Aos 23 anos, Sasha Sanches é a mais jovem árbitra do triatlo português. Natural de Portimão, tornou-se árbitra aos 21 anos e, em pouco tempo, conquistou o seu espaço numa modalidade em que a exigência, a responsabilidade e a paixão pelo desporto andam de mãos dadas.
O interesse de Sasha pelo
triatlo nasceu no seio da família. A sua tia, também árbitra, levava-a como
voluntária para algumas provas, enquanto o pai, CEO da Multicrono,
proporcionava-lhe contacto regular com competições. “Foi assim que me tornei
familiar com o triatlo”, recorda.
A influência da tia foi
determinante: “Ela foi a peça fundamental para eu enxergar o triatlo como algo
além de desporto. Sempre me motivou e até hoje é a minha estrela guia.”
A estreia oficial aconteceu no
Triatlo de Oeiras, um momento que Sasha guarda com carinho e algum nervosismo.
“Tinha medo de me esquecer de tudo o que aprendi, mas foi uma experiência muito
boa. Pude ter contacto com uma prova de elites e também com uma prova aberta, o
que me fez perceber a diversidade de atletas que compõem este desporto.”
Desde então, soma já várias
competições no currículo, mas aquilo que a motiva é a emoção que envolve todo o
evento: “O que mais gosto é ver os atletas divertirem-se e serem aplaudidos
pela família e amigos ao terminarem a prova.”
Se para muitos espectadores os
árbitros passam despercebidos, para Sasha a experiência revelou um mundo oculto
e fascinante. “Cada momento tem a sua regra e o seu porquê. Foi isso que mais
me surpreendeu quando comecei.”, explica a jovem do Algarve. E será que os
atletas reconhecem esse trabalho? “Acho que é como tudo: há quem perceba e há
quem não se importe. Claro que queremos ser valorizados, mas o mais importante
é que a prova termine bem e tenha sido divertida para todos.”
Para Sasha, ser árbitra é
sinónimo de orgulho e de compromisso. “Fazer parte de algo grande e garantir
que os atletas terão uma prova feliz para recordar no futuro” é aquilo que deve
motivar um árbitro. E se tivesse de escolher a competência que mais desenvolveu
desde que começou, seria a responsabilidade. “Há muitas coisas que dependem da
tomada de decisão dos árbitros, da sua atenção e rapidez. É importante entender
que a responsabilidade é nossa e devemos assumi-la.”
Uma
mensagem e o futuro olímpico
Àqueles que gostam do triatlo,
mas nunca imaginaram a arbitragem como caminho, Sasha deixa o convite: “É muito
divertido. Pode ser para quem gosta de regras, para quem gosta de desporto,
para quem gosta de organizar ou simplesmente de estar em eventos onde as
pessoas dão o máximo de si. É cansativo, mas também gratificante”.
O futuro reserva ambições
elevadas: depois de arbitrar no Multisport de Coimbra, Sasha sonha mais alto.
“Estar nos Jogos Olímpicos teria um impacto completamente diferente. Seria
incrível.”
Com a energia contagiante e o
entusiasmo de quem vê na arbitragem uma missão, Sasha Sanches é exemplo de
dedicação, juventude e paixão. Uma inspiração para todos os que acreditam que o
triatlo é muito mais do que desporto é uma comunidade onde cada papel faz a
diferença.
Fonte: Federação Triatlo
Portugal
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