segunda-feira, 22 de setembro de 2025

“Sasha Sanches: a mais jovem árbitra que carrega o sonho olímpico”


Aos 23 anos, Sasha Sanches é a mais jovem árbitra do triatlo português. Natural de Portimão, tornou-se árbitra aos 21 anos e, em pouco tempo, conquistou o seu espaço numa modalidade em que a exigência, a responsabilidade e a paixão pelo desporto andam de mãos dadas.

O interesse de Sasha pelo triatlo nasceu no seio da família. A sua tia, também árbitra, levava-a como voluntária para algumas provas, enquanto o pai, CEO da Multicrono, proporcionava-lhe contacto regular com competições. “Foi assim que me tornei familiar com o triatlo”, recorda.

A influência da tia foi determinante: “Ela foi a peça fundamental para eu enxergar o triatlo como algo além de desporto. Sempre me motivou e até hoje é a minha estrela guia.”

A estreia oficial aconteceu no Triatlo de Oeiras, um momento que Sasha guarda com carinho e algum nervosismo. “Tinha medo de me esquecer de tudo o que aprendi, mas foi uma experiência muito boa. Pude ter contacto com uma prova de elites e também com uma prova aberta, o que me fez perceber a diversidade de atletas que compõem este desporto.”

Desde então, soma já várias competições no currículo, mas aquilo que a motiva é a emoção que envolve todo o evento: “O que mais gosto é ver os atletas divertirem-se e serem aplaudidos pela família e amigos ao terminarem a prova.”

Se para muitos espectadores os árbitros passam despercebidos, para Sasha a experiência revelou um mundo oculto e fascinante. “Cada momento tem a sua regra e o seu porquê. Foi isso que mais me surpreendeu quando comecei.”, explica a jovem do Algarve. E será que os atletas reconhecem esse trabalho? “Acho que é como tudo: há quem perceba e há quem não se importe. Claro que queremos ser valorizados, mas o mais importante é que a prova termine bem e tenha sido divertida para todos.”

Para Sasha, ser árbitra é sinónimo de orgulho e de compromisso. “Fazer parte de algo grande e garantir que os atletas terão uma prova feliz para recordar no futuro” é aquilo que deve motivar um árbitro. E se tivesse de escolher a competência que mais desenvolveu desde que começou, seria a responsabilidade. “Há muitas coisas que dependem da tomada de decisão dos árbitros, da sua atenção e rapidez. É importante entender que a responsabilidade é nossa e devemos assumi-la.”

 

Uma mensagem e o futuro olímpico

 

Àqueles que gostam do triatlo, mas nunca imaginaram a arbitragem como caminho, Sasha deixa o convite: “É muito divertido. Pode ser para quem gosta de regras, para quem gosta de desporto, para quem gosta de organizar ou simplesmente de estar em eventos onde as pessoas dão o máximo de si. É cansativo, mas também gratificante”.

O futuro reserva ambições elevadas: depois de arbitrar no Multisport de Coimbra, Sasha sonha mais alto. “Estar nos Jogos Olímpicos teria um impacto completamente diferente. Seria incrível.”

Com a energia contagiante e o entusiasmo de quem vê na arbitragem uma missão, Sasha Sanches é exemplo de dedicação, juventude e paixão. Uma inspiração para todos os que acreditam que o triatlo é muito mais do que desporto é uma comunidade onde cada papel faz a diferença.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

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