quarta-feira, 4 de maio de 2022

“O percurso etapa a etapa e as altimetrias no Giro de Itália 2022”


A 105ª edição do Giro de Itália começa na Hungria e vai percorrer 3.445,6 quilómetros com 50.580 metros em 21 etapas

 

Por: José Morais

Está à porta a 105ª edição do Giro de Itália, começa nesta sexta-feira, 6 de maio com a primeira das três etapas disputadas na Hungria, será a 14ª vez na história  do Giro não vai sair de tália, serão três semanas, os ciclistas vão depois para a Sicília, passam pelos Apeninos, seguem para o Piemonte, e depois vão para as alturas das Dolomitas até ao final do Giro, o qual vai terminar com um contrarrelógio individual em Verona de 17,4 quilómetros no dia 29 de maio, no total, serão 3.445,6 quilómetros, com 50.580 metros de subidas, ao longo de 21 etapas.


A prova que vai começar em Budapeste com uma etapa rápida com 195 quilómetros, no dia seguinte haverá o primeiro contrarrelógio, com 9,2 quilómetros, com o terceiro e último dia no país será uma etapa plana, com 201 quilómetros, e, após a primeira largada estrangeira do Giro em quatro anos, o pelotão terá um dia de descanso por causa da longa transferência para a Sicília.

O diretor da prova, Mauro Vegni, diz que a competição de 2022 foi pensada para dar aos ciclistas a oportunidade de lutar pela camisola rosa, como pela classificação geral logo desde as primeiras etapas. “Será uma das voltas mais difíceis dos últimos anos”, disse Mauro Vegni, que acredita que as etapas mais importantes da disputa, serão as 16ª e 20ª, “havendo diversas etapas difíceis, e quisemos incluir no percurso uma seleção de montanhas que marcaram a história da nossa prova como a Santa Cristina, que será a Montagna Pantani, o Mortirolo, o Pordoi (Cima Coppi) e o Passo Fedaia”.


 

Abertura do Giro 2022 na Hungria

Primeira semana

 

A abertura do Giro, será esta sexta-feira dia 6 de maio, será uma etapa longa de 195 quilómetros  entre Budapeste e Visegrád, será uma etapa padrão para iniciar um Grande Tour, até que chegam os 5,6 quilómetros finais, com uma subida até a meta com 5% de inclinação, o que pode modificar a estratégia das equipas, já que está em jogo a primeira camisola rosa.


 

Contrarrelógio individual em Budapeste

 

No segundo dia na Hungria, sábado dia 7 de maio, o pelotão disputa o contrarrelógio individual de 9,2 quilómetros, em Budapeste, com um trajeto parecido com o da etapa de abertura, o percurso será plano até os últimos quilómetros, quando uma subida final de 1,5 quilómetros a 5% de inclinação, com uma parte máxima de 14%.


 

Primeira oportunidade para velocistas na 3ª etapa

 

A 3ª etapa, com 201 quilómetros entre Kaposvár a Balatonfüred, será no domingo dia 8 de maio, será a primeira oportunidade real para os velocistas, é uma etapa muito plana, com os 50 quilómetros finais ao longo das margens do Lago Balaton.


 

Chegada no alto do Etna na 4ª etapa

 

Depois de uma longa viagem até a Sicília depois da neutralização, a competição retorna na terça-feira dia 10 de maio, com a 4ª etapa, com 172 quilómetros entre Avola e o topo do Monte Etna, com o Etna a ser o maior vulcão da Europa e um destino popular do Giro, embora existam vários percursos até à montanha e outros locais da chegada, a meta desta edição tem 22,8 quilómetros a 5,9% de inclinação, é uma etapa para apostar nas fugas já que, nas últimas três visitas ao Etna, um dos fugitivos venceu.


 

Grande subida no meio do percurso da 5ª etapa

 

Na 5ª etapa, na quarta-feira dia 11 de maio com 174 quilómetros de Catania a Messina, com uma grande subida no início, que se pode tornar uma boa oportunidade para uma grande fuga, a subida, porém, não é especialmente difícil, então, se alguns velocistas conseguirem superá-la no grupo principal, poderá haver impulso suficiente para perseguir, e a etapa terminar ao sprint.


 

Dia longo na 6ª etapa

 

A 6ª etapa, com 192 quilómetros será entre Palmi a Scalea, na quinta-feira dia 12 de maio, sendo descrita no livro da corrida oficial o ‘Garibaldi’ como “de percurso pouco exigente”, será mais um dia longo com poucas subidas e os principais velocistas devem estar na ponta do pelotão, para a chegada ao sprint.


 

A 7ª etapa será o primeiro teste dos escaladores

 

A 7ª etapa, no dia 13 de maio, com 196 quilómetros, de Diamante a Potenza, na Basilicata, será o primeiro teste dos escaladores, com 4.510 metros de elevação, será um dia difícil nos Apeninos, com quatro subidas categorizadas, e muitas escaladas, a chegada é complicada, com 350 metros a 8% de inclinação e no máxima de 13%.


 

A 8ª etapa será largada e chegada em Nápoles

 

O pelotão chega a Nápoles na 8ª etapa, no dia 14 de maio, com uma etapa de 153 quilómetros com quatro voltas no circuito vulcânico da península de Monte di Procida antes do pelotão refazer o trajeto de volta para uma chegada à beira-mar, onde haverá pequenas subidas ao longo do dia e a etapa tem 2.130 metros de acumulado no total.


 

A 9ª etapa tem chegada ao Blockhaus

 

A primeira semana termina no domingo, dia 15 de maio, com a 9ª etapa, de Isernia a Blockhaus, com 191 quilómetros, a organização do Giro dá a cada etapa uma classificação de estrelas de um a cinco, com cinco sendo reservado para as etapas mais difíceis, com 5.000 metros de acumulado nos Apeninos, a 9ª etapa é a primeira das três etapas cinco estrelas do Giro 2022.

A menos de 40 quilómetros do início, haverá três subidas categorizadas, mas as mais difíceis ainda estarão à frente, a etapa termina com muito sobe e desce na passagem pelos Passo Lanciano 10,3 quilómetros com 7,6% e Blockhaus 13,6 quilómetros com 8,4%, ambas de 1ª categoria.


 

A 10ª etapa tem subidas curtas e íngremes na segunda metade

Segunda semana

 

Depois do segundo dia de descanso, a prova retorna na terça-feira dia 17 de maio com a 10ª etapa com 196 quilómetros, entre Pescara e Jesi, será uma etapa de duas partes, os primeiros 100 quilómetros ao longo da costa do Adriático são planos, mas, depois de Civitanova (Marche), o percurso conta com diversas subidas íngremes.


 

A 11º etapa será mais uma chance para os velocistas

 

A 11ª etapa, na quarta-feira, dia 18 de maio, será de Santarcangelo di Romagna a Reggio Emilia, com 203 quilómetros, será mais um dia plano propicio para velocistas, que deverá ter uma chegada em sprint.


 

Muito sobe e desce entre Parma e Gênova na 12ª etapa

 

A 12ª etapa, na quinta-feira dia 19 de maio, terá 204 quilómetros entre Parma a Gênova, será um dia muito longo e com diversos desafios, com três subidas de 3ª categoria, a última, Valico di Trenasco, provavelmente será a mais importante, com 4,3 quilómetros com 8%, com o final da mesma a 30 quilómetros para meta.


 

Colle di Nava é o desafio do percurso da 13ª etapa

 

Sexta-feira, dia 20 de maio, a 13ª etapa será de 150 quilómetros, de San Remo a Cuneo, a essa altura, o pelotão aproxima-se do norte montanhoso da Itália, onde as etapas mais difíceis estão à espera do mesmo, a etapa conta com o Colle di Nava 10,3 quilómetros com 6,6% de inclinação.


 

Circuito com a subida Superga, em Torino, na 14ª etapa

 

No sábado dia 21 de maio chega a 14ª etapa, de Santena a Turim com 147 quilómetros, o percurso inicia-se plano, mas existem cinco subidas categorizadas, com 3.000 m de subida, o trajeto conta com duas voltas num circuito de 36,4 quilómetros que inclui a subida Superga de 5 quilómetros com 8,6%, que é tradicional na corrida de um dia Milão-Torino, e o Colle della Maddalena de 3,5 quilómetros com 8,1%, no topo da subida final há uma descida técnica até a chegada.


 

Três escaladas seguidas na 15ª etapa

 

A segunda semana termina no domingo dia 22 de maio, com a 15ª etapa, com 178 quilómetros entre Rivarolo Canavese e Cogne, depois de um início bastante fácil, o percurso complica-se com três subidas consecutivas, todas com mais de 10 quilómetros de extensão.

A subida Pila-les Fleurs é de 12,3 quilómetros com 6,9%, depois vem a subida de Verrogne com 13,8 quilómetros com 7,1%, a etapa termina com a subida de 22,4 quilómetros até Cogne, que tem uma média de 4,3%, mas inicia-se muito mais íngreme.


 

A 16ª etapa tem 5.250 metros de escalada no total

Terceira semana

 

Após o terceiro e último dia de descanso, a 16ª etapa, será na terça-feira dia 24 de maio, terá 202 quilómetros entre Salò e Aprica, é a segunda das três etapas cinco estrelas do Giro 2022, com quatro subidas muito desafiadoras e 5.250 metros de subida no total, são 19,9 quilómetros com 6,2%, o Mortirolo de 12,6 quilómetros com 7,6%, 5,6 quilómetros com 8,2% e, finalmente, o Valico di Santa Cristina de 13,5 quilómetros com 8%, que será a Montagna Pantani, do cimo dessa subida final, são 6,2 quilómetros até à meta, principalmente em declive, com a descida a terminar a 1,4 quilómetros da linha de chegada.


 

Duas escaladas de categoria 1 no trajeto da 17ª etapa

 

A 17ª etapa, na quarta-feira dia 25 de maio, terá 168 quilómetros entre Ponte di Legno e Lavarone, será mais uma etapa difícil, com mais de 3.700 m de subida no total, entre os desafios do dia estão duas subidas de 1ª categoria nos 50 quilómetros finais, a primeira é o Passo del Vertrilo de 11,8 quilómetros com 7,7%, seguido pelo Monterovere de 7,9 quilómetros com 9,9%.


 

A 18ª etapa é a última chance para os velocistas

 

A 18ª etapa será dia 26 de maio com 152 quilómetros, entre Borgo Valsugana e Treviso, será a última oportunidade para os velocistas no Giro da edição deste ano, haverá algumas curvas apertadas nos últimos quilómetros, mas nada que impeça um sprint final em grupo.


 

A 19ª etapa terá 3.200 metros de escalada no total

 

A 19ª etapa, com 177 quilómetros entre Marano Lagunare e o Santuario di Castelmonte, na sexta-feira dia 27 de maio, a corrida vai contar com parte do percurso na Eslovênia e 3.200 metros de subida total, com duas subidas de 3ª categoria na primeira metade, mas o desafio mais difícil do dia, será a subida Kolovrat na Eslovênia, com 10,3 quilómetros de extensão com uma inclinação média de 9,2%, esta subida atinge o pico a cerca de 45 quilómetros da meta após uma longa descida, os últimos 7,1 quilómetros da etapa, terão uma média de 7,8%.


 

A 20ª etapa tem o ponto mais alto do Giro 2022, o Cima Coppi, no Passo Pordoi, a 2.239 metros

 

A 20ª etapa, será no sábado dia 28 de maio, com 178 quilómetros entre Belluno e Marmolada (Passo Fedaia), será a terceira etapa cinco estrelas do Giro 2022 e a última oportunidade para os escaladores, a etapa tem o seu ponto mais alto do Giro 2022, o Cima Coppi, no Passo Pordoi, a 2.239 metros de altitude, são 4.500 m de subida através das Dolomitas, com três escaladas consecutivas que começam com mais de 100 quilómetros para a chegada, o Passo di San Pellegrino com 18,5 quilómetros com 6,2%, após 30 quilómetros de escalada gradual na preparação, o Passo Pordoi a 11,8 quilómetros com 6,8%, e finalmente, o Passo Fedaia a 14 quilómetros com 7,6%, os ciclistas estão na mais difícil parte do trajeto, cuja chegada está a 5,5 quilómetros da meta, com uma subida com média de 11% de inclinação.


 

Contrarrelógio individual final em Verona

 

E o Giro de Itália vai terminar em Verona no domingo dia 29 de maio, com um contrarrelógio individual de 17,4 quilómetros, com uma subida gradual de 4,5 quilómetros a uma média de inclinação 5% da primeira parte.

Neste Giro vão existir etapas imperdíveis, serão elas a 1ª etapa de quem irá vestir a primeira camisola rosa. Na 4ª etapa como será o primeiro final na montanha do Monte Etna. Depois será a vez da 9ª etapa na chegada no colossal Blockhaus. Interessante será com as voltas na subida Superga, em Torino a acontecer na 14ª etapa. Chega a 15ª etapa numa grande clássica de montanha. E na 16ª etapa será um intenso dia de montanha com o Mortirolo. E por fim na 20ª etapa através das Dolomitas, uma etapa também muito colossal.  

 

As etapas do Giro de Itália 2022

 

Etapa 1 dia 6 de maio  de Budapeste a Visegrád com 195 quilómetros

 

Etapa 2 dia 7 de maio de Budapeste a Budapeste Contrarrelógio com 9,2 quilómetros

Etapa 3 dia 8 de maio de Kaposvár a Balantonfüred  com 201 km quilómetros

 

1º Dia descanso 9 de maio

 

Etapa 4 dia 10 de maio de Avola a Etna com 172 quilómetros

Etapa 5 dia 11 de maio de Catania a Messina com 174 quilómetros

Etapa 6 dia 12 de maio de Palmi a Scalea com 192 quilómetros

Etapa 7 dia 13 de maio de Diamante a Potenza com 196 quilómetros

Etapa 8 dia 14 de maio de Nápoles a Nápoles com 153 quilómetros

Etapa 9 dia 15 de maio de Isernia a Blockhaus com 191 quilómetros

 

2º Dia descanso 16 de maio

 

Etapa 10 dia 17 de maio de Pescara a Jesi com 196 quilómetros

Etapa 11 dia 18 de maio de Santarcangelo di Romagna a Reggio Emilia com 203 quilómetros

Etapa 12 dia 19 de maio de Parma a Gênova com 204 quilómetros

Etapa 13 dia 20 de maio de Sanremo a Cuneo com 150 quilómetros

Etapa 14 dia 21 de maio de Santena a Torino com 147 quilómetros

Etapa 15 dia 22 de maio de Rivarolo Canavese a Cogne com 177 quilómetros

 

3º Dia descanso 23 de maio

 

Etapa 16 dia 24 de maio de Salò a Aprica com 202 quilómetros

Etapa 17 dia 25 de maio de Ponte di Legno a Lavarone com 168 quilómetros

Etapa 18 dia 26 de maio de Borgo Valsugana a Treviso com 152 quilómetros

Etapa 19 dia 27 de maio de Marano Lagunare a Santuario di Castelmonte com 178 quilómetros

Etapa 20 dia 28 de maio de Belluno a Marmolada com 168 quilómetros

Etapa 21 dia 29 de maio de Verona a Verona Contrarrelógio com 17,4 quilómetros

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