Chefe de Governo espanhol defende que Israel não deve participar em qualquer competição desportiva internacional "enquanto a barbárie continuar" em Gaza
Por: Lusa
O chefe de Governo espanhol,
Pedro Sánchez, reiterou esta segunda-feura "profunda admiração pela
sociedade civil espanhola, que se mobiliza contra a injustiça", um dia
depois dos protestos pró-palestinianos em Madrid interromperem o final da Volta
a Espanha.
O socialista - um crítico do
Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, - defendeu que
Israel não deve participar em nenhuma competição desportiva internacional
"enquanto a barbárie continuar" em Gaza, dando o exemplo da Rússia e
lembrando as sanções impostas aos seus atletas desde a invasão da Ucrânia.
Apesar das duras críticas da
oposição de movimentos e partidos conservadores desde o final caótico da prova
de ciclismo espanhola, no domingo, depois de milhares de manifestantes terem
invadido o percurso no coração de Madrid, o primeiro-ministro socialista
manteve-se firme na sua posição.
"Nós, claro, sempre
rejeitámos a violência. Isso é óbvio. Sempre rejeitámos. Sentimos, como disse,
uma profunda admiração e respeito pelos nossos atletas, pelos ciclistas da
Volta a Espanha", esclareceu o chefe de Governo espanhol, acrescentando
que, no entanto, sente "imenso respeito e admiração por uma sociedade
civil espanhola que se mobiliza contra a injustiça e defende as suas convicções
de forma pacífica".
No domingo, a etapa final da
'Vuelta', um dos eventos desportivos mais importantes do país, foi interrompida
apesar do aumento das medidas de segurança na capital e de um envio sem
precedentes de forças policiais.
Dezenas de milhares de pessoas
- 100 mil, segundo o Governo - encheram o percurso com bandeiras e cartazes
para denunciar o "genocídio sionista" em Gaza, levando ao fim
antecipado da corrida ciclista.
"O Governo não só
permitiu, como incentivou a interrupção da 'Vuelta', causando vergonha
internacional que se espalhou pelo mundo", criticou Alberto Nuñez Feijoó,
líder do Partido Popular (PP) de direita, na rede social X, na noite de
domingo.
Fonte: Record on-line
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