quinta-feira, 28 de agosto de 2025

"Foi um ato de violência" Diretor da Volta a Espanha irritado com o episódio que afetou a IPT durante o contrarrelógio”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A quinta etapa da Volta a Espanha 2025 ficou marcada por um episódio insólito e preocupante fora da estrada. A Israel - Premier Tech foi alvo de um bloqueio durante a corrida desta quarta-feira, impedindo temporariamente o avanço da equipa e afetando o seu desempenho no CRE. A ação de protesto, ligada à contestação da presença da formação israelita no pelotão internacional, deixou o diretor da prova, Javier Guillén, visivelmente irritado.

"Foi um ato de violência. Algumas pessoas tentaram boicotar a corrida, impedindo a passagem do Israel - Premier Tech. Vamos apresentar queixa na polícia; não podemos permitir que o que aconteceu se repita", afirmou Guillén ao jornal Marca.

 

Um problema que não é novo no ciclismo

 

O ciclismo profissional tem sido palco de protestos semelhantes nos últimos anos. Na Volta a Itália, uma etapa ao sprint foi perturbada pela intervenção de manifestantes, que embora não tenham bloqueado o pelotão, afetaram gravemente dois ciclistas que estavam em fuga. Já na Volta a França, na 11ª etapa, um homem correu ao lado de Jonas Abrahamsen na reta da meta, num gesto que, felizmente, não impediu a vitória do norueguês, mas levantou questões sobre a segurança.

Estes episódios, assim como o ocorrido agora na Vuelta, estão relacionados com a contestação internacional às ações de Israel na Palestina. A presença da Israel - Premier Tech no pelotão tem motivado apelos à exclusão da equipa em várias corridas World Tour, uma polémica que parece longe de se dissipar.

 

Guillén defende o princípio desportivo

 

Apesar das pressões, Guillén foi claro na defesa da legitimidade da equipa. "Qualquer protesto é respeitável se for feito de forma pacífica: não aconteceu nada, mas podia ter acontecido. A Israel não é uma equipa ‘convidada’, participou no Tour e no Giro por mérito próprio e nada a impede de participar na Vuelta", sublinhou.

O diretor recordou que a segurança do pelotão é prioridade absoluta e que não irá permitir que a corrida seja condicionada por bloqueios violentos. "Uma queixa é uma coisa, mas o que aconteceu é outra", reforçou, criticando o modo como os manifestantes atuaram.

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