Louis Kitzki anunciou o abandono do ciclismo profissional, após as recentes mortes de André Drege e Samuele Privitera
Foto: https://www.instagram.com/louiskitzki/
Não é todos os dias que um
ciclista acaba a carreira... aos 21 anos, sem ser por motivos físicos.
Aconteceu com Louis Kitzki, que anunciou o abandono do ciclismo profissional,
após as recentes mortes de André Drege e Samuele Privitera, que o levaram a questionar
sobre a segurança em competição.
Numa publicação na redes
sociais, o jovem ciclista alemão confessa que tem estado cada vez mais
preocupado sempre que disputa uma prova.
O ciclista da equipa de
reservas da Alpecin-Deceuninck pensou em abandonar quando o norueguês André
Drege, de 25 anos, morreu durante a Volta a Áustria, em 2024. Recentemente,
após a morte de Samuele Privitera, ciclista italiano, de 19 anos, que morreu Giro
Val de Aosta, no passado mês de julho, não restou dúvidas a Kitzki.
"Esta era provavelmente o
tipo de final de carreira que eu tinha imaginado... Depois da Volta a Áustria
do ano passado, em que outro ciclista morreu, eu já tinha sérias dúvidas sobre
competir e estava prestes a desistir. Ainda assim, continuei e suprimi
largamente o que aconteceu. Infelizmente, depois da Volta a Áustria, nunca mais
voltei a ser o ciclista que já fui", começou por contar.
"Passei a estar cada vez
mais preocupado com a minha segurança e sentia-me cada vez mais desconfortável
nas provas, ou seja, nunca mais fui capaz de reproduzir aquilo pelo qual
trabalhei tão arduamente nos treinos para atingir. Mais para o final, as
corridas infelizmente tornaram-se apenas num efeito colateral irritante que
tens de aceitar se queres fazer dinheiro no ciclismo. Eu perdi completamente o
prazer de competir e, quanto mais caóticas as corridas se tornavam, mais
brutalmente eu me ia abaixo em termos mentais. Infelizmente, sem a mente, o
corpo só funciona de forma fraca", lamentou o jovem alemão de 21 anos.
Numa publicação onde agradece
a todos os colegas e staff da equipa Alpecin-Deceuninck, Louis Kitzki lamenta
ter de tomar esta decisão.
"O que aconteceu no Vale
Aosta foi apenas a confirmação da minha decisão, e consigo ver o quão bem tenho
estado desde que desisti. Lamento não ter conseguido cumprir algumas
expetativas enquanto ciclista profissional e que a minha colaboração com a Alpecin
chegue agora ao fim. Estou convicto de que esta era a altura certa para
parar", terminou.
Fonte: Sapo on-line
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