a encomenda do medicamento com a autorização da minha responsável. É meu cunhado, uma pessoa de família e eu não lhe perguntava para o que precisava do medicamento. Perguntava à minha responsável se podia fazer a encomenda, porque era um medicamento caro. Fui arrastada para esta situação. Não sabia o que estava a acontecer", atirou.

Fonte: Record on-line

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