quinta-feira, 6 de maio de 2021

“A CM TV no seu pior continua no 2º dia da Volta ao Algarve”


A vergonha continua, dos 90 minutos prometidos, nem 60 chegaram a dar, a incompetência assim mata o ciclismo

 

Por: José Morais

Fotos: João Fonseca

Hoje realizou-se a 2ª etapa da Volta ao Algarve, a CM TV como televisão oficial ficou mais uma vez a desejar na qualidade da reportagem, no acompanhamento da etapa, onde o futebol vingou na prioridade.

A promessa dos 90 minutos diários, ficam nesta quinta-feira a nem aos 60 minutos terem chegado, já que pelo meio existiu 30 minutos de publicidade, e muito futebol, com os comentários da etapa a iniciarem-se 20 minutos depois.

Parabéns para a Eurosport que mais uma vez fez um excelente trabalho, iniciou às 16,30 hora marcada, um minuto antes da CM TV, com a televisão oficial a iniciar a etapa, com um quadrado pequeno no lado esquerdo do ecrã da televisão, e o resto tudo sobre a deslocação do Benfica para o estádio da luz, logo aqui começou a falta de respeito pelo ciclismo.

Após cinco minutos da transmissão da Volta, interrompe para 15 minutos de publicidade, e pelas 16.50 começa a intervenção do Nuno Sabido a comentar a etapa, mas sempre com comentários sobre o futebol. Pelas 17 horas era tempo novamente de publicidade, com quase 15 minutos de intervalo, o regresso à etapa, ainda alguns comentários pelo meio de futebol, apesar de já não haver imagens.


Pelo meio do último intervalo existe a queda de Rui Costa, e quase meia hora depois é que surgem as imagens da mesma, mais não fica só por aqui, a promessa de antes da corrida se apresentarem reportagem, surgiram algumas entrevistas ao longo das imagens da etapa, onde eram interrompidos os comentários do Hugo Sabido, e pouco se fala da etapa, a etapa chega ao fim, e após Ethan Hayter ter cortado a meta às 17,47 a emissão é automaticamente cortada, e a ligação direta ao estádio da Luz.

Onde está a televisão oficial da Volta ao Algarve, onde param os 90 minutos prometidos, onde param as entrevistas no final da etapa, onde está a cerimónia do pódio que todos gostam de ver, lamentável estas atitudes, e só tenho a dizer, deixaram o ciclismo nas mãos de incompetentes que não dignificam em nada a modalidade.

“João Rodrigues: «Estava tão perto da meta, a vê-la à minha frente, e não ter pernas para dar mais...»”


Português foi segundo atrás de Ethan Hayter na chegada ao Alto da Fóia

 

 Por: Lusa

Foto: Ricardo Nascimento

A Volta ao Algarve perdeu esta quinta-feira um dos principais favoritos, com a desistência do azarado Rui Costa, mas viu João Rodrigues assumir-se como novo candidato nacional, ao ser segundo na Fóia, atrás do britânico Ethan Hayter.

Foi uma jornada de desilusões para as cores nacionais: Rui Costa caiu a descer, e foi forçado a abandonar a prova, com contusões e escoriações, mas sem lesões, e o algarvio da W52-FC Porto foi batido, ao sprint, no alto da Fóia, pelo veloz jovem da INEOS, que subiu à liderança da geral.

Ao cortar a meta, com as mesmas 4:48.43 horas do vencedor, Rodrigues bateu com o punho na perna, frustrado por ter perdido uma vitória que tanto ele como a sua equipa fizeram por merecer.

"Sinto um pouco de desilusão por não ter conseguido vencer. Estava tão perto da meta, a ver a meta à minha frente, e não ter mais pernas para conseguir dar mais para vencer... O homem da INEOS foi o mais forte, quando assim é, não há nada a fazer", reconheceu o vencedor da Volta a Portugal de 2019, que é segundo na geral com o mesmo tempo do surpreendente Hayter.

O britânico, que na véspera tinha sido nono na chegada a Portimão, fez valer a sua ponta final de 'pistard' multimedalhado, e impôs-se a Rodrigues e a Jonathan Lastra, com os três empatados com o mesmo tempo na geral individual.

Antes do sprint no alto da Fóia, a tirada foi animada por Damien Touzé (AG2R), Kenny Molly (Bingoal Pauwels Sauces WB), Clément Carisey (Delko), Xabier Azparren (Euskaltel-Euskadi), Fábio Costa (Efapel), Joseph Laverick (Hagens Berman Axeon), Marvin Scheulen (LA Alumínios-LA Sport) e Samuel Caldeira (W52-FC Porto), que saíram do pelotão ao quilómetro oito dos 182,8 a percorrer desde Sagres.

Com a camisola amarela de Sam Bennett irremediavelmente a prazo, a Deceuninck-QuickStep demitiu-se da obrigação de controlar a corrida e, sem um candidato evidente e declarado para o ataque à liderança da geral, a fuga do dia teve uma vantagem superior a sete minutos até a UAE Emirates assumir a perseguição, apostada em levar o dorsal número 1 à desejada amarela da Volta ao Algarve.

A equipa de Rui Costa, por um lado, e a serra de Monchique, por outro, fizeram a vantagem dos fugitivos cair abruptamente, com a fuga a 'desmembrar-se' à medida que a estrada inclinava rumo à contagem de terceira categoria Alferce e Samuel Caldeira a demonstrar aquilo que habitualmente passa despercebido aos mais desatentos quando trabalha para um líder na Volta a Portugal: que é capaz de 'descarregar' quase qualquer um.

Só Touzé e Molly aguentaram o ritmo do esforçado dragão, com os três a coroarem Alferce (ao quilómetro 156,4) mais de dois minutos antes do pelotão. Mas, seria a descida posterior, inscrita no livro da prova como "perigosa", a reescrever a história desta Algarvia: Rui Costa, à procura do seu primeiro triunfo na prova, após vários lugares cimeiros, caiu e desistiu.

A imagem do campeão nacional de fundo, sentado no chão, em desalento, a ser assistido pela equipa médica, ficará na memória dos telespetadores, mais do que os acontecimentos que se seguiram a esse momento: com a queda do seu líder, a UAE Emirates desapareceu e a W52-FC Porto assomou à frente da corrida, já depois de a fuga ser anulada, a 18 quilómetros do final.

Luís Fernandes (Rádio Popular-Boavista) ainda tentou a sua sorte, passando na frente do alto da Pomba, mas o desfecho da segunda etapa foi discutido já nos derradeiros três quilómetros da subida ao ponto mais alto do Algarve, quando, depois de várias tentativas da Arkéa-Samsic, se formou um sexteto na frente, com Elie Gesbert a levar na roda um trio de INEOS (Hayter, Ivan Sosa e Sebastián Henao), Rodrigues e Lastra.

Sem que, lá atrás, alguém conseguisse responder, embora Amaro Antunes (W52-FC Porto) tenha tentado alcançar a dianteira em solitário, os homens da INEOS sucederam-se nos ataques, sempre correspondidos pelo homem da casa, e foram bem-sucedidos na estratégia, demonstrando quererem recuperar o estatuto de 'donos' da 'Algarvia'.

 

"Entrei na última subida algo escondido. Dei por mim na frente, com os meus colegas Sebastián Henao e Ivan Sosa e limitei-me a segui-los. Estava a ser protegido e, no final, arranquei e fui com a máxima força até ao risco. Estava com esperanças de fazer uma boa corrida aqui no Algarve, mas confesso que me correu melhor do que esperava", disse o novo líder da 47.ª edição, que na sexta-feira enfrentará uma jornada tranquila na defesa da amarela, nos 203,1 quilómetros entre Faro e Tavira.

Fonte: Record on-line

“Sérgio Paulinho recebeu o Prémio Prestígio: «É o reconhecimento por toda a carreira»”


Ciclista português termina a carreira esta época e foi homenageado pela organização da Volta ao Algarve

 

 Por: Lusa

O Prémio Prestígio atribuído pela organização da Volta ao Algarve representa para Sérgio Paulinho o reconhecimento por todo o trabalho que fez ao longo de uma carreira que termina esta época, confidenciou à Lusa o veterano ciclista português.

Os adeuses sucedem-se para Sérgio Paulinho, mas a nostalgia da despedida é, pontualmente, superada pela emoção das homenagens, como aquela que esta quinta-feira recebeu da organização da Algarvia: antes do arranque da segunda etapa, em Sagres, foi distinguido com o Prémio Prestígio, unindo o seu nome a um restrito lote no qual figuram apenas grandes do pelotão internacional, designadamente Alberto Contador, Tom Boonen, Fabian Cancellara, Tony Martin, Philippe Gilbert e Vincenzo Nibali.

"É uma sensação ótima. É o reconhecer de todo aquele trabalho que fiz ao longo da minha carreira e, para mim, é bastante gratificante poder receber o Prémio Prestígio aqui, na Volta ao Algarve, uma corrida que é emblemática em Portugal", descreveu à Lusa o ciclista da LA Alumínios-LA Sport, que nesta quarta-feira desistiu durante a primeira etapa da corrida, devido a um problema de saúde.

Ainda assim, o ciclista compareceu esta quinta-feira em Sagres para receber o Prémio Prestígio, outorgado pela organização ao único medalhado olímpico do ciclismo português, que, além da prata conquistada na prova de fundo em Atenas'2004, tem no palmarés vitórias em etapas na Volta a França (2010) e na Volta a Espanha (2006).

Gregário de luxo do pelotão internacional durante uma década, o veterano de 41 anos passou por equipas emblemáticas como Liberty Seguros-Würth (2005-2006), Discovery Channel (2007), Astana (2008-2009) e RadioShack (2010-2011), antes de ingressar na Tinkoff, de onde saiu em 2016 para regressar ao ciclismo nacional.

Hoje, Paulinho sabe que o momento de concluir uma carreira de êxito(s) chegou, embora deixe escapar que "o bichinho" do ciclismo ainda existe.

"A vontade é sempre continuar, mas há um limite para tudo. E este ano já meti na cabeça que o limite chegou e vou tentar desfrutar ao máximo desta última volta ao Algarve, poder desfrutar junto dos meus colegas da LA Alumínios-LA Sport e do pelotão nacional", assumiu à Lusa.

Esse limite, assevera, não é mental, "porque a vontade de andar de bicicleta, de treinar, levantar cedo para treinar continua a mesma".

"Mas nós, ciclistas, começamos a sentir quando chega aquele momento em que o corpo já começa a chegar ao limite. E eu começo a sentir isso. Já era para ter sido no ano passado, mas devido à pandemia gostava de terminar a carreira de um modo diferente", confessou o veterano, que também já tinha sido distinguido com o prémio 'Espírito de Sacrifício' na edição especial da Volta a Portugal, no ano passado.

Fonte: Record on-line

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